Remember Me escrita por GabiHerondale2


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.
Espero que gostem do capítulo.
Boa Leitura



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Baby você é o melhor
Porque você me entende
Eu continuo a construir muros
Mas você os derruba

Eu estou lutando
Eu não quero gostar
Mas você sabe que eu gosto
Mas você sabe que eu gosto, gosto disso, gosto

Costumava sempre pensar
Que eu era à prova de balas
Mas você tem um AK
E você está arrebentando
Explosivo
Você nem mesmo sabe
Eu quero que você saiba que
Eu quero que você saiba, saiba, saiba
Todos os outros garotos podem ir embora
Eles nem sequer estão no jogo
Porque eles sabem que você ganhou
Você tem esse gingado você tem essa atitude
Quero ouvir você dizer meu nome
Porque você me faz
Voar, com seu amor
Brilhar, com seu amor
Viajar, Com seu amor
Eu sinto que estou no topo do mundo
Com o seu amor

With Ur Love - Cher Lloyd
 

Pov Kile

— Eadlyn Schreave. - falou um médico, eu e Ahren nos levantamos na mesma hora, e o médico veio em nossa direção. - Algum de vocês é o namorado dela? - o médico perguntou, olhando de um para outro. 

— Eu. - me pronunciei, pode acreditar estou tão surpreso quanto vocês. Pelo canto do olho pude ver Ahren me olhar com as sobrancelhas levantadas e uma expressão de: " O que? " sem acreditar, na verdade nem eu estava acreditando. O médico virou para mim e sorriu, não sei porque mas eu não gostei muito desse sorriso.

— Meus parabéns. - disse, seu sorriso se alargando, eu apenas franzi as sobrancelhas, confuso. - Você vai ser pai.

— O que? - pergunto incrédulo. Minha cabeça começou a rodar. Como assim a Eadlyn estava grávida? Será que esse filho é meu? Olhei para Ahren e percebi que ele estava tão incrédulo quanto eu. Coloquei a mão na cabeça tentando, inutilmente, conter o turbilhão de pensamentos, que invadiam a minha cabeça. - Ela está de quanto tempo? - precisava saber, só assim teria certeza de que esse filho é meu. 

— Um mês. - disse, era meu. Só podia ser meu. Ou então, a Eadlyn ficou com outro homem naquela noite. Eu tinha que falar com a Eadlyn. Teria que perguntar pessoalmente para ela. Mas e se ela mentisse? Eu nem estava mais raciocinando direito. - Algum de vocês quer visitá-la? - o médico perguntou. Olhei para Ahren e fiz um aceno para ele, para ir vê-la. E ele foi acompanhado pelo médico.

Enquanto isso fiquei na recepção esperando. Aproveitei para pensar e colocar meus pensamentos em ordem. Pedi para Ahren ir primeiro, por que eu queria ter mais tempo com a Eadlyn, temos muito o que conversar. Se esse filho for realmente meu, eu vou assumir. Darei tudo do bom e do melhor para ele. Até porque eu sei a sensação de ser abandonado pelo pai, e jamais desejaria isso para outra pessoa, principalmente se for meu filho. Mas isso não vai mudar o fato de que eu vou me vingar da Eadlyn. Claro que ela grávida torna as coisas mais difíceis. Mas ainda sim guardo uma mágoa bem grande dela. 

Eu sei, que essa criança não tem culpa de nada. E por isso, sendo meu ou não, vou deixa-lo fora da minha vingança. Solto um suspiro frustrado. Sento em umas das cadeiras que ficam na recepção, depois levantei novamente, comecei a andar para lá,e para cá. Estava impaciente,  inquieto, não aguentava mais esperar. Depois do que parecia ser uma eternidade, Ahren aparece. Sua expressão não é das melhores. Ele me olha, há algo em seu olhar, algo que eu não consegui identificar.

— Tudo bem? - pergunto, observando seus olhos, tentando identificar algo. Ahren me olha, e seu olhar se perde, parecia não acreditar em algo. Vejo ele assenti lentamente, depois de um tempo. Faço menção de sair, para ir até o quarto da Eadlyn, mas ele segura meu braço, me viro para ele.

