I Miss You, Louise - Harry Styles escrita por CampanaBraga


Capítulo 1
COFFE




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Esta é uma obra de ficção: nomes, personagens, lugares, marcas, mídia e incidentes ou são produto da imaginação do autor ou são usados ficticiosamente. O autor reconhece o status de marcas e patentes comerciais de diversos produtos referenciados nessa obra de ficção que têm sido usados sem permissão. A publicação/uso destas marcas não é autorizada, associada ou patrocinada pelos respectivos representantes.

♥♥♥

Era para ser apenas uma manhã comum. Eu acordaria atrasada como sempre, tomaria meu café da manhã na rua, e correria como uma desesperada para conseguir chegar a tempo de entrar no colégio. Minha melhor amiga me diria que eu preciso colocar o meu celular para despertar mais cedo, e eu diria que ela está certa só para cortar o assunto. Nós duas sabíamos que amanhã eu faria tudo de novo, esse era o meu problema, eu era previsível demais para tentar surpreender alguém.

O som de How deeps your love invade minha mente me tirando do estado de torpor. Era a segunda vez que tinha ativado a opção "soneca", eu estava excepcionalmente atrasada hoje. Enquanto fazia um enorme esforço para levantar da cama, me xinguei mentalmente por ter perdido minhas horinhas preciosas de sono vendo série ontem à noite.

"Ótimo jeito de começar a semana Louise!" Pensei comigo, eu estava um caco, e nem toda a maquiagem do mundo faria o milagre de me deixar com um semblante agradável. Vesti apressadamente uma calça qualquer que achei pela frente, e coloquei um casaco preto por cima do uniforme, não fazia tanto frio assim, mas eu tinha a necessidade de esconder essa blusa horrível que minha amada escola nos obrigava a usar. Meu cabelo estava incorrigível, então só fiz um coque frouxo e peguei a minha mochila para sair.

Se eu corresse bastante e não tomasse o café, eu conseguiria chegar a tempo de encontrar os portões abertos. Animada com a ideia de não precisar chamar a disciplinaria do colégio para me acompanhar até a sala, peguei minhas anotações para o teste final em cima da mesa e saí em disparada. Eu só precisava atravessar o parque num tempo recorde e voilá, eu estaria na escola e minha mãe não precisaria ser notificada sobre o meu milésimo atraso.

Coloquei os meus fones de ouvido e parti em disparada, seis minutos era tudo o que eu tinha para evitar mais uma advertência. O ano estava acabando e com isso vinha a minha liberdade, eu só precisava manter as minhas notas boas para ir para a UCL (University College London) com uma boa carta de recomendação, o que não receberia se continuasse a chegar na escola no tempo limite. – palavras da diretora.

Estava tão distraída que nem percebi quando um corpo se chocou contra o meu. Foi uma explosão de folhas e... Café. Tinha café derramado em todo o meu material. Era como se todas as minhas preciosas folhinhas, em que havia perdido horas escrevendo, estivessem se afogando e gritando por ajuda. Maravilha! Eu não preciso delas mesmo, quem é que precisa de material na escola, não é mesmo?

— Você está bem? — Ouço uma voz enquanto eu tento me levantar pateticamente.

— Melhor impossível, — debocho — tudo o que eu queria hoje era que um desconhecido derrubasse café no meu material inteirinho.

O rapaz que antes estava abaixado recolhendo as folhas que davam pra salvar se levanta e vem na minha direção, e mesmo com a raiva que sinto, não posso deixar de notar o quanto ele é bonito. Eu não sou de pedra, ok? Ele passa as mãos nervosamente pelos cabelos e me olha preocupado. Nesse momento eu quase fico com pena, ele parecia realmente preocupado.

— Olha, se você quiser eu copio novamente... só me manda as fotos do caderno de alguém...errh me desculpe mesmo, eu acabei me distraindo com a vista do parque. — ele me entrega as folhas que não estão ensopadas de forma tímida.

Eu não consigo fazer nada além de olhar para as folhas do chão como se elas fossem algum animalzinho atropelado. Eu estava perdida!

Respiro fundo para controlar a minha vontade de gritar e finalmente olho na direção do rapaz que terminou de estragar a minha manhã, um vinco se formou entre as suas sobrancelhas e ele me encarava sem piscar. Isso estava ficando realmente estranho.

— Tá tudo bem! — bufo — Eu copio de novo, até vai me ajudar a entender melhor a matéria... só me deixa em paz.

Então eu me viro e saio andando, mas agora sem a animação de antes. Não chegaria a tempo mesmo, seria melhor eu voltar pra casa e fingir uma doença. Assim eu teria tempo para refazer as minhas anotações para a prova final, e aproveitaria para dar uma cochilada.

Mas, como nada nunca é como eu planejo, o rapaz insiste em manter um diálogo e começa a andar do meu lado:

— Eu insisto, é o mínimo que eu posso fazer por você!

— Eu não preciso da sua ajuda Sr. Assassino de anotações, vá embora antes que eu ligue para a polícia e dê queixa do seu feito!

O garoto começou a rir como se eu tivesse feito alguma piada, o que me deixa mais irritada ainda. Onde está o senso dessa criatura?

