Girls Talk Boys escrita por Glads


Capítulo 8
Christmas




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Naomi

— Vou começar a gravar. – avisei para os meninos à minha frente.

Hoje a 5 Seconds Of Summer vai postar um vídeo, a primeira música dos meninos "Teenage Dirtbag" e eu me candidatei a gravar.

— Tá focando na árvore de natal também? Temos que deixar esse vídeo com cara de fim de ano. – Calum disse.

— Claro, sou ótima em tudo que faço. – pisquei para ele.

— Tudo mesmo? – Ashton, em cima do cajon acústico, perguntou malicioso.

Senti minhas bochechas corarem.

— Não é porque você faz parte da 5SOS que isso te dá direito de cantar a Naomi! – Michael reclamou.

Layse, que estava sentada observando tudo, riu.

— Ok, chega de enrolação, Nam pode começar a gravar. – Luke pôs fim no assunto.

Em seguida peguei a câmera e dei início ao meu trabalho.

Depois que o vídeo já estava gravado Layse, Michael e eu fomos andando para casa.

Amanhã era natal e Lucy já começava a preparar a nossa ceia.

Lay e eu nos propomos a ajudar, mas Lucy não deixava a gente chegar nem perto da cozinha.

— Mais um natal que passamos longe das nossas famílias, Nam. – Layse murmurou enquanto andávamos pela avenida.

Era exatamente isso que eu estava pensando.

— Realmente... mas, ainda bem que eu tenho você, Lucy e os meninos para diminuírem a saudade. – sorri.

Mike – que estava no meio – nos abraçou de lado e assim fomos andando até chegar ao nosso prédio.

Quando eu e minha amiga entramos no nosso apartamento o cheiro da comida deliciosa da minha ex-babá já podia ser sentido e Lucy tinha posto uma música natalina para tocar, dando o famoso ar de natal ao ambiente.

Bate o sino pequenino, sino de Belém. Já nasceu Deus menino para o nosso bem...— Lay cantarolou em português, o que fez Lucy rir e cantar também.

— Enquanto vocês cantam eu vou tomar um banho. – avisei.

Entrei no chuveiro e a única coisa que eu conseguia pensar era no dia em que Lavínia partiu.

Infelizmente esse dia estava chegando e não havia nada que fizesse a minha dor sumir.

***

Olhei uma última vez o espelho e gostei do resultado.

Eu havia colocado um vestido verde, que ia até metade das minhas coxas, e possuía um leve decote na região dos seios. Meu cabelo estava solto com algumas mechas onduladas na pontas, pois eu havia feito babyliss. Minha maquiagem estava bem leve, só fiz questão de marcar o olhar. A roupa combinou perfeitamente com meu peep toe preto.

— Já está pronta? A Lucy está apressada só não sei se por causa da ceia ou porque quer ver logo o Sr Wilson. – Lay riu maliciosa.

Ri no mesmo tom de minha amiga e juntas saímos de meu quarto.

— Arrasou, hein? Só lembrando que o Cal vem pra cá, aposta quanto que ele vai enlouquecer quando te ver tão linda assim? – perguntei analisando minha amiga.

Layse usava um vestido vinho – que contrastava com sua cor de pele e cabelo – três dedos acima do joelho, com um decote pequeno, dando a ela um ar de inocência, sapatilha nude e o cordão que sua mãe lhe deu a algum tempo. Seus cabelos loiros e indomáveis, dessa vez estavam comportados e caiam até o meio da sua costa.

— Não exagere. – minha amiga revirou os olhos.

— Se prepara porque Calum vai ser um grande idiota na tentativa de chamar a tua atenção. – dei de ombros.

— Me diz quando seu primo não é idiota? – ela perguntou num tom divertido.

— Prefiro não responder. – ri, sendo acompanhada por minha amiga.

Ao chegarmos à sala encontramos Lucy pondo alguns pratos na mesa.

Ela usava um vestido verde justo, o cabelo preso em um coque maravilhoso e até tinha passado um batom claro.

— Uau. Só acho que o Sr. Wilson vai babar quando te vê. – Layse comentou para Lucy.

