Striker - A Bruxa, Os Deuses, Anjos & Mortais. escrita por Lucas Chroballs


Capítulo 9
Fada aliada? Os poderes da Bruxa Letal




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No apartamento da Striker

Reunidos em uma sala de reuniões, Aine explica sua vinda ao mundo humano para Striker e seus amigos, em volta de uma mesa redonda coberta por um tecido gigante na cor preta e cadeiras vermelhas quebradas e flutuantes.

— Pode começar. – disse Striker.

A fada dá uma suspirada e ajusta sua postura na cadeira.

— Meu nome é Aine de Knockaine, sou fundadora da organização diplomática Esquadrão Escarlate.

Striker olha para o Corvo com um olhar duvidoso e ele responde tomando seu chá, não se importando com a conversa.

— Meu professor de história já bateu boca com um menino na sala por causa desse grupo... – disse a Kim colocando os seus pés sob a mesa. – mas eu tava cabulando aula, então só me contaram.

— E qual a polêmica? — perguntou Striker.

— Durante os anos setenta, uma minoria decidiu se rebelar contra os ideais propostos por mim na criação do esquadrão. Essa revolta me custou à vida de milhares de pessoas, a influência internacional que tínhamos e a minha imagem de autoridade internacional e diplomata do mundo místico. — disse Aine em tom de seriedade para a Striker.

— E porque escolheu este lugar para tirar suas férias? — perguntou Kim.

— Eu vim até aqui por ela. — Aine aponta para Striker.

— Estou comovida. Continue...

— Todos souberam sobre você. Sua cabeça se tornou um prêmio valioso pelo conhecimento que adquiriu nos livros da biblioteca sagrada. Alguns deuses a desejam em seu “exército”, outros querem colocá-la em um caixão, eu quero ajudá-la. — disse Aine.

— Hm... E por quê? — questionou Striker.

— Acredito que ajudando você também possa me ajudar. Um dos motivos pelos quais criei o Esquadrão Escarlate foi para criar alianças diplomáticas pelo mundo e assim os humanos deixarem o meu mundo em paz. Infelizmente, minha paz não durou mais que algumas décadas e aqui estou como uma possível aliada a vocês. — disse Aine.

Striker arregala seus olhos, com um tom de deboche e o direciona ao Jaison, que o recebe com certo desdém.

— Não estava em meus planos, mas acho que aceitarei sua aliança... Só que...

— Algum problema, querida? — perguntou Aine.

— Você não me conhece pessoalmente, mas acho que sabe da minha vinda até este mundo? — perguntou Striker em tom de seriedade.

— Eu sei o que todos sabem: os anjos a expulsaram do Paraíso Celestial e El Shaddai a salvou.

Striker não esboça nenhuma reação, mas seu cérebro pipocava de perguntas e incertezas sobre sua origem.

— El o que? — questionou Kim.

— Um dos deuses do receptáculo, naturalmente ele é um dos poucos que ainda se preocupa com a humanidade. — disse Aine.

Jaison olha para o Corvo que olha tudo com uma expressão facial estóica.

— Você sabia de tudo isso, coisa feia?

— Naturalmente, mas não cabe a mim dizer o que querem saber. — ele bebe seu chá.

— Porque todo esse mistério? — disse Striker.

— Eu sou a neutralidade neste universo, senhorita Garsea, se eu lhe disser algo estarei favorecendo um dos lados... — Ele joga levemente sua mão esquerda para a mesma direção. — Para que se haja equilíbrio, deve descobrir o que deseja por outros meios.

Kim fica boquiaberta com a situação, mas disfarça toda a sua confusão em um sorriso.

— Isso mostra que você deve escolher melhor suas amizades, albina. — Ela olha diretamente para Aine e lhe questiona. — Mas como saber se o que fala é verdade?

Ajeitando sua postura e se inclinando um pouco, Aine esboça um sorriso para Kim e coloca suas mãos sobre a mesa.

— Se eu fosse uma ameaça a você, por exemplo, não acha que pelo meu “status” eu já não teria a matado?

Striker e Jaison olham para ela, minuciosamente, e depois o olhar dos dois amigos se encontram e sorriem para Aine.

