(Hallelujah – Pentatonix ♪)

Regina tinha plena consciência que não tinha feio nada de errado, ao menos não legalmente. Seu único erro foi deixar a confusão que Emma tinha feito prosseguir, mas ela tinha um bom motivo e a loira e sua família já estavam cientes disso. Por tanto a morena não havia cometido crime, já que a família Nolan não havia feito nenhuma queixa, e nem tinham a pretensão de fazer.  A morena compareceu a delegacia alguns dias depois, já que ainda precisava de repousou devido ao seu estado. Emma achou melhor que Regina fosse acompanhada de um bom advogado, e Mills por sua vez resolveu não discutir com namorada.

— Como pode ver delegado, minha cliente não assinou nenhum documento usando o nome de sua irmã. E nem tomou qualquer decisão legal com relação a menor Charlotte Mills. – O advogado de Regina explicava.

— Eu chequei todas as informações Dr. Robert e tudo bate com o que sua cliente relatou. E também com todos os argumentos relatados aqui, mas sabe bem que precisava investigar a denuncia, feita por Rhana Mills.

— Mas como o senhor pode constatar não há nenhuma base para essa denuncia. A família Nolan já entrou com pedido de guarda da menor Charlotte Mills, levando em conta o histórico da mãe criança e o seu total despreparo para cuidar de um bebê.

 — Eu estou a par disso também Dr. Robert, também e da denuncia de maus tratos, feita pela família Nolan contra Rhana Mills. Tudo já foi enviada para órgãos competentes.

— Então acredito que depois de tomar o depoimento de minha cliente e saber sua versão dos fatos, juntando ao histórico da Senhorita Rhana. Creio que minha cliente não tem mais nada a fazer aqui. — Robert concluiu tudo.

— De certo não. — O delegado afirmou e depois se virou para Regina que estava sentada ao lado de seu advogado.

— Não há mais nada a ser dito senhorita Mills. Como a senhorita não assinou nada com nome de sua irmã ou usou seus documentos, não existe crime. E se família Nolan não apresentou nenhuma denuncia, alegaremos que tudo foi uma mera confusão. Esse caso está encerrado. — O delegado que tomava o depoimento de Regina finalizou.

 A morena tinha ido a delegacia prestar esclarecimentos, completamente tranquila afinal sabia que legalmente não devia nada a ninguém. As únicas pessoas que devia esclarecimentos era a família Nolan, e isso ela já tinha feito dias atrás. Com assunto encerrado, Emma tratou logo de acusar Rhana do acidente que Regina tinha sofrido, e isso complicou ainda mais a situação da outra Mills. Uma nova investigação começava e alvo principal agora era Rhana Mills.

***

Zelena resolveu usar seus contatos e juntamente com Belle começou a montar um dossiê completo da vida de Rhana, o que logo chegaria a Greg. Ambas queriam provas para coloca Rhana na cadeira e livrar Regina e Emma de vez por todas da daquela mulher louca.

— Aqui está tudo que sei sobre ela. — Belle disse entregando a Zelena um caderno com inúmeras anotações.

— Vai servir querida, eu vou entregar isso ao bom detetive e vamos acabar com aquela ratazana de uma vez por todas.

— Assim eu espero Zel, eu só quero que Regina fique livre dessa sanguessuga. Rhana nunca trouxe nada de bom para vida da minha amiga, só dor e sofrimento. Sem contar a pequena, ela não merece ser mãe, Charlie ficará muito melhor com Regina que a ama como uma mãe.

— Eu não conheço muito dessa mulher, mas confio em você. E também confio no julgamento da minha amiga, Emma sabe que Regina é uma boa pessoa. E que sacrificou tudo pela sobrinha, nós queremos a mesma coisa. Que nossas amigas sejam felizes e vamos conseguir. — Zelena afirmou e abraçou Belle.

 A mais nova se permitiu ser abraçada e se sentiu bem nos braços da ruiva. E de uma forma tímida e sem pretensões elas logo se encaram olhos nos olhos, e algo parecia atraí-las e calmamente seus rostos se aproximaram, e os lábios se encaixaram em roçar suave. O que parecia ser o primeiro beijo começava a acontecer, Belle se permitiu naquela instante e Zelena aproveitou a oportunidade. Elas trocaram um beijo calmo e cheio de carinho, não havia malicia e sim sentimento.

 Mesmo que um sentimento ainda desconhecido por ambas, elas deixaram fluir, pois dentro de seus corações era algo que ansiavam em descobrir. Alguns dias depois o detetive que Zelena havia contratado, tinha levantado toda ficha de Rhana.