— Obrigada. – ela agradeceu nervosa.

— Ei Lucy? Se acalme, vai dá tudo certo.

Nossa babá suspirou sentando na mesa e parando o que estava fazendo.

— Estou com um pressentimento ruim.

Eu arregalei os olhos.

— O quê? Por quê? – perguntei.

— Não é porque o Sr. Wilson vai trazer a netinha dele? – Layse questionou.

— Talvez seja. – Lucy apertava uma mão contra a outra – Estou parecendo uma adolescente antes do primeiro beijo!

Rimos.

— Calma. A Annie só tem cinco anos, ela vai gostar de você! – disse.

— Ela não fala muito desde que os pais morreram, então eu tenho medo.

— Com o tempo ela vai conseguir e tenho certeza que dirá que gosta de você. – garanti relembrando como foi minha recuperação depois do acidente que matou Lavínia.

Dia 26/12 vai fazer sete anos...

A campainha toca e me tira desses devaneios.

Não é hora de pensar nisso!

Corri para abri a porta e era Mike.

— Eu estou indo para a casa da titia. – ele disse com as mãos no bolso olhando para o chão – Então quis passar aqui para desejar um feliz natal.

Michael levantou o rosto e me encarou de cima a baixo.

Sua boca abriu espantada e eu ri.

— Estou tão bonita assim? – arqueei a sobrancelha o analisando.

Ele usava um suéter com um boneco de neve enorme, calças jeans e tênis.

— Mais do que imagina. – ele coçou a nuca sem graça.

— Você está um gato. – disse e ele pareceu contente.

— Obrigada. – murmurou – Bom, era só isso. Diga que mandei um abraço para a Layse.

— Pode deixar. – sorri sem querer fechar a porta.

— Então... – Michael se virou – Vou indo.

— Ei, espera. – me vi falando.

Ele virou na hora.

— O que foi?

— Eu... Feliz Natal! – soltei a porta e o envolvi em um abraço apertado.

Ele segurou firme minha cintura e inalou meu cheiro.

— Feliz Natal! – ele sussurrou contra minha pele fazendo meus poros se eriçarem.

Mike pareceu notar, pois beijou meu pescoço.

— UAU! – uma voz feminina foi ouvida e nos afastamos atordoados.

— Oi Mali. – sorri corada.

— CALUM! CORRE AQUI! – foi o que minha prima disse olhando para o corredor.

Logo, meu primo apareceu.

— O que foi? – perguntou ofegante.

— A Naomi e o Mike estão namorando e você não contou, pirralho. – ela parecia indignada.

— Não é isso. Só estava desejando um feliz natal! – Mike estava sem graça.

— O que está acontecendo? – Layse surge atrás de mim.

— QUE GATA. – Calum deixa escapar quando vê minha amiga, em seguida põe a mão na boca.

Meu primo usava um suéter com uma árvore de natal desenhada, assim como toda a sua família.

— Espera. – Mali pede – Você está namorando a Layse e não me contou?

— Quem tá namorando? – minha tia surge atrás da filha com alguns presentes.

Eu bato com a mão na minha própria testa quando ouço todo mundo começar a falar.

— Ei! – falo e ninguém escuta – EI!

Todos olham para mim confusos.

— Ninguém tá namorando! Mike me desejou um feliz natal, só isso. Calum chamou a Lay de gata, só isso. Ok? – expliquei – Vocês querem entrar?

Layse, corada, abre a porta ainda mais e logo todos passam por ela.

Por fim, sobramos apenas Michael e eu.

— Tenho que ir. Meus pais estão lá embaixo e eu disse que não ia demorar muito. – ele murmurou se virando.

— Tchau. – disse um pouco triste.

— Naomi. – ele olhou para mim e rapidamente deu um beijo no meu rosto – Um dia passaremos o Natal juntos.

Não pude responder.

Meu amigo saiu correndo me deixando com um sorriso bobo.

Ia fechar a porta, quando Sr. Wilson, sua netinha e o meu tio – pai do Calum – surgiram.

