Digressão escrita por PKJX


Capítulo 3
Miho


Notas iniciais do capítulo

Não tenho lá muita opinião sobre a Miho porque, sinceramente, ô personagem apagada. Mas, sei lá, deu vontade de escrever sobre também. Acho que vou fazer o quê me recomendaram uma vez, fazer capítulos sobre diversos personagens (talvez a maioria secundários, ainda não sei). Optei por manter a pronúncia japonesa do nome da Miho/Minu.



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Miho estava ali sentada, olhando a bola e campinho de futebol improvisados de longe. Gostava de jogar com seus amigos e, ali no orfanato, sempre deixavam eles fazerem isso ao final da tarde, depois das aulas.

Jogar futebol a fazia pensar em Seiya, eles sempre competiam para ver quem marcava mais gols. Quanta saudade do Seiya… Depois que foi adotado, nunca mais pisou ali. Algumas vezes, ela escapava e entrava escondida na residência dos Kido para falar com ele, mas agora ele tinha ido para a Grécia.

Raiva. Ele era tão convencido, indo para longe e falando que voltaria mais forte, sem nem deixá-la dizer como ele era grosso, estúpido e que era melhor ficar por lá mesmo pois não faria a menor falta. Que raiva! A pior parte era não poder dizer para ele a raiva que ela sentia! Ah, mas quando ele voltar, vai ver só! Ela vai mostrar quando ele voltar… Ele volta, né? Ele tem que voltar. Ele não pode ir embora para sempre. Senão… Senão… Ela vai ficar com mais raiva! Como assim, nunca mais voltar? Ele não pode ir embora sem nem se despedir e não voltar mais! Ela não poderia aguentar toda essa saudade e raiva assim para sempre. Seiya.

Depois que ele foi embora, a Seika também sumiu. Gostava tanto da Seika, era quase como se fosse a sua irmã mais velha. Às vezes, era como se fosse uma mãe mesmo. Mas, onde estava a Seika agora? Será que ela também tinha sido adotada? Miho tentou descobrir no orfanato, quase foi pega uma vez bisbilhotando uns papéis, mas não encontrou nada. Bem, se a Seika não estava mais ali, deveria ter sido adotada, né? Deve ser tão bom… Ter uma casa… Ter pais… Viajar com eles para a Grécia… Mas… Mas… Não. Parecia que aquilo não era para ela. Era chata. Ao menos, o Seiya dizia isso. Ninguém vai adotar uma chata feito ela. Então… para onde iria? O quê acontece com os órfãos que nunca são adotados? Passaria o resto da vida naquele orfanato? Sozinha? Por quê não poderia viver naquele casarão onde o Seiya estava morando? Devia caber o orfanato inteiro ali e ainda sobraria um monte de espaço.

 

— Miho, vamos jogar mais? — um garoto de sua idade a chamou.


Ela olhou para ele e então percebeu. Não, não. Não passaria o resto da vida sozinha. Teria sempre seus amigos daquele orfanato. Seus irmãos sem pais. Era isso! Aquela era sua casa, não tinha pais, mas tinha vários irmãos. Igual naquele livro grosso que o padre às vezes lia. Eram todos irmão. Era ali que ela pertencia. Se pudesse algum dia ser para os outros como a Seika fora para ela, então, com certeza, seria feliz.


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Notas finais do capítulo

Ficou bem curtinha mas espero que tenha gostado! Se quiser indicar algum personagem, fique à vontade mas não posso prometer nada!



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