(We Can’t Stop – Boyce Avenue – Bea Miller♪)

Depois de uma bateria de exames, o médico responsável pelo caso de Regina pode dar um diagnostico geral sobre seu estado.

— Regina está se recurando bem, não há sinais de nenhuma lesão na cabeça. Os ossos fraturados estão devidamente imobilizados, agora ela só precisa de repouso e uma boa alimentação. E estará completamente curada em breve.  — O medico conclui a explicação para Emma.

A loira finalmente respirou aliviada, e com a certeza que o acidente foi apenas um susto.

— Ela vai precisar ficar aqui ou já poderá ir para casa doutor?

—Ela vai precisar ficar aqui por mais alguns dias. Apenas em observação, por precaução Senhorita Nolan, são procedimentos padrões. Precisamos descartar qualquer risco e ainda tenho algumas recomendações a fazer.

 — Viu Emma se acalma. — Regina finalmente se pronunciou.

— Quieta Regina Mills, você não tem voto hoje. Eu quero saber de tudo, e vou cuidar de você pessoalmente para que não siga as ordens medicas. Mills achou fofa, a preocupação da namorada e resolveu não discutir.

— Tudo bem Swan. — A morena respondeu e levantou as mãos em sinal de rendição. O médico acabada achando a cena engraçada e resolve dar privacidade as duas.

— Bem já terminei meu trabalho por aqui, vou deixar as duas as sós. Regina nada de exageros. Amanhã irei liberar as demais visitas, vou indo. — O médico se despediu e deixou o quarto.

Emma e Regina não disseram muitas coisas, embora ainda tivessem muitas coisas a serem ditas apenas aproveitaram a presença uma da outra o resto poderia ser dito depois.

***

Em hotel barato no cetro de Boston, Rhana e Greg tentavam bolar uma estratégia que justificassem o acidente de Regina.

— Você é um idiota Gregori, porque tinha ir atrás dela. — Rhana dizia aos berros.

— Ficar me acusando não vai mudar as coisas, foi um acidente. — Greg tentava se defender. — Ela esta viva, não sei por que todo esse drama.

— Não é drama, você é mesmo um burro nessas horas. Podíamos ter feito tudo diferente, agora temos um problema muito maior e com risco de ter a policia, envolvida nisso tudo.

 Greg parou para pensar um pouco nas palavras de Rhana e concluiu que a morena estava realmente certa.

— Nós sempre saímos bem de tudo morena, vamos achar uma saída. Só me deixe pensar. — O loiro disse enquanto andava de lado para outro.

Rhana queria acreditar que ele realmente acharia uma solução, mas como Gregori sempre fora impulsivo em suas decisões, que ela não tinha tanta certeza se ele conseguiria os tirar daquele problema. Depois de alguns minutos pensando Greg sorriu, parecia ter achando a solução perfeita.

— Querida, eu acabo de ter uma ideia que além de nos tirar dessa enrascada ainda poderá nós render uma boa grana.

— Acho bom, ser uma boa ideia mesmo. Ou você vai ser ferrar sozinho nessa. — Rhana respondeu sendo direta. Ela não iria pagar pelos erros dele.

—É simples benzinho você só precisa denunciar a sua querida irmãzinha.

— E acusa-la de que Greg? De tomar conta da minha filha, enquanto eu estava me divertindo por ai?

— De roubar sua identidade para se passar por você para conseguir dinheiro dos Nolan, e acrescentar rapto da sua filha. Com isso não seremos suspeitos e você pode sair como vitima. —Gregori terminou a explicação.

 E por pior que fosse Rhana tinha gostado da ideia, poderia arrumar algum dinheiro com Emma e ainda se vingar pela humilhação no hospital.

— Até que você pensa bem sobre pressão querido. — Rhana disse se aproximando de Greg e beijando de leve sobre os lábios.

 Eles resolveram ir à delegacia pela manhã e passaram algumas horas comemorando e gastando o resto de dinheiro que ainda tinham.

***

 No dia seguinte as visitas são liberadas e Belle e Zelena visitam Regina, e morena percebe o clima entre a melhor amiga e a ruiva.

— Vai me contar tudo French. — Mills disse baixinho, apenas para que Belle ouvisse.

— Você mal acordou e já quer fofocar Mills.

— É claro e você vai me contar, eu percebi os sorrisinhos entre vocês duas Belle não ainda querer me enganar.

French ficou vermelha, ela ainda não sabia bem o que ela e Zelena tinham, afinal não tinham nomeado o que estavam vivendo e não tinham pressa. Só estavam vivendo um instante de cada vez.

— Não tem nada demais ainda Regina, e será que podemos falar disso outra hora, em que ela não estiver presente.

— Ai que amor, minha melhor amiga toda apaixonadinha e com vergonha de falar sobre isso. — Mills zombou da amiga, e recebeu um leve tapa no ombro.

Elas acabaram rindo, até Emma voltar ao quarto com café da manhã de Regina nas mãos.