Entramos e a primeira coisa que vi foi Layse sentada no sofá com meu primo tentando chamar a atenção dela.

Lucy abraçou o Sr. Wilson e acariciou o cabelo ruivo da netinha dele. A garota esboçou um sorriso que perceptivelmente aliviou minha ex-babá.

Mali falava com alguém no celular e seu pai olhava orgulhoso para o filho tentando conquistar minha amiga.

Eu podia não estar com meus pais, mas eu estava ali, com boa parte da minha família.

— Você tá chorando? – Layse notou e todos me observaram.

— Estou emocionada. – admiti – Eu amo vocês.

Todos riram e me abraçaram.

— Ainda não é hora de chorar, nem mostrei a minha surpresa para vocês! – Lucy piscou.

— Que surpresa? – Layse perguntou e nos sentamos no sofá.

A senhora riu enigmaticamente e saiu para buscar um notebook. Assim que ela virou a tela senti um soluço escapar da minha garganta.

Meus pais e a mãe da Lay estavam sentados juntos em uma mesa, vestidos com roupas natalinas.

Mãe. – minha amiga sorriu falando em português.

Calum não perdeu a oportunidade e apertou a mão da minha amiga.

Minha filha! Feliz natal!— ela disse.

Feliz natal, mamãe!— Lay parecia eufórica – Feliz natal, tios!

Para você também, querida. – minha mãe desejou e a vi segurar a mão da tia Helena, as duas sofriam do mesmo jeito.

Eu simplesmente não conseguia falar emocionada.

Por favor, Naomi, não chore ou trago você de volta!— papai sorriu visivelmente triste por não estarmos juntas.

— Deve ser de tarde aí. – Calum murmurou em inglês passando o braço pela cintura de Lay.

— Oi Calum! – minha mãe falou em inglês assim que o viu.

— Oi tia!

Meu primo pareceu se esforçar e arriscou falar em português:

Tudo bem?

Tudo bem. E com você?

— Então, eu só sei isso mesmo. – Calum afirmou, nos fazendo rir.

Assim, o notebook foi passando de mão em mão para que todos pudessem conversar rapidamente, até retornar para a gente.

Estamos com saudade. – a mãe da minha amiga disse.

A gente também, mãe. – a essa altura os olhos de Layse estavam vermelhos a ponto de derramar algumas lágrimas – Acredita que aqui não existe a palavra saudade?

Sério?— ela arregalou os olhos e buscou confirmação nos olhos dos meus pais – Mas sabe, meninas... Vocês não precisam sentir saudades... Estamos sempre com vocês... Sei que nos têm em pensamentos e no coração.

— Isso foi lindo. – murmurei em inglês deixando uma lágrima escapar.

E estamos sempre aqui, se precisarem. – minha mãe disse já chorando.

Vocês são as coisas mais maravilhosas da nossa vida. – meu pai sorriu e estendeu a mão como se pudesse me tocar.

— Esse clima de natal é péssimo. – Layse disse em uma voz chorosa deitando a cabeça no ombro de Calum.

Filha, estou muito orgulhosa de você. Tínhamos tudo para dá errado e olha você aí... Falando inglês, estudando para realizar seus sonhos e sendo mais forte do que imaginei.— a Sra. Silva disse sorrindo para sua filha.

Obrigada, mãe. A senhora é a uma grande mulher. – Lay murmurou se apertando ainda mais contra Calum.

Espero que não queira dizer que estou gorda, menina!— ela brincou para descontrair.

Você também Naomi...— meu pai falou e a partir dái não contive mais as lágrimas – Você conseguiu superar seu trauma e está aí nos orgulhando.

Mas saiba, você sempre será uma garotinha para a gente. – minha mãe o interrompeu.

Nos despedimos de forma lenta e a última imagem que tivemos foi da mãe da Lay e da minha jogando beijo.

Olhei para o lado e encontrei Layse me encarando com algumas lágrimas.

Rapidamente, ela soltou Calum – para infelicidade dele, é claro – e me abraçou.

