Ele escrita por Calpúrnia


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem pela demora! Acabei me enrolando demais na minha própria vida. Mas cá estou e como demorei muito, vou fazer uma dobradinha. Espero que gostem!

Boa leitura!



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Quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015 – (Novos) Hábitos do coração.

Escrito por G. de Oliveira

Ele conhecia a si mesmo bem o suficiente para saber quando estava ultrapassando os próprios limites, e sabia que ela era, simplesmente, atrativa demais para que Ele ficasse apenas parado observando enquanto ela partia. Seu nome, seus olhos, sua boca, sua risada, as covinhas, a forma de andar, tudo remetia a um mistério para Ele, uma pedra preciosa desconhecida que Ele necessitava conhecer de qualquer jeito. O problema era que, dessa forma, estaria ultrapassando as linhas que impôs em seu coração.

Mas de onde, afinal, saiu aquela ideia de prometer a si mesmo que não deveria ultrapassar limites? Um rebelde como ele se importando com o que era limite ou não? Havia algo de muito errado no que ele estava pensando e tentando fazer. Ele estava realmente hesitando e era completamente ridículo. Não era como se Sakura lhe desse medo... Bom, não era exatamente ela, mas sim o que ela podia causar num rebelde como ele.

Um gigante, um forte, um invencível sendo derrubado por um sorriso. Um simples sorriso, qualquer um diria, mas Ele sabe muito bem que não é um simples sorriso, não é um gesto normal, é algo que vai muito mais além, tão além que chega a sua alma, corroendo cada pedacinho de si. E a forma como ela desviava o olhar cada vez que Ele chega perto, como se quisesse esconder o que realmente havia naqueles curiosos olhos esverdeados. Ele sabia, sabia que qualquer mínima aproximação seria o fim para ambos, o problema era controlar-se quando ela insistia em chama-lo silenciosamente apenas com a forma com que andava a sua frente, atraindo-o tão facilmente quanto um viciado é atraído por sua droga.

Manter suas mãos longe dela era seu único objetivo e Ele tinha toda certeza de que seria muito fácil cumprir com essa lição, mas bastava ver aquelas covinhas se formando por conta de um sorriso tímido que Ele começava a dar os primeiros passos na direção de Sakura, pronto para puxá-la dali e a encostar à primeira parede mais distante de todas as pessoas.

Então era isso. Sakura tinha de ser sua, porque seu orgulho e honra já não existiam mais, não havia mais nada para sustentar sua personalidade de gigante, nada poderia torna-lo forte se ela não o fizesse. Ele passava horas rindo da própria idiotice de deixa-la penetrar tão fácil pelas camadas da sua pele e chegar ao seu coração, bagunçando tudo o que via pela frente. E era disso que Ele precisava, da bagunça deliciosa que ela causava, tornou-se uma dependência tão intensa e perigosa que Ele já não ligava para mais nada que já importou um dia.

Toda sua visão se focava naquela mulher alta, de cabelos curtos e olhos verdes curiosos e brilhantes que queriam mais do que tudo fazê-lo ceder a todos os seus desejos e vontades. Sakura conseguia o que nenhuma outra mulher poderia conseguir dele: uma entrega cega e sem limites. Ela conseguia fazer com que seu coração se enchesse de dúvidas e, com apenas um sorriso, tudo sumia, e Ele tinha certeza que tudo em si era composto apenas dela.

Mas Ele não queria aceitar a dependência, não queria aceitar que estava doente com aquele amor, mas precisava dele para sobreviver, precisava dela e tudo que ela poderia lhe oferecer. Se ela o sugaria? Claro que o faria, mas Ele chegou a um ponto em que ser sugado por ela era a melhor sensação pela qual Ele já passou.

Como se habituar ao fato de que ela era muito maior do que Ele? E que ela era muito mais forte do que Ele? Mais intensa e atrativa do que Ele imaginava? Era um processo extremamente difícil, mas se tornou muito fácil quando Ele entendeu que um segundo sem aquele sorriso e aquela doce voz, tudo se tornava um verdadeiro inferno e Ele era só um Rei solitário e ridículo.

Sakura era a dona daquele reinado, era dona de tudo que Ele era e tinha. Dominante, confiante e atraente, a mulher que o controlava como nenhuma outra, aquela que o fazia dizer sim a tudo que pedisse e tudo por causa de um sorriso brilhante e covinhas tímidas.

Eram novos hábitos, e Ele estava amando tudo, especialmente ela.

Δ


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Notas finais do capítulo

Eu gosto desse capítulo, porque deixa bem claro os sentimentos do Sasuke nessa estranha relação com a Sakura. Imagina só um dominador como ele aprendendo a ser dominado. É uma situação de tirar fôlego e sanidade de qualquer um.

Espero que tenham gostado! E já, já, o próximo!



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