Lyra Malfoy escrita por Lexis


Capítulo 4
Lembranças de um primeiro encontro!




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  A casa em sua frente era em muitos sentidos diferente da que estava acostumada a viver, por exemplo, ao invés da mansão reta, gigante e que exalava poder e frieza, em sua frente encontrava-se uma construção simples, um tanto torta parecendo que a qualquer momento poderia ceder e cair, no entanto, de algum modo exalava amor e carinho… exalava um sentimento, que nunca antes ela tido experimentado, pois esta casa em sua simplicidade exalava o sentimento de casa.

 

Ly? Está tudo bem?  - Charlie encontrava-se ao seu lado, era clara a preocupação que adornava em seu rosto, aumentando ainda mais o sentimento de carinho que a loira sentia por ele.

 

Agora está Char… agora está! - afirmou a loira com uma nota de alívio em sua voz, parecia que anos de peso haviam sido descarregados de seus ombros. Nunca antes havia se sentido assim.

 

E como.poderia ela antes ter conhecido estas sensações? Não poderia, é claro! Pois quando não estava  em casa cercada pelo receio de ser castigada por um simples descuido de sua parte em ser como realmente era. Estava cercada por esta mesma sensação em Hogwarts e em Saints Mungus onde estudava para ser medibruxa. Nunca podia cometer sequer um deslize por medo de ser castigada. E acredite ou não, os Malfoy's eram uma família muito criativa na hora de castigar suas crianças.  Era a forma como tinham aprendido a criar seus filhos, castigando-os, deixando os menores com tanto medo dos mais velhos que resultasse em obediência cega. Era o mesmo modo como aquele que não deve ser nomeado exercia seu poder. E o temor daquelas lembranças de quando era dominada pelo puro medo, a fez por um momento pequeno se arrepender de sua decisão.

 

Um simples momento… pois no momento seguinte ao olhar para aquela casa tão simples e que irradiava amor, e olhar nos olhos azuis profundos de Charlie, lhe deram confiança suficiente para superar qualquer medo que tivesse anteriormente, pois aquele sentimento de amor e aceitação que Charlie lhe transmitia, era muito maior que qualquer medo que sua família havia impregnado em si.

 

Com um aceno para Charlie, os três entraram na casa a sua frente, anteriormente tinha até se esquecido que o irmão mais velho e de Charlie estava ali com eles, era tão fácil esquecer de seu entorno quando estava com o Wesley mais novo.

 

Ao adentrar a loira prestou atenção a cada detalhe na casa, desde o tricô sendo feito até o relógio pendurado na cozinha com os ponteiros apontados para cada membro daquela extensa família, e onde cada um encontrava-se.

 

Bill… Charlie! - escutou uma voz cheia de tanto carinho, autoridade e aflição que jamais havia escutado, a não ser às vezes quando sua mãe dirigia-se ao pequeno Draco.

 

Mamãe! - ouviu Charlie responder - não se preocupe, estão todos bem. Mas preciso muito falar contigo. - a mulher um tanto robusta, com cabelos vermelhos flamejantes, a qual reconheceria em qualquer lugar como sendo Molly Weasley, pareceu tranquilizar-se quando o filho falou que todos estavam bem.



“Que estranho!” Pensou Lyra, era de se esperar que com aquele relógio ela estivesse ciente de onde cada um dos membros da família encontravam-se.

 

Mas então deu-se conta do estado em que a senhora Wesley se encontrava, com o longo roupão por cima do pijama, e os cabelos presos em um coque que com certeza tinha sido feito às pressas, a varinha ao seu lado como​ se esperasse algum ataque surpresas. E então… só então Lyra finalmente percebeu como era estar presente da aflição de uma mãe. A Sra Wesley havia sem dúvidas acabado de levantar-se ao ouvi-los entrar na casa. Ela não devia esperar nenhum deles até a manhã seguinte quando deveriam voltar juntos para casa. A pobre senhora estava com o coração aflito, temerosa que o fato de seus dois filhos mais velhos estarem aquela hora ali, só podia significar a notícia ruim sobre algum outro membro da família.

 

Oh! - exclamou a jovem finalmente sendo notada pela mais velha - sinto muito senhora Wesley. Jamais imaginei que nossas atitudes descuidadas iriam colocá-la em tal aflição. - Lyra sabão com clareza o claro desgosto, receio é mágoa que os Wesley's tinham em relação a sua família, e a mesma não era tola para acreditar que ninguém a reconheceria como sendo pertencente aos Malfoy. No entanto, se fora seu tom de voz ou se aquela senhora tão maternal havia notado algo em seu olhar, não o sabia. O que sabia era que no momento seguinte, estava envolta em um abraço tão apertado e maternal, que nem ao menos sabia como reagir. Apenas por pura extinto, retribuiu.Oh, pobre garota… está tão magra.  - falou Molly com a expressão aflita suavizando pra uma de preocupação em direção a jovem. - venha devo ter alguns biscoitos e suco de abóbora, por que não comemos, enquanto esses meus dois filhos sem juízo me explicam o porquê de dar um ataque do coração em sua mãe a essa hora da madrugada.

 

Enquanto falava, já ia arrastando a loira para a mesa onde com um brandir da varinha da mais velha, aparecerá inúmeras comidas. Ao olhar de espanto da jovem, Charlie apenas sorriu e deu- lhe um claro sinal de que aquilo era normal de sua mãe, e para que ela não lhe fizesse desfeita.