Choramos mais um pouco ouvindo os adultos tentando nos acalmar, até finalmente as lágrimas cessarem.

Levantei, deixando Layse livre para as investidas do Cal e fui até a cozinha.

— Oh! Céus! Era para ser uma surpresa boa! Eu sou uma idiota. – Lucy murmurou.

Parei de andar e me pus a ouvir e espiar próximo a parede.

— Não é. – Sr. Wilson disse colocando a mão no rosto da senhora – Elas adoraram, tenho certeza.

— Eu gosto tanto dessas meninas... Não quero vê-las sofrendo!

— Nós também gostamos, Lucy. – disse entrando.

Sr. Wilson corou tirando a mão do rosto da namorada.

— E amamos a surpresa. – completei – De verdade.

Minha ex-babá sorriu e me abraçou.

Layse tem razão.

Esse clima de natal é péssimo e nos faz ficar ainda mais emotivo.

Voltamos à sala e vi Calum tentando brincar com a Annie, netinha do namorado da Lucy.

— O que foi garotão? – perguntei me sentando ao lado dele no sofá – Não conseguiu conquistar a mocinha?

— Eu não tenho chance. – admitiu Calum jogando mais uma vez uma bola pequena na direção da ruivinha sentada no chão – Ela está conversando com o Luke pelo celular agora.

— Então é verdade? Você gosta mesmo dela?

— Você sabe que sim. – ele bufou antes de se abaixar e pegar a bola parada a centímetros da criança que nos olhava com curiosidade.

— Você e Luke brigaram exatamente quantas vezes depois que ele descobriu?

— Ah... Sei lá... – ele jogou a bola – É contra as regras. Sabe? Você não pode se apaixonar pela garota que seu amigo gosta, mas eu... Não pude evitar.

Annie nem sequer esticou o braço para pegar a bola.

— Por que não tenta falar para ela como se sente? – sugeri.

— Eu quase a beijei, Nam. E o Luke ficou com muita raiva.

— Mas Michael a beijou e nem por isso...

— Só que o Mike, não é apaixonado pela Layse e todo mundo sabe disso.

— Então ele é apaixonado por quem? – cruzei os braços me perguntando porquê ele não havia me contado.

— Você não sabe? – Cal me olhou incrédulo – Meu Deus!

Meu primo ajuntou a bola perto da criança e ponderou se jogava novamente para a menina ou desistia. Optando pela segunda opção, Calum entregou a bola para a menina que sorriu e sussurrou um:

— Obrigada.

— Quem é Calum? Por quem Michael é apaixonado? – não entendia a minha vontade de saber sobre isso – Me conta!

— Por que não pergunta para ele? – Cal questionou.

Assenti entendendo que meu primo não contaria.

— Eu pergunto se você contar para a Lay que gosta dela.

— Isso seria jogo sujo. O Luke é meu amigo e ele falou primeiro! Além disso, ele é muito melhor que eu...

— O quê?

— Olha, eu irrito ela o tempo todo! Ele não, o Luke cuida dela! Não tem como... Ela vai ser mais feliz com ele do que comigo.

— Oh! Meu Deus! – coloquei a mão na boca – Você está muito apaixonado!

Meu primo corou e deu de ombros sem graça.

— Eu tento esquecer, mas ela não ajuda usando esses vestidos... – ele estendeu os braços como se apontasse em uma direção e de lá vi minha amiga saindo com um sorriso esquisito.

Ela chegou até nós e perguntou:

— O que foi?

— Estava falando o quanto você é irritante. – meu primo lançou um sorriso divertido à ela.

Layse revirou os olhos.

— Sempre falando de mim, Calum Hood. – ela sorriu de canto e vi meu primeiro suspirar como se tivesse visto a coisa mais linda do mundo.

Como eu queria que houvesse alguém apaixonado desse jeito por mim!

— Eu preciso falar com você. – Lay olhou para mim e percebi medo em seu olhar.

— Ai meu Deus! É um ataque de pânico? – perguntei me levantando.

— Quando for, eu te aviso e já faz tempo que não tenho nenhum!