 E a ficha era extensa, e embora em alguns caso não tivesse nenhuma denuncia em outras a falta faziam a irmã de Regina ficar fora do radar da policia, mas agora com dossiê tudo mudava. Zelena juntamente com Belle não perderam tempo, e entregaram todas as descobertas ao delegado que investigava o acidente de Regina, e não demorou muito para a policia chegasse a Greg e coisa começasse a ficar bem feia. Já que diferente de Rhana, Gregori tinha ficha corrida na policia e era procurado em vários estados por golpes e outros crimes misteriosos.

***

Greg estava desesperado, desde que o recepcionista do hotel onde estava hospedado com Rhana havia lhe dito que a policia estava a sua procura. Ele não sabia bem o motivo, mas suspeitava ser por da investigação do atropelamento de Regina, e com inúmeros golpes que ele tinha dado país a fora seria mais crime na sua ficha. Já Rhana estava de todas as formas tentando reaver a guarda da filha, pois era o único jeito de ainda tentar conseguir a vida boa que tanto desejava. Mas os planos de ambos não pareciam ir pelo mesmo caminho, pois das inúmeras discussões nenhuma os faziam chegar a um acordo. Rhana queria ir aos tribunais e fazer o papel de mãe injustiçada para a mídia, enquanto Greg queria o dinheiro de forma rápida. E ele sabia que uma disputa de guarda da pequena Charlotte levaria tempo, e com a polícia sua ligação com Rhana era questão de tempo para seu passado de golpes e fraudes viessem à tona.

— Eu preciso de dinheiro, para dar o fora daqui Rhana. — O homem gritava.

— Eu estou cuidando disso, já arrumei um bom advogado. E sei que a impressa ficará ao meu lado, então ganharei a guarda da menina e uma pensão por um bom tempo. — Ela respondeu tentando explicar seu plano.

— Eu não tenho tempo, graças a sua incompetência Rhana a policia está na minha cola também.

— A culpa não é minha, você quem empurrou a Regina na frente daquele carro. Não eu. — Rhana afirmou se defendendo.

— Foi um acidente, eu já lhe disse umas mil vezes. E agora não vem ao caso, não tem testemunhas e estou livre disso.

 — Então o que tem a temer Gregori? Aquela era uma pergunta que ele não estava disposto a responder.

— Não é da sua conta, e se você não arrumar a grana eu farei do meu jeito. — Greg avisou e por fim deixou o quarto que dividiam.

Rhana não entendeu bem o que ele quis dizer, mas temeu que Greg fosse meter os pés pelas mãos e colocar tudo que ela tinha planejado a perder. Temendo o pior Rhana resolveu sair também para tomar suas próprias providencias.

***

Uma semana depois de sair do hospital Regina se recuperava dia a dia, e estará próxima de Charlie, Emma e Henry fazia tudo ser ainda mais simples e mesmo com toda situação com Rhana as coisas pareciam estar melhor. Swan exigiu que a namorada ficasse em sua casa, pois ela teria pessoas para ajuda-la e Rhana não poderia chegar perto de Charlotte. No começo Emma temeu que Regina não aceitasse a ideia, mas para sua surpresa a morena não se opôs e a ajuda de Mary Margaret foi um bônus a situação.

 — Estou feliz que você esteja se dando bem com sua mãe, meu amor. — Mills comentava enquanto colocava Charlie no berço.

— Ela tem feito por merecer Regina, está paciente brinca com Henry e demonstra a todo o momento que Charlotte é importante.

— As pessoas mudam Emma, e sua mãe mudou e graças a Deus para melhor. A empresária se aproximou da namorada, e abraçou por trás.

— Só não queria que ela tivesse mudado por conta de uma doença.

— Ela vai ficar bem Swan, e ainda contará muitas historias as crianças.

— Assim espero Mills, mas agora que está tudo mais calmo que tal falarmos de nós.

Emma estava adiando aquela conversa algum tempo, mas sabia que tinha algumas coisas que ela e Regina ainda precisam esclarecer. A loira queria que não houvesse segredos, ela queria que o relacionamento com Regina fosse transparente e para isso lhe mostraria todos os seus lados.

— O que quer falar sobre nós? — Regina se virou questionou para Emma.

— Sobre tudo amor... Eu quero que me conte sua vida, sobre Rhana e Charlie. E acredite lhe contarei sobre a minha. Eu não quero que aja mais nenhum segredos entre nós Regina.

 A morena sorriu diante do pedido da namorada, sentiu seu coração se aquecer porque aquilo significava algo importante. Significava que Emma a amava tanto quanto ela amava a loira, e queria um futuro ao seu lado.

