Minha terra tem palmeiras... escrita por Tyke


Capítulo 5
Viela Esticada.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Um novo dia.

Danilo acordou cedo, conforme vovó Maria ordenou, desceu as escadas que eram de tijolos e azulejos e foi direto para cozinha. Os avós estavam lá junto com três figuras que o garoto não reconheceu.

— Danilinho — Um homem de cabelos escuros e pele manchada se adiantou  — Quantos anos! Se lembra de mim, garotão?

Bem... Não. Familiar, mas difícil de dizer quem era. Da última vez que Danilo visitou os avós, a dois anos, foi somente os avós.

— É claro que ele não se lembra de você. Ainda mais que engordou nos últimos anos. — Vovó Maria interveio enquanto colocava uma jarra de suco de abobara sobre a mesa.

— Eu não engordei, apenas cresci. — O homem desconhecido, porém familiar, fez Danilo rir com a resposta. — Está vendo, ele ainda gosta das minhas piadas... Sou irmão da sua mãe, garoto. Rangel.

Tio? Aquele que o pegava no colo e o jogava para cima? Que o colocava sobre a vassoura de brinquedo e o deixava descer as escadas voando? Tigel, como a língua enrolada de bebe costumava pronunciar... realmente ele engordou um pouco e talvez ganhou mais manchas no rosto.

Danilo olhou para os outros dois estranhos na mesa... Não eram exatamente estranhos. A mulher era sua tia Jaqueline, casada com o Tigel, ela tinha cabelos louros não naturais - usava transfiguração-. E o outro era um adolescente... Felipe, ele estava muito diferente... quem sabe até bonito? Seu primo não tinha mais as bochechas grandes e nem o corpo rechonchudo.

— Venha, querido. Sente-se. — A vovó apontou para uma cadeira ao lado de Felipe.

O menino, um pouco envergonhado por aquelas pessoas serem sua família e ele mal as conhecer, sentou na cadeira oferecida.

— Ele sabe falar? — Rangel comentou para os mais velhos enquanto voltava a sua cadeira.

— É claro que sim! Que pergunta estúpida é essa, Rangel? — Vovô quem respondeu e ralhando ao mesmo tempo. O velho estava sentado à mesa e virava uma xícara com um liquido preto.

— Calma... é brincadeira. É que eu não sei inglês.

— Não precisa falar em inglês comigo. — Danilo se pronunciou um pouco tímido, mas gostando daquele homem. Mesmo ele aparentando ser irritante.

— Ae! Agora está falando bonito. — O tio até batel palmas... que exagerado.

— Eu e sua mãe sempre mandamos livros para ele. Para não deixar aquele gringo fazê-lo esquecer da onde nasceu. — Vovô Zé bebericava o liquido preto que parecia muito quente.

— Cafeteiro! — Vovó Maria acertou o pano de prato na nuca do marido — Presta atenção no que fala perto do menino.

Que cena cômica. Danilo quis sorrir, mas não o fez porque se sentiu incomodado pelo que o avô falou de David. Era obvio que ele se referia ao seu pai. Mas porque ele falaria uma coisas dessas? David nunca o fez "esquecer" de nada.

— Então, Danilo. Ansioso para as aulas começarem? — Tia Jaqueline indagou gentilmente enquanto passava manteiga em um pedaço de pão.

— Sim, acho que sim.

— Você vai gostar do Castelinho. Tem uma cobra gigante com cara de lhama no lago que rodeia a escola — O tio Rangel falou sorrindo enquanto também se servia do liquido escuro. — Ela costuma colocar a cabeça para fora da água e cuspir. É incrível! Quando não acerta em você, é claro. Mas você vai ama-la!

O que é cabeça de lhama? Danilo ficou imaginando como seria a criatura. Não via a hora de pisar na escola e ver com seus próprios olhos esse bicho estranho.

— O Dilúvio não é tão legal assim. — Felipe quem falou ao lado do menino, ele abaixou um pouco o corpo como se fizesse um confidente ao primo. — Geralmente o cuspe dele fede. Só meu pai gosta daquela coisa.