— Vai ser legal ter mais uma divindade no time. Você tem cara de que é mais sensata. — disse o Jaison.

— Velha, você quer dizer... Bom, podemos entrar em acordo sobre uma possível aliança, mas em troca, eu quero informações sobre esses deuses que você disse. — disse a Striker.

Aine pensa alguns minutos sobre a proposta e acena com a cabeça.

— De acordo, minha querida.

Enquanto uma possível aliança é formada, Buddha e Ganesha jogam paciência na sala de relaxamento do quarto trinta e dois. Mesmo com o barulho das longas cachoeiras da floresta batendo nas pedras do rio, o celular da Striker é ouvido por eles, fazendo Ganesha se levantar e pegá-lo.

— Hardy? — perguntou ela.

— Striker está disponível? — perguntou Hardy.

— No momento ela está em reunião com os outros. Pode ligar depois se...

— Você serve! — disse ele sem que ela completasse a frase. — Descobri algo que pode lhe interessar sobre o caso da garota desaparecida do hospital.  Parece que alguém de mesmo nome fez uma compra de uma passagem de ida para Vanilla no Aeroporto Internacional de Chot’gor, às 2:38 de hoje à tarde.

— Aquele caminhão a levou diretamente para lá depois do hospital, agora ela volta de avião? Que estranho... — disse Ganesha.

— Também acho. Não faço a menor ideia de como ela conseguiu seus documentos ou qualquer dinheiro para voltar. Mas o número da identidade e o nome da passagem está em seu nome, e seria muita coincidência existir duas pessoas com o mesmo nome e sobrenome vivendo no mesmo arquipélago.

— Realmente, não se trata de uma coincidência e sim de um fato. Se esta garota está voltando para cá, vamos avisar as autoridades do aeroporto. — disse Ganesha.

— Farei isso, mas também gostaria que algum de vocês acompanhasse a situação. Se ela não estiver sozinha vocês terão de interferir.  — disse o Hardy.

Buddha bate seus dedos em uma pedra cheia de musgo e uma ventania se volta a Ganesha, chamando sua atenção.

— O jogo é de paciência, mas eu não.

Ganesha estende uma das suas mãos direitas, pedindo para ele esperar.

— Já imagino as pessoas certas pra isso. — ela desliga e volta ao jogo. — Acho que a pessoa que o Christian disse que iria causar uma grande balbúrdia está chegando.

— Agora? Quando foi que ele disse isso... Ah! No século passado. — disse o Buddha.

— Por que foi no século passado que as coisas começaram a desandar. — disse Ganesha.

As duas divindades continuam a jogar. Enquanto isso, as conversas continuam a desabrochar na sala de reuniões.

— Christian me disse que haveria uma outra divindade entre nós, mas não pensei que fosse Olimpiana. Seu povo não é muito amistoso ao ponto de pedir ajuda aos humanos, minha cara. Você é praticamente um achado neste mundo caótico. —  disse Aine.

— O Olimpo era um reino de tirania quando sai, mas não sei como está hoje. —  disse a Loop.

No meio da conversa, Jaison, Kim e Striker recebem uma mensagem telepática do Corvo para se direcionarem até a sala de relaxamento e conversar com a Ganesha.

— Esquenta meu lugar com a sua bunda gorda, garota doce. Eu já volto. — disse Kim fechando a porta.

O silêncio permanece na sala por alguns segundos, até a Loop, bastante nervosa, engolir sua saliva e perguntar:

— Você acha que nossa vinda até os limites humanos interfere no equilíbrio do tratado?

Aine pensa por alguns segundos e responde em tom firme e serio.

— Se interferir, não fomos nós que o quebramos. — Ela afrouxa o decote de seu longo vestido e retira um pequeno frasco de vidro com água e a despeja na mesa. — Antes de declarar a descoberta de algo, tem sempre alguém que viu primeiro. — disse Aine com um sorriso.

Da água despejada na mesa, uma forma humanoide começa a se formar, logo em seguida, tecidos azuis e bijuterias douradas balançam naquele corpo, surgindo Clira de pé em cima da mesa.

“Olá, prima.” — disse ela em telepatia para a Loop.

Loop acena para ela com um sorriso e pensando vagamente no que a Aine disse.

