A principal regra: Sobrevivência. escrita por kevin henri


Capítulo 2
II - Os problemas do "novo mundo".


Notas iniciais do capítulo

Uma pequena aparição dos problemas que o "novo mundo" possui, apesar do capítulo ser curto, ele trás muita informação sobre os personagens.

Boa leitura o/



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   Abriu seus olhos, vendo o local escuro, ele ativou o mobile sun, ao fazê-lo, viu o quarto iluminado, tudo parecia normal, porém, sombras surgiram, com formas humanoides, alguns deformados, bocas brancas, olhos igualmente brancos e circularem, sem pupilas, ele apertou ainda mais Elesis contra o peito, ele olhou para ela, porém, ao olha-la, viu apenas um corpo pálido, com expressão morta, ela virou pó negro em seus braços, se espalhando pela sala, ele se levantou rapidamente, tentando alcança-la, porém, sentido-a escapar pelos seus dedos.

  Ele olhou as sombras, ele estava cercado, de repente, ao longe, ele viu o pó negro se tornar vermelho flamejante, passando pelas criaturas, formando uma porta na parede negra, ela se abriu, libertando uma luz avermelhada na sala, extinguindo algumas das sombras que estavam à sua frente.

  Em um milésimo de segundo ele se decidiu, pulando por cima das cabeças das primeiras criaturas negras, desviando dos golpes de alguns, ganhando arranhões de outros, usando toda a força do seu corpo ele empurrava e desviada das criaturas, chegando cada vez mais perto da luz.

  Por um instante parecia que não conseguiria chegar lá, porém, duas mãos saíram do brilho, aparentemente humanas, estendendo-se para ele, a luz se fortificou, explodindo as criaturas, em três passos rápidos, ele as segurou, e elas o puxaram.

  Ao abrir os olhos, ele viu Elesis segurando sua mão direita com sua mão esquerda, já a outra pessoa, também uma garota, segurava sua mão esquerda com as duas mãos, ele sorriu ao reconhecer aqueles olhos bicolores, e tudo sumiu.

 

[...]



  Ele acordou ofegante, suando, com calafrios pelo corpo inteiro, olhou em seus braços, não vendo Elesis ali, ele se levantou rapidamente, com a adrenalina tomando posse de seu corpo rapidamente, olhando todos os cantos do quarto, até ver a porta aberta, ele correu até lá, procurando a ruiva.

  Seus olhos doeram ao ver a luz do sol, forte e brilhoso, seu coração e mente e acalmaram ao ver Elesis observando o motorider, ela o olhou preocupada, porém, logo se acalmou, Sieghart se ajoelhou, levando as mãos à cabeça, estava ofegante, beirando a inconsciência, mas voltou ao sentir o toque de Elesis em seu ombro direito, ele a olhou, estava preocupada consigo, quase desesperada, por mais que não parecesse, seus olhos a denunciavam.

  Sieghart fez um esforço para sorrir, mas não pôde, tamanha era a dor que ele fechou os olhos, tentou se levantar, quase caindo, sendo amparado pela mais baixa

 

—Estão mais frequentes não é - Perguntou a ruiva, sabendo do que se tratava, ele assentiu, seus pesadelos era um dos resultados de algo que ocorrera há muito tempo  algo que fora necessário para que o definisse hoje.

 

—Está ficando mais doloroso- Disse ele, com a aparente raiva em sua voz, fechando os olhos com força, ele estava instável mentalmente, uma das poucas sequelas do que ele teve que passar para conseguir se manter vivo.



—Não se preocupe, já estou bem - Depois de dois minutos pronunciou essas palavras, olhando o braço esquerdo, abrindo e fechando a mão com força.


   -Quando levo um susto, ou fico sob muita tensão, minhas emoções se desestabilizam, e perco um pouco o controle, desculpa se te assustei, de verdade mesmo ruiva, mas sabe como é, sempre passa e você sempre pode ver o meu sorriso - Esboçou a expressão mais feliz que podia em seu rosto, mas isso não mudou o semblante da ruiva, que ainda estava séria.