— Não dê ouvidos à ele, Danilo. — Rangel fez uma careta para o próprio filho. — Lipe não sabe apreciar a beleza daquela criatura... Ela tem assas, Sabia? É incrível!

Uma cobra aquática, que cospe e voa... Talvez não seja tanto. Danilo imaginou a criatura sobrevoando uma cidade e disparando cuspes com catarro nas pessoas... Que nojo! Não pense nisso na mesa do café. Eca!

— Você não está comendo, querido? — Vovó Maria agora estava sentada à mesa e perguntou a Danilo.

Não, ele não estava. Muito provavelmente por vergonha, não movia um único músculo em direção às comidas que ele conhecia, mas não se lembrava muito bem dos nomes.

— Você quer suco ou café com leite? — Jaqueline perguntou.

— Café com leite, é claro. — Mas foi o vovô Zé quem respondeu.

— Cafeteiro, o menino bebe o que quiser! — E a vovó advertiu.

Danilo escolheu beber suco, estava mais acostumado àquele gosto. Depois ele aceitou pegar uns biscoitos compridos e brancos que soltavam pozinho, ele tinha uma vaga lembrança que amava aquilo... Humm!  Sim, ele amava aquilo! Só uma mordida foi o suficiente para ele confirmar.

Ao terminar o café, quase todos saíram da mesa. Para trás ficou a vovó arrumando a cozinha e os dois netos sentados. Felipe permaneceu porque lia distraidamente um livro e Danilo porque não sabia para onde ir se levantasse da cadeira.

— Felipe. — O menino chamou com um pouco de receio de irrita-lo por atrapalhar a leitura. Mas aparentemente não irritou, pela forma cúmplice que o desconhecido primo o olhou. — Por que a vovó chama o vovô de Cafeteiro?

Maria sempre chamou José assim, talvez já o chamasse assim antes do casamento. Danilo sempre ouviu aquele tratamento, mas antes era novo de mais para questionar o mundo a sua volta.

— Porque ele bebe muito café. — Felipe riu ao responder...  Quem bom! Ele vai ser um primo legal. E Danilo também sorriu.

— Muito bem meninos, hora de irmos.

Vovó Maria havia terminado de arrumar a cozinha e batia as mãos no vestido longo como se o limpasse. Felipe fechou o livro e se levantou. Por uma fração de segundos o menino mais novo poder ler o título "Animagos ao longo da História", mas logo ele voltou a atenção para a situação em que se encontrava.

— Irmos aonde?

— Oras, Danilo! À Viela Esticada para comprarmos os materiais de vocês, eu lhe disse ontem.

— Ah sim, é claro.

— Tudo bem, ninguém presta atenção nos monólogos dela. — Felipe sussurrou próximo aos ouvidos de Danilo e este notou como as orelhas do mais velho eram enormes.

Junto com a avó e o primo, Danilo atravessou a cidade onde nasceu. Ela não era grande. Eles caminharam até parar em frente a um estabelecimento com um letreiro dourado Lojinha do Baú... É esse o lugar? O menino observou a loja vazia, nem vendedores tinha. Sem questionar, porém curioso, ele seguiu a avó e o Felipe até uma porta dentro da loja.

— Entrem. — A mulher precisou falar e empurrar o neto mais novo para dentro do cômodo atrás da porta.

Vovó Maria fechou a porta atrás de si e foi direto a um painel na parede... Mas que lugar é esse? Danilo estava de boca aberta e olhos arregalados em ânsia por entendimento.

 

Viela Esticada

 

Foi o que a avó escreveu no painel. Então a porta por onde entraram deu um estralo, uma luz vermelha se acendeu sobre ela e Danilo se assustou... um...dois...três...quatro...  A porta estralou novamente e a luz sobre ela ficou verde.

— Chegamos. — A vovó falou animada e foi logo saindo do cômodo misterioso e desmobiliado.

