Unindo dois coraçãoes escrita por benihime


Capítulo 7
Apenas palavras – Capitulo Extra


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo extra mostra como Ryuken e Uryuu finalmente se acertaram depois de tanta confusão.
ATENÇÃO: ele tem um pouco de relação com uma outra fic minha de Bleach mas não influencia em nada você já tê0la lido ou não



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Ryuken estava sentando em uma cadeira dentro de um dos quartos da 4ª divisão onde Uryuu estava em repouso. Ele lia um livro quando escutou gemidos ao seu lado e logo prestou atenção: Uryuu estava acordando.

Ele devia chamar um shinigami para verificar sua condição, mas ele já estava fazendo isso e não deixaria ninguém entrar ali.

Quando contou uma parte da verdade sobre Katagiri e os quincys para Uryuu antes da Guerra começar, ficou claro que a notícia não havia caído nem um pouco bem e como Uryuu era muito esperto, também sabia que ele havia associado o dia em que o viu na sala de necropsia sobre o corpo de Katagiri com a flecha que havia lhe entregado.

Ao abrir os olhos, Uryuu se surpreendeu ao ver Ryuken com uma das mãos sobre seu corpo e ali ao seu lado zelando por ele. Ele precisava terminar de saber a verdade sobre sua mãe, independentemente do quão difícil fosse ser perguntar aquilo para Ryuken e ter que ouvir tudo.

— Ryuken – já havia virado costume chamar o pai pelo nome – Termine de me contar a verdade. – Ryuken instantaneamente se surpreendeu – Sem deixar faltar um detalhe. – Uryuu terminou esperando uma resposta.

— Muito bem então. – Ryuken apenas suspirou e voltou a se sentar (não podia negar a Uryuu o resto da história).

O silêncio estava começando a incomodar. Ryuken parecia pensar sozinho e Uryuu já se preocupava com o que ouviria.

— A parte que te contem até seu nascimento você entendeu correto? – ele finalmente cortou o silencio.

— Sim, esta parte eu entendi. – Uryuu foi bem objetivo com a resposta.

— Então continuando. – Ryuken juntou forças e seguiu – Algum tempo depois que você nasceu, eu e sua tia discutimos o que fazer sobre a história do Yhwach. Eu e ela precisávamos contar a verdade e passamos horas conversando como fazer isso. O dia que contamos não foi bom. Sua mãe, Ishin, Urahara, Yoruichi e Tesai não gostaram da notícia.

— Então eles já sabiam o que viria? – Uryuu confirmaria tudo.

— Sim, já. – Ryuken respondeu em meio a um suspiro como se lembrasse daquele dia e prosseguiu – Eu tive consecutivas discussões com seu avô sobre você aprender a ser um quincy porque não era seguro para você, sua mãe, Masaki e os filhos dela. Mas nunca consegui enfiar na cabeça dele isso.

— Era por isso que discutia comigo sobre vê-lo? Era mais fácil ter me dito logo não acha? – Uryuu respondeu indignado.

— E como faria isso? Você tinha seis anos! E sempre que tocava no assunto Katagiri entristecia ainda mais. Eu pensei milhares de vezes em como fazer isso, mas nunca soube. – a resposta de Ryuken deixou Uryuu sem reação.

— Então porque demorou tanto para me contar? – ele tinha que entender.

— Eu e Ishin combinamos de contar a verdade para vocês quando a hora chegasse para podermos passar os anos que tínhamos com vocês sem deixá-los preocupados. Eu e ele até cogitamos contar antes quando aquela shinigami... Rukia, se não me engano, apareceu em Karakura e o Urahara mandou vocês até a Soul Society para salvá-la. – Ryuken fez uma pausa e suspirou – Ainda assim não conseguimos. Mas nós quase matamos o Urahara por aquela imprudência depois. – ele terminou com cara de sério.

