“Ali estava eu, no palco, um dia, eu fui aprimorada, comecei a distribuir doces! Mas apenas por uma semana... desde então, fui guardada no deposito, está escuro... Não enxergava nada, era horrível... Eu já não aguentava mais, aquele dia, eu não sei o que deu em mim... Eu só... fiz o que minha mente mandou... ataquei os adultos que tentaram bater na garotinha que estava chorando quando os adultos pegaram o doce dela... Eles gritavam ‘Cale a boca!’, meu único instinto, foi ataca-los...”

Já se passou anos desde desse dia... Eu já me acostumei com o escuro, já não me importava mais, tinha tempo para pensar no que fiz, aquilo foi errado... ainda me lembro bem, o rosto da garotinha quando ataquei seus pais, ela chorava mais ainda.

Um dia, ouvi passos, eu não reconhecia as vozes das pessoas que estavam a sala ao lado... só escutei o que falam, eles diziam que iriam vender aquele local pois compraram um local melhor, depois de ter escutado isso, abriram a porta do local onde eu estava guardada, estava fingido estar desativada, ouvi um cara de terno falar para dois caras usando roupas cinzas.

— Levem-na e a arrumem, ela será uma de nossas atrações do novo restaurante

Depois disso, os dois caras de roupa cinza me levantaram e arrastaram-me até a porta, onde fui colocada num carro de mudanças com outros animatronics que eu já não me lembrava, eram uma gata cor cinza meio preto e um urso branco. Assim que fecharam a porta, eu abri meus olhos mas continuava em silêncio, já que não enxergava nada, os dois animatronics que estavam lá se ativaram e olharam para mim.

— Luna? _ Disse o urso branco.

— Quem são vocês?

— Não se lembra da gente? Naquele show você realmente perdeu a mente... _ Disse a gata se levantando.

— Luna, eu sou o Licht, e essa é a Katze. — Falou o urso no qual se nomeou de Licht, ele parecia nervoso.

— Eu não consigo me lembrar de nada... Eu já não sabia meu nome... Me desculpem.

— Com um tempo você lembra – Falou a gata chamada de Katze.

O silêncio reinou, foi assim por pelo menos 1 hora, até que o carro parou... nos fingimos de desativados, aí a porta abriu...

Continua