Danilo meio que ficaria para trás se Felipe não o tivesse empurrado gentilmente pelos ombros.

— É assim que menores de idade se locomovem por aqui, não tem isso na Inglaterra? — Felipe perguntou enquanto ainda guiava o primo pela Lojinha do Baú, mas essa era outra loja.

— Bem... lá tem a Rede de Flu.

— Como funciona?

Danilo responderia "Com lareiras... ah é! As casas daqui não tem lareiras" , mas ele se esqueceu completamente como falava assim que se encontrou do lado de fora da "loja-transporte".

Aquele lugar não era uma viela, parecia mais uma praça enorme cheia de lojas, bruxos e barraquinhas de lona... Que lugar incrível!

Logo de frente para eles havia uma barraquinha vendendo nuvens mágicas que refrescam. A lona da barraca estava encharcada exatamente como o vendedor animado, que gritava a plenos pulmões sobre seu produto e usava um casaco de pele para ilustrar a eficiência dele. Danilo aprovou aquela ideia, estava tão quente que ele nem conseguiu vestir suas capas pesadas e escuras. Tudo bem! Muitos bruxos estavam sem capa naquele local, mas outros muitos usavam umas feitas de um tecido que parecia deliciosamente fresco.

— Ai minha Santa Strega! — Vovó cobriu rosto parando em frente a uma loja. Ela parecia se conter para não extravasar a alegria.

— Vó, a gente tem muitos lugares para ir...

— Eu sei, Lipe. É rapidinho. Você já é grande, pode levar o Danilo para comprar a varinha dele e logo alcanço vocês.

— Mas vó...

— Vá na loja do Seu Chin Lee e passa longe desses muambeiros.

Vovó Maria falou, não esperou a resposta e desapareceu pela porta da loja que se chamava Magia de Casa. Havia um cartas pendurado do lado de fora e ele dizia: "Novas lavadoras instantânea, amostras grátis limitadas"

Sério que ela os abandonava por amostras grátis?... Pela cara de não surpresa que Felipe fez, sim, era sério.

— Vamos indo. — Ele suspirou e guiou Danilo por entre as barracas e pessoas.

Pelo caminho um cartaz, pendurado em uma barraquinha de lona, chamou a atenção do menino: VARINHAS POR APENAS 2 GALEÕES.

— Dois galeões em uma varinha? — Danilo perguntou surpreso.

— Sim, são feitas com pelo de gato de rua. Uma porcaria. — Felipe criticou o produto e nem deu atenção para a cara feia que recebeu do vendedor das varinhas.

Um pouco para frente um segundo cartaz impressionava mais ainda: VARINHAS DE ÓTIMA QUALIDADE POR 12 SICLES.

— Essas são só graveto. — Felipe comentou antes de Danilo questionar.

— Mas quem compraria? Quer dizer; elas não funcionam, certo?

— Na verdade funcionam, mas são horríveis para feitiços orais. E sempre tem uns bruxo que acabam comprando.

— Funcionam? Sério mesmo?

— É claro, a magia vem de você não da varinha. Elas apenas são um meio de facilitar.

— Oh! — Danilo olhou para trás e avistou o vendedor da "varinha 12 sicles" fazendo sair faíscas de uma delas.

O menino ia perguntar ao primo se aonde iam era longe, quando... Ele avistou o letreiro preto em um estabelecimento com o teto vermelho e pontiagudo:

Chin Lee

Varinhas tradicionais e de qualidades

Desde 1850

 

— Chegamos! — Felipe anunciou desnecessariamente e depois acrescentou. — Vai ser constrangedor, ok?

— Como?

O primo sorriu travesso e puxou Danilo para dentro da loja... O lugar cheirava incenso e ervas suspeitas... O menino olhou envolta estranhando o local, parecia saído de outro pais. Havia almofadas no chão no lugar de cadeiras ou poltronas de espera. Um lustre redondo e vermelho pairava sobre a cabeça dos clientes. E as paredes pareciam um monte de bambus amarrados.

