I wanna be yours escrita por Cami


Capítulo 2
Festa de Veteranos




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Pov. Annabeth

 

Ah, a sexta-feira… Um mar de possibilidades (de filmes no Netflix), uma tranquilidade como nenhuma outra, é tão bom não ter nada para fazer.

Ouço meu celular tocar, pego e vejo que é Luke:

—E aí Annie, vai fazer alguma coisa hoje? - ele pergunta super animado, de onde ele tira tanta animação? Está chovendo, é um ótimo dia para ficar em casa.

—Tenho um monte de série para botar em dia - respondi na maior tranquilidade do mundo.

Ele bufa no outro lado na linha, me zoando, como ele ousa zoar comigo?

—Ah, pelo amor dos deuses, você vai sair comigo hoje - ele diz como se mandasse na minha vida, quem ele pensa que é?

—Querido, eu vou ficar em casa hoje, então tá, beijo tchau…

—Peraí! Vai ser uma festa de veteranos, open bar e o melhor open food! Você pode comer até explodir e depois voltar pro teu Netflix, só chega comigo lá. É muita humilhação ir sozinho.

Penso por um instante, e questiono uma última vez:

—Mas e a Thalia, ela também é tua amiga.

—Você não viu como ela estava hoje? Ou aquilo é TPM ou ela foi possuída!

Respiro fundo e me rendo.

—Está bem, mas você me deve essa. Quero um pudim, feito pela sua mãe, segunda-feira sem falta, viu?

—Tudo o que você quiser - disse ele comemorando - passo aí às nove.

Desliguei e olhei para o relógio, eram sete e meia, corri para o banheiro, deu tempo apenas de fazer duas turnês internacionais, fazer uma maquiagem e de colocar um vestido avassalador. ouvi a buzina em frente de casa e corri para lá.

—Uau, isso tudo é para mim? - ele perguntou ironicamente.

—Cala a boca seu ridículo, se é pra ir numa festa de veterano, que vá pegável pelo menos.

Ele fechou a cara e ficou quieto, ele sempre foi muito ciumento, como um irmão mais velho.

— E essa cara de bunda?

—Não quero nenhum marmanjo dando em cima de você, se vierem puxar papo mete um chute no saco dele.

Revirei os olhos e dei uma risada.

—Vou dar com os dois pés no seu pulmão se você der barraco de novo! - falei lembrando da última festa.

—Foi só uma vez, as pessoas acreditaram que tu era minha irmã.

— De novo, você é muito ridículo. Fica de boa no seu canto, eu sei cuidar de mim mesma, fiz três anos de karatê, não é difícil acertar os países baixos do agressor. Fica em paz Luke.

Ele relaxou os ombros e assentiu, ficamos o resto da caminho cantando músicas do Capital Inicial e perturbando um ao outro.

Chegando lá a primeira coisa que notei foi o carro azul de Percy estacionado na frente da casa do moleque que estava dando a festa.

—Essa praga está me perseguindo! Não é possível - falei em tom de lamentação.

— Relaxa a periquita aí, você está aqui para se divertir e não ficar lembrando de velhos relacionamentos que só te fizeram sofrer. Vou falar o que tu vai fazer agora…

—Você não manda em mim garoto - eu disse sem pensar.

—Cala a boca e escute - ele disse já acostumado com meu temperamento -você vai andar com a cabeça em pé e se sentindo a “dona do pedaço”.

—Desenterrou essa aí ein. “Dona do pedaço”, sério? - disse rindo.

—Foda-se, não quer minha ajuda, tudo bem - disse fingindo estar chateado.

—Não, calma. Vamos lá, vou achar um cara gato pra dar em cima na frente dele.

O Luke não gostou tanto da ideia, mas era melhor que eu ficar chorando ou me lamentando pelo garoto. Então aceitou o plano.

Entrei na festa e a primeira coisa que eu vi foi um cooler gigante cheia de skol beats azul, minha favorita, logo corri para lá e abri minha primeira garrafa.

