Finding Love escrita por MayMay_Miau


Capítulo 17
After the Monsoon


Notas iniciais do capítulo

Oiee *fala escondidinha dentro de uma caverna*
Devem estar querendo me matar, né? Eu sei que demorei, mas foi malz!! Muito pressao, já que esse é o PENULTIMO CAPÍTULO de Finding Love. Isso mesmo, o proximo será o ultimo da fic. TT____TT Sinceramente, é difícil encerrar uma das melhores estórias que já escrevi.
Sem papo-furado, a fic!!



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Quando acordei, sentia todo o meu corpo dolorido.

Onde diabos eu estava?

Tentei me levantar, mas desisti ao sentir uma dor arrepiante nas minhas costelas. Um pequeno gemido saiu de minha boca. 

Deitei-me novamente, olhando envolta. E qual não foi a minha surpresa ao ver Shin, Kiro, Yu, Romeo, Strify, Lux e Theo, todos espalhados no chão, em cadeiras e em um mini sofá. Do meu outro lado, se encontrava Anneliese, deitada em uma cama como a minha. Tinha uma grande marca roxa na sua bochecha, e uma agulha perfurava seu braço.

Ela estava assim por culpa de Miguel. Ela estava assim por minha culpa! Ai que droga!

- Hmmmm – resmungou alguém. Virei-me para o outro lado, vendo Shin se espreguiçar. Vê-lo de novo era tão bom, que lágrimas surgiram em meus olhos. Ele olhou para mim, com os olhos agora verde-claros cheios de sono. Ele parecia mais do que exausto. Olheiras fundas marcavam seus olhos.

Esses mesmos olhos se arregalaram ao me ver. Shin levantou-se de supetão, tropeçando entre nossos amigos e parando ao meu lado.

- Sabrina – chamou. Sua voz estava embargada.

- Shin... – sussurrei. Minha voz também estava embargada, mas estava também fina e sofrida. Falar fez com que minha garganta queimasse como fogo. Contorci o rosto.

- Sssshh... Não se esforce – ele pediu, esticando sua mão para acariciar meu rosto. Era bom. Uma onda de calor percorreu pelo meu corpo, confortando-me. – Por favor – ele começou – Por favor... Nunca mais faça isso comigo! Por um minuto pensei que ia te perder... Nunca mais ver seu sorriso... Ver você corar, brincar, teimar e ser sarcástica! Não sei se suportaria! Acho que desaprendi a viver sem você. Eu te amo tanto que... Chega a doer!

Depois dessa declaração, comecei a chorar feito um bebê. Nunca pensei que ouviria algo assim em minha vida. 

- Também te amo Shin. Com todo o meu coração e minha alma. – estiquei a mão direita pera segurar seu rosto e o trazer para mim. Os olhos mais lindos do mundo me olhavam com preocupação e amor. Selei nossos lábios em um pequeno selinho. Isso mudou ao sentir sua língua entrar em minha boca, intensificando as coisas. Correspondi.

- SAH!! – ouvi alguém gritar e acabar com meu momento – Vixe... Foi mal. – era o meu tão discreto amigo Strify.

Como previ, esse grito acordou todos que ainda dormiam acordaram assustados, vistoriando o quarto com os olhos. Quando os mesmos me viram, tiveram uma reação parecida. Kiro já estava me enchendo o saco, falando sobre minha irresponsabilidade. Theo fazia a mesma coisa. Eles pareciam o meu pai.

Foi ai que eu notei Lux, que estava ao meu lado, mas calada. Ela parecia se conter para não chorar. Agora era eu queria chorar.

Shin viu minha expressão direcionada para Lux, e entendeu de imediato o que significava.

- Muito bem bando de desocupados! Hora de sair, comer algo e retocar a maquiagem – disse olhando na mesma direção que eu: para Kiro e Strify. A maquiagem de ambos estava escorrida e com a cara amassada que eles estavam, se tornava até engraçado de se ver.

Yu, que também entendeu a mensagem subliminar de Shin, arrastou os dois acima para o banheiro, reclamando algo sobre uma aspirina. Romeo os seguiu, perguntando para meu namorado onde ficava a lanchonete.

Um silêncio desconfortável se instalou. Lux parecia tão envergonhado quanto eu, começou a falar.