Na Igreja Central

Em meio a reunião dos sacerdotes, o padre Lauro, trajando seu casaco marrom, boina xadrez, calça jeans e mocassins, entra no grande salão branco e dirige-se até o bispo, que regia o encontro.

— Padre Lauro? O que aconteceu com o senhor? — perguntou o bispo com surpresa ao ver o rosto do padre.

Os demais sacerdotes olham minuciosamente a aparência de Lauro e um deles vai se afastando até se dirigir a porta de acesso ao prédio administrativo da igreja, atrás do altar.

— O que houve, senhor Lauro? — perguntou o diácono.

Ele ignora as perguntas e rebate questionando curto e grosso.

— Onde está o General Ares? — perguntou o religioso com seriedade.

Todos ficam surpresos e sem saber o que dizer, até que o jovem sacerdote que havia se afastado dos demais volta acompanhado de uma militar loira de olhos alaranjados e alta estatura.

— O senhor perdeu alguma coisa aqui, padre? — perguntou a mulher.

Lauro demora a responder depois de olhá-la de cima a baixo.

— Parece que Margo’on não foi o suficiente e agora desejam transformar este local sagrado em uma base de operações militares… — Ele não se intimida ao olhar sua patente e dirige-se a frente dela. — Aonde está o General Ares?

A mulher demonstra pouca sensibilidade ou vontade de conversar com ele, então abre seu casaco branco e felpudo e coloca seus dois dedos da mão esquerda a frente dele e os estala próximo ao nariz do padre. No mesmo momento, todos os vasos do altar explodem e as flores são queimadas no ar.

— Eu te dou 10 segundos, antes que eu expulse seu corpo daqui de um jeito que você não vai gostar. — disse ela no ouvido dele.

Lauro olha para o crachá de identificação dela: “Tenente-General Leona”. Logo, ele acena sua cabeça e caminha até a saída.

— General… — disse outro soldado que se aproxima dela. — A Tenente acaba de voltar de sua operação de caça a Bruxa Letal.

Ela fecha seu casaco e anda até a porta dos fundos, deixando todos os sacerdotes amedrontados pelo que acabou de acontecer.

Ao subir na antiga sala de Lauro, a general encontra com a tenente que voltou de sua operação mal sucedida, sentada em

— General. — A tenente levanta e bate continência.

Leona olha para a mulher e lhe dá um soco que a joga contra uma pintura de uma jovem gueixa em um rio de carpas.

— Tenente Tamashiro… como se sentiria quando alguém lhe promete um presente, mas nunca aparece para você com o tal? — perguntou a general.

A tenente vai se levantando aos poucos e limpa o sangue de sua boca na manga da camiseta.

— Como um vira-lata espancado no meio da rua. — disse ela, levantando-se com o apoio da parede.

— Pois bem, para que esse cachorro não volte a ser espancado é melhor não se gabar de feitos que não é capaz de fazer. — A general olha para o coldre da tenente e nota a falta de sua arma de fogo. — Porque foi desarmada?

— O que? — A militar também se surpreende com a falta de sua arma. —  Eu juro que estava comigo quando fui designada nesta operação, general.

— Tá, tá… — disse Leona, cansada de ouvi-la. — Faça o relatório da operação e não omita nada! Irei saber.

— Sim, senhora.

A tenente se retira e deixa no ar a dúvida do que realmente teria acontecido para a General Leona.

No Aeroporto Internacional de Vanilla

O exército de Margo’on já começou a tomar conta do enorme aeroporto da modesta ilha religiosa. Os oficiais do aeroporto já começam a ser dispensados de suas funções, deixando apenas os soldados e membros da aeronáutica para tomar conta do lugar.

Enquanto há uma grande movimentação no local, os “Revolucionários” se mantém atentos e ocultos em cada canto do lugar. Hardy, do comunicado de seu esconderijo, vai passando todos os passos à eles.

— O exército de Margo’on conseguiu a proeza de atrasar o embarque e desembarque no aeroporto, isso talvez dificulte a localização de quem procuramos. — Sons de digitação são ouvidos por todos. — Consegui colocar vocês em posições estratégicas, ela jamais conseguiria passar por nós despercebida...