— Bom, claramente eu tenho que deixar vocês sozinhas para fofocarem. – Calum se levantou.

Annie viu o "amigo" se levantar e estendeu a mão para ele que prontamente a pegou e levou para o outro lado da casa se sentando no chão e finalmente brincando com ela.

Todos pareciam distraídos o suficiente com a menina jogando a bola para Calum, porém, o mais emocionado era o avô dela que dizia quanto tempo fazia que a menina não falava e muito menos brincava.

— Calum vai ser um bom pai. – me vi falando.

Layse assentiu entretida por um momento, mas então virou meu rosto com tudo e se pôs a dizer:

— O Luke ligou e me desejou um feliz natal.

— Aquele idiota nem me ligou. – murmurei fingindo mágoa – Também, eu não sou a garota por quem ele é apaixonado. Falando nisso, o Mike te mandou um abraço.

Ela assentiu nervosa demais.

— Ok, conta logo a bomba. – pedi.

— É mais do que paixão, Nam. – ela confessou – É amor.

Ia começar a rir, mas vi a seriedade no olhar da minha amiga.

— É o quê?

— Ele disse que me ama. – ela sussurrou.

— Ai meu Deus! – soltei – E você respondeu? Você ama ele?

— Aí é que está... – ela escondeu o rosto nas mãos – Eu disse "tá".

— Disse o quê? – arregalei os olhos.

— Você ouviu. Eu disse "Tá Luke, feliz natal!" e desliguei.

Não aguentei e comecei a rir.

Todos olharam para mim.

— Bem que vocês podiam contar para gente o motivo de tanta risada. – Calum sugeriu curioso.

— Segredo feminino. – Layse falou corada enquanto eu tentava me recupar das risadas.

Os adultos voltaram à atenção ao Calum e a Annie.

— Desculpa... – sussurrei – Não queria rir.

Minha amiga arqueou a sobrancelha como se não acreditasse em uma palavra minha.

— Por que disse isso? – perguntei – Você não gosta dele?

— Eu gosto e sei que o amo como um amigo, mas quando é sobre nós dois daquele jeito... Eu não sei...

— Não sabe se o ama. – completei.

Ela assentiu.

— Eu gosto dele. Quando nos beijamos senti umas coisas, mas eu realmente não acho... Eu realmente não sei se o amo daquele jeito.

— Então você gosta de quem? – questionei.

Por um momento, quando Lay olhou para Calum brincando com Annie, eu vibrei diante da possibilidade, mas então ela disse:

— Não é porque talvez não gosto do Luke que tenho necessariamente que gostar de outra pessoa.

— Você não repondeu minha perguntei. – afirmei.

Ela bufou e me encarando respondeu:

— De ninguém.

— Tá difícil. – mordi o lábio – Olha como é a vida... Eu querendo que alguém goste de mim e diga que me ama, mas não tem ninguém. Já você...

— Você só não presta atenção em quem gosta de você. – ela me interrompeu.

— Quem, Layse? – revirei os olhos – Não tem ninguém e se você disser que é o Mike, pode desistir, além de ele ter falado que não gostava de mim, o Calum me contou que ele é apaixonado por uma garota.

— Que garota? – Lay cruzou os braços.

— Ele não contou, mas agora, tudo ficou claro.

— Tão claro quanto um quadro negro no escuro. – minha amiga murmurou.

— Você acha que eu não perceberia se tivesse alguém, principalmente o Michael, apaixonado por mim?

— Acho.

— Então aconselho parar com seus achismos e prestar atenção no que está bem na sua cara. – falei estranhamente chateada.

— Como assim?

— Só preste atenção. – sugeri me levantando.

— Naomi... – ela disse em um tom de alerta – Você não vai escapar dessa explicação.

— Ah! Eu vou sim! – disse abrindo um sorriso e correndo em direção ao meu quarto.

Tranquei a porta e sorri quando ouvi Layse batendo.

— Você é a pior amiga do mundo! – ela falou contra a porta.

— Conta outra, O'Brien. – ri.

Definitivamente eu sei deixar as pessoas intrigadas.

[...]


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