- Sua... Sua... Sua irresponsável! O que você acha que aconteceu comigo quando soube que tinha sumido? Tenha noção! Eu quase enfartei! Quase bebi toda a água do Reno para me acalmar! E quando soube que estava nas garras daquele porco sádico? Você só pode me querer morta!

Isso não era exatamente o que eu esperava. Levar um sermão com quase todas as partes do corpo doendo não é algo que as pessoas queiram experimentar. Eu mesma faço questão disso não se repetir.

- E Kiro? Aquele baixinho depravado! Invocado! Te deixou sozinha em um lugar desconhecido! Ele é burro a ponto de não perceber o imã de perigos que Sabrina Reymont é? E mais uma! Ir até Miguel?!? Bebeu, fumou, pirou? Arrg! Eu odeio essa sua irresponsabilidade e o jeito de achar que pode resolver as coisas, sozinha! Pô! Sou sua melhor amiga há tanto tempo e você ainda não confia em mim? Tá, a gente briga, mas é isso que irmãs fazem né? Eu sei que dá ultima vez exageramos e pior! Eu nem sei o motivo daquela briga que desencadeou metade dos fatos que ocorreram nos últimos dias e...

- Epa, epa, epa!! Paro por aí! Dias?!? – perguntei chocada.

- Isso mesmo Bela Adormecida! Você dormiu por dois dias! Por que acha que todo mundo tá com as caras amassadas, descabelados e lerdos? Viu o que você fez? Quase matou a gente! Tem ideia de como eu e Shin ficamos? Só faltava ele arrancar de vez o cabelo! E eu... Você ficou assim praticamente por minha culpa! – Lux começou a lacrimejar. Eu também. Tinha me transformado em um bebê chorão aqui na Alemanha.

- Idiota! Estúpida! Sem noção! Culpa sua?!? – fiquei brava com o que Lux disse. Ela falava sério? – Vou te dizer de quem é a culpa! A culpa é do sarcástico, sádico, pretencioso, arrogante, egoísta, filho duma égua chamado Miguel! Mesmo se eu não estivesse naquela boate, mesmo se não tivéssemos brigado, ele daria um jeito de fazer a mesma coisa!

- Hmmmm... – Lux resmungou. Abraçou-me, com as lágrimas finalmente caindo. A acompanhei. Tivemos de nos separar quando a dor se tornou incomodativa para mim.

- Quer saber seu estado? – Lux perguntou, olhando para mim com olhos tristes, mas com um sorriso mínimo.

- É muito ruim? – ela assentiu e eu suspirei, limpando as lágrimas. – Desembucha.

- Três costelas quebradas, pulso esquerdo deslocado, braço direito quebrado, perna direita quebrada, sem contar com os graves cortes nas costas, marcas roxas e derivados.

- Eu tô um caco, hein? E Anneliese? – olhei preocupada para ela, que ainda dormia.

- Já acordou uma vez antes. Tem cortes mais superficiais, mas ainda graves. Mais hematomas que você, uma pequena infecção nas costas e braço esquerdo quebrado. Pouco menos que você.

- Isso sim é culpa minha – resmunguei desgostosa, mas ao ver a cara de assassina de Lux, revirei os olhos. – Tá ok, já parei. Em quanto tempo eu saio daqui?

- Isso é com o médico. Ele já nos disse que Anneliese sai um pouquinho depois de você, por causa da infecção. A média é sair em duas semanas.

Ah cara!! Isso tudo?!?

- Sem reclamações pequena – uma voz falou vinda da porta. Nunca pensei que ouviria essa voz aqui. Talvez lá em casa, no Brasil, mas não aqui, neste momento. – Sempre invocada.

- Rafa? – indaguei, olhando para ele abismada. Ele sorriu o sorriso de covinhas fofo dele. Rodrigo apareceu atrás dele, sendo seguido por papai e uma moça muito bonita.

- Pirralha irresponsável! Quase nos matou? Nós, tranquilos no Brasil, quando tua amiga liga e diz que a senhorita está no hospital, totalmente detonada. – Rodrigo cruzou os braços, fazendo cara feia. Oh Mein Gott!! Mais um para me encher o saco em relação ao meu aparente ato de loucura? Essa não, se meus irmãos e meus pais estão aqui, eu ainda vou levar muitas broncas.

E como eu disse, fiquei parada horas a fio ouvindo discursos, sermões, palestras ou o que for! Como eles tinham tanta saliva? Ah, claro, a moça bonita ao lado de papai era Amanda, a namorada dele. Era legal e falante.

