Os amores de Rose Weasley. escrita por Pudim de Menta


Capítulo 7
15 anos - Amoux Chalard


Notas iniciais do capítulo

Como posso dizer, a fanfic entrou em uma nova fase, isso quer dizer capítulos bem maiores, coloquem grandes nisso,
E esse capítulo é bem diferente dos outros, lembrando que Rose Weasley está crescendo e é uma adolescente cheia de hormônios



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Para se chegar a Beauxbatons é necessário ir até uma minúscula cidade da França, lá se embarca em carruagens brancas que nos guiam até a escola.

Beauxbatons é um castelo branco e muito bonito, há um lago cristalino nos arredores e uma áurea de elegância.

No primeiro dia que cheguei lá eu estava atrás de minha maravilhosa prima Dominique Weasley e eu não a encontrava em lugar nenhum.

Continuei em direção ao castelo e pedi informação a algumas garotas, mas elas não pareceram dispostas, continuei a puxar minhas malas e os saltos dos meus sapatos afundavam no gramado, quando finalmente apareceu uma boa alma para me ajudar.

Era Amoux, ele tinha cabelos loiros escuros e olhos azuis, era magro e alto e possuía um ar meio nerd, ele me lembrou  muito certas pessoas que eu estava tentando esquecer, mas que meu eu de 15 anos julgou ter esquecido.

Amoux andava despreocupado e com um ar de distração.

― Olá, pode me ajudar? ― Pedi com meu francês que eu achava perfeito.

―Sim, aluna de intercambio? ― Questionou direto na lata.

―Sim, como sabe? ― Respondi com outra pergunta.

― Seu sotaque e sua pronuncia, está obvio que não é daqui e seu ar de estar completamente perdida. ― Ele me analisou e me ajudou com as bagagens, ótimo, mal havia o conhecido e ele já havia insultado meu francês. ― Sou Amoux Chalard e você?

― Rose Weasley. ― Prosseguimos andando. ― Você conhece Dominique Weasley? ― Amoux fez uma careta como se não soubesse de quem eu falava. ― Dominique Delacour?

― Ah sim, conheço. ― Ele respondeu. ― Sua prima?

― Sim.

―Ah, Rose, posse lhe chamar assim?  ― Ele indagou e eu meneei a cabeça positivamente ― No desjejum selecionamos os alunos, vou te guiar até onde deve deixar suas bagagens e você deve ir ao salão principal, lá tem várias mesinhas redondas e bancos perto das paredes, espere num desses bancos, até a cerimônia de seleção começar, vão selecionar os calouros e depois os alunos do intercambio e depois vá até uma mesa que tenha a toalha da cor da casa que foi selecionada.

Nos deixamos as bagagens na sala designada e depois seguimos para o salão principal, Amoux me largou por lá e logo desapareceu, apesar dele ter me ajudado, algo nele me deixava em alerta.

Sentei-me em um banco e fiquei observando o local, as paredes eram brancas e havia muitas vidraças e um elegante lustre dourado pendia no teto, havia uma espécie de espaço elevado onde ficavam os docentes.

E muitas mesinhas forradas com toalhas brilhantes, algumas de cor vermelha, outras azuis, algumas roxas e laranjas.

Logo vi Dominique vindo em minha direção, ela estava elegante como sempre, seus cabelos loiros bem alinhados e desfilava em seus saltos.

Ela me cumprimentou com um beijinho no rosto e um abraço.

―Se não é minha prima favorita. ― Ela saudou.

―Se não é minha prima mais falsa. ― Joguei e ela riu.

― Não se esqueça de teimosa e oportunista. ― Riu Dominique, eu amava o senso de humor dela e ainda amo.

―Para qual casa espera ser selecionada? ― Ela foi direta.

―Nem sei quais são as casas, me fale um pouco delas. ― Pedi.

―Eu sou da Noble, que acredito ser o equivalente da Sonserina, a casa dos Perseverantes, ambiciosos, nobres e belos, é a casa da cor azul claro, tem a Sagesse, que é a roxa e o reduto dos nerds, é a Corvinal da vida, a Lucctore, casa vermelha, dos audaciosos, fortes, convictos e secretamente falando é a casa que mais faz barraco por aqui, é como a Grifinória e Palixtté, que é a galera da paz, da união e amizade e são muito leais e a cor laranja e eles me lembram lufanos. ― Ela explicou. ― E agora tenho que ir para minha mesa.

