Out Of The Woods... escrita por Day Alves


Capítulo 42
Procurando...


Notas iniciais do capítulo

Oii Tributos!

Traicionera, no me importa lo que tu me quieras / Mentirosa, solo quieres que de amor me muera / Traicionera, en mi vida fuiste pasajera / Mentirosa, no me importa que de amor te mueras

Viciada em musica nova... GENTE, Vocês já ouviram Kiwi do meu MARIDO? É gente, Harry Styles, meu marido. Se não, dão uma olhadinha lá, esse álbum novo dele tá uma coisa viu, tô apaixonada. ❤️

Ok, saindo do surto inicial. Estou atrasada e sou uma ótima tratante. Eu sei. Me matem. Eu combinei de postar semana passada e não postei e nem postei ontem e nem nada e eu sei que vocês querem me matar... MAS, mas nada, gente, eu só não tive tempo mesmo. E olha que eu nem vou conseguir responder aos comentários do ultimo capítulo hoje, mas se essa semana eu tiver mais folgada eu respondo. Ok?

Boa Leitura!❤️



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Pov Peeta.

Vejo os raios de sol clareando a minha pele, Haymitch sai de dentro de casa com uma garrafinha na mão, que com certeza não é café, e logo atrás dele vem Gale, este, com duas xícaras na mão.

— Café? – Ele pergunta se aproximando.

— Por favor. – Digo pegando uma xícara de sua mão. — Whisky logo cedo, Haymitch?

— Preciso de algo para me dar forças. – Ele dá de ombros e funga. Haymitch andou chorando? Bom, se sim, eu não o culpo, afinal, que moral uma pessoa que passa a noite olhando pela janela esperando outra pessoa chegar – mesmo sabendo que ela não vai –, tem? Nenhuma, eu acho, mas de qualquer forma, essa é minha realidade. Acho que estou meio perdido hoje. Mas incrivelmente eu não chorei. Não consegui, talvez eu esteja sendo forte, talvez eu ainda não tenha noção do que está acontecendo, ou talvez eu esteja tão profundamente dolorido, que estou anestesiado da dor. De qualquer forma, nada disso me parece bom.

— Quando começam as buscas? – Pergunto, limpando a garganta e olhando o horizonte.

— Assim que tomarmos café. – Gale responde.

— Vou me despedir de Rye. – Digo, entrando em casa, na sala Effie e Annie estão sentadas no sofá, complemente em silencio, dou uma rápida olhada na cozinha e vejo apenas alguns civis que passaram a noite nos arredores da casa conversando e tomando café, subo as escadas e entro no quarto de Rye, Johanna e Hunter estão deitados na cama, aparentemente dormindo, aproximo-me do berço de Rye, seus olhos estão fechados, mas basta apenas eu colocar minha mão na grade e eles se abrem, azuis escuros, como se um céu incrivelmente azul tivesse se fechado para uma terrível tempestade, ele se senta sozinho no berço e me encara, vejo Buttercup se mexer em seus pés e logo o gato está se esfregando no menino. — Bom dia, filho. – Dou um beijo em sua testa, como faço todos os dias. — O papai vai sair agora, tenho que achar sua mãe. Você sabe, eu não sou nada sem ela. – Digo. — Precisamos dela, então, eu vou deixar você aqui, e prometo que não vou voltar até encontrá-la. – Digo isso encarando seus olhos, e no fim, ele sorri para mim, como se entendesse tudo e concordasse. — O papai te ama muito, viu? – Beijo sua testa e me abaixo para ele beijar meu rosto.

Encaro Buttercup ao lado de Rye e inacreditavelmente o gato me encara de volta, com seus olhos amarelos e grandes, tem muita intensidade em tudo isso. Ele sabe o seu dever, ele tem que ficar e cuidar de Rye, como tem feito todos esses dias.

— Muito interessante essa troca de olhares entre você e o gato. – Ouço a voz de Johanna e olho para ela que se levanta totalmente arrumada. Pronta para uma guerra, eu diria.

— Aonde você vai? – Pergunto.

— Para onde vocês vão. – Ele responde tranquilamente.

— Não mesmo. – Balanço a cabeça em negação e ela tira o machado do acessório em suas costas.

— Tente me impedir. – Ela diz, girando-o nos dedos e eu reviro os olhos. Ótimo.

 

— Não mesmo. – Gale fala batendo as mãos na mesa da cozinha.