—Vejo que essa ainda é sua bebida preferida - olhei para meu ex com desgosto e saí de perto ignorando-o.

—Achei que estávamos bem, Sabidinha  - ele disse fingindo estar chateado com minha ignorada, ele sabia como eu agia, me conhece há séculos.

—É claro que estamos, Cabeça de Alga - respondi o mais falsamente possível.

—Ah, ainda bem - ele abriu aquele sorriso que me deixa louca, mas antes que eu me perdesse naqueles lábios, caí em mim.

—Pois é, vou ali falar com o Luke.

Ele pareceu desapontado, mas manteve a pose de garanhão.

—Amigo, socorro, não sei se vou aguentar - eu disse sabendo que poderia ceder ao canto daquele sereio - preciso de bebida.

—Ei, vai com calma, não quero que dê PT. A última coisa que eu preciso é limpar vômito teu. E ainda mais, se você beber, não vai acabar ficando com ele?

—Não, se eu beber vou acabar ficando com outra pessoa, o que vai me distrair e esquecer que ele está aqui.

—Você que sabe, ainda acho que é uma má ideia.

—Ah fica na tua - respondi e fui buscar uns shots.

Agitei uma galera pra beber os shots comigo e acabei bebendo uns quatro ou cinco de uma vez, nem sei como não vomitei na hora, mas depois do último já estava chamando Jesus de Genésio.

Só sei que um moleque gostoso que nem o Sam de Supernatural chegou em mim e nem pensei duas vezes, fiquei beijando ele por um tempão até que ele quis me levar para o quarto, quando estávamos indo em direção a escada, vi o Percy ficando loucamente com outra menina e meu mundo caiu, a bebida bateu seriamente e eu senti meus olhos encherem de lágrimas, sentei em um dos degraus da escada e chorei, bêbado é foda, crianças não bebam. Chorei tanto que o moleque que eu estava ficando me abraçou pelos ombros e me levou para o Luke, nem sei como ele sabia que eu era amiga dele, mas tudo bem, abracei o Luke e fui conversar com ele do lado de fora da casa.

—Aquele cara te machucou? - ele perguntou com raiva na voz.

—Não foi ele não - eu disse entre soluços.

—Você viu ele pegando aquela mina, né?

Meus soluços ficaram mais fortes, nem precisei responder.  Ele me abraçou por alguns minutos e segurou meu rosto, olhou nos meus olhos e disse:

—Annie, você é linda e divertida e minha melhor amiga - consegui dar um sorriso fraco - e, também, merece coisa melhor do que ficar sofrendo por ele. Tente se acalmar, fique aqui, vou buscar água para você.

Assim que ele saiu senti uma mão em meu ombro.

—Voltou rápido - eu disse, mas não era Luke, me deparei com os fantásticos e traidores olhos cor do mar - o que você quer? - disse tentando disfarçar meus olhos vermelhos e inchados.

—Você está bem?

—Não está vendo? Estou ótima!

—Foi por minha causa?

Olhei para ele incrédula.

—Nem tudo é sobre você - menti na cara dele, mas não ia lhe dar esse crédito.

—É que quando te vi ficando com aquele garoto, saí de mim, quer dizer, não quero te chatear…

Não sei o que deu em mim, segurei seu rosto e puxei para o meu, ele correspondeu ao beijo e ficamos ali por algum tempo, mas logo raciocinei no que estava fazendo e o afastei. Levantei o mais calmamente possível e fui procurar meu amigo. Queria sair daquele lugar e só ir para casa, nunca deveria ter ido para aquela festa, e agora o que vou fazer, ainda sinto os lábios dele nos meus. Mas que merda, Annabeth, tire ele da sua cabeça, mas não sei se consigo.


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Notas finais do capítulo

"Eu quase fiz o que eu queria
Eu quase tive algo que eu podia
De novo esse quase, esse sempre, esse nada
Comigo nessa longa e tortuosa estrada"



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