— É seu. - é a única coisa que diz, antes de se virar e ir embora. Fico completamente confuso. Será que ele quis dizer que o filho é meu? Dou de ombros, isso eu perguntaria pessoalmente para a Eadlyn. Respiro fundo, e vou até o médico que me esperava um pouco afastado. Assim que me aproximo, ele começa a andar em direção ao quarto de Eadlyn. Tento conter meu nervosismo, mas é uma missão impossível. Só de imaginar que a Eadlyn pode está esperando um filho, que pode ou não ser meu. Sinto meu coração bater mais forte. 

O médico para em frente a uma porta, que eu deduzi, ser onde a Eadlyn está. Olhei para ele, que me deu um sorriso, tentando me passar tranquilidade, afinal de contas, para ele eu seria pai. Respiro fundo, e agradeço ao médico, que apenas assenti e vai embora. Coloco a mão na maçaneta, e a giro, abrindo a porta. Entro cautelosamente, e olho ao redor.  Eadlyn está deitada na cama, sua mão e sua atenção estava em sua barriga. Ela estava completamente desatenta e não havia percebido a minha presença, por um momento, cogitei a ideia de dar meia-volta e sair dali, mas eu precisava saber, só assim eu ficaria tranquilo. Ou não. Limpo a minha garganta, e percebo que ela se assustou.

— Kile. - exclama visivelmente surpresa. Seus olhos castanhos estavam arregalados, e suas mãos permaneciam em sua barriga. Meus olhos se dirigiram a mesma, e Eadlyn, percebendo, tirou suas mãos, da barriga e a apoiou na beirada da cama. - O que está fazendo aqui? - não havia qualquer acusação em seu tom de voz, era como se estivesse perguntando apenas por curiosidade. Olho em seus olhos, e vejo certa fragilidade. Mas, eu devia está enganado, Eadlyn não era nada frágil.

— Fui eu que te trouxe para o hospital. - falei sem qualquer emoção, era como se tivesse contando algo banal, sem importância alguma. Talvez não tivesse mesmo. Percebo que ela ficou cabisbaixa, depois de que eu falei. - Como você está? - perguntei, tentando esconder a preocupação em minha voz, e dessa vez parece que ela não percebeu. 

— Bem. - fala, sem olhar nos meus olhos. Me aproximo, silenciosamente, da cama ficando ao seu lado. Eadlyn ergue a cabeça e me encara nos olhos. Percebo que seus olhos estão marejados. - Como você pode? Como consegue? - pergunta. Franzo minhas sobrancelhas em sinal de confusão. - Como você consegue me ajudar, mesmo depois de tudo o que eu te fiz? - pergunta, sua voz estava ligeiramente embargada. 

— Não sei. - digo friamente. Eu não podia fraquejar, não agora, eu tinha que ser forte. Eadlyn já me fez chorar tanto, que as lágrimas que ela está derramando agora, não são nada. Desvio meu olhar dela, e encaro o teto, o gesso está perfeitamente branco. Interessante, né? Sinto sua mão em meu queixo, e ela vira meu rosto em sua direção, fazendo-me encara-la. Tiro sua mão do meu queixo, sem delicadeza alguma. - Está mesmo grávida? - pergunto, de repente. Eadlyn arregala os olhos. Não esperava que eu soubesse.

— Como... como você sabe? - pergunta, gaguejando. Acho que nunca vi a Eadlyn gaguejar, e ficar nervosa do jeito que está. Sorrio internamente com a sua reação. 

— O médico, me disse. - não era mentira. - Eadlyn. - chamo, e ela me olha. Meu coração começa a bater mais forte e rápido. Engulo em seco, tentando controlar o nervosismo. Agora, quem estava nervoso era eu. - É meu? - pergunto, simplesmente.

— O que te faz achar que é seu? - pergunta, com a voz tão afiada quanto uma adaga, nunca usada. Confesso que fiquei surpreso, com a sua reação. Me fez duvidar.

— Não sei. Me diz você. Mas quero que seja bem sincera. Afinal de contas, você é a pessoa mais sincera que eu conheço. - falei, provocativo. Eadlyn, me olhou indiferente, mas no fundo dos seus olhos castanhos, pude ver duas coisas. Tristeza e mágoa. Sorri internamente, Eadlyn não sabia o que lhe esperava.

