Um cara mau escrita por Miss Birth


Capítulo 11
Sob uma nova ótica


Notas iniciais do capítulo

Fico até envergonhada de atualizar quase um ano depois. :( Desculpem-me! Além de um belo bloqueio criativo, eu fiquei sem tempo para escrever. Vou tentar ser mais pontual. Obs.: Este é um capítulo de transição, por isso é tão simples.



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Um longo dia estava por vir.

Pilhas e mais pilhas de papéis sobre a mesa enfeitavam o ambiente tenso onde Steve reunira a equipe. Tony andava de um lado para o outro enquanto realizava cálculos infindáveis sobre um painel holográfico. Bruce trabalhava num projeto de modificação do berço regenerador – isso permitiria que a mente de Visão fosse conectada ao sistema de computadores da base durante o ‘rastreamento’ que o sintozóide faria em busca de aprimorados pela joia da mente. Natasha, por sua vez, preparava o quinjet e os suprimentos necessários ao cumprimento da missão.

—“Você ama essa banheira, não é?”, a voz de Clint soou da rampa de acesso.

—“Clint!”, Natasha exclamou, surpresa. “Desculpe não ter ido te ver ontem. Fui dormir mais cedo.”

—“Eu que peço desculpas por não ter te acordado para me ver.”, ele gracejou durante um breve abraço. “Como você está?”

—“Melhor.”

—“Tem certeza?”, ele insistiu. “Não foi o que Steve me contou.”

—“E desde quando você e o Capitão conversam sobre mim?”, ela indagou.

—“Desde que haja um motivo para nos preocuparmos com você...”

—“Que seria?”

—“A volta do grandão.”, ele disse sem rodeios. “Não deveria ficar feliz com isso?”

—“O que você acha? Sabe, Clint, naquele dia na sua casa, Bruce e eu conversamos sobre nós. Chegamos a conclusão de que isso nunca daria certo. Que futuro podemos oferecer um ao outro?”, Natasha falou.

—“Nem tudo precisa ser tão tradicional, Nat.”, Barton sentou-se no banco do co-piloto. “Olhe só para a nossa equipe, o que acabamos de enfrentar... Não somos nem um pouco tradicionais. E daí se vivemos a flor da pele, combatendo alienígenas e robôs assassinos? Fazemos isso para que as pessoas lá fora possam viver suas vidas em paz. Só não esqueça que você também merece paz. Nem que seja um namoro na porta de casa...”

Natasha sorriu.

—“É assim que queremos te ver.”, ele sorriu de volta.

—“Eu não sei o que fazer...”, ela confessou. “Sou sempre tão centrada... Essa história está me fazendo agir como uma adolescente.”

—“Quem não age assim quando está apaixonado? Não seja tão egocêntrica. Você não é a exceção.”, Clint falou.

—“Eu detesto isso.”, Natasha bufou. “Por que diabos fui me meter nessa encrenca?”

—“Você fica ainda mais linda quando está irritada.”, ele retrucou. “Imagino que Bruce saiba disso e esteja adorando te admirar por esse lado.”

—“Não seja idiota, Gavião. Bruce é um paspalho.”

*****

—“Posso entrar?”, Steve perguntou ao abrir a porta.

—“Claro, Capitão.”, Bruce assentiu sem desviar a atenção do que fazia. “Em que posso ajudá-lo?”

—“Quero falar sobre a Natasha.”, ele respondeu sem rodeios.

—“C-como assim?”

—“Ora, não se faça de desentendido, Banner. Você a ama?”

—“Se eu a amo?”, Bruce suspirou enquanto fixava o olhar num objeto qualquer de cima da bancada. “Sim, Steve. Eu a amo.”

—“E por que não diz isso a ela?”, Rogers questionou.

—“Olha, Capitão, eu sei que vocês estão torcendo por nós, mas isso não pode dar certo. Natasha disse que queria a mim e até se propôs a fugir comigo...”

—“E você sabe que ela realmente faria isso.”

—“É, eu sei.”, Banner falou. “Por isso decidi abrir o jogo. Disse a ela que não há futuro comigo e esta é a verdade. Não quero que ela viva se escondendo por minha causa nem que fique longe dos únicos amigos que tem na vida.”