Dominique se despediu com outro beijo na  minha bochecha e foi se sentar em uma das mesas de sua casa e havia outras garotas com ela e aos poucos os alunos começaram a chegar.

Quando me pareceu que a maioria dos alunos chegaram, a diretora chamou os alunos calouros, a seleção de casas consistia em o aluno se olhar em um espelho e a cor que as vestes se mostrassem no espelho seria sua casa.

Foi os alunos  do primeiro ano e finalmente minha vez, o espelho mostrou minhas vestes vermelhas, como eu supus eu seria uma Lucctore.

Esquadrinhei o salão, o primeiro lugar vago em uma mesinha da Lucctore que encontrei estava em meio aos alunos do primeiro ano, nada contra, mas eu queria me enturmar com os alunos da minha idade.

Achei um segundo, em uma mesinha, havia três adolescentes, um deles era Amoux e o lugar vago era bem na frente dele.

Sentei-me e ele deu um sorriso mínimo e presunçoso para mim, outra garota na mesa era Meline Laurent, ela tinha cabelos negros e um bronzeado francês e belos olhos castanhos. O outro era Juan Delaver, magro e com cabelos escuros e olhos verdes. 

Engatamos em uma conversa, eles me explicaram que os pratos eram mágicos e que podíamos pedir qualquer coisa, depois de uma panqueca pedi um pouco de sorvete de abobora ao prato mágico.

― O que é isso? ― Questionou Amoux olhando o meu sorvete de cor incomum.

―Sorvete de abobora. ― Respondi.

―Você gosta desse negocio? ― Ele perguntou.

―Sim, é meu favorito. ― Armei-me em posição de defesa.

―Nossa, sorvete de abobora é horrível. ― Declarou ele e eu me segurei para não jogar uma colher entre os olhos dele, ninguém insulta o meu sabor favorito de sorvete. ―Prefiro de leite condensado.

Quem gosta de sorvete de leite condensado? Deixo ai o questionamento.

E Amoux era um ridículo, tudo bem que ele havia me ajudado com as malas e havia sido meu guia turístico em Beauxbatons, mas havia também insultado meu francês e meu sorvete.

Antes que eu começasse algum conflito, coisa que eu não desejava, mas também queria ao mesmo tempo, Juan intercedeu e eu percebi que ele tinha um sotaque hispânico.

―Você não é francês? ― Perguntei, um segundo depois eu percebi que poderia soar indelicado sair questionando a nacionalidade dos outros.

―Sim, ele é, sabia também que somos primos por parte de mãe? ― Respondeu Amoux e logo introduziu outra pergunta que não me dei ao trabalho de responder.

―Perguntei para Juan. ― Objetei.

―Eu respondi por Juan.

A partir daquele ponto eu comecei uma espécie de rixa com Amoux e vivíamos implicando um com outro.

Meline e Juan voltaram a puxar assunto e a pequena discussão foi esquecida.

 Meline depois da refeição me guiou até os salões da Lucctore.

Os salões eram comuns e não havia nada de especial, apenas mesinhas e pufes e nenhuma lareira e duas portas que levavam a corredores de quartos, cada quarto ficavam duas pessoas e eu dividia o meu com Meline, o quarto era composto por uma beliche simples e duas escrivaninhas.

Eu até gostava de Beauxbatons, via Dominique pelas manhãs e a tarde desfrutava da companhia de Meline, Juan e Amoux, apesar de que eu e Amoux não nos dávamos bem, mas foi em uma tarde de sábado que tudo mudou, mas começou em uma terça.

Eu só tinha mais dois meses restantes em Beauxbatons e queria aproveitar da melhor forma possível, fazendo todas as aulas possíveis, e lá estava eu na aula de poções e sendo obrigada a dividir a bancada com Amoux, ele parecia concentrado em seu livro e cada um mexia em seu caldeirão individualmente.

Eu não era boa em poções, parei de mexer por uns segundos para dar uma respirada e me fixei em detalhes na sala, poções em Beauxbatons não são feitas nas masmorras, mas sim em uma sala branca e límpida, com amplas janelas que deixam a luz entrar e o piso é tão polido que você pode usá-lo de espelho e olhei para o lado, lá estava Amoux, a luz deixava seus cabelos ainda mais dourados e seus olhos azuis claríssimos, ali ele parecia até gostável, naquela posição dava para entender a suposta queda que Meline tinha por Amoux.