— Não precisa me ofender. - diz ríspida. Sorri de canto, e isso parece irrita-la ainda mais. - E respondendo sua pergunta. Não. Esse filho não é seu. - diz, mas não me convenceu. Conhecia Eadlyn o suficiente para saber quando ela estava mentido, ou pelo menos eu achava que conhecia. Ergo as sobrancelhas, e a encaro.

— Não? Pois o Ahren disse que era meu. - digo, provocando-a, mas no fundo eu realmente queria saber se esse filho era meu. Suspiro, e passo a mão por meus cabelos, enquanto espero, impacientemente, por sua resposta.

— Pois, o Ahren não sabe de nada. - diz, irritada. Percebo que ela evita me olhar nos olhos, me aproximo, apoiando minha cama, na cama, e me inclino para frente, ficando a centímetros de distância do seu rosto. Sua respiração acelera, e ela fecha os olhos com força. Sorrio, e me aproximo um pouco mais, ela abre os olhos, e se inclina um pouco para frente de encontrar os meus lábios, mas me afasto, sorrindo, deixando-a vermelha, não sei se de raiva ou vergonha.

— Diga a verdade. - digo sério. Parece que a minha "cena", só serviu para deixa-la, com mais raiva do que nunca. Era tão bom irritar as pessoas, principalmente quando era a Eadlyn. Ela me olha sem reação, parecia está em um beco sem saída.

— Mas eu...eu estou,dizendo.... - ela se enrolou com as palavras. Eu estava com uma vontade louca de rir, mas segurei, e permaneci, com uma expressão séria, mas por dentro eu estava gargalhando da sua cara, como muitas vezes ela fez comigo. - Ele é seu. - diz, de uma vez, fechando os olhos, como se estivesse arrependida. Abri e fechei a minha boca várias vezes, tentando encontrar algo para dizer, e tudo o que saiu foi:

— Legal! - disse, me fazendo de indiferente, por dentro eu estava feliz, mas ela não precisava saber disso. Fui em direção, deixando-a para trás. Coloquei a mão na maçaneta, e girei-a abrindo a porta. Mas me viro de novo para Eadlyn, que está com a cabeça baixa, encarando as próprias mãos. Poderia sentir pena, se não fosse, a Eadlyn. - Ah, e se arrume o médico deu alta. Quando estiver pronta, estarei na recepção. - falo saindo do quarto, de uma vez.

Fecho a porta, atrás de mim e me encosto nela. É como se tivesse usado todas as minhas forças. Respiro fundo, e solto o ar devagar. Eu estava eufórico, ainda não acreditava que iria ser pai. A felicidade era tanta que não cabia no meu peito. Fui para a recepção e fiquei pensando. Eu queria ficar perto do meu filho, e também queria ter chance de me vingar da Eadlyn mais facilmente. Já sei. Claro, Kile como você não pensou nisso antes. Depois de algum tempo, Eadlyn aparece na recepção e para na minha frente. Não digo nada, apenas levanto e saio dali, sem olhar para trás para saber se estava me seguindo ou não.

Vejo meu carro estacionado no estacionamento - Jura?- do hospital. Vou em direção á ele, e escuto os passos da Eadlyn atrás de mim. Entro no meu carro, e Eadlyn entra no banco do carona. Ela parecia está desconfortável, tanto quanto eu estava. Liguei o carro e sair dali, um pouco mais rápido do que pretendia. Me virei para Eadlyn, e vi que a mesma, estava com a cabeça, encostada no vidro do carro, encarando o nada. Era agora.

— Eadlyn. - chamo, voltando a minha atenção para estrada. Ela se vira para mim, e me encara em silêncio, olho pelo canto do olho. - Eu quero ficar perto do meu filho. Ver ele crescer, acompanhar cada etapa da gestação e tudo mais. - digo e ela assente, parecendo um tanto confusa. - E é por isso que eu tomei essa decisão.

— Que decisão?

— Você vai morar comigo. - vejo-a arregalar os olhos surpresa. Sorrio, e agora a diversão começa...

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

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