— Pode me perguntar o que quiser Emma, e lhe direi.

Logo ambas se sentaram na cama e começaram uma, das conversas mais longas que ambas já tiveram, e passado e presente vieram à tona. Emma descobriu do passado difícil de Regina com mãe e mau exemplo que foi dado a Rhana, mas ao contrario da irmã Regina escolheu um caminho diferente. Os inúmeros que problemas Rhana tinha dado a morena, e como ela teve que superar cada um deles, até a chegada de Charlie mudar tudo. Assim como Mills tinha se aberto com ela, Emma fez o mesmo, contando a namorada sobre a difícil relação com Mary no passado, e as crises que o casamento dos pais tinha passado e como ela se sentia culpado por isso. E talvez a pior parte, fato de Neal ser sempre o preferido e como tudo que ela fazia nunca era suficiente para sua mãe. No final da conversa sentiam-se leve, mas também ainda mais próximas, e com uma vontade enorme se cuidar uma da outra, superaram suas dores e construir um futuro juntas.

— Eu tenho orgulho de você Regina Mills. — Swan confessou abraçando ainda mais a namorada.

 — E eu de você Emma Swan.

— Vamos superar isso tudo, e nosso futuro vai ser incrível. A morena se virou para poder olhar nos olhos de Emma, ela queria ter certeza do que acabara de ouvir.

— Você quer meso isso Emma? A loira ficou um pouco confusa com pergunta não entendia onde Mills queria chegar.

— O que quer dizer com isso Regina?

— Digo um futuro Swan, porque ainda temos Rhana Mills em minha vida e não posso desistir da Charlie.

— E eu não quero que desista dela, a pequena faz parte desse futuro Regina. Eu quero me casar com você morena. — Emma disse de uma vez só.

Talvez a confissão que a empresaria mais tinha medo de dizer, porque não sabia se era hora. Ela temia que Regina achasse tudo cedo demais, mas estava feito agora ela sabia.

— Está me pedindo em casamento Emma Swan Nolan?

— Talvez Regina Mills, a pergunta é será que você aceitaria?

 A morena ficou em silencio por alguns segundos, o que para Emma pareceu uma eternidade até que por fim ela lhe deu uma resposta.

— Ainda acho cedo demais, mas a única resposta que poderia lhe dar é sim Swan. A loira sorriu de orelha a orelha e tomou Regina em seus braços lhe dando um beijo cheio de carinho.

Elas estavam definitivamente recomeçando do zero.

Mary e Henry tinham ouvido da porta o final da conversa, tudo por mero acaso. Os dois tinha ido ao quarto que Emma e Regina dividiam apenas para chama-las para lanchar, e ficaram felizes por saberem que tudo estava em paz.

***

Com as investigações acontecendo rápido, Greg começava a se sentir encurralado, e pessoas acuadas tendem a fazer coisas desesperadas. Rhana temia que ele colasse seus planos a risco, ela sabia Greg também tinha planos só não sabiam eram e aquela altura ela já tinha uma carta na manga.

— Terei uma reunião com meu advogado em dois dias Greg, e vou entrar com um pedido de guarda de Charlotte. — Rhana disse querendo puxar conversa.

— É bom para você Rhana, mas não para mim. Porém não se preocupe, já tenho meus meios de sair de Boston.

— E como vai fazer isso?

—Não é da sua conta, agora me dar licença eu tenho negócios a tratar. — Greg respondeu e foi em direção à porta, e sem si quer se despedir saiu.

Só havia um lugar que ele iria, e esse lugar era a mansão Nolan. Depois de pegar um taxi, Gregori parou de frente a casa dos Nolan como via fazendo há dias e discretamente começou a vigiar o local. Ele andava estudando a rotina da casa, e das pessoas que moravam lá, apenas esperando o melhor momento para colocar seu plano em ação.

***

O dia tinha amanhecido bonito, e Regina finalmente tinha retirado o gesso, agora podia caminhar sem problemas e Emma finalmente pode colocar sua ideia em pratica... Um dia em família no quintal de casa.

 — Mills você precisa tomar um solzinho, podemos aproveitar a piscina e ficar com as crianças. — Emma tentava dizia tentando convencer à namorada.

—Eu não gosto muito de ficar no sol, Emma.

— Você prometeu ao Henry ontem que teríamos piscina e hambúrguer no jardim. Lembra?

— Eu me lembro, Swan. — Então não vai quebrar a promessa feita a um garotinho, e sobre o sol pode ficar em baixo do guarda sol e passar protetor. — Se você passar em mim eu vou adorar.

— Isso é sim então?

