O Orfanato escrita por Ray Ramos


Capítulo 9
Certezas e Dúvidas


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Espero que não, estou perdendo um pouco a inspiração de escrever essa fic, mas os comentários de alguns me deixam tão felizes que me fazem escrever mais e mais, então, espero que gostem ❤ Boa Leitura ❤



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Acordei no hospital com o Jake ao meu lado segurando a minha mão.
— Você acordou. - Ele disse com um sorriso de lado e os olhos cheios de lágrimas.
— Eu perdi o bebê? - Perguntei esperando que a minha resposta fosse sim, mas ele negou com a cabeça.
— Os médicos disseram que você teve sorte. - Ele disse acariciando a minha cabeça.
— Eu chamaria de azar...
— Quer parar com isso? Esse é o momento mas lindo da minha vida, eu vou ser pai, e de um filho seu, Renesmee você não entende o quão isso é importante pra mim? Quer parar de ser egoísta por um momento por favor? - Ele disse sério e eu fiquei em silêncio.
— Eu não sei porque você está me apontando tanto o dedo agora, foi você que estragou tudo desde o começo, e me desculpe por não querer ser mãe aos 18 anos. - Ele ficou em silêncio. - Me desculpe, eu sei que fui egoísta Jacob, eu sei que errei em não te contar mas.. Eu só tenho 18 anos, eu não quero essa responsabilidade agora. - Disse e as lágrimas começaram a rolar no meu rosto.
— Amor, você não pode culpar a criança pelos nossos erros, é o nosso filho. - Ele me olhou ainda serio mas com um olhar dramático.
— Eu realmente não sei como vou criar essa criança Jacob, eu..
— Renesmee, eu acho que você esquece de onde viemos, eu fui rejeitado pelos meus pais, e eles só perceberam a besteira que fizeram quando já era tarde demais, eu não quero esperar que seja tarde demais para reparar o nosso erro. - Ele disse e eu fiquei novamente em silêncio. - Eu sei que não posso te obrigar a nada, sei que ainda está magoada comigo, mas você sabe que eu te amo, eu quero muito ser pai, e eu faço qualquer coisa pra te ter de volta, por isso, eu novamente te peço perdão por tudo, te magoei, mas estou aqui reparando meu erro, amor, por favor, me perdoa.
— Jake, eu sei que você está certo, mas eu me sinto tão fraca quando estou com você e não consigo não te perdoar, não consigo não te dar outra chance, eu sei que te amo, e você não tem ideia do quão está sendo difícil pra mim agora...
— Pelo contrário, eu sei exatamente o quão difícil está sendo pra você porque esta sendo difícil pra mim também, é difícil acordar todos os dias e não ter a mulher que eu amo ao meu lado, e lembrar que é tudo minha culpa, mas eu falei serio quando disse que queria que você fosse a minha mulher oficialmente, eu rompi o meu noivado com a Leah, eu quero você Renesmee, eu amo você, você tem sido forte por todo esse tempo, você a mulher mas forte que eu conheço, e eu sei que não te mereço, e sei que é pedir demais, mas eu quero outra chance, pra poder assumir o nosso filho e você como minha mulher, minha esposa. - Ele disse e eu chorei, não consegui dizer sequer uma palavra. - Depois de tudo, quando eu conheci o meu pai, eu me tornei um cara frio, como ele, e eu sei que é clichê dizer isso mas, quando você apareceu, você simplesmente derreteu o meu coração,e foi como se ele voltasse a bater, e eu fui um idiota te dizendo todas aquelas coisas e bancando o machão, e depois com a Leah, Renesmee, eu já não consigo mas encontrar formas de te pedir perdão por tudo, eu fui um moleque, mas agora eu quero ser o homem que você merece.
— Eu não sei o que dizer Jake, dizem que sempre tem um lado que ama mais, e eu queria realmente que não fosse eu, você quer o meu perdão? Eu te dou o meu perdão, você quer assumir o nosso filho? Eu te deixo assumir, mas nesse momento, eu realmente quero ser egoísta e pensar em mim Jake, você diz que eu sou forte mas por quanto tempo? Por quanto tempo eu serei forte pra aguentar tudo o que está acontecendo tão depressa? Eu não sei mas se consigo. - Disse, ele ficou em silencio por alguns segundos.
— Me da essa chance e eu te mostro o quão fortes nós somos quando estamos juntos, e eu mostro que podemos superar qualquer coisa se estivermos juntos. - Ele disse e eu pensei por uns segundos.
