As lendas de Kollor escrita por ApenasUmSonhador


Capítulo 3
Prym, a vingadora escarlate


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *--*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/712506/chapter/3

Prym, a vingadora escarlate

No meio dos grandes bosques de Hingard, a lua brilhava forte, iluminava cada canto escuro, revelando todos os habitantes noturnos que viviam escondidos nas arvores e arbustos. O vento soprava calmamente fazendo as folhas das arvores balançarem, levando todos os ruídos para a aldeia que dormia tranquilamente.

Após o desaparecimento das misteriosas luzes, alguém despertou no interior da floresta, emanando uma luz avermelhada, dando um aspecto assassino para a curiosa forma que se levantava de sua cama de raízes e folhas.

— Não... Não é possível – A voz saia dormente e falha da boca da linda mulher que se encontrava em pé, olhando para o céu – Ainda está cedo para ele despertar, não estamos preparados ainda – O vento soprava e bagunçava o grande cabelo ruivo da moça – Preciso encontrar Grym, agora.

Ao finalizar essa frase, uma segunda pessoa aparece no bosque, saindo das profundezas da escuridão. Um homem alto, vestido todo de preto e com uma bela cartola se aproximava da jovem.

— Não dessa vez, linda Prym, seu irmão será capaz de te ajudar agora. – Falou o homem, com um sorriso sádico desenhado na cara.

— Você realmente acha isso, Lary? Já te derrotamos uma vez, vamos te derrotar de novo, de uma vez por todas. – Revida Prym, que encarava o rapaz enquanto este andava de um lado para o outro.

— Os sete estavam juntos, todos contra mim, desta vez vocês estão sozinhos e eu vou pegar vocês, um por um, e nada vai poder me det... – O curioso rapaz não termina a frase, a jovem garota avança em sua direção com uma enorme espada, vermelha como o fogo.

— Chega Lary, você já prejudicou de mais essas pessoas, isso vai terminar ago... – Uma lâmina negra atravessa o corpo de Prym, e uma risada extremamente alta sai da boca de seu assassino.

Steew acorda perturbado, o sonho lhe pareceu tão real que ele pôde sentir a dor da linda garota quando a lamina lhe cruzou o estomago, ele pôde sentir o sangue quente escorrendo pelo corpo dela, deixando-a sem forças e conseguiu ouvir a perturbadora risada de seu quarto, vinda das entranhas da floresta.

A lua ainda brilhava no céu, mas estava perto de amanhecer, Steew fica olhando para o grande bosque pela janela de seu quarto, estava tão focado que não reparou quando Miya se junta a ele no parapeito.

— Noite estranha, não? – Reflete a garota. – Também deve um sonho estranho?

A resposta do garoto foi atrapalhada por um enorme estrondo, vindo do bosque, seguido por uma fraca luz vermelha.

— Miya, vamos, ela está em perigo – Diz o garoto, com urgência.

— Ela quem? – Pergunta a garota, assustada, mas Steew, já está na saindo pela porta – Steew me espera! – Grita a garota que corre para segui-lo.

O bosque não ficava muito distante da casa de Steew, quando eles alcançaram as primeiras arvores, a luz que a lua trazia para eles foi desaparecendo atrás de uma enorme nuvem, deixando os dois adolescentes na total escuridão.

— Steew, para onde estamos indo? Não da pra ver nada – Reclama miya que tentava, inutilmente, enxergar algo na escuridão da noite.

— Estamos indo ajuda-la Miya, a moça de vermelho, ela está ferida – Responde o rapaz.

— Moça de vermelho? Ferimento? Steew, você bebeu de novo antes de ir dormir?

— Ali Miya, está vendo a luz? Vermelha como o fogo. É ela, temos que nos apressar – Disse o garoto correndo para as entranhas das arvores.

— Steew, se acontecer alguma coisa com a gente, eu vou te bater tanto! – Berra a garota enquanto segue o jovem que já esta perto da luz vermelha.