— Sim Emma, é sim. — Regina confirmou e conseguiu arrancar um sorriso da namorada.

— Vou trocar de roupa e arrumar as crianças. — Emma disse por fim deu um selinho em Regina e deixou o quarto.

 Mills apenas balançou a cabeça de lado para outro e pensando ela parece outra criança às vezes. Meia hora depois todos estavam à beira da piscina entre sorrisos e conversas bobas, até mesmo Mary Margaret tinha se juntado a eles. Emma assava alguns hambúrgueres na churrasqueira, Henry brincava na parte rasa da piscina, e Regina observava atenta sentada na espreguiçadeira enquanto passava protetor em Charlotte.

 — Tia Regina venha aqui. — O garotinho gritou da beirada da piscina.

— Já vou meu amor, só preciso cuidar dessa mocinha aqui. — Ela respondeu a Henry enquanto se levantava com Charlie nos braços. A pequena balançava os bracinhos em direção ao primo, ela parecia doida para brincar na água. — Você quer brincar com o primo meu amor. — Regina começou a falar com pequena e depois se abaixo na beirada da piscina.

Foi um momento terno Henry dava beijinhos em Charlie, e bebe o agarrava com as mãozinhas tentando retribuir o gesto. Swan assistia a cena de longe, percebia que tudo que ela mais amava já tinha. Depois das brincadeiras na piscina Emma, Regina e Charlie foram para jardim, e enquanto a loira tentava fazer Charlotte rir Regina tentava tirar uma foto.

— Vamos lá baixinha dê um sorriso para sua Tia. — Emma incentivava a menina, e tudo que conseguia era um pequeno biquinho fofo.

— Digam xis. — Mills disse enquanto batia a foto no celular. E o momento tinha sido registrado. Algumas horas depois todos estava à mesa almoçando hambúrguer e fazendo planos para futuro, não havia pressa de nada. Regina havia colocado Charlie no bebê conforto na mesa bem próxima a ela, assim podia dar a papinha da pequena.

— Nossa que cheirinho ruim. — Emma comentou do outro lado da mesa.

— Acho que alguém fez o numero dois. — A morena respondeu enquanto passava a mão sobre a barriguinha da sobrinha. Logo ela se levantou para pegar uma fralda e assim trocar a Charlie, mas ao olhar na bolsa viu que tinha acabado. — Amor da uma olhada nela, sua mãe está com Henry na piscina. As fraldas acabaram e vou precisar subir para pegar outra.

— Tudo bem Mills, vai tranquila eu e a pequena ficaremos bem. —Emma se levantou da mesa e deu selinho na namorada e foi pegar sobrinha. Regina deixou o jardim e adentrou a casa para pegar o que precisava. Emma aproveitou o momento com Charlie, fazendo caretas e brincando como podia para distrair a pequena.

 — Você gosta da bolinha né... Joga para Tia. — Charlie pegava a pequena bola com as mãos e tentava do seu jeito jogar para

Emma, e loira fazia mais palhaçadas cada vez que ela conseguia, arrancando gargalhadas da pequena. Na quarta tentativa Emma acabou deixando bola cair e pequeno cachorro que tinha na casa a, pegou levando para longe.

— Não feroz, me devolve essa bola. — Swan gritou com o cachorro que corria pelo jardim. — Charlie não saia daqui, e vou pegar a bolinha e já volto. Tudo durou apenas um minuto e foi suficiente para o caos se instalar.

Quando Regina voltou ao jardim não encontrou Charlotte no bebê conforto e nem Emma, a morena pensou que a namorada tivesse ido dar uma volta com a pequena. Mas quando Emma voltou sem Charlie nos braços, Regina se desesperou.

— Emma onde ela está?

— Ela estava aqui Regina, eu fui apenas pegar a bola, me virei por um minuto. — A loira tentou e justificar.

— Vamos ver com sua mãe e Ruby. — Mills sugeriu tentando se acalmar.

E quando constataram que Charlotte não estava com Mary ou Ruby e nem com nenhum empregado da casa, Regina caiu em prantos. Emma tentou de todas as maneiras acalmar a namorada, dizendo que a encontraria custasse o que custasse.

Não muito longe dali um homem caminhava às pressas por uma das ruas perto da casa do Nolan, com bebê nos braços.

— Você vai me dar à grana que sua mãe não conseguiu pequena. — Greg dizia ao bebê. Charlotte pareceu entender que algo estava errado e começou a chorar. Greg apenas ignorou o choro da menina e continuou andando em direção ao seu carro, o golpe que ele queria dar tinha dado certo. E tudo que precisava fazer agora era pedir o resgate e depois sumir com dinheiro daquele lugar.