— Oi, amor, como você disse que não queria comer nada do hospital ontem, eu trouxe seu café da manhã. — A empresária comentou sem perceber a presença de Belle e Zelena no quarto da namorada.

As duas acharam a atitude da loira extremamente fofa, e os risinhos começaram foi só então que Swan se deu conta que Regina tinha visitas.

 —Emma Nolan Swan toda romântica eu vivi para ver isso. —Zelena tratou logo de começar a zombar da amiga.

— Ei, dá um tempo ok? — Emma reclamou.

Em seguida caminho em direção à cama da namorada, e cumprimentou Regina com selinho. Mills estava se segurando para não rir, pois sabia que ficaria em sérios problemas com Emma. Não seria nada grave, mas com toda certeza a loira arrumaria uma forma de se vingar depois, e a morena não queria despertar a fúria da namorada.

— Trouxe somente coisas saudáveis, morena. Eu pedi recomendações ao seu medico e fez uma lista das coisas que eu poderia comprar para você comer sem problemas. — Emma começou a explicar a Regina, enquanto colocava a bandeja sobre a pequena mesa, que tinha do lado cama.

— Obrigado querida. — Regina agradeceu. Belle e Zelena continuavam a observar e Emma acabou fazendo uma careta para a amiga.

—Meu Deus às vezes vocês são piores que crianças. — French comentou.

— Culpa da sua namorada Belle, que adora me provocar. – Emma resolveu devolver na mesma moeda. Belle ficou vermelha como um pimentão e Zelena achou melhor tirarem o time de campo, pois Emma ia começar a apelar.

— Swan você é bem engraçadinha... Hahahaha... — A ruiva se disse se direcionando a amiga. — Vamos deixar o casal aproveitar o café da manhã. Voltamos mais tarde.

— Cuide bem da minha amiga Zelena. — Regina resolveu alfinetar também.

Ela recebeu um olhar de repreensão de Belle, mas ignorou e sorriu. No fim nem a própria conseguiu manter a cara feia e como uma criança emburrada deu língua para Regina, Emma balançou a cabeça de lado para outro como se dissesse um bando de crianças. No fundo as quatro mulheres estavam adorando todo aquele clima, depois do susto que Regina tinha sofrido, um pouco de bom humor e momentos descontraídos eram bem vindos. Logo Belle e Zelena deixaram o quarto de Regina, e ela Emma ficaram a sós. A empresária serviu o café da manhã para a namorada, e Mills se alimentou sem reclamar, afinal estava mesmo com fome. Emma se sentou na cadeira ao lado e apenas a observou, a verdade era que elas tinham uma conversa pendente e nenhuma das duas sabia como começar.

***

Greg e Rhana haviam finalmente decidido como fariam a denuncia, a outra Mills deveria entrar sozinha na delegacia e acusar a irmã de falsa identidade e por se passar por mãe de sua filha na sua ausência. A ideia era se a policia chegasse a investigar o acidente de Regina, Greg diria que estava ajudando Rhana e reaver a filha que estava com Regina e na tentativa de impedir que a mesma fugisse o acidente tinha acontecido. Assim ele sairia como herói e não como vilão da historia, não era o melhor plano, mas servia por enquanto.

 —Você sabe o que tem que fazer né? — Gregori perguntava a Rhana repassando o plano para não ter erros.

— Sim querido, devo fazer a melhor cara de mãe desesperada e dizer que minha irmã se aproveitou da minha ausência e usou minha filha em uma armação sórdida para conseguir dinheiro dos Nolan. — Rhana respondeu resumindo tudo.

 — Muito bem, então vá e seja a grande atriz que eu sei que você é. —Greg disse e deu um tapa no traseiro da morena, ela apenas lhe deu um sorriso sacana e entrou na delegacia. Quando entrou mudou drasticamente suas feições, fazendo uma cara de choro.

— Eu posso lhe ajudar em alguma coisa senhora? — Um policial perguntou assim que avistou a mulher.

— Eu gostaria de fazer um denuncia. — Rhana respondeu tirando os óculos escuros.

***

O dia havia passado e a noite tinha chegado rapidamente, Emma permaneceu no hospital e maior parte do tempo, cuidava dos negócios através do notebook ou por celular. No momento para ela a coisa mais importante era estar perto de Regina, já a morena esperava a melhor oportunidade de poderem conversar e foi refletindo que ela chegou a uma conclusão: Antes do acidente, a grande relutância e a espera para o momento adequado para contar a verdade a Emma a tinha levado aquela situação. E agora que a loira estava disposta, a recomeçar do jeito certo, a morena queria que esse recomeço, fosse de forma limpa, sem mentiras ou empecilhos para o que iriam construir depois.

 — Emma nós precisamos conversar. — Regina disse chamando atenção da loira. Swan se levantou da pequena cadeira em estava sentada e se aproximou da cama da namorada.