— Ah, docinho… Já dizia o grande pensador contemporâneo, Justin Bieber: “Nunca diga nunca”. — disse Kim em tom de deboche.

— Bom, vamos repassar as posições. Entrada principal?

— Aqui. — disse Jaison, apagando seu cigarro na porta de vidro.

— Estacionamento?

— Como uma verdadeira flanelinha. — disse ela em cima de um poste de luz.

— Ai, ai… Área de bagagens?

— Pronta. —  disse Loop, “viajando” na esteira em cima de uma mala.

— Sala VIP?

— Estamos aqui. — disse Aine, também se referindo a Clira.

— Cafeteria?

— Uma observação: o café daqui tem gosto de requentado. — disse Donatella.

— Salão de desembarque?

— Mais discreta impossível. — disse Striker, usando uma peruca preta e uma máscara de silicone em tom bronzeado para esconder a tonalidade de seu rosto.

— Ótimo, todos estão em seus lugares. Mas receio informá-los que pela alta quantidade de civis no aeroporto, sugiro que não interajam diretamente com atividades suspeitas. Não temos condições de enfrentar o exército em um local tão estreito. — disse Hardy.

Eles continuam a observar os militares, enquanto o Observador procura alguma movimentação nas câmeras de segurança, que os ligue diretamente com Alexia.

— Os militares estão expulsando os funcionários do check-in e da limpeza. Eles querem dominar desde o mais baixo até o mais alto degrau profissional daqui. — disse Striker.

— Surpreendente o padre ter aceitado a intervenção em Vanilla. —  disse Jaison.

— Duvido que ele tenha assinado. Os jornais noticiam a sua saída conturbada da igreja... — Sons de digitação. — Prova de que as coisas não foram pacíficas.

— Pacífica ou não, ele deixou essa merda toda acontecer sem tomar uma providência. Uma parcela de culpa aquele “abençoado” tem. — disse Striker.

Um grande furdúncio começa a acontecer no salão de embarque, onde uma senhora ataca um oficial da aeronáutica com uma mordida no pescoço, as pessoas se assustam com a atitude e começam a se afastar; outros militares aparecem e sem qualquer ética, chutam e puxam a idosa do homem, arrancando um pedaço do pescoço dele.

— O que houve? — perguntou um militar.

Mas sem que alguém conseguisse entender a situação, a senhora que estava sendo pega pelos soldados mais brutos acaba explodindo e liberando um gás semelhante ao que devastou o hospital; começando a se espalhar por todo o salão de embarque.

— Fiquem alerta! Gás nocivo com propriedades não identificadas. — disse o Hardy em tom de nervosismo.

— Mas eu tenho conhecimento de quem foi. — disse Aine que se dirige até o salão de embarque junto de Clira.

— Loop, consegue alterar o gás? — perguntou Hardy.

— Posso, mas não… — Todos perdem a comunicação dela,

— Loop! — disse Jaison que vai passando pela multidão para ir ajudá-la.

— Mantenha-se em posição! Ainda estamos em missão.

— Foda-se a missão, tem alguma coisa acontecendo aqui! — disse ele.

Loop acaba se levantando e nota uma forte corrente de ar saindo dos dutos de ventilação. De repente, o mesmo gás verde acaba saindo por eles e se espalhando por todos os cantos do aeroporto.

— Precisamos evacuar o local! — disse Donatella.

— Kim!! — gritou Striker.

— Tanta gente super poderosa ai dentro e eu tenho que fazer as honras de salvar o mundo mais uma vez?

Ela esfrega suas mãos e começa a moldar com energia magnética do ambiente um enorme Wailord que arrebenta a entrada principal do aeroporto.

— Segurem as pranchas, meninas! — disse Kim com um sorriso em seu rosto.

A enorme baleia ficcional se transforma em uma turbina gigante que suga o gás, liberando-o do lado de fora, fazendo com que Kim inale um pouco.

— Nossa, que cheiro… Oh!

Enquanto ela tampava seu nariz, o cenário conturbado do aeroporto se torna um palco de massacre. Muitos homens estavam mortos ou estirados no chão, deixando as mulheres vivas e em pânico.