  -Até mesmo isso você preferiu perder por minhas causa não é seu imbecil? Droga Sieghart, achei que você tinha morrido por tanto tempo que quase me conformei - Ela afundou a cabeça em seu peito ainda mais, sentindo o aroma natural de Sieghart, lembrava chocolate, era o que ela gostava, sempre gostou de chocolate, desde pequena, quando o mundo não era um caos.

 

  - Até parece que você iria se conformar em viver em um mundo onde eu não estivesse do seu lado ruiva - Gargalhou gostosamente, enquanto a via avermelhar, mais do que o próprio cabelo.

     - Vamos, temos que sair daqui antes que alguém mal intencionado nos ache - Separou-se dela com gentileza, apesar da relutância por parte de ambos, tinham que seguir em frente, nunca era bom ficar muito tempo em algum lugar fixo, ainda mais com as coisas do jeito que estavam.

  Foram até a moto, cujo Sieghart já tinha pegado o jeito de como pilotar, poucos jovens não sabiam como pilotar aquela máquina, mas em pouco tempo ele chegara até mesmo a entender completamente como a máquina funcionava.

  Tinha alguém que ele tinha que encontrar, porque essa pessoa era a chave para a cura, mesmo que ela ainda não existisse, ela certamente era capaz de criar uma, assim como conseguiu salvar sua vida de um jeito nunca feito antes, claro, houveram riscos, mas isso eram águas passadas, já que ele os superou por si mesmo.

  Viajavam rápido, era por volta das sete da manhã, o sol brilhava forte e alto até mesmo naquele horário, aquele veículo conseguia alcançar velocidades acima de 200 quilômetros muito facilmente, porém, estavam em um terreno não muito vantajoso para ele, estavam viajando por um deserto rochoso, tentavam passar por aquele trecho da viagem o mais rápido possível, para economizar água e suprimentos.

  Sieghart tentava passar por aquele trecho evitando quaisquer viajantes que estivesse a sua vistam tentando sempre evitar problemas com quaisquer um que estivesse naquele caminho além deles.

  Em pouco mais de uma hora eles conseguiram passar por aquele trecho rochoso e escaldante, conseguindo chegar a uma cidade em ruínas, parecendo estar completamente deserta, chegando em um local que julgava seguro, desligou a moto, enquanto descia e descarregava as mochilas, olhou ao redor, achando alguns carros destruídos, alguns até mesmo em um estado em que era possível se usar, mas seria mais proveitoso procurar por combustível, qualquer um.

  

  - Ruivinha, tem algo que eu quero te dar - Chamou a atenção da ruiva, que rapidamente para ele, enquanto tirava algo de seu cinto, algo enrolado em um pedaço de pano simples, uma pequena esfera, ao desenrola-la, Elesis viu uma pequena esfera transparente, com um pequeno cristal em seu centro, internamente, o cristal flutuava, ela sabia o que era aquilo, era uma bomba, era uma arma, ela olhou-o, não compreendendo.

 

  - Você não é mais uma criança Els, e não posso sempre proteger você como se fosse uma, mas prometo que, mesmo diante das piores circunstâncias, sempre estarei contigo - Ele colocou sua mão por cima da esfera, e a outra, sua mão esquerda, tocou a mão de Elesis, que avermelhou um pouco, poucas vezes tiveram um contato tão íntimo com o moreno, ela apertou um pouco a esfera em sua mão, tentando sentir mais do toque da pele dele, com um sorriso fraco, ele se separou dela, enquanto guardava a esfera com cuidado em sua mochila, depois de analisa-la, aquilo, era uma granada de matéria escura, que destruia qualquer coisa em seu raio de alcance, vivo ou não, ameaçador ou não, mortal ou não, tinha que ter cuidado ao usar aquilo.

  Entendia porque Sieghart lhe deu isso, se perguntava onde ele havia achado aquilo, sabia que o moreno tinha servido algum tempo no exército, que teve uma alta patente, mas depois do ocorrido, não importava mais.