— Sou toda, ouvidos morena. — A empresária respondeu parecendo meio nervosa. — Na verdade eu queria lhe dizer algo, mas não sabia como você está se recuperando e não queria comprometer sua saúde.

— Eu aprecio o seu cuidado meu amor, mas a verdade é que estou bem e não podemos adiar mais essa conversa. — Mills disse em tom serio.

— Regina eu não me importo... — Swan não conseguiu continuar, pois Regina a interrompeu colocando a mão sobre seus lábios.

— Me deixa falar, eu preciso Emma.

A loira colocou sua mão sobre a de Regina e puxou para perto de seus lábios novamente, ela depositou um beijo carinho como se desse a permissão que Regina desejava.

— Tudo bem morena, apenas irei lhe ouvir.

— Primeiro, eu preciso lhe pedir desculpas por ter omitido tantas coisas. Eu não queria mentir, só que você acabou confundindo as coisas e supôs que eu fosse Rhana e uma coisa levou a outra. No fim de tudo eu só queria proteger Charlotte da mãe inconsequente. — Mills desabafou algo que parecia estar preso em sua garganta há tanto tempo. — Só que no meio disso tudo eu me apaixonei por você Swan, eu não planejei isso só aconteceu. E depois não se tratava só de proteger Charlotte, mas proteger você também. Quando ela descobriu sobre nós, me ameaçou e queria que trocássemos de lugar, porque só o seu dinheiro não bastava ela queria ter um lugar na sua vida e isso eu nunca iria permitir. O seu amor, eu não deixaria ela manchasse, porque isso por mais egoísta que seja afirmar isso... É meu. — A voz de Regina estava embargada, e ela buscou forças para não se acovardar naquele momento. — Eu não sabia como não me complicar e lhe contar a verdade, e todas as vezes que tentei algo sempre nos atrapalhava, por fim aquela carta foi a melhor saída. E acredite foi à coisa mais difícil que já fiz na vida, desistir de você e Charlotte doeu demais.

A única reação de Emma foi abraçar a namorada, com a certeza que a amava ainda mais. A morena se sentia mais leve e tranquila, por finalmente contar toda a verdade a Emma. 

— Eu sinto muito, por tudo que sua irmã lhe passar meu amor. — A empresária disse baixinho enquanto fazia carinho nos cabelos de Regina. — E não é egoísmo da sua parte Regina, porque o meu amor é realmente só seu e de mais ninguém. Se te deixa tranquila, eu quero que saiba que entendo tudo que fez, e não a culpo por nada. O passado é só o passado, o que importa agora é o futuro que temos pela frente. Eu amo você Regina.

As palavras saíram simples e forma verdadeira, e encheram o coração de Regina de esperança. Elas agora tinham a chance de começar uma relação de verdade, sem medos, sem ameaças ou mentiras.

— Eu também amo você Emma. — Mills respondeu com a voz embargada.

Depois ela levantou a cabeça e uniu seus lábios aos da namorada, em beijo cheio de carinho, amor e com gosto de recomeço para elas.

A semana passou voando, e o dia que Regina receberia alta finalmente havia chegado.

— Eu não acredito que vou para casa. — Mills comentou enquanto ajeitava a bolsa.

— Você vai para minha casa amor. — Emma a lembrou.

— Eu sei Swan, fica tranquila não vou mais discutir isso com você é só força de expressão.

 — Acho bom, porque eu quero você bem pertinho de mim. —Swan afirmou e se aproximou abraçando a namorada por trás.

— A vontade é mutua Emma, além do mais estou com saudades da minha filha. — Regina disse tão naturalmente que arrancou um sorriso de Emma.

— E ela de você Mills.

 O clima entre elas foi quebrado pela chegada de alguém ao quarto. Um homem desconhecido que, ambas as mulheres nunca tinha visto antes.

— Com licença, eu preciso falar com a senhorita Regina Mills. – O homem se pronunciou.

— Eu sou Regina Mills. — A morena falou se apresentado. — E quem é você?

— Detetive Graham Hubert. — O homem respondeu mostrando o distintivo. — Eu estou investigando um caso de falsa identidade, ao qual a senhorita parece estar envolvida.

Ao ouvir aquilo Regina sentiu as pernas ficarem bambas, e Emma teve que ampara-la.

— Regina você está bem?

—Estou amor foi só uma tonteira. Mills se virou para detetive e fez a pergunta que no fundo ela já tinha a resposta. — Quem fez a denuncia detetive?

— Sua irmã Rhana Mills, ela a acusa de inúmeras coisas, e acredito que terá que vir comigo até a delegacia, mas fique calma será apenas para dar a sua versão dos fatos. 

Regina sabia que teria que enfrentar as consequências dos seus atos, e esperava também que irmã arrumaria um jeito para não pagar pelas suas armações. Ela só não esperava que Rhana fosse jogar tão baixo, mas Regina se manteve forte ela agora tinha Emma ao seu lado. E tendo a mulher que amava ao seu lado ela enfrentaria qualquer coisa.