— Olá, em que posso ajudar? — Um velho senhor se aproximou de olhos fechados... Ops! ele não estava de olhos fechados, eram assim mesmo.

— É a primeira varinha dele. — Felipe deu uns tapinhas nas costas de Danilo.

O velho, que provavelmente era o Seu Chin Lee, abriu um sorriso de dar medo... Isso é bom sinal, certo?... Não é?

— Então é hora de correr! Venha, garotinho. — Seu Chin Lee estendeu a mão para o menino.

Danilo olhou para Felipe preocupado... Como assim correr? O primo apenas sorriu e se sentou em uma almofada no chão. Então o menino não teve outra opção senão acompanhar o velho.

Chin Lee afastou uma cortina atrás do balcão e revelou um comprido, muito mesmo, e largo corredor. Nele havia quatro mesas que brilhavam vermelhas, eram da altura da cintura de Danilo e estavam repletas de varinhas alinhadas em pé por suportes.

— Com licença — Chin Lee pegou uma mão de Danilo e passou na palma um creme que cheirava carvalho com enxofre. Depois posicionou a mão do menino em cima das varinhas da mesa da estrema esquerda. — Agora você vai correr até o fim e depois fazer o mesmo nos outros balcões.

— Desculpe?

— Você vai correr até o fim e depois...

— Não, não. Eu entendi... É que. — Danilo buscou Felipe com o olhar, o primo estava rindo... Que engraçado isso! — Ok, eu vou... correr.

O velho deu um passo para o lado saindo do caminho. Danilo respirou fundo com o rosto queimando e começou a correr... Que jeito mais idiota de escolher varinha!... Mas se bem que pode ser eficiente... E também, cá entre nós, era até divertido. Afinal, correr por um comprido corredor "abençoando" as varinhas enquanto o Seu Chin Lee ficava dando gritos esganiçados de incentivo... Danilo começou a rir e perder o fôlego da corria.

Finalmente chegou no fim do corredor. Que lugar enorme! Danilo virou, posicionou a mão sobre o segundo balcão e voltou a correr. Quando ele passava pelo terceiro algo aconteceu.

— Para! — Chin Lee gritou e foi correndo até o menino. — Volta devagar.

Danilo voltou. Passou novamente pelas mesmas varinhas e uma delas brilhou se agitando.

— É essa! Vamos ver... — O dono da loja agarrou a varinha e começou a analisar. — Madeira de Araucária, vinte oito centímetros e o núcleo... é faísca e pelo de Corsel D'ignis. Está aqui, rapazinho.

— Que criatura é essa? — Danilo perguntou admirando a sua varinha. Sua varinha, caramba!

— Uma muito bela. Agora venha, venha.

Felipe pagou o Seu Chin Lee. 20 peças de ouro. Uma varinha de verdade custa caro, igual a Sra. Lewis! Mas as duas coisas não tem muita comparação...

Depois os primos saíram da loja e Danilo não conseguia parar de admirar seu mais novo bem preferido.

— É melhor você guarda-la  — Felipe olhou envolta, desconfiado, para os bruxos que passavam. Danilo entendeu o recado e guardou a varinha na caixa. — Foi divertido?

— Sim, bastante. E agora?

— Vamos aqui, está mais perto. — O mais velho puxou o menor para a loja:

 

Boticário Felicis

Poções, essências, perfumes e muito mais.

 

Aquela loja era bem curiosa. Havia altas prateleiras repletas de frascos de todas as cores e formatos. E atrás do balcão havia vários caldeirões borbulhantes e uma mulher - não muito velha, não muita nova - revirando eles.

— Precisamos de repelente mágico. — Felipe falou e a mulher se virou para eles, ela usava um tampa-olho sinistro... sente o arrepio na coluna?

— Só um instante, está quase pronto. — Apontou um caldeirão de cobre. A voz dela parecia rasgar os tímpanos de tão áspera.  — Alunos do Castelinho, em? Ah essa é a melhor época da vida.