— Tudo bem Jacob, você terá a sua chance, mas eu juro que se dessa vez você me magoar, eu vou embora nem que seja pra outro planeta, e eu não vou sozinha. - Falei me referindo ao bebê, ele assentiu com a cabeça e me abraçou.
[...]
Passaram-se alguns dias, eu já havia saído do hospital, Jacob praticamente me implorou para que eu fosse pra a casa dele, e depois de o Emmett conversar comigo, eu resolvi que deixaria rolar. Eram 07:00hs da manhã quando Jacob recebeu uma ligação, o seu pai viria o visitar e ele ainda não sabia sobre mim e o meu filho.
— Ele vem pra cá por negócios e vai aproveitar pra nos visitar. - Jacob disse, eu ainda estava deitada na cama tentando despertar.
— Ele já sabe? - Disse e ele negou com a cabeça. - Ah, que ótimo. - Ele riu, e voltou a deitar ao meu lado me dando um beijo apaixonado.
— Não se preocupe, vai dar tudo certo. - Ele disse levantando e pegando uma toalha do armário.
— Você sempre diz isso. - Respondi e ele me olhou com aquele sorriso lindo.
— Temos que ser positivos. - E entrou no banheiro.
Fiquei um tempo pensativa, olhei para a minha barriga, eu já tinha quase um mês, mas era como se não houvesse ninguém lá, minha barriga não crescia e eu estava ansiosa para me ver de grávida e ao mesmo tempo eu queria que fosse tudo um terrível engano. Passei a mão por cima, imaginando que talvez ele sentisse, mas me senti estranha ao parecer que eu estava fazendo carinho em mim mesma. Levantei e desci. Fiz o café da manhã, tomamos juntos e ele foi pro trabalho, me deixando sozinha, ou quase isso. Dei uma organizada na casa e fui até a sala, sentei no sofá e tentei novamente acariciar minha barriga sem me sentir estranha; Comecei a refletir se eu seria uma boa mãe, eu ainda não me sentia uma mulher totalmente, mas eu teria que amadurecer depressa, ou o meu filho seria uma dessas crianças que choram por tudo como eu já vi vários no café, e talvez seja esse o meu maior medo, não ser uma boa mãe, e na verdade, eu nunca quis ser mãe, eu nunca tive uma referência, mas eu quero ser a mãe que eu nunca tive, a mãe que a vida me tirou. No final da tarde o telefone tocou, era o pai do Jacob, meu coração gelou.
— Leah? - Ele disse do outro lado da linha.
— Er, não, é a Renesmee. - Disse.
— O Jacob está ai? - Ele foi seco.
— Er, na verdade não mas eu acho que... - Ele desligou o telefone.
Caramba, realmente será mais difícil do que eu imaginei. O telefone tocou novamente, dessa vez era o Jake.
— O meu pai ligou? - Ele disse um pouco nervoso.
— Sim, acho que ele preferia que tivesse sido a Leah atendendo. - Respondi tentando descontrair um pouco.
— Me desculpe, ele é assim mesmo, só pensa em negócios, nós vamos jantar com ele hoje, já comentei sobre você, desculpa não ter falado antes. - Ele disse.
— Não se preocupe, vai dar tudo certo. - Nos despedimos e entao eu desliguei.
[...]
E quando a noite chegou, eu estava nervosa, então eu conheceria o pai do Jacob, e teria de segurar a língua para não perguntar o motivo de ele ter abandonado o Jake naquele orfanato.
Jacob disse que iríamos jantar em um restaurante. Quando chegamos ele já estava lá, sério, e parecia impaciente.
Fomos até ele que nos olhou sério.
— Pai, essa daqui é a Resnemee, minha futura esposa. - Jacob disse, mas ele permaneceu sério.
— É bom conhecer a voz do telefone, me chamo Billy, então é você o pivô do fim do noivado? - Ele foi direto, com certeza será uma longa noite.
— Na verdade, acho que nem havia começado, se não existe amor não é mesmo...
— Podemos não falar sobre isso por favor? - Jacob nos fez ficar em silêncio, jantamos ainda em silêncio, estava um clima horrível, até que meu querido sobrinho resolveu puxar assunto.
— Onde vocês se conheceram? - Ele disse e eu esperei o Jake responder, mas ele permaneceu em silêncio meio que procurando as palavras.
— No orfanato, eu realmente agradeço por você ter deixado o Jacob lá, se não fosse por isso, nós nem nos conheceríamos. - Respondi, ele me olhou sério e tomou um gole de vinho.
— Mas quando se há amor não é? Você acha que tudo é amor não é querida? Só que amor não enche barriga. - Ele disse e eu ri ironicamente.