Miya estava quase alcançando Steew, mas uma segunda luz, mais ao fundo do bosque, na direção contraria da que eles estavam seguindo, começou a brilhar, azul, intenso como os rios que eram iluminados pelo sol nas tardes ensolaradas.

Quando Steew chegou perto da jovem moça, deve que cobrir os olhos até que conseguisse se acostumar com o forte brilho que a garota emanava.

Prym estava deitada em sua cama de folhas, as mãos em cima da grande ferida em seu estomago que não parava de sangrar. O vento soprava mais forte, mas o cabelo e o vestido vermelho da jovem não se mexiam mais e pouco a pouco a luz emanada por ela ia diminuindo.

— Prym? – Steew se aproxima relutante – Por Punt, aquele rapaz te feriu feio.

— Quem... Quem é você? – Assustada, pergunta a moça – Você consegue me ver? Mas como? – Indaga a linda jovem que perdia cada vez mais o brilho da vida.

— Meu nome é Steew, estou aqui para ajudar – Fala o garoto enquanto junta umas folhas para estancar o sangue que jorrava da ferida de Prym.

— Mas como? Só eu e Lary estávamos na floresta quando eu despertei, é impossível você ter visto a nossa briga. E como você consegue me ver? Mortais não deveriam ser capazes ver os espíritos. – Indaga Prym, ainda confusa.

— Eu vi em um sonho, estranho, eu sei – Responde Steew quando termina de por o maço de folhas no estomago da estranha garota – E como assim eu não deveria te ver?

— Obrigada. – Agradece a jovem ao parar de sangrar. – Nós, os espíritos celestes só deveriam ser vistos por sete pessoas especificas, que nos ajudaram a combater Lary e os razaiis na grande guerra. Quando a grande guerra terminou, todos os humanos foram assassinados e nós voltamos a nossa forma mineral, quatro pedras neste mundo e três no outro. – Explicou Prym, que tinha sentado na cama com um pequeno esforço.

— É por isso que eu não deveria te ver, os humanos que tinham essa habilidade partiram há muito tempo – Completa Steew.

— Exatamente, e prazer, me chamo Prym, conhecida também como a guerreira escarlate, protetora da pedra de rubi, e responsável por espalhar o amor nos dois mundos. – Se apresenta. Nesse momento Prym já tinha recuperado boa parte de seu brilho. – Dormi por muito tempo, tenho que encontrar meu irmão e partir imediatamente, obrigado de novo Steew, de alguma maneira a sua presença fez a minha ferida curar rapidamente, exatamente como... – A jovem para de falar, procurando algo no interior da cama, ela passa um tempo procurando até que retira um belo colar com uma pedra de rubi  presa em um pingente. – Era do meu antigo companheiro mortal, com esse acessório você sempre poderá me chamar e me encontrar, o rubi preso no pingente vai te proteger e te auxiliar nos eventuais problemas que vão aparecer para você. Espero estar enganada, caso contrario você estará em grandes problemas. – Explica a jovem enquanto coloca o colar no pescoço do rapaz.

— Perigo? Como assim? O que isso quer dizer? – Confuso, pergunta o menino.

— Se você pode me ver e aumentou a velocidade da minha cura, só pode significar que você é um dos sete novos guerreiros – Responde Prym aflita. – E vai correr sérios perigos, o infeliz que fez isso comigo vai ir atrás de todos nós, precisamos nos reu...

Prym parou de falar, sentindo uma enorme dor no peito. O brilho que ela emitia foi aumentando e aumentando. Ao mesmo tempo, Steew notou uma brilhante luz azul vinda do outro lado da floresta. Prym solta um berro, longo e agoniante. Lagrimas escorriam de seu rosto quando a luz avermelhada diminuía de intensidade.

— Myr, NÃO! – Grita a jovem moça que estava em dobrada sobre a cama, chorando sem parar. Steew olha novamente para a direção da luz azul, mas não consegue ver nada, a luz tinha sumido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As lendas de Kollor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.