Unindo dois coraçãoes escrita por benihime


Capítulo 6
O fechar das cortinas


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo encerrara o caminho de nosso amado casal.
Estejam com os corações preparados meus caros.



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Os dias que vieram depois daquela conversa foram difíceis. Katagiri e Uryuu corriam mais riscos do que Ichigo, as irmãs e Masaki correriam e Ryuken não pode deixar de se sentir culpado pela tristeza que se instalou em Katagiri a partir daquele momento.

Em sua casa, as coisas se complicavam. A mãe de Ryuken já havia morrido e ele agora tinha que lidar com as constantes discussões com seu pai. Seu pai insistia em querer ensinar Uryuu a ser um Quincy – coisa que Ryuken não deixaria nem morto! Era perigosíssimo para ele. Mas como enfiar na cabeça de seu pai isso? E como explicar para uma criança de menos de seis anos que ele não pode ver o avô e o verdadeiro perigo que está correndo? Ryuken não tinha a resposta para estas perguntas e, sempre que surgiam, ele sabia que o coração de sua esposa se despedaçava um pouco mais.

A saúde de Katagiri havia piorado com o tempo. Ela havia se descuidado e o medo não a ajudava a melhorar. Ela queria que Uryuu fosse feliz como ele realmente era: um quincy com um potencial imensurável! Mas como ela faria isso sem colocar sua vida em risco ela não sabia. Quando aquela pequena criança vinha perguntar preocupada por que ela estava chorando, sentia seu coração apertar e as palavras escaparem.

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Trabalhando em seu escritório, em uma tarde de chuva, Ryuken sentiu um holow na cidade e logo em seguida sentiu os poderes de Masaki se manifestarem.  Sabia que a prima podia vence-lo sem dificuldades, mas em instantes sentiu seus poderes desaparecerem em uma onda onde o poder de milhares de outros quincys também desapareceram. Ele nunca tomou susto maior! Os poderes de Katagiri também se esvaneceram e ele correu atrás dela – foi a primeira vez que ficou feliz por Uryuu estar com seu pai do que em casa.

Ele encontrou Katagiri desmaiada sobre a rede pendurada na varanda onde ela lia livros para relaxar. Ela estava gelada e não reagia a uma palavra sequer de Ryuken. Ele jurava que seu coração fosse parar. O dia em que Yhwach fizera a seleção havia chegado e ele ia perder Katagiri e seu filho.

Depois de levar horas estabilizando Katagiri – que por sorte ainda estava viva – ele ligou para seu pai para saber se Uryuu ainda estava vivo – e graças a tudo neste mundo estava; ele ainda verificou de Masaki estava viva, mas não obteve sequer um sinal de sua reiatsu.

Ele teve certeza quando Urahara ligou desesperado por ajuda com Ishin, que tinha entrado em pânico com a morte de Masaki. Agora era oficial. Tudo estava desmoronando e a única coisa que ainda mantinha Ryuken na linha era saber que seu filho ainda estava vivo.

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Os meses seguintes foram os mais difíceis que Ryuken jamais pensou ter que enfrentar. Quando seu pai trouxe Uryuu para casa ele teve que tentar de todos os jeitos acalmá-lo quando viu o estado de Katagiri. Ver todos os dias seu filho levar flores para colocar no vaso ao lado da cama de Katagiri partia seu coração. Mas como diria a uma criança de nove anos toda a verdade?

As discussões com seu pai não cessavam. Mesmo com Katagiri e Masaki tendo morrido e os filhos dele e de Ishin terem sobrevivido – por muita sorte em sua opinião – seu pai ainda insistia em ensinar Uryuu como ser um Quincy.

Quando fez três meses que Katagiri permanecia inconsciente, Ryuken percebeu que ela teve um momento de lucidez e sentiu suas esperanças voltarem.

— Amor.... – ela começou dizendo com os olhos fechados e movendo um pouco as mão para buscar Ryuken.

— Estou aqui Katagiri. – ele pegou sua mão e ela sorriu de leve.