— Como vocês conseguem tentar se matar a cada cinco minutos se parecem que se entendem bem? – uma das coisas que mais perturbavam Uryuu eram as brigas constantes de seu pai com o de Ichigo.

— Katagiri e Masaki nunca deixaram eu e ele nos matarmos. Mas ainda temos os momentos em que nos entendemos. – Ryuken foi bem sucinto com a resposta.

Uryuu começou a rir daquilo! O tom cômico e a expressão que seu pai fizera foram hilários para ele. Mas ele logo parou e Ryuken achou que algo podia estar errado.

— Você está bem Uryuu? – ele se levantou para verificar se algo tinha ocorrido.

— Aquela flecha que me deu, como você a forjou? – se tinha algo que tiraria a limpo custasse o que custasse era sobre a flecha que seu pai entregou e ele usou para dar a chance de Ichigo matar o Yhwach.

— Na noite em que sua mãe morreu ela me pediu duas coisas. – Ryuken voltou a se sentar e começou sério a falar – Ela me pediu que cuidasse de você e que.... – ele hesitou e Uryuu viu ele deixar um insistente veio de lágrimas escorrer. Quando se recompôs, continuou. – E que usasse o coágulo de prata que a estava matando para forjar uma flecha que desse uma chance de todos nós sobrevivermos quando Yhwach atacasse. – ele terminou tremendo ao se lembrar do último pedido de Katagiri.

— Então... aquele dia que te vi na sala do hospital mexendo no corpo dela você.... – Uryuu não teve chance de terminar

— Sim, estava. Eu estava coletando os vestígios do coágulo de prata do coração de Katagiri para poder forjar a flecha que lhe entreguei. – Ryuken juntou forças para seguir – Durante a madrugada, Ishin e Urahara sentiram a vida de Katagiri se esvair aos poucos até desaparecer e vieram me ver logo no dia seguinte e me encontraram colocando o corpo dela sobre a mesa com os materiais de autópsia em volta. Os dois tentaram me impedir, aí tive que contar a eles a mesma coisa que te contei agora pouco. – Uryuu prestava atenção surpreso em cada palavra – Quando finalmente terminei de pegar o coágulo de prata e de forjar a flecha, cremei e enterrei sua mãe. – Ryuken finalizou lembrando do alívio que sentiu no dia em que finalmente deu paz a seu grande amor.

Uryuu não reagia! Saber aquilo foi como tomar um tiro. Por todos os anos que achava que Ryuken estava errado, ele se arrependia. Ele sempre foi aquele que não o compreendia e estava equivocado. Ryuken percebeu que Uryuu não conseguia ter reação e o tirou do transe.

— Uryuu. – ele tomou um susto! Estava tão dentro de seus pensamentos que quando Ryuken o chamou ele não estava prestando atenção. – Tenha calma. A culpa do que aconteceu não foi sua. – Ryuken tentava acalmá-lo achando que se culpava pela morte da mãe e do avô.

— O problema não é esse! – Uryuu gritou e Ryuken se colocou na mesma altura que ele para ouvi-lo – Eu sinto muito. Por todos os anos que não entendi seus motivos, eu sinto muito. – ele terminou tremendo de vergonha por saber que tudo que Ryuken sempre fez foi tentar protege-lo.

— Não há nada para perdoar. Tudo que lhe disse antes podem não ter sido nada além de palavras que você não compreendia, mas todas as palavras que lhe disse hoje você pode entender; e isso para mim já basta. – Ryuken o abraçou para acalmá-lo e os dois ficaram ali todo resto do tempo.

** Enquanto conversavam, Ishin e Urahara estavam do lado de fora da sala junto de Isane, Byakuya e Kyoraku ouvindo a conversa dos dois para ajudar se precisasse. Os dois estiveram lá para confortá-lo quando Katagiri finalmente pode descansar em paz e estariam lá de novo se ele precisasse de ajuda para encarar o passado. **


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Notas finais do capítulo

Esse é o final oficial meus caros.
Epero que tenham gostado e até a próxima fic ;)



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