 

 - Fique atenta, não sei o que poderemos encontrar no caminho - Elesis assentiu quase como se fosse um soldado, Sieg apenas não riu por ter escutado um pequeno ruído vindo de algum lugar, Elesis logo sacou sua faca de seu cinto, que mais se assemelhava com uma adaga, Sieghart se colocou em guarda, seja lá o que fosse ele estava mais tranquilo do que o normal, motivo ? Era dia, tinham muito tempo até escurecer, mas o que viram, foi algo alto, extremamente magro, com dentes carnívoros e pontiagudos, completamente verde, mais de duas vezes mais alto do que Sieghart, braços e pernas largas, tronco um pouco menor, cabeçudo, sem lábios, com dentes semelhantes à crocodilos, olhos amarelos, reptilianos e sem foco, andava de maneira lenta, quase se arrastando, seus sentidos pareciam não estarem ativos, parecia não haver qualquer coisa naquela criatura.

 

  - Skeletal… - Dito isso ele se abaixou, ele estava surgindo do outro lado da rua, dos destroços do prédio que havia caído, olhou para Elesis e pediu para ela segui-lo, tinham que sair daquele lugar urgentemente, aquela criatura, Skeletal, ou esquelético, era como ambos os chamavam, andavam em bandos, mesmo durante o dia eram um problema, apesar de lentos eram numerosos, raramente um estava completamente sozinho, e qualquer sinal de ameaça, era suficiente para que ele emitisse um som quase inaudível, que além de atordoar o atacante, chamava todo o resto do grupo.

  Andavam abaixados à passos rápido e silenciosos, Elesis apertou as alças de sua mochila, assegurando-se de que não haveria som algum, feito isso, ela seguia Sieghart, que em momento nenhum soltou sua mão, a ruiva quase se esqueceu disso quando ele parou, suas mãos continuaram dadas, enquanto entravam em um prédio em ruínas.

  Apenas durane a noite aquelas criaturas se tornavam mortais de verdade, lugares escuros não serviam, isso era algo que tinha haver com a luz da lua, tanto tempo observando essas criaturas rendeu À Sieghart alguns truques de sobevivência, sabia que cada criatura tinha uma alimentação específica, mas alguns, de tão agressivos, na falta de comida, se tornavam canibais em lutas brutais entre si, entre todos os tipos de monstros que ele conhecia, os Skeletals eram os menos problemáticos, eles não eram nada, comparando com o pior que ele já havia visto.

  Quando entaram no prédio, adentraram no primeiro quarto que avistaram, claro, depois de vasculhar o local, para ter certeza de que não havia mais nada ameaçador ali.

  Depois de feito isso, Sieg e Elesis juntaram todos os colchões que puderam encontrar e levaram até a porta, alguns deles tinha a audição muito sensível e aguçada, e isso abafaria o som, aproveitando que, na janela do quarto em que estavam, no segundo andar, estavam escombros do alto do prédio, que havia desmoronado, tampando qualquer luz que pudessem emitir.

  Eles tinham muita comida e água, para vários dias a fio, o que os aliviava, Sieghart alcançou um pequeno relógio, apontando que logo iria ficar escuro, olhou para a ruiva à sua frente, sentada, cansada, sorriu levemente, enquanto ela o olhava de volta.

  Foi até ela, sentando ao seu lado, enquanto a pequena bola, que emitia luz, flutuava com ele, emitindo a fraca luz solar que acumulava durante o dia, ele apoiou sua cabeça no ombro da ruiva, que estava sentada em um pequeno banquinho, aliviada por ter achado um lugar para ficar, o problema, era que quase nunca dormia, sentia medo, de, algum dia, uma daquelas criaturas nojentas entrar enquanto descansavam e levar Sieghart embora, para sempre, de sua vida.

  Sieg é o que ela tinha mais próximo de uma família agora, sua mão havia morrido durante o parto de seu irmão menos, Elsword, seu pai morreu na guerra anos atrás, fora criada por um amigo deste, que a esta altura também já estava morto, quanto à seu irmão ela nunca soube, ele desapareceu durante o caos, torcia para que ele não tivesse morrido, mas estava difícil.

