O brilho dos seus Olhos escrita por Ana Paula


Capítulo 8
Capítulo7


Notas iniciais do capítulo

Quem some por quase um mês e volta com a cara mais deslavada possível?
EEEEEEEUUU.
Eu Odeio ficar sem postar, eu me sinto em divída. Mas escrever doente, e sem motivação não é possível, por isso a demora. Eu amo essa história,mas ultimamente tenho ficado um pouco desmotivada.Mas não desistam de mim. Eu espero que gostem do capítulo.
Ps:Feliz NATAL!!!! e um Feliz 2017 pra todos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/712426/chapter/8

Levanto e sigo o cheiro de café que está espalhado pela casa, as roupas retiradas na noite passada ainda estão  jogadas pelo chão. Procuro por Catherine pela casa a encontrando no quarto do Thomás Ela não sabe. Ela não tem como saber.

Eu repito isso na minha cabeça um milhão de vezes antes de conseguir falar.

 – O que você está fazendo aqui? Questiono.

Ela ignora a minha pergunta.

— Você acordou. Ela me sorri. – Eu não sabia que você tinha um filho.

— Eu não tenho.

— Mas...

— Eu preciso que você saia da minha casa, Catherine. A interrompo.

Seus grandes olhos verdes se alargam.

— Por favor. Repito – Saia daqui agora! Grito perdendo o controle.

Seu rosto toma uma expressão resignada.

— Se é isso que você quer.

Eu fecho a porta do quarto e vejo ela seguir para o quarto recolher e vestir suas roupas. Ela vai em direção a porta antes de sair me olha, seu rosto me mostra raiva seus olhos me dizem tristeza e ressentimento.  Eu não posso lidar com isso agora, não agora.

— Nunca mais dirija a palavra a mim Francamente, eu não sei como eu pude ser tão burra. Se você quiser uma noite de farra enquanto sua esposa está fora, comigo você não vai conseguir isso. Pelo não outra vez, eu não faço isso. Eu não durmo com homens casados. Fique longe de mim seu canalha!

Ela bate a porta, o som que ecoou pela casa se repetiria na minha cabeça pelo resto do dia.

Eu troco de roupa e resolvo correr e tirar com exercícios o peso das minhas costas, eu corro por todo o parque pelo menos três vezes , mas nada a tira da minha cabeça, quando a exaustão chega e eu estou a ponto de cair eu paro e sigo em um caminhada ao bar do Joca. Eu caio na cadeira da primeira mesa que eu vejo. Peço uma dose de uísque que aplaca a dor do meu estômago por falta de comida. Joaquim aparece no bar cerca de dez minutos depois, senta na mesa sem dizer uma palavra e me observa.

— Diga o que você tem para dizer. Falo depois de um bom tempo

— A minha vida não foi fácil Benjamin e você sabe disso, e uma das poucas constantes boas na minha vida foi você. Mesmo nos piores momentos você estava lá. E quando essa tragédia se abateu sobre você, eu tentei mostrar que eu estava do seu lado, mas não adiantou. Eu vi você se afundar nesse poço de culpa e autoflagelação. Depois da ligação eu achei que você poderia ter encontrado alguém tido uma noite legal, e agora você me aparece nesse estado...

— Eu me apaixonei. Desabafo.

Ele fica atônito

— Isso é ótimo. Diz animado. – Isso é bom, certo? Ele questiona

— Não quando ela acredita que eu sou um marido infiel, quando ela questiona sobre o meu passado, ou quando ela está em uniforme escolar.

— Uniforme escolar? Isso significa o que eu acho?

— Ela é minha aluna. Confirmo. Parece que toda vez que eu chego perto dela o sorriso se apaga. Eu encontrei com ela ontem à noite na boate e a noite foi maravilhosa. Mas o dia seguinte veio e eu estraguei tudo, por isso acabei aqui.

Seu rosto endurece.

— Você me prometeu que iria parar de beber pelo menos cinco vezes, mas você tem uma manhã ruim e volta a beber. Eu sinto muito que eu tenha que fazer isso Benjamim, mas você está proibido de entrar aqui. Você esteve por perto nos meus piores momentos e eu tentei fazer o mesmo, isso só fez de você um alcóolatra.