Ela sempre negava, mas eu desconfiava que ela não tinha apenas uma queda, mas um precipício por Amoux.

Não percebi que eu estava encarando Amoux por tempo demais.

― O que está olhando, nunca viu um homem bonito senhorita Weasley? ― Amoux perguntou com falsos galanteios e eu detestava quando ele fazia isso.

―Já vi vários. ― Respondi cinicamente. ― E você não está na lista.

―Relaxa, não ligo para uma inglesa que mal sabe falar francês. ― Ele deu uma piscadinha e voltou a mexer sua poção impecável, que eu sabia que mais tarde ele esfregaria sua “vitória” em mim, junto com seu francês perfeito e ele havia me insultado.

Geralmente eu não era conflituosa, mas também não deixava as coisas baratas, discretamente tirei minha varinha do bolso e fiz que  um ingrediente levitasse até o caldeirão de Amoux.

Ele ficou espantado quando sua poção não ficou vermelha como o esperado, mas sim amarela.

―Professor. ― Ele logo levantou a mão. ― Minha poção foi sabotada e foi à senhorita Weasley.

―Não fui eu. ― Menti. ― Como ousa?

Enquanto o professor caquético vinha caminhando em nossa direção, Amoux rapidamente sacou a varinha e fez todos os ingredientes da mesa levitarem e pularem no meu caldeirão que se tornou um verde gosmento e pequenas bolhas pulsavam dele.

―Como se atreve? ― A pergunta foi retórica, apenas movimentei a minha varinha  e o caldeirão dele caiu, molhando as anotações  e a calça dele.

A sala inteira que tinha parado para observar ria descontroladamente, eu e Amoux estávamos prestes a lançar mais feitiços, porém ambos tivemos o braço paralisado, o professor de poções estava com a varinha em punhos.

―Senhorita Weasley e senhor Chalard, hoje vocês dois passaram do limite, detenção sábado e domingo e fora da minha aula, vou zerar a nota desse trabalho para os dois. ― O professor foi categórico.

Eu nunca havia visto o velho tão colérico, eu e Amoux saímos marchando furiosamente da sala.

A semana se passou e eu Amoux trocamos apenas alfinetadas, eu sempre ficava em estado de alerta perto dele.

No sábado lá estávamos eu e a peste na sala do professor de poções.

―Só vocês dois para me fazerem acordar cedo em pleno sábado, como sabem a biblioteca de Beauxbatons fecha de manhã no final de semana, quero que limpem hoje a seção A e B e sem magia.

Dei um suspiro de cansaço, a seção A e B eram as maiores e havia vários livros poeirentos.

O professor nos guiou até a biblioteca e trancou a porta por fora, disse que voltava na hora do almoço, ótimo, eu estava trancada em uma biblioteca com Amoux.

―Faz assim, começamos juntos pela A, eu começo dessa ponta e você daquela. ― Assumi um tom diplomático.

A seção A era uma enorme prateleira branca, extensa, porém da minha altura.

Amoux não viu nenhum problema, apenas pegou o material de limpeza e foi fazer sua parte, a cada momento íamos chegando mais perto.

Porém ignorei, em certo ponto eu acabei quase tropeçando nele, naquele momento percebi que Amoux era mais alto que eu, hoje com menos luz solar seus cabelos estavam mais escuros e seus olhos de um tom mais tempestuoso.

―Seu idiota. ― Posterguei sem conseguir encara-lo nos olhos e gaguejando um pouco.

―Por que esta tremendo Rose? Não consegue se compor na presença de homens bonitos? ― Eu estava bem próxima de Amoux o encarando nos olhos.

―Não vejo nenhum homem bonito. ― Objetei.

―Admita Rose Weasley. ― Ele usou seu melhor tom galanteador, que eu já o vira usar milhares de vez com diversas garotas, mas eu não ia cair naquele truque. ― Está caidinha por mim.

―Não estou. ― Retruquei, com meu coração acelerado, eu ia me virar, mas Amoux foi mais rápido, ele segurou meu rosto suavemente e me beijou, em dado momento eu correspondi, Amoux beijava bem, o beijo dele tinha gosto de cereja, não era o beijo maravilhoso de Scorpius, mas era bem melhor do que o de Frederick, continuamos assim por um tempo, até eu perceber a insanidade que eu estava fazendo.