 

E enquanto sentava- se ali, desfrutando da comida daquela senhora tão gentil, tudo o que Lyra podia pensar era em como aquele sentimento tão agradável em si, era anormal. Afinal não conseguia lembrar-se do dia em que sua mãe estivesse preocupada se comia saudavelmente ou não, tudo o que ouvia era como tinha que manter uma figura agradável para que seu noivo se interessasse por ela… Ha, como se aquilo importasse para o Zambini, afinal era de conhecimento geral que ele havia saído com todos as garotas da Sonserina e corvinal dos anos em que se encontrava em Hogwarts, bem como, em mais de uma ocasião o.moreno lhe havia deixado claro que não pretendia lhe ser fiel, e que ela como.uma boa esposa puro sangue obediente, devia ter ciência daquilo e nunca lhe importunar.

 

Então, como poderia ela esperar qualquer tipo de carinho que não fosse puro interesse por parte de outros? Até mesmo sua existência não era nada mais do que mera conveniência para seus pais… Draco pelo contrário era.tudo o que sua mãe um dia sonhara, e Lyra nunca entenderá o porquê da clara negação de sua mãe em sua direção, sendo que ela também havia saído de seu ventre, certo?

 

Mas ao estar ali, Lyra começava a repensar cada um dos conceitos que conhecia a respeito de família, e naquele momento Lyra percebeu que não queria ser como sua mãe, não queria depender se um homem frio que não reconheceria ela como uma igual, sabia que seus pais se amavam, mas desejava um amor mais puro, mais quente e que lhe fizesse bem ao invés de lhe tirar as escolhas de sua vida, ao invés de lhe impedir de conhecer novos aspectos da vida… do mundo. Naquele exato momento Lyra Narcisa Malfoy percebeu o quanto desejava poder iniciar uma vida é uma família que demonstrasse tanto amor quanto os Weasley.



—______________________

 

Resumindo tudo o que lhe contamos mamãe, precisamos de sua ajuda para que Lyra possa ficar por um tempo escondida de sua família. - Charlie finalizará o conto resumido do que lhes havia acontecido e a decisão do casal. É claro que não havia como lhe contar sobre o romance dos dois durante Hogwarts, mas por algum motivo Lyra sentia como se a senhora Wesley soubesse que algo a mais havia se passado entre os dois.

 

Afinal ela lembrava se como se fosse ontem do primeiro encontro dos dois.

 

Flashback on

 

Era quase férias de Natal, e Lyra encontrava-se vagando pelos corredores de Hogwarts pensando no seu primeiro beijo, não podia negar que o beijo do ruivo era a melhor coisa que já havia experimentado em sua vida. Ele era tão audaz, divertido, descomplicado e tão… lindo. Viu-se suspirando pelos cantos, apesar de de recriminar por pensar assim nele não podia evitar. Aquele ruivo era seu fruto proibido, e por alguma razão ela queria repetir mais vezes aquele beijo perfeito, mesmo sabendo que isso poderia lhe custar mais do que estava disposta a abrir mão.

 

Estava tão perdida em devaneios e lembranças, que nem percebeu o motivo de seus suspiros aproximar-se de si.

 

Bom dia, flor do dia! - o ruivo lhe cumprimentara com o mais belo dos sorrisos, o qual logo virou um riso reprimido ao notar o susto da jovem. - uau, Malfoy nunca havia presenciado a ti perdida em pensamentos.

 

Oh cale-se Wesley, algumas pessoas gostam de usar a inteligência que possuem para raciocinar, sabia? - não deveria lhe responder de modo grosseiro, não… ela não queria responder a ele daquele jeito, mas aquela era sua defesa. O único meio de afastar alguém quando ela não sabia como reagir.Eu sei… você é a mais bela e inteligente mulher que já tive o prazer de conhecer. - talvez ela tivesse deixado deslizar em seu olhar o arrependimento por suas palavras, ou talvez ele somente estava querendo tirar uma com a cara dela. Mas fosse o que fosse o modo como ele falará aquelas simples palavras foram o culpado por suas próximas ações, e para seu extremo horror e a extrema felicidade de Charlie. Ela encontrou-se abraçando o jovem ruivo e o beijando com todas as suas forças.Uau… - o ruivo estava ofegante e com certeza sem palavras, mas podia ver seus olhos brilhando com um desejo indescritível.Eu… eu… sinto muito. - por fim disse a loira, desviando o olhar, muito envergonhada consigo mesmo para sequer conseguir pronunciar algo a mais para o ruivo.Não… não se desculpe, quero dizer esse com certeza foi o melhor beijo da minha vida. - enquanto o ruivo divagava, a loira permanecia apenas olhando para o mesmo, admirando-o por tanto sua beleza quanto suas qualidades e defeitos. - saia comigo? -

Por fim a.loira saiu do transe com aquela simples pergunta, olhava para o ruivo com um olhar que claramente dizia: “ você é louco!”, Fazendo o ruivo.simplesmente sorrir, e devolver o olhar com um que dizia: “eu sei”.

 

Mas por alguma loucura do destino, ela acabou aceitando. E no fim aquele foi o melhor encontro que tivera, claro que não havia outros para comparar, pois aquele tinha sido o seu primeiro, mas por alguma razão ela custava a acreditar que algum dia iria conseguir superar aquele dia.

 

Marcaram para sair escondidos a noite, e o ruivo levou-a em sua vassoura para um bosque escondido nos terrenos da escola, onde o mesmo tinha preparado um incrível piquenique para os dois. E foi ali naquele lugar é aquela noite que a loira percebeu que estava irremediavelmente apaixonada por Charlie Wesley e, que nunca em sua vida iria sentir um amor tão forte por outra pessoa.

Flashback off

 

E agora, depois de tanto anos, ambos se reencontraram e no calor do momento tomaram decisões que teriam graves consequências, e enquanto esperavam a senhora Wesley digerir tudo o que haviam lhe contado, e saber se ela os ajudaria ou se a mandaria pra bem longe de seu filho. Ela só podia pensar em como não havia nenhum lugar do mundo que preferia estar mais do que ali.


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