Shin depois de um tempinho voltou para o quarto, devidamente arrumado. Pareceu meio constrangido ao ficar de lado com meus irmãos e pai. Os gêmeos adoraram zoar com minha cara e fazer as mais diversas piadinhas sobre nosso namoro. Shin parecia confuso, já que eles falavam em português. Okay, eu apresentei meu namorado a minha família, ele foi aprovado, eu aprovei Amanda e ponto.

Só quando os homens tinham saído para adivinhem, comer, que eu abortei um assunto desagradável com Lux.

- Lux, e quanto a Miguel? O que vai ser feito em relação a ele?

Ela me olhou séria, antes de abrir um sorriso de alívio.

- O delegado McAdams está cuidando para que ele não saia da cadeia tão cedo. Seu pai já abriu um processo contra ele junto com os pais da loirinha e a pena mínima para aquele desgraçado é de 15 anos. Ele vai pegar mais, com certeza.

Olha, essa era uma das melhores notícias que eu já recebera em muito tempo.

- Bem Lux, acho que as coisas finalmente vão se resolver.

- Ah é! Esqueci de dizer – Lux me olhou com expectativa, os olhos brilhando como nunca – Eu vou me casar!!

É O QUE??

- V-Você?? Você vai... Se CASAR?!? – exclamei, um pouco alto demais.

- Yeah!! Yu me pediu ontem, e eu aceitei – foi ai que eu finalmente percebi um pequeno anel de prata em seu dedo anelar, indicando o compromisso. Não era brincadeira. Minha melhor amiga ia se casar.

- Não acha muito cedo para casar Lux? Você e Yu são tão novos!

- Ai, ai queridinha. Quero ver você falar isso quando Shin lhe pedir a mão. Isso não vai demorar e duvido que você recusa!

Corei com a imagem de mim e Shin morando em nossa casa, com talvez um bebê. As reuniões feitas com os amigos, as férias no Brasil... Nyah!!

- Eu vou dormir! – resmunguei, cobrindo meu rosto – Chame Shin para mim. Só ele!

Ouvi o riso baixo dela e seus passos saindo do quarto. Depois, novos passos, mais decididos e pesados foram ouvidos e eu sabia de quem eram.  Ainda não constituíam o corpo da pessoa que eu queria. Mas sabia do assunto que essa pessoa viera tratar.

- Strify, se veio me perguntar se Anneliese faz seu tipo, se ela está com Theo e se ela gosta de você as respostas são: Sim, não e talvez. Agora se mande! – Strify riu, dando um pequeno beijo na minha testa, olhando de soslaio para Liese e indo embora.

Finalmente ouvi os passos de quem queria. Shin apareceu ao meu lado e eu indiquei a cama, para que ele deitasse ao meu lado. Ele obedeceu e eu recostei-me em seu peito, sentindo o delicado carinho em meus cabelos, que finalmente tinha lembrado que tinham sido cortados. Ignorei a dor nas costelas, pela posição tomada.

Ele falou:

- Sabe, acho que mesmo sem intenção, Lux dedurou meu plano. Sabrina Reymont... Quando terminar o colégio e coisa e tal, você aceita se casar comigo?

Por essa, eu realmente não esperava. Meu coração foi na cabeça, no pé e só depois voltou para seu lugar. Minhas bochechas queimaram e eu fiquei sem fala. Shin parecia tenso, remexendo no cabelo com a mão disponível.

- Bobo, não precisa ficar tão nervoso. Aceito sim, mas eu vou ter que terminar meus estudos e vamos ter de nos casar no mesmo dia em que a Lux e o Yu. Sem vestidos brancos ou alianças bregas, está okay?

Shin sorriu abertamente.

- Como quiser senhorita – e me puxou para dar talvez o beijo mais apaixonado que um dia sonhei em receber. O mundo podia estar acabando, que eu nem perceberia.

Como eu tinha dito a Lux, as coisas estavam finalmente se resolvendo.


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Notas finais do capítulo

É BOM EU TER MUITOS REVIEWS!! ESTAMOS NA RETA FINAL DA FIC, ENTAOOOO, TODO MUNDO QUE ACOMPANHA E NAO DEIXA REVIEW, DEIXE AGORA!!
Beijinhos =*



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