Clown Town escrita por P B Souza


Capítulo 8
The End Line


Notas iniciais do capítulo

O título desse capítulo é bem "ruim", mas calma, ainda tem mais dois capítulos de puro carnage e gore :3
Brincadeira, to só de palhaçada. xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/710965/chapter/8

Estavam, como estavam horas atrás, sentados.

Josh já não suportava mais aquele lugar ou aquelas pessoas, mas não era como se estivessem indo para qualquer outro lugar, e agora não era como se estivessem falando com eles. Ela só queria saber se está tudo bem com a mãe.

Maise podia ter sido um tanto chata, mas era compreensível dado a situação. O xerife havia dito que, assim que tivesse notícias, avisaria. As horas passavam e o dia se tornava noite, e notícia alguma chegava. Maise havia, então, insistido, mesmo que por uma verdade ruim, mas não conseguiu nada, sequer uma agradável mentira!

Ao invés disso os dois foram levados para a sala de interrogatórios e deixados lá como se fossem caixas sendo depositadas em um armário. Claro, isso não facilitou as coisas para ninguém. Josh sabia que podia ajudar, tinha ideias e queria colocá-las em prática, ou ao menos ser ouvido. E queria ajudar Maise. Queria vê-la feliz, diferente de como estava, angustiada e inquieta.

Foi quando o oficial Henry Cobson chegou.

— Encontramos sua mãe. A senhora Eichl está bem, ela tinha deixado o trabalho para ir atrás de você, sem avisar para onde iria. Encontramos ela na escola... ou melhor, ela encontrou um oficial na escola e ele repassou a informação.

Josh assistiu à feição de Maise melhorar de completo terror para total alívio em segundos.

— Obrigado! — Ele não soube se aquele agradecimento era para o guarda ou para deus, pois Maise tinha rezado bastante. Talvez para os dois. — Aonde ela está?

— Vindo. Uma viatura vai levar ela até a casa de vocês, depois ela vem para cá com uma troca de roupa. Até isso acabar o xerife ordenou que fiquem por aqui. Vão dormir na delegacia, muito provavelmente. — O oficial Henry Cobson informou. — Podem sair da sala, se quiserem, mas não podem deixar a delegacia.

Josh e Maise aceitaram sair da sala de interrogatório. Maise foi ao banheiro enquanto Josh foi até a mesa aonde estava trabalhando com Charles e Diana. Charles era policial também, mas não do tipo que vai à rua, ele era o especialista de TI da delegacia, cuidava dos computadores e dos arquivos. Coisas assim.

Era com ele que Josh estava conversando antes de ser isolado na sala de interrogatório.

— Encontrou alguma coisa?

— Direcionamos uma viatura para a residência da família do menininho, mas... tarde demais. — Charles disse, cabisbaixo. A vítima estava na praça, e não na casa. — O xerife foi para lá.

— Pensei que o xerife fosse ficar com a mãe de Maise.

— Os assassinos são palhaços. Qualquer policial, por pior que seja, pode fazer a proteção de uma pessoa contra palhaços! — Charles afirmou. — Então, eu fiz umas pesquisas, e estava pensando. Esses ataques, estão acontecendo pelo país todo. Ninguém sabe porquê! Eu li umas coisas na internet, nada oficial, mas parece que fazem parte de um culto estranho. Quer dizer, é besteira, mas no começo eu estava indo mais para o lado das gangues, só que o que você disse confirma. Eu rastreei as visualizações por horário, e eles estão atacando com base no horário de cada visualização no Facebook. Seguem uma ordem. Seja quem for, tinha conhecimento para rastrear isso. Se fosse tráfico ou drogas, porque matar crianças? No começo também considerei tráfico de órgãos...

— Por causa do sequestro e sumiço de Nancy. — Josh completou enquanto Maise se juntava a eles, mas parava para conversar com Diana. — Mas aí eles começaram a matar sem razão. Por isso considerando um culto... satânico?

— Palhaços são malignos, mas talvez não... podem estar associados com qualquer cultura. Ou com uma religião nova... sabe-se lá os objetivos dele. A internet é cheia de loucuras. — Charles disse, preocupado então. — Mas não vejo outra saída. — Deu de ombros.