  Soltou seu cabelo de sua trança habitual, caindo em cascata, com alguns fios bagunçados em suas pontas, Sieg sorriu.

 

  - O que foi, tem alguma coisa na minha cara ? - Perguntou ela, enquanto suas mãos percorriam seu rosto, procurando alguma coisa colada nele, nervosa, ele riu baixinho, enquanto acariciava levemente a bochecha da ruiva menor, que corou.

 

  - Você fica tão bonita com o cabelo solto -  Elesis corou, tão forte quanto seu cabelo, mais vermelho do que tudo que conhecia, nunca havia sido elogiada por garoto algum em sua vida, ela sempre fora aquele tipo de “garota-macho”, cabeça dura, pavio curto, nunca tivera muitos amigos, o tornou mais fácil para ela superar os traumas de suas perdas, não era emocionalmente ligada à ninguém.

  Mas então, um moreno de cabelos negros e olhos prateados surgiu em sua vida, cuidando dela com a força de um pai, a determinação de um irmão mais velho, e a paixão de um amante, quando pensou nisso, ficou mais nervosa ainda.

  Separou-se dele rapidamente, indo para o outro lado do quarto.

 

 - O-O que pensa que… está fazendo ? - Suas mãos estavam tampando seus olhos, queria evitar olha-lo diretamente, enquanto sua voz, irritada, mostrava todo o seu autocontrole para não fazer nem movimentos, nem ruídos bruscos e altos.

 

  - Estou quebrando seu gelo, você parecia triste… -

 

  - Por que se importa ? Eu não sou sua familia, somos apenas companheiros de viagem e…

 

  - Porque você é importante pra mim - Aquela frase a calou no mesmo instante, ela se aproximava lentamente dele, querendo saber mais daquilo, estava curiosa, e quando colocava algo na cabeça, nem o fim do mundo, que era o caso, conseguia tirar de lá.

  - Você é sim minha família Elesis, você é minha amiga, minha companheira, e eu sei que sempre posso contar com você, para qualquer coisa… - Ele tocou a mão da ruiva, acariciando-a lentamente com a mão direita, já sua mão esquerda, fria, ele manteve sem qualquer contato com ela.

 

  - … Faço isso para fazer você sorrir, porque, toda a vez que eu vejo o seu sorriso, eu volto a acreditar que podemos ter um bom futuro, que você possa ter um bom futuro, junto de mim ou não, me faz acreditar que o amanhã pode ser melhor do que hoje… - Ele beijou a palma de sua mão, não se importando com algumas cicatrizes que ela tinha, tanto nas pernas quanto nos braços e mãos, nada disso importava para ele.

 

  - Eu largaria tudo por você ruivinha, pela sua felicidade, pelo seu bem… - Ele não terminou, pois a pequena ruiva avançou em seu peito, escondendo o rosto no meio de suas roupas, enquanto dava pequenos socos nele, irritada e envergonhada.

 

  - Nunca mais repita isso pra mim seu imbecil, parece que você pretende morrer por mim… Nunca mais quero perder ninguém importante… Principalmente você...— Sussurrou a última parte, porém, Sieg escutou com clareza, seus braços rodearam a ruiva, que parecia desgostosa com a situação criada entre os dois, o moreno apoiou a cabeça na cabeleira ruiva, e, em um pequeno esforço, fez ambos irem ao chão felpudo do tapete daquele quarto de luxo, sequer fazendo ruído algum, e ficaram assim, juntos, até adormecerem

 

 


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam ? Aterrorizante não ? Existem muitos segredos rondando Sieghart não acham ? E essas criaturas? Alguma ideia de como surgiram ? Experimentos militares ? mutações genéticas ? Mandem suas ideias, vai ser divertido.
Comentem, critiquem de maneira positiva e opinem, farei o máximo para atualizar rapidamente ok ?

Até a próxima o/



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