Striker, protegendo aqueles que conseguiu no salão de desembarque em uma barreira mística, olha para todo aquele cenário devastado e cruel e começa a ter visões sobre uma cidade desconhecida em que várias pessoas foram mortas por uma névoa estranha.

— Striker? Striker?! — disse Hardy com bastante desespero. — Alice!!

Ela recobra a consciência e aponta sua pistola para a parede atrás deles.

— Deadly Skyte! — Striker dispara um feixe luminoso contra a superfície e a explode ao impacto. — Podem ir…

As pessoas conseguem fugir pela entrada onde Kim arrebentou, o buraco feito por Striker ou pelas saídas de emergência; menos aqueles que continuam presos nos aviões ou na pistas de decolagem.

Aine corre até o piso superior do aeroporto e encontra uma mulher vestindo um manto vinho e um capuz preto em sua cabeça.

— Miranda! — gritou Aine.

A mulher se vira para ela e com um sorriso em seu rosto, retira seu capuz e o joga no chão; ao fazer este ato o andar inteiro explode, mas antes que atinja o andar inferior, Donatella saca uma das suas cartas rapidamente e teleporta todas as pessoas do local, enquanto o aeroporto inteiro cai em questão de segundos.

A emissora de TV local noticia a tragédia, mas exaltando a eficiência dos revolucionários em resgatar as pessoas, mostrando as respectivas imagens do acontecido.

— Vanilla ainda está assustada com a destruição da principal avenida da cidade ocasionada por um monstro de lava na semana passada. Infelizmente outra tragédia acaba de acontecer no Aeroporto Internacional de Vanilla, que acaba de explodir em causas misteriosas. Nem o exército ou a Igreja Central quiseram falar abertamente sobre o assunto, mas algumas pessoas flagraram o momento exato em que a Bruxa Letal e uma jovem desconhecida conseguiram salvar alguns civis. Estas pessoas também foram apontadas como cúmplices do grupo intitulado como revolucionários. — Fotos da Donatella, Aine, Clira, Jaison e Loop são mostradas em rede nacional. — A indícios de que esta seja a famosa diplomata, Aine Knockaine, que revelou a existência de um mundo de fadas no final do século dezenove. As outras pessoas ainda estão sendo identificadas pelas autoridades. Não se sabe o real motivo de estarem ali no exato momento da explosão, mas mesmo que tenham ajudado os civis, ainda são suspeitos para o governo de Margo’on. Mais informações, no Renne Rennew Show.

No terraço do prédio administrativo da Igreja

As mesmas mulheres que sequestraram Alexia observam a reportagem de Renne de seus celulares e se viram para Viper e Tornado Ambulante quando elas chegam pelo ar.

— Sucesso? — perguntou a Dama de Copas.

— Absoluto. A garota já não estava lá quando aquele grupinho de mágicos decidiu agir… Mas a ação deles não foi em vão, consegui matar saudade de uma velha amiga. — disse Viper sorrindo e visando fixamente seu olhar para a Igreja Central. — Já mostramos que estamos aqui, agora deixaremos que nossa queridinha recruta dê seu recado. Esperemos o próximo passo.

Elas começam a se dispersar.

No apartamento da Striker

Jaison é analisado pela Loop, para ver se não há resquícios de algum problema ocasionados pela inalação do gás.

— Você parece bem, apenas o sangue do seu nariz que não para de escorrer. Toma! — Ela oferece um lenço de papel, que ele pega.

— Algum vaso sanguíneo deve ter estourado, em questão de minutos deve se recuperar. —  disse ele calmamente.

— Jaison… Porque deixou seu posto para ir me salvar? — perguntou ela com uma voz mais baixa e serena.

— Você foi mandada até mim para que eu te proteja, ou você esqueceu do porque estar aqui? — perguntou ele, sem mudar sua expressão de ranzinza do rosto.

Antes que ela pudesse responder, eles ouvem o grito da Striker da cozinha e se dirigem imediatamente para lá.

— O que hou… ve…

Jaison fica completamente sem palavras assim como todos os outros ali presentes ao verem o padre Lauro sentado com o Buddha e a Ganesha na mesa de refeições.

— O que faz aqui dentro? — perguntou Striker em tom de seriedade.

— Bruxa Letal… Precisamos conversar! — disse ele no mesmo tom.


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