Prezado Sr. Pai, Eu te odeio! escrita por May Winsleston


Capítulo 7
Mentiras e Brutamontes não combinam!


Notas iniciais do capítulo

Gente!!!!! Eu decidir correr e adiantar o capítulo porque vocês me deixaram muito feliz!! Gente!!!! Sério to muito feliz! Com a quantidade de visualizações, com os reviews e ainda mais com o feedback de vocês, é serio, vocês são incríveis! Obrigada ♥ E um agradecimento mais que especial para a Satsuki Myuki, Avalon e Yes Car, vocêsme fizeram ver coraçõeszinhos ♥ ♥ ♥
Enfim, sem mais delongas, boa leitura, pessoal!



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— O quê?! Como assim ele descobriu? – Diana questionou, estatelada, assim que todas crianças foram embora, quer dizer, quase todas.

— Quer a história toda, ou prefere a versão resumida?

— Com certeza a resumida, você fala demais. – fiz uma careta. Ah, Sua...

— Tá! Já que sou tagarela, vou resumir. O troglodita ouviu o Nicolas me chamar de mamãe, e fim. – Quem é a tagarela agora, tábua de passar roupa?

— Nossa, você não é nem um pouco vingativa e infantil! Mudei de ideia, quero a versão completa!

— Haha, vemos que o jogo virou agora, quem é que era a tagarela, hein? – gargalhei, orgulhosa.

— Continua sendo você. Alice, desembucha logo, pelo amor do Senhor! – revirei os olhos e fiz cara de brava, Diana já me conhecia bem demais para ter uma relação mais formal comigo, e eu estava começando a gostar de nossa proximidade.

— Tá bem. – Respirei fundo e tentei lembrar de tudo que aconteceu no domingo. – Eu fui no shopping assim que você me mandou aquela mensagem, e encontrei o Nicolas sozinho.

— Ué, o pedaço de mau caminho largou o filho lá e foi embora?

— Eu lá sei o que o descarado foi fazer. Posso terminar de contar? – Diana assentiu, curiosa. – Então, quando o encontrei fiquei com ele e entreguei o presente, e teria sido perfeito, mas antes que eu pudesse fugir e salvar minha pele, o troglodita apareceu. E ele apareceu bem na hora que o Nicolas me abraçou e me chamou de mamãe. – minha estagiária arregalou os olhos e abriu a boca, espantada. – E eu tentei mentir, e dizer que foi um engano, mas aí o pior aconteceu.

— O quê?!

— O segurança do parque apareceu.

— Han? – Questionou, confusa. Esqueci que não havia citado o Hulk do shopping para a Diana.

— Tá, vou explicar. Antes de eu entregar o chocolate eu pensei em desistir, mas ai o Nicolas me viu e me chamou de mamãe. Ele estava perdido e assustado, porquê o Sr. Pai Responsável havia sumido e o deixado sozinho, então um segurança o encontrou e quando o Nick me viu, eu confirmei que era mãe dele, entende?

— Mais ou menos, a história ainda tá um pouco confusa para mim, mas continue, por favor!

— E depois de tudo isso, de eu ter entregue o chocolate e o troglodita ter aparecido, esse bendito segurança reapareceu, veio até o meu lado e falou “A senhora é a mãe do garoto, correto?” E eu fiquei tipo “Sou?” E ele, sem entender o clima que estava rolando, continuou e disse que eu havia falado que era a mãe do menino que estava perdido, e depois me entregou o cartão do parque do Nicolas, que o Mauricio havia esquecido na piscina de bolinhas. E eu fiquei sem saída. E apesar de eu desejar isso com todas as forças do mundo, o troglodita não é um burro. Ele entendeu tudo na hora e me fez falar a verdade para ele. – lamentei, apertando os olhos com os dedos das mãos e pensando em fugir pra Marte.

— Nossa, Alice. Tá, ele ter descoberto sua mentirinha foi péssimo, mas as questões que ficam são: primeiro, ele disse que iria falar com a Sra. Ferraz? E segundo, por que o Nicolas ainda tá aqui e não no SOP? – olhamos o garotinho que montava um quebra-cabeça.

— Bem, é outra longa história que não conseguirei terminar.

— Ué, por que? Se quiser podemos voltar juntas. – sugeriu, vendo me levantar e ir pro lado da criança.

— Não dá, porquê ele precisa ir pra casa. – expliquei, enquanto pegava a mochila e a lancheira do meu filho. – Vamos, pequeno príncipe? – chamei.

— Como assim “Vamos”? – Diana olhava estranhamente o que acontecia na sala.

— Lembra da pergunta da chantagem? – Ela assentiu – Pois é, terá chantagem e hoje vou saber o veredito. – lancei um sorriso forçado para minha estagiária, e segurei a mão do Nicolas. – O motorista do troglodita está nos esperando.

— Han?!

— Eu te conto melhor depois, Di. – falei, derrotada. – Agora, preciso ir, antes que o b.a.b.a.c.a. reclame. – soletrei o xingamento e saí da sala.