— Bom, nas situações em que eu me encontro eu posso te dizer que enche sim...
— Dá pra vocês pararem com isso? Estão todos nos olhando. - Jacob disse.
— Desculpe,acho que são os hormônios. - Disse sorrindo, mas Jacob me olhou serio e então eu senti a gravidade do problema, até então estava sendo tudo como uma brincadeira pra mim, mas essa noite era realmente importante pra ele e eu estava estragando tudo.
— hormônios? Como assim? - Disse Billy olhando pro Jacob e eu resolvi ficar calada dessa vez.
— Ela está grávida pai, você será avô. - Jacob disse e o Billy bateu forte na mesa.
— Francamente Jacob, eu esperava mais de você, como você deixou que essa mulher entrasse na sua vida e estragasse tudo assim? Eu não acredito que você deixou a Leah por causa disso. - Billy disse me deixando perplexa, como ele podia ser tão frio? Jacob ficou em silêncio por alguns segundos.
— Sabe, por um momento eu achei mesmo que você fosse ficar feliz por mim, mas você nunca vai mudar não é? - Jacob disse e levantou, eu fui atrás dele.
— Amor, me desculpa, eu que estraguei tudo. - Eu disse enquanto ele entrava no carro e entrei logo em seguida.
— Não se preocupe, não foi só você, eu só... Eu realmente queria que ele ficasse feliz por um momento. - Ele disse e antes que ligasse o carro eu o abracei.
Fomos pra casa e não conversamos pelo resto da noite, eu queria dar espaço pra ele, mas foi ainda mas difícil, olhar pra ele e não querer relembrar o que havia acontecido. Minha única certeza era de que eu queria estar com ele pra sempre, minha maior dúvida era se eu queria que o bebê estivesse aqui.
[...]
Passaram-se 6 meses, Jacob estava ansioso para descobrir o sexo, e eu estava ansiosa pra tirar essa criança de mim, meu corpo estava ficando deformado, com estrias, e eu sentia muita cólica, enjoos e etc. E eu nunca quis essa criança, desde o começo, eu fiz isso por ele, e depois de 6 meses, eu ainda não sei se quero ser mãe. Eu não conseguia encontrar uma posição certa pra deitar, e já havia me esquecido como é dormir a noite toda.
Só de lembrar de todas aquelas crianças com quem eu convivia todos os dias me faz querer tirá-lo ainda mais rápido. Nós fomos finalmente descobrir o sexo, Jacob não me deixou sozinha em nenhum momento, e confesso que ver o serumaninho que cresce dentro de mim me deixou um pouco emocionada, mas também ainda mais feliz porque logo logo chegaria a hora de tirá-lo; A médica nos disse o resultado: Uma menina. Que ótimo, então agora, eu estava ansiosa pela saída da minha menina.
[...]
Jacob estava todo feliz, só faltava contar pro mundo todo que era uma menina, mas ele percebeu meu desinteresse, e quando chegamos, eu fui direto pro quarto e ele veio atrás de mim.
— O que foi? Não está feliz? Nós vamos ter uma menina. - Ele disse e eu sorri de lado. - O que foi amor?
— Estou um pouco cansada, é só isso. - Disse e sentei na cama.
— Amor me fala, o que está acontecendo? - Ele disse sentando ao meu lado.
— Eu só... Não sei mas por quanto tempo ainda vou aguentar isso, meu corpo está horrível, eu não durmo nunca, eu sei que você está feliz, e também quer muito que eu esteja mas..
— Ei, eu entendo, mas o seu corpo continua lindo, eu sei que é difícil, mas isso será recompensado depois. - Ele respondeu segurando a minha mão.
— Jacob, eu não estou nem na metade do sofrimento, ainda viram mais noites e noites sem dormir, mais dor, e apesar de você estar aqui, sou eu quem mais vou sofrer por tudo isso. - Respondi, ele ficou em silêncio por alguns segundos.
— Eu entendo, só.. Por favor, não tenta estragar tudo agora, eu também vou passar noites e noites acordado, sempre vou estar aqui te ajudando, eu quero ser o pai que eu nunca tive. - Ele disse e eu o abracei. - Eu amo você.
— Eu também te amo, você quer decidir o nome? - Disse forçando um sorriso.
— Claro que sim. - Respondeu.
Passamos a noite toda tentando escolher um nome, até que chegamos a um acordo, ela se chamaria Sophie.
Continua...


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Notas finais do capítulo

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