Johanna e eu acabamos de descer do quarto de Rye. Effie e Annie subiram para cuidar das crianças e Gale teve um ataque assim que viu a noiva vestido para “matar”, literalmente.

— Chega de ataque de histeria, a gravida paranoica aqui sou eu, e se eu estou dizendo que vou com vocês, eu vou. Ponto. – Ela fala.

— Justo! Você... – Gale aponta para ela. — Está gravida, gravida de um filho meu, e eu nunca na vida vou deixar você ir para lugares perigosos e estranhos nessa situação. – Ele exaspera e passa a mão pelos cabelos escuros.

— Deixa de ser demente. – Johanna se aproxima. — Já sabemos que nosso querido funcionário. — Ela olha para mim. — Ama florestas. Então, já sabemos onde começar a procurar.

Sim, ao que parece Ramon é obcecado por florestas desde o primeiro Jogos Vorazes que eu e Katniss participamos. Como sabemos disso?

— Esse é o primeiro lugar para onde meu irmão levaria a Katniss. – Diz Abigail, uma bonita garota de 18 anos, irmã mais nova de Ramon. Como a encontramos? Não a encontramos, ela apareceu aqui essa madrugada dizendo que sabia onde o irmão podia estar com Katniss.

— Mesmo assim, isso pode ser perigoso, não sabemos se ele está acompanhado de alguém ou se está armado. Pode haver uma retaliação e... – Gale para de fala. — Não quero você na linha de fogo.

— Ela é como uma irmã pra mim também, Gale. – Os olhos castanhos de Johanna se enchem de lagrimas — Não tente me impedir disso.

— Não posso arriscar perder você. – Gale fala. — Tampouco nosso filho.

— Não vá Johanna. – Digo me aproximando dela. — Precisamos de você aqui, ajudando Effie e Annie a cuidar das crianças.

— Clara vai com vocês? – Ela pergunta.

— Sim, pro caso de precisarmos de cuidados médicos. – Haymitch limpa a garganta.

— Tudo bem. – Ela suspira. — Eu fico, apenas por causa de Rye, Hunter e do meu bebê. Apenas por isso.

— Faz bem, Katniss nunca se perdoaria se algo acontecesse com vocês. – Digo, colocando minha mão sobre sua barriga e ela me abraça.

— Tragam ela de volta. – Ela suspira. — Preciso daquela desmiolada aqui.

— Todos precisamos. – Effie funga, e vejo que ela voltou a chorar.

— Ela vai voltar. – Digo. — Nem que seja a última coisa que eu faça, mas eu vou trazer ela de volta.

Pov Katniss.

— Como passou a noite, meu amor? – Ramon se aproxima, trazendo uma bandeja nas mãos.

— Otima, é muito bom ficar amarrada, eu adoro dormir assim. Na verdade. – Digo irônica, e até dou um sorrisinho para ele, que fecha a cara.

— Se você colaborasse mais comigo, eu poderia te dar alguns mimos. – Ele passa a mão no meu rosto e eu me viro.

— Prefiro passar o resto dos meus dias assim. – Digo.

— Adoro as duronas. – Ele sorri, e antes que eu preveja algo, seus lábios estão sobre os meus. A primeira coisa que passa por minha cabeça é repulsa, e sem medir atos, mordo sua boca com força. Automaticamente sinto o gosto de ferrugem ele se afasta e por um momento eu vejo em seus olhos a mesma bondade que eu via nos olhos do outro Ramon, mas isso é apenas por um segundo e o próximo ato é um tapa bem dado no lado esquerdo do meu rosto, o gosto de ferrugem se intensifica e eu cuspo um pouco de sangue no chão. Ele me bateu. É isso mesmo? Quem ele pensa que é? — Desgraçada.

— Se coloque no seu lugar antes de pensar em encostar em mim. – Digo. — Eu tenho nojo de homens como você.

— Eu estava pensando em levar as coisas numa boa Kat. – Ele passa a mão pela boca. — Mas depois disso. – Ele aponta pra boca. — Vou deixar as coisas mais selvagens pra você. Já que prefere assim, eu devia saber que você é uma vadia mesmo.

— O que quer dizer com isso? – Eu não queria, mas minha voz sai amedrontada e nervosa.

— Essa noite, você será minha. – Ele dá um sorriso maldoso. — Literalmente.

— Não vai encostar em mim, se é o que está pensando. – Digo.

