Os dias vão se passando e uma amizade entre a Bela e o Adam vai se formando mostrando que por trás de todas essa pose que ele tem, existe uma pessoa sensível. O que acontece é que ele tem medo de algo que aconteceu um tempo atrás.

Devia ser uma noite de inverno quando após ver a noticia de que um banco próximo a casa de Adam foi assaltada, alguns homens armados entraram na casa dele ameaçando-o. Os bandidos queriam que ele dirigisse o carro que estava estacionado em frente a casa dele até próximo do esconderijo deles, o que não esperavam é que próximo do caminho alguns policiais fossem notar algo de estranho no carro é seguir eles de longe.

Percebendo que a policia estava seguindo-os, um dos bandidos avisa aos outros que manda o Adam parar o carro no meio do caminho. Eles fogem e deixam o rapaz sozinho, que vai embora antes da policia chegar. Desde esse acontecimento de um ano atrás, o Adam tem medo de que a polícia ache que ele foi cúmplice e vá atrás dele ou de que os bandidos resolvam ir atrás dele para matá-lo e assim acabar com a única testemunha que viu o rosto deles.

Alguns dias depois de completar um ano que esse dia aconteceu, a notícia de que os mesmos bandidos estavam na cidade estava sendo comentada por todos, inclusive nos jornais, revistas e etc. Todos falavam disso.

Com medo, Adam evitava sair de casa, mas infelizmente ele não teve opção naquela terça-feira. Um dos funcionários foi parar no Hospital e o outro lua-de-mel. Nem que a Bela trabalhasse por dois daria conta.

Durante a manhã o trabalho foi tranqüilo, a tarde é que as coisas começaram a complicar.

A Bela estava nos fundos da biblioteca quando ouviu um barulho diferente na entrada da biblioteca. Pessoas gritando e falando com o Adam como se o conhecessem, além disso, ela também escutou um tiro. Assustada, ela ligou para a polícia e assim que desligou a ligação, tentou se aproximar mais para ver do que se tratava, mas acabou sendo vista por um dos bandidos que foram tirar satisfação com ela.

— Ei, você - um dos bandidos fala - Vem pra cá.

Lentamente ela se aproxima.

— Você deveria ter ficado lá, escondida - o Adam sussurra para ela.

— Não posso, não poderia deixar você morrer. Não... Não quero te perder.

— O que fazemos com ela? - um dos bandidos pergunta.

— Ela é testemunha agora, melhor darmos o mesmo fim que o desse aí - o outro responde.

— Pode ser - o primeiro bandido diz.

Quando o segundo bandido levanta a arma para atirar na Bela, que fecha os olhos assustada, o Adam pula para derrubá-la e ambos caem no chão. O tiro pega de raspão no Adam, mas os bandidos não se preocupam com isso, apenas com o barulho de sirene de policia e os polícias que entram na biblioteca para prendê-los.

— A senhorita é...? - o policial pergunta.

— Isabela - ela diz sem tirar os olhos do Adam que está desmaiado - Esse é o Adam, ele precisa de ajuda - ela finalmente olha para o policial, por favor.

— Homens - ele diz para alguns policiais que estavam avaliando o local para ver se não há mais nenhum bandido - Me ajudem a levar o rapaz para o carro.