— Você é engraçada Srta... — ele coça a cabeça — Nós ainda não fomos apresentados direito, qual o seu nome?

— Eu não vou falar o meu nome para um garoto que me atacou no parque! Vai que você é um maníaco ou coisa parecida.

Ele sorri, e minha Nossa Senhora das mocinhas que têm as anotações estragadas que sorriso é esse? O vândalo tinha até covinha quando sorria, era impossível não babar. Tudo bem que esse rapaz tinha estragado minha manhã, mas ele não parecia lá tão perigoso assim.

— Eu não sou um maníaco, só sou novo na cidade, e você também derrubou algo meu. Meu nome é Harry. — ele estende a mão para que eu aperte — Podemos começar do zero?

Eu aperto a mão dele sem tirar os olhos dos seus, existia alguma coisa intrigante na forma como ele me olhava. Era como se ele quisesse me ler por dentro.

— Sou Louise. Só porque te disse o meu nome não quer dizer que quero manter esta conversa, sou apenas educada. — sorrio de canto — Não vou conseguir esquecer facilmente das anotações.

— Eu ainda vou recompensá-la, mesmo que não queira. — ele sorri — Vamos tomar um café?

Ele aponta para o café que está no chão, lembrando-se de que não terminou sua bebida e em resposta eu reviro os olhos. Eu recusaria o convite, em uma circunstancia normal, mas como tenho o dia livre e estou faminta eu aceito. Não estou me deixando levar por um par de olhos claros e um sorriso bonito. As pessoas são muito mais do que isso.

— Você paga. — Digo enquanto começo a desviar minha rota na direção do starbrucks mais próximo.

— Você tem costume de obrigar jovens indefesos a pagarem café da manhã pra você?

— Só aqueles que destroem o meu material, e não se preocupe, você é o primeiro.

Então nós caminhamos em silêncio mais dois quarteirões e paramos na frente da loja. Ele abriu a porta para que eu passasse, um gesto espontâneo que por razão desconhecida me fez sorrir. Nós pedimos dois Lattes acompanhados de Donuts e nos sentamos na mesa do canto.

— Você costuma ser calada desse jeito? — ele diz enquanto limpa a boca com um guardanapo.

— Só quando a companhia é ruim, — brinco — aí eu tenho que dar um gelo.

Ele sorri, e por reflexo eu sorrio também.

— Você ainda vai querer ficar perto de mim, escreve o que eu tô falando Louise. — ele pisca um olho.

Eu ergo a sobrancelha e sorrio debochada. Tento ignorar o quanto me afetou a forma com que ele pronunciou o meu nome. Foi só nesse momento que percebi o seu sotaque, isso o deixava ainda mais interessante. Droga.

— Se você conseguisse prever o futuro, não teria arruinando as minhas anotações, Harry. — falo o seu nome com mais entonação no fim da frase e jogo uma mexa do meu cabelo para o lado impaciente — Termina logo esse café porque tenho um dia cheio. — bufo.

Então ele passa a mão pelos seus cabelos encaracolados e olha pra janela. Eu não consigo parar de notar cada detalhe desse desconhecido. Desde a covinha no lado esquerdo no rosto, até os dedos da mão entrelaçados e forma despreocupada em volta do café. Tudo nele parecia harmônico, como se cada coisa estivesse em seu lugar certo.

— Ei, Lou! Eu já terminei. — ele bate no meu braço e percebo que estou parada encarando o garoto — Você está bem?

— Certo, então vamos embora, — sorrio sem graça — obrigada pelo café.

— Não quer que eu te acompanhe até em casa? — ele segura meu ombro quando eu caminho para a porta do estabelecimento — Ainda te devo favores pelas folhas.

— Eu me viro, não precisa se preocupar. Foi um prazer em conhecê-lo Harry. Esquece as folhas tá? Isso acontece.

— Mas espera, você nem me deu seu número! — ele protesta.

— Acho que isso não é necessário, agora eu preciso realmente ir. — Ando na direção da porta.

Ele me alcança e segura minha mão, e é como se o mundo todo perdesse o sentido. Uma onde de arrepios percorre meu corpo inteiro, me causando uma sensação estranha na altura do estômago. Eu não deveria me sentir assim perto de um desconhecido.

— Nos vemos em outra ocasião? — ele insiste.

— Vamos deixar o destino decidir isso, — sorrio — já deu a minha hora. Obrigada pelo café.

Desvencilho-me da sua mão e saio pra rua sem olhar pra trás, paro o primeiro taxi e vou para casa. Só quando as portas do elevador se abrem é que eu percebo que estava prendendo a respiração durante esse tempo todo.

Essa manhã definitivamente não foi normal. 


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Notas finais do capítulo

Essa é uma fic que eu comecei a escrever há algum tempo. Mas ela só começou a sair do papel agora, e estou muitíssimo empolgada.

A narrativa contará 32 capítulos e um Epílogo, e será postado um capítulo semanalmente, e até bônus... dependendo da demanda. Acontece que essa história se passará em dois tempos, então fiquem bem atentos aos pequenos detalhes, porque eles farão uma graaande diferença mais pra frente.

Então é isso :D ! Não esqueçam de comentar e deixar coraçõezinhos ♥
Até logo.
Próximo capítulo: 19/10



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