— Eu não sou alcóolatra. Me defendo

— Você já fala como um.

— Eu não sei o que fazer Ok? Tudo que eu faço parece errado, eu não me sinto merecedor de estar vivo.

Baixo a cabeça em derrota

— Você não o matou. Olhe para mim.

— OLHE PARA MIM, PORRA! Ele exclama

Eu faço, ele olha no fundo dos meus olhos.

— VOCÊ NÃO O MATOU. Foi  um acidente.

—Foi uma ideia ruim ter vindo aqui, eu vou seguir o meu caminho. Levanto

—Vamos-lá Benjamin. Eu sou seu melhor amigo.

— E è por isso que eu estou indo embora, eu vou aprender a lidar sozinho.

Sua expressão assume uma carranca.

O resto do meu final de semana foi  em meio a ler e dar nota a trabalho de aluno.  Um deles colocou uma receita de bolo de chocolate no meio do trabalho, achando que eu não leria. Sua nota foi obviamente zero  e uma observação que sou péssimo cozinheiro. Na segunda eu não encontrei a Catherine, e nos próximos dias sempre que eu tentava falar com ela se afastava, ou me ignorava. Depois de quase duas semanas disso eu estava ficando irritado. O clima naquele dia parecia combinar com o meu humor, depois de outra tentativa frustrada. A chuva caia  de forma torrencial, a visibilidade mesmo no final de tarde era horrível. Tiro o carro do estacionamento , e sigo pela rua principal que  estava praticamente vazia. Uma sombra ficava cada vez mais aparente conforme o carro avançava . Uma garota em seus  jeans e uniforme completamente encharcados assim como seus grandes cabelos loiros , segurava uma mochila na cabeça como forma de proteção, o que não estava fazendo qualquer diferença .  Ela perde o equilíbrio ,eu saio do carro as pressas para ajuda-la . AO olhar me deparo com os grandes olhos verdes ao qual não saem da minha cabeça. Seus olhos escurecem quando  me vê , eu desço meus olhos aos seu lábios ,  chuva caí sobre eles o deixando ainda mais avermelhados. Eu passo o dedo sobre eles e antes que eu me pare a puxo pra mim. Seu Corpo é quente atrelado ao meu em meio a chuva fria , com um movimento  ela esta em meu  colo enquanto sua pernas estão em volta de mim. Eu aprofundo o beijo, minhas mãos deslizam sobre o seu corpo. Ela geme contra a minha boca.

—Estamos no meio da rua . Ela sussurra horrorizada, quando nos separamos.

—Vamos pra meu apartamento.

—Eu não volto á sua casa.

—  Sua casa? Questiono e ela concorda

Relutante a deixo ir , nos entramos no carro ela me da o direcionamento pra casa dela , algumas infrações de trânsito depois , entramos na casa ela me guia até seu quarto. Seus olhos verdes estavam  escuros, sua pele mais branca que o habitual, sua roupa completamente  molhada revelando cada curva do seu corpo. Retiro sua blusa encharcada enquanto beijo sua pele doce. Ela desabotoa a minha camisa sua mão passeando pelo meu corpo enquanto as minhas fazem o mesmo no dela. Ela arqueava a cada toque meu, e dessa vez quando nossos corpo se uniram foi mais doce, mais lento mas não menos intenso. Suas unhas arranhavam as minhas costas , e gemia no meu ouvido quando chegamos no êxtase de sensações. Deitamos lado a lado,  recuperando o folego.  O silêncio foi ficando cada vez mais longo e quando a olho vejo uma lágrima em seu rosto .

—Eu te machuquei? Questiono alarmado

—Não, fisicamente.

—Então?  Questiono.

— Eu não sou essa pessoa, eu não vou pra cama com homens casados, eu não me deixo levar ao ponto de esquecer de me proteger. Eu fico idiota e me deixo levar quando estou com você, eu não gosto disso.  Eu me sinto horrível de isto ter acontecido de novo, eu penso na sua esposa.

—Você não precisa se preocupar com isso.

— É claro que eu tenho.

— Não, você não precisa. Ela está morta.

Seus olhos se alargam

— Minha esposa e meu filho estão mortos. Consigo falar finalmente..


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram??
Comentem!!!
Beijossss



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O brilho dos seus Olhos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.