— Delegacia de Birchville, boa tarde. Qual sua emergência? — Diana atendeu o telefone assim que tocou. — Alô? — Chamou. Josh olhou para Diane, assim como Maise e Charles. O rosto da secretária/recepcionista se transformou em uma expressão de terror. — Se você está me ouvindo eu preciso que diga aonde está. Vamos mandar ajuda! — Ela disse. — Alô? — Então olhou para Charles. — To ouvindo mato, folhas, galhos. Uma menina, é uma menina na linha...

Então o celular de Josh vibrou. Ele desbloqueou rapidamente.

— Oliver, Kyle, Carol e Fernando. — Josh disse olhando para Maise. — Estão marcados... espera...

Então Diana, a secretária, tirou o telefone da orelha. Todos puderam ouvir o estouro. Era um tiro. Eles ficaram parados se olhando por um momento até que Diana colocasse o telefone no gancho. Então Charles chamou outro guarda.

— Leva eles para o corredor das celas privativas. — Charles disse para o Oficial Henry. — Diana?

— Tá tudo bem. — Ela disse para Charles, respirando fundo. — Tudo bem. Vou avisar o xerife.

— Charles. — Josh chamou antes de serem levados. — O celular. No perfil de Kyle. Ele fez chek-in há sete minutos perto da ponte de Fall Harbor. Eles foram atrás da Nancy. — Então o celular vibrou mais uma vez, Josh abaixou os olhos e quando ergueu, olhou para Diana. — A menina que ligou. É a Angelina. Eles acabaram de marcar ela no vídeo do Jerome.

Charles veio até os dois.

— Vamos. — Disse, dispensando o Oficial Henry e empurrando Maise e Josh com ele pelo corredor da delegacia.

Passaram reto pela porta da sala de interrogatório e então estavam no corredor com as selas privativas, selas confortáveis para criminosos que não fossem... ralé. O corredor tinha uma porta no começo de barras de ferro e outra no final, de aço.

— Esse cartão abre a porta dos fundos. — Ele entregou o próprio cartão para Josh. — E todas as outras portas. Só tem dois cartões desse. Esse e o do xerife. Vocês não vão sair desse corredor e dessas salas até eu voltar...

— Aonde...

— O xerife vai precisar de ajuda. — Charles disse.

— O oficial Henry...

— Ele não pode deixar vocês. — Charles disse. — Eu não vou proteger ninguém... olha para mim. — Ele tentou parecer engraçado sendo autodepreciativo. — Mas posso ajudar mais lá fora agora, mas não posso fingir que vocês estão seguros só porque o Oficial Henry ficará, então fiquem com o cartão para... se precisarem. Mas não usem caso contrário.

Charles recuou um passo do corredor, e então fechou a porta de correr de grades.

— Só tem como abrir no computador, e eu sei a senha. Então vocês estão presos aí. Se um palhaço entrar por aqui, vocês saem por lá. — Apontou para o fundo. — Se entrar por lá, vocês saem por aqui! Boa sorte, crianças.

— Charles. — Maise chamou. — Obrigado. — Ela disse para ele. — Por tudo.

— Se cuidem.

E com isso Charles deixou-os para ir sabe-se lá aonde ajudar o xerife com sabe-se lá o que.

Josh olhou para Maise, e então pensou que tudo estava bem, ao menos para eles dois. Foi quando ouviram o som na sala ao lado, na cela privativa. Alguém estava lá.

— Fica aí. — Josh tomou a frente por instinto, e Maise segurou-se em seu braço como quem busca proteção. — Toma. — Ele entregou o cartão para ela, então apontou para a porta de grades. — Sai daqui.

E então uma pequena mão abriu a porta de uma das celas privativas e, de dentro da sala, saiu uma menininha.

— Suzane. — Maise disse, aliviada. Era a filha de Rebeca, a mulher que se jogou do mirante mais cedo naquele dia. — O que você faz aqui?

— Eu to com medo! — Suzane disse para eles. — Eu quero a minha mãe.

Eu também. Josh pensou, temeroso. Então olhou pelas grades para a delegacia pensando estar seguro novamente. Estavam a salvo. Estavam seguros ali.

Ele não falharia com Maise. Conseguiu protege-la até agora, continuaria protegendo-a e protegendo Suzane até o fim do dia. Estavam, afinal de contas, seguros ali.

Ou assim Josh, Maise e Suzane pensaram em um instante. E no instante seguinte tudo mudou!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E para quem pensou que Josh, Maise e Suzane iam se dar bem no final...
O capítulo 9 vai ser tipo episódio 9 de Game of Thrones. HAHAHAH. Só que com armas e não espadas. :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Clown Town" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.