Antes de virar o corredor e ir para a saída, mandei uma mensagem para o Henrique, pedindo que estacionasse o carro e viesse pegar o Nicolas, afinal eu não podia sair com o garoto e entrar no mesmo automóvel que ele como se tudo aquilo fosse muito normal. Expliquei ao Nick que teríamos que sair separados, mas que logo o encontraria e voltaríamos para casa juntos, a animação do garoto me trouxe alívio e um pouco de paz no meio de tantas coisas ruins.

Em pouco tempo o homem grisalho estava na porta e conseguiu sair com o Nicolas, assim que eu informei ao segurança que o pai do garoto havia autorizado o motorista a pegá-lo. Agora era minha vez. Respirei fundo, tentando me acalmar e achar um lado bom nessa grande tragédia. Bem, pelo menos o Nick está feliz. Pensei.

Engoli em seco e passei pelas portas da escola, o cheiro de planta molhada invadiu minhas narinas e me extasiou, procurei pelo Henrique e logo o achei, parado um pouco mais à frente do Primeiros Passos, em pé, ao lado de uma BMW azul. Porque gente rica não consegue ser discreta? Atravessei a rua e fiz sinal para o Henrique, pedindo que ele afastasse um pouco o carro da entrada do colégio. Mas ele não fez isso. Não, por que ele estava ocupado demais sorrindo feito um bobo para o telefone em sua mão. Bufei, irritada. Droga! Sem saída, fiz a coisa que parecia mais correta e sensata. Fugi. Apressei o passo e caminhei, com a cabeça baixa, pela extensão da rua. Quando estava perto de virar a esquina, o barulho sutil do motor de um carro surgiu à minha esquerda.

— Senhorita, Alice! – chamou. Percebendo que o plano A não deu certo, parti para o plano B. Virei de supetão e fiz minha melhor cara de surpresa.

— Henrique! Estava te procurando! Pensei que nunca fosse te achar.

— Me procurando? No final da rua?

— Pois é... Como eu disse, pensei que nunca ia te achar.

— Estava na frente do colégio. – disse, com uma sobrancelha arqueada.

— Sério? Nem notei. – Realmente conformada, entrei no carro e sentei ao lado do Nicolas, que me recebeu com um grande sorriso e um beijo. Sorri de volta, escondendo todo o meu medo, e me aproximei de sua cadeirinha. O trajeto para a casa do Sr. Egocêntrico foi longo, mas tranquilo, em pouco tempo Nicolas adormeceu e eu me encontrei olhando a paisagem através da janela. A estrada, as árvores, o céu, e como uma flecha o sono me acertou em cheio.

                ¨¨            ¨¨

— Bom dia, docinho. – uma voz rouca me chamava.

— Chris Pratt?

— Eu mal descobri que tivemos um filho e você já está me traindo com outro? – acordei assustada e me endireitei no banco – Isso não é legal...  – revirei os olhos e comecei a olhar ao redor. Árvores altas, folhas extremamente verdes, uma grama de dar inveja e um céu que parecia mais brilhante que o normal.

—  Tá, onde estamos? – perguntei, enquanto rejeitava a mão do troglodita e saia do carro sozinha.

— Em minha casa, ué. – assim que saí do carro, abri a boca, surpresa. Aquilo não era uma casa, era uma mansão. Como duas pessoas viviam ali sem se perder? A construção branca era muito bem desenhada com seus pilares e vidraças, um terraço coberto se fundia com um descoberto, dando um belo contraste à edificação, e a porta vermelha finalizava com maestria a bela moldura que a residência causava no bairro.

— Uau. – exprimi, sem palavras.

— Pois é, o Jurerê tem suas vantagens.

— Ju- Jurerê? Você mora no Jurerê Internacional? – ele apenas assentiu, com um sorriso de lado no rosto. – Nossa, eu nunca achei que entraria aqui!

— Vamos entrar ou você vai continuar aí com essa cara de retardada? – cerrei os olhos para Mauricio e fechei a cara. – Bem, acho que isso é um sim. – riu, e andou em direção à porta, o segui. O interior da casa era tão impressionante quanto o exterior. Lustres e quadros emolduravam as paredes, um grande sofá e uma televisão de tela curva tornavam a sala extremamente convidativa. Na sala de jantar, cadeiras finas de madeiras e uma grande mesa eram muito bem posicionadas. – O quarto do seu filho é lá em cima, assim como o seu. – falou, me tirando do transe.

— Han!? Como assim meu? – rebati.

— Bem, deixe-me explicar melhor. Decidi entrar na sua brincadeirinha, você precisa de alguém que guarde seu segredo e eu preciso de alguém que cuide do meu filho, e quem melhor do que a sua “mamãe”? – zombou, enquanto eu tentava lembrar como se fazia para respirar.


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Notas finais do capítulo

E ai, gente, o que acharam?? Gostaram da aparição do Mauricio? Só digo uma coisa, ele vai aparecer mais de agora em diante, hehe. :D

Ah, olha a casa do Mau Mau: http://www.decoracaodoimovel.com/wp-content/gallery/casas-de-luxo-com-jardim/casas-de-luxo-com-jardim-13.jpg



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