— Posso te pedir um favor? – ela falou bem leve e escutou Ryuken confirmar – Me leve para a varanda. – foi tudo que disse.

— Levo você para onde quiser. – ele respondeu e ela sorriu (sabia que ela amava ficar na rede da varanda).

Ryuken retirou cuidadosamente os equipamentos de cima de Katagiri – ele sabia que aquilo seria perigoso para ela, mas não negaria um dos maiores prazeres de sua esposa.

— Aqui estamos meu amor. – ela sorriu com suas palavras, mas seus olhos ainda não se abriam.

— Obrigada. – ela agradeceu e se aconchegou sobre Ryuken.

Os dois ficaram horas ali em seu mundo gravando cada sensação daquele momento. E mais uma vez Ryuken ficou feliz de seu filho não estar ali. Ele tinha colocado Uryuu na cama, pois estava muito cansado dos treinos e foi dormir mais cedo.

— Querido, posso te pedir duas coisas? – Katagiri repentinamente quebrou o silencio do momento.

— Mas é claro. O que gostaria? – uma coisa era certeza, nos anos que ficaram juntos Ryuken nunca foi desrespeitoso com sua amada.

— Quero que cuide muito bem do Uryuu. – Ryuken sentiu seu coração apertar no mesmo instante – Ele vai precisar de proteção e de alguém que o guie quando a hora de saber a verdade chegar e nos anos que viram.

— Sabe que vou estar cuidando dele sempre meu amor. E você também vai estar aqui para me ajudar. – ele confirmou o pedido de Katagiri e fez ela dar um leve sorriso.

Algo ali não ia bem. Ele sentia que ela estava cada vez mais debilitada, mas não queria voltar para cama, queria ficar ali com ele. Quando ela começou a chorar e apoiar sua cabeça sobre o peito de Ryuken ele achou que ela estava passando mal.

— Você está sentindo alguma dor meu anjo? – ele se preocupou no mesmo instante.

— Preciso que me perdoe pelo que vou lhe pedir agora meu amor. – ela chorava sem trégua.

— Não importa o que seja, jamais precisarei lhe perdoar por todos os anos de amor que me deu. – as palavras de Ryuken eram tudo para o coração aflito de Katagiri.

— Quando eu me for, use o coagulo de prata de meu coração para dar uma chance para que você, Uryuu, Ishin e os filhos possam sobreviver quando a hora chegar. – a dor no coração de Ryuken foi insuportável quando ela lhe pediu aquilo.

— Katagiri, eu não vou mexer em você quando você se for para isto. Se o fizer, será para deixa-la descansar em paz. – ele admitiu sua opinião. Não abriria sua esposa depois de morta nem em um milhão de anos.

— Eu sei que não deveria lhe pedir isso, mas quero poder dar uma chance a vocês, meus tesouros, de continuarem vivos quando o momento chegar. – ela apertava cada vez mais a mão de Ryuken – Me prometa meu amor, que me deixara ajudar vocês dois quando a hora chegar. – ela terminou como se suplicasse para estar ao lado de Ryuken e Uryuu no dia que fossem enfrentar Yhwach.

— Eu prometo. – ele faria o que ela lhe pediu, lhe torturasse aquilo o quanto fosse. Ele não deixaria suas lágrimas escorrerem e afligirem o coração de sua esposa; ele apenas a aconchegou mais no abraço e a sentiu adormecer – cedendo logo em seguida junto a ela.

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Os raios de sol do dia seguinte iluminaram o casal na rede. Uryuu ainda dormia – era um sábado ele não sairia da cama naquela hora.

Ao acordar, Ryuken verificou Katagiri para o momento mais horrível pelo qual jamais queria ter que passar novamente: ela havia morrido em seus braços durante a noite.

A dor de perder seu porto seguro, sua paz, seu anjo e seu amor apenas foi agravada ao contar a verdade a seu filho e vê-lo chorar sem trégua pela morte da mãe.


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Notas finais do capítulo

Este é o fim meus amigos.
Havera um capitulo extra para mostrar algo a você meus caros.
Recomendo muito que leiam! Foi feito de forma muito especial.



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