— Como se você tivesse alguma defesa. – Ele sorri mais alto. — Se prepare, a nossa noite, será ótima.

Dito isso, ele me manda uma piscadela e sai, fechando a entrada com alguns arbustos. E tudo o que eu consigo pensar é: “Decididamente eu estou em perigo”. 

Pov Peeta.

— E então, já estamos andando a três horas seguidas. – Haymitch fala. — Temos alguma coordenada de onde eles possam estar?

— Não. – Gale responde.

— Como vamos encontrar então? – Ele pergunta.

— Procurando. – Eu respondo.

— Cada canto da floresta? – Haymitch volta a retrucar.

— Sim, se possível, cada galho e pedra no chão. – Um soldado fala.

— Vamos achar a docinho é nunca. – Hayamitch sussurra. — Me desculpem, mas desse jeito, se acharmos ela, já vai estar morta.

— Tem aerodeslizadores sobrevoando a região. – Gale fala. — Qualquer vulto que eles captarem nós vamos atacar imediatamente.

— Hm, já é alguma coisa. – Haymitch abre uma garrafinha e bebe um pouco do liquido lá de dentro.

— Já está tarde, dentro de algumas horas vai anoitecer, e não encontramos nenhum sinal do paradeiro de Katniss. – Digo, o horrível sentimento de desespero ameaça atacar novamente.

— Vamos encontrá-la Peeta, nem que tenhamos que procurar de dia e de noite. – Gale fala.

— Assim eu espero. – Digo.

Pov Katniss.

Eu não sei quanto tempo está passando, nem como o tempo está passando, eu só sei que cada momento que passa, o desespero e a fadiga aumenta. Estou me sentindo nauseada, tonta, minha cabeça dói, minhas mãos estão suando e eu não consigo pensar em algo a não ser que eu quero sair daqui. Apesar de saber que isso é quase impossível. Será que já está anoitecendo? Será que Peeta está chegando? Será que ele ao menos está atrás de mim? Meu Deus, eu preciso sair daqui, antes que seja tarde demais.

Mais algum tempo passa, o reflexo da luz do sol que entrava pela rachadura na parede, se apaga. Ou seja, está de noite, Ramon pode chegar a qualquer momento e isso me deixa cada vez mais apavorada. Talvez, não há como sair dessa, ele vai fazer o que quiser comigo e depois vai me matar, ou talvez, pior, não me mate. Sim, pior. Por que se ele realmente me violentar, eu prefiro que ele me mate depois, mesmo tento meu filho e Peeta... eu não serei mais a mesma. Lagrimas involuntárias saem de meus olhos. Por que estou pensando nisso? Eu devia ser otimista. Mas não consigo, tudo o que eu penso é que em breve ele terá suas mãos sobre mim, e eu não vou poder fazer nada para impedi-lo. Que droga!

Alguém entra na caverna, mas tudo está muito escuro, eu não consigo ver o rosto da pessoa. Mas sei quem é.

— Olá, meu amor. – A voz de Ramon entra em meus ouvidos e minha náusea aumenta, sinto que vou vomitar a qualquer momento e respiro fundo para que isso não aconteça. — Eu estive ansioso o dia todo por essa noite. – Ele se aproxima de mim. — E então eu pensei em fazer um acordo com você.

— Que seria? – Pergunto. Eu sei que não vem coisa boa de nada disso, mas se quero sair viva daqui, talvez eu devesse jogar o jogo dele.

— Está interessada? – Ele murmura. — Vejo que temos uma mudança aqui.

— Vamos negociar? – Pergunto.

— Se você me der o que eu gosto, eu dou o que você quer. – Ele se aproxima do meu rosto.

— Então?

— Vamos por partes. – Ele fica em pé à minha frente. — Eu me interessei profundamente por você desde os primeiros Jogos, seu jeito, sua marra. – Ele me encara intensamente. — Mas eu sabia que você nunca seria minha. É como um fã que ama seu ídolo, ele faria qualquer coisa por ele, mas nunca seria notado para mostrar isso. Então, vocês vieram para o Distrito 12, e nisso eu vi uma oportunidade de ter o que eu queria. Quando Peeta abriu a padaria, eu fui o primeiro a querer trabalhar nela, para ficar mais perto dele e obviamente, de você também. Então eu venho a quase dois anos tentando me aproximar mais. Mas, você nunca me nota! Eu tinha que tomar alguma atitude.

— Então, no casamento da minha melhor amiga você me sequestra? – Pergunto.