Danilo sendo acompanhado por alguém mais velho é claro que não responderia. Felipe que devia fazê-lo, mas ele não fez. Não por falta de educação, mas sim por não saber... Afinal o que se responde a afirmações assim?

Quando a poções ficou pronta, a mulher engarrafou parte do líquido em dois frascos e os entregou a Felipe. Lá se vai mais 10 galeões.

— Por que ela disse Castelinho? — Eles já estavam de volta ao movimento da Viela Esticada e a criança curiosa não pode se segurar.

— Apelido carinhoso que os mais velhos usam.

Depois os primos foram à loja Caldeiros Caldeirões e compraram um caldeirão de metal para o calouro. Danilo estranhou quando viu a menção de caldeirões de argila e barro na carta, mas acredite! Naquele loja havia daqueles materiais.

Página Amarela, Livraria. Nessa loja eles compraram pergaminho, penas e tintas. Danilo ficou maravilhado com a variedade de penas coloridas que existiam. E também por tocar no papel de bananeira refinada, parecia pergaminho com cheiro engraçado.

Ascendentes. Nessa compraram o telescópio.

Ufa! Terminaram... e no fim vovó Maria não apareceu.

— Ela quando vê promoções não se segura. — Felipe falou sorrindo. — Você quer tomar pingado de mel?

— O que é isso?

— É café com leite e mel.

— Hum... Não sei. — O problema era o café, bebida que Danilo nunca gostou.

— Então experimenta, talvez você goste.

Não! Ele não gostou!... Mas se bem que lá no fundo o gosto do mel era agradável. A bebida era gelada e aliviava um pouco o calor. E o copo colorido em formato quadrado também era legal... Não era tão ruim, Danilo mal sentia o gosto do café.

— Encontrei vocês, até que enfim. Compraram tudo? — Vovó Maria apareceu de repente limpando a testa de suor com a capa de tecido leve que usava.

— Compramos. Conseguiu a amostra grátis?

— Não, uma va... quer dizer, uma perua entrou na minha frente e pegou a última! — Vovó se segurava para não praguejar. — Vamos embora, não aguento mais essa bagunça de gente.

— Perua? — Danilo perguntou para Felipe. Estava gostando de fazer perguntas a ele, pois eram sempre respondidas sem o menor tom de irritação.

— É um tipo de insulto.

— Ah!

Na volta para a Lojinha do Baú, eles passaram ao lado de uma loja de animais o que fez Danilo se lembrar de algo que o indignou na carta-rolinho. Então, é claro, que ele se virou para seu novo respondedor de dúvidas.

— Por que não podemos levar animais no Castelobruxo? Em Hogwarts pode.

— Bem...imagino que Hogwarts não fique no meio de uma floresta fechada, repleta de animais selvagens e mágicos.

— Hum... Não, mas lá tem a Floresta Negra ao lado. — Segundo as prosas de David sobre a escola.

— Antigamente podia levar, na época do vovô e da vovó. Mas agora não deixam mais, porque havia muitos incidentes com sucuris, jacarés, onças...

— Como assim?

— Os gatinhos saíam para passear a noite e viravam jantar. — A vovó quem respondeu se intrometendo na conversa. — Eu tinha uma amiga que tinha um gatinho siamês e um dia...

Danilo não deu muita atenção para a longa história da avó e aparentemente Felipe também não. Eles entraram dentro do cômodo da "loja-transporte" e minutos depois estavam em casa.

O menino mais novo correu para o quarto no andar de cima, se jogou na cama cansado e ficou admirando,nas mãos, sua varinha... Madeira de... o quê mesmo? Ele pegou a caixa da varinha procurando pelas informações:

 

Chin Lee Varinhas

Madeira de Araucária, vinte oito centímetros

Núcleo: faísca e pelo de Corsel D'ignis.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da nossa Viela Esticada. Fiz o que pude para representar o lugar como bruxo e ao mesmo tempo brasileiro.
Obrigado por lerem :)



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