Steve obviamente compreendia os motivos de Bruce. Ele até faria o mesmo se estivesse naquela situação. Só que doía ver seus amigos vivenciando tanta mágoa por um amor que deveria ser razão de alegria para ambos, por isso ele faria o máximo para tornar as coisas melhores.

—“Alguma notícia sobre a doutora Cho?”, Bruce perguntou quando Maria Hill adentrou no laboratório de repente.

—“Ela deve chegar ao complexo dentro de uma hora, segundo Stark.”, ela respondeu.

—“É ótimo ouvir isso. Estamos parados há duas horas já que não temos o restante dos materiais para terminar o conserto do berço regenerador.”, ele retrucou.

—“E nem as especificações.”, Sexta-feira completou. “O senhor Stark foi até Manhattan para vascular seus arquivos pessoais em busca de todos os diagnósticos automaticamente criados no dia em que o Visão surgiu.”

—“Não seria mais fácil realizar um upload dos arquivos?”, Hill perguntou.

—“Por questões de segurança, o sr. Stark decidiu manter tais arquivos em discos à parte dos servidores de rede.”, Sexta-feira explicou.

—“Ao menos dessa vez Tony raciocinou direito.”, Bruce gracejou. “Mas Hill, como a equipe do Clint está se saindo? Algum progresso a respeito dos aprimorados?”

—“Sam, Rhodes e Wanda partiram atrás de uma pista há uma hora.”, a agente disse. “Clint permaneceu na base. Disse que precisava resolver uma pendência antes de embarcar em outra missão.”

—“Que estranho!”, o cientista exclamou.

—“O quê?”

—“O velhinho aqui não estar nos apressando para a nossa missão principal.”, ele falou, colocando os óculos no bolso do jaleco.

—“Estou ciente do que vocês estão fazendo aqui.”, Steve se manifestou. “E confio que não repetirão o erro anterior.”

—“Bom saber!”, Bruce disse.

—“Além disso, Banner, ainda não recebemos nenhum sinal de atividade suspeita pelo mundo.”, Hill caminhou rumo à saída. “Se me dão licença, preciso checar o status da missão. Me avisem se precisarem de qualquer coisa.”

—“Tudo bem.”, ele retrucou. “Peça que a dra. Cho me encontre aqui assim que chegar.”

Hill balançou a cabeça de modo positivo e os deixou.

—“Então, você pretende ir embora quando finalizarmos as missões?”, Steve perguntou.

—“É o mais sensato a ser feito.”, ele respondeu com tristeza. “Sei que as coisas vão melhorar com o tempo, Steve. Para nós dois... Para nós dois.”

*****

—“Onde diabos estamos?”, Sam perguntou quando o quinjet pousou num campo aberto e ensolarado.

—“Em algum lugar da China.”, Rhodes respondeu, abrindo a rampa de carga da aeronave. “Esta é a localização que o diretor Fury repassou à nós.”

—“Não tem ninguém aqui.”, Sam constatou num breve reconhecimento da área.

—“Wanda?”, Rhodes a chamou. “Procure por ligações mentais.”

—“Sim, senhor.”, a jovem russa assentiu, concentrando-se na tarefa por alguns segundos. “Ali, tem alguma coisa ali.”

Rhodes armou sua mira e lançou um sinalizador adesivo na direção que Wanda indicou. Este grudou numa superfície invisível que logo revelou-se parte de um quinjet idêntico ao que os levara até lá.

—“Fiquem atentos.”, ele pediu. “Vou examinar.”

Sam e Wanda permaneceram em suas posições, observando-o se aproximar do quinjet.

— “Está limpo, pessoal.”, Rhodes avisou. “Não tem ninguém aqui.”

— “Como isso é possível? Wanda, você disse que havia alguém ali.”, Sam falou, dirigindo-se para perto do tenente coronel.

— “Eu não sei. Juro que havia alguém!”, ela afirmou.

Um repentino ruído metálico interrompeu-os.

— “Estão procurando por mim?”


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Notas finais do capítulo

Comentem e revivam a história! :)



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