— Não. – Ele nega com a cabeça. — Primero eu tentei algo mais ameno para você. Se eu tirasse os obstáculos da minha frente, eu poderia chegar mais rápido até você, e talvez, você até gostasse de mim, se eu fosse um bom amigo em um momento de perda.

— Você. – Olho para ele juntando as peças. — Você explodiu o forno na padaria. – Minha voz sai alta e enraivecida. — Voce podia ter matado o Peeta!

— Era isso o que eu queria. – Ele fala. — Mas, droga! Ele parece ter mil vidas. E no fim, apenas aquele funcionário teve neves ferimentos. – Ele revira os olhos e eu nego com a cabeça. Ele é um doente. — Então, eu esperei uma situação melhor, e aí veio o casamento. Eu não podia esperar mais, então, cá estamos nós.

— Você é... – Comecei mas não terminei, seria muito impulsivo xingar ele agora. “Jogue o jogo dele Katniss.”. — Tudo bem, eu entendo você.

— Você entende? – Ele se aproxima sorrindo.

— Sim, eu também já fiz coisas erradas para conseguir o que e queria. – Digo.

— Então...?

— Estou esperando você me dizer as suas condições. – Olho para ele com o olhar mais calmo e sereno que eu conseguia agora. A raiva estava fluindo dos meus poros, mas, eu sempre fui boa em atuar.

— Você me dá o que eu quero, e eu deixo Peeta vivo. – Ele fala.

— E você quer o que? – Pergunto.

— Vamos começar com você passando essa noite comigo. – Ele vira de costas. — Depois, você e eu vamos embora daqui, para algum lugar longe e escondido, onde ninguém possa nos achar. – Abaixo a cabeça me recompondo, tenho que pensar rápido. — E então, o que você me diz? – Ele levanta meu queixo e olha em meus olhos. Jogo fora todos os pensamentos de querer mata-lo da minha cabeça, e o olho com tranquilidade.

— Estou apenas esperando você me soltar. – Sussurro. Ele sorri, para depois colar seus lábios nos meus. Fecho os olhos com força tentando retribuir ao beijo sem vomitar nem demonstrar asco. Sinto meus braços sendo soltos, e ele tira seus lábios da minha boca para descê-la para meu pescoço, enquanto desamarra minhas pernas, e assim que estou solta, ele volta a beijar minha boca. “É agora ou nunca Katniss”. Meu cérebro alerta. Abro os olhos e vejo que ele mantém os seus fechados. Não tenho nada em mãos para desarmá-lo ao algo do gênero. Então, terei que usar golpes baixos.

Sua boca sai da minha e ele cai de joelhos no chão no mesmo momento que meu joelho esquerdo acerta entre suas pernas.

— Desgraçada! – Ele urra. Mas eu nem sequer olho para trás. Apesar de estar com as pernas bambas por ter ficado muito tempo sentada e pelo medo, a adrenalina em minhas veias me faz correr o mais rápido que eu consigo no momento. Por isso, eu nem vejo o momento que eu saio da caverna e começo a andar pela floresta. A salto alto me atrapalha bastante a andar nesse terreno, por isso eu me arrisco a olhar brevemente para trás. Ele está um pouco longe ainda, mas não muito, por isso, tiro rapidamente os sapatos bonitos que Johanna escolheu para as madrinhas e o jogo em algum canto qualquer, voltando a correr imediatamente.

— Katniss! – Ouço o grito de Ramon chamando meu nome. Ele está perto, bem perto, por isso, eu aperto o passo me desvencilhando dos galhos no chão. Minha cabeça dói e eu me sinto tonta de novo. Não sei como, mas em algum momento meu pé embaraça em um ramo no chão, e eu caio sem ver o barranco à minha frente, sinto meu corpo rolando no chão por alguns instantes, antes de sentir algo rasgando a pele da minha barriga e minha cabeça se chocando contra algo duro. Depois disso, tudo fica escuro. Mas a pergunta “Agora eu estou fora de perigo?” não sai da minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo! Espero que tenham gostado... KKKKKKKKKKKKKKK gente, sou péssima com essas cenas de ação assim. Então, ignorem tudo, o importante é que ela saiu da caverna kkkkkkk, o que não significa que ele não pode achar ela mas... Vida que segue né.

Não deixem de comentar e se estiverem gostando FAVORITEM!❤️

E que a sorte, esteja sempre ao seu favor! ❤️