Interrompi o beijo e dei um empurrão em Amoux, não tinha como sair correndo, a porta estava trancada, o jeito foi continuar o trabalho, me encaminhei para a outra seção, com um pano poeirento e uma mente em turbilhão.

Enquanto minhas mãos se ocupavam com aquele trabalho mecânico, minha mente estava a mil.

Beijei o cara mais chato da escola.

Beijei o cara que minha amiga provavelmente está afim.

Eu estou em outro país, não quero me apegar como me apeguei a Scorpius.

E Scorpius?

Espera... Eu não o beijei!

Mas gostei.

Droga, fiquei o resto da tarefa praguejando em minha mente, eu e o garoto terminamos bem na hora que o professor  entrou na biblioteca e disse que por hoje estávamos dispensados, mas amanhã o mesmo horário e seção C e D.

Eu fui para o meu dormitório e Amoux tomou outro caminho, talvez fosse beijar outra pessoa e fingir que nada aconteceu.

Quando cheguei ao quarto dei graças por Meline não estar por lá, tentei me concentrar em meus deveres, porém aquele maldito critico de francês e fiscal de sabor de sorvete alheio não saia da minha cabeça.

O dia se passou e eu evitei sair do meu quarto, Meline até comentou que eu estava estranha, contornei dizendo que era apenas cansaço.

Assim que amanheceu o dia já pulei da cama, não conseguia mais dormir, logo cedo eu estava nas portas da biblioteca e o professor fez como sempre, nos largou e trancou a portas, o clima ficou muito estranho entre mim e Amoux.

―Ok. ― Ele falou jogando seu pano no chão. ― Não aguento mais esse clima, se você não gostou de ontem, problema seu, mas eu gostei, não precisa me beijar mais e não estou apaixonado por você e tenho certeza que você não está por mim, mas estamos definitivamente um atraído pelo outro, se quiser fingir que esse beijo nunca aconteceu, finja, só não deixe esse clima pesado.

Amoux sendo sempre sincero e jogando poção estragada no caldeirão, fiquei segundos em silêncio.

―Não vai dizer nada? ― Ele perguntou e tomei uma das decisões mais idiotas de minha adolescência, eu larguei meu material de limpeza e fui em direção a Amoux, dessa vez eu o beijei, depois parei.

―Essa é sua resposta. ― Eu disse e não trocamos uma palavra até terminarmos a nossa tarefa.

O professor nos liberou do castigo e pelo resto do dia não vi Amoux.

As coisas continuaram quase iguais, eu e Amoux quando estávamos perto de Juan e Meline brigávamos feito cão e gato, Amoux despertava aquele lado conflituoso em mim, quando estávamos sozinhos geralmente tínhamos esse tipo de discussão, que terminava em beijos atrás de beijos.

Não assumimos nenhum compromisso e nem demos um nome para o que tínhamos  e toda vez que isso acontecia jurávamos que era ultima vez que aquele tipo de situação rolava, mas passavam se dois dias, ou menos,  e lá estávamos nós novamente, escondidos atrás de uma pilastra.

Foi no penúltimo dia que realmente foi a ultima vez que eu o beijava.

―Me sinto culpado. ― Ele disse enquanto estávamos parados fitando nossos sapatos.

―Por quê? ― Perguntei com os braços ao redor do seu ombro.

―O Juan está interessado em você, eu sei disso, ele não me falou, mas tá na cara. ― Ele explicou. ― E ele é meu primo.

― A Meline foi uma das melhores pessoas que eu conheci e eu acho que ela está interessada em você.

Nos soltamos e nunca mais ficamos.

Acabei não me apegando a Amoux, nem sentia ciúmes.

Pelo que sei Amoux se formou em Beauxbatons e depois se tornou ator, ele mora em Paris, está noivo de Dominique há anos e parece que nenhum dos dois está disposto a oficializar as coisas.

Volta e meia Amoux aparece na toca, isso deixa as coisas um pouco estranhas na por lá, mas não é só por ele que me sinto desconfortável lá.


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Notas finais do capítulo

Vcs gostaram? Confesso que fico que nem a Rose quanto a Amoux, dividida, eu realmente pensei q ela gostaria dele, mas não, ela me disse que ela e Amoux era apenas uma leve atração física, achei interessante ela experimentar disso e afinal ela está crescendo.
Beijos ♥