Estávamos dentro do meu apartamento aquele momento e ele olhava onde morava com um olhar analítico.

— Confesso que achei que fosse mais bagunçado.

— Sério? Pensei que isso fosse com apenas garotos!

Confessava tentando distrai-lo um pouco, ele parecia nervoso com meu convite e no fim ele acabou aceitando, confesso que fiquei realmente feliz por ele ter aceitado! Mas parando para pensar, ele é o primeiro garoto que levo dentro do meu apartamento, nem mesmo meus antigos amigos tinha levado ali.

— O que pretende fazer para comer? – Ele havia cortado minha linha de pensamento aquele momento, confesso que fora até bom, acho.

— Ah! Eu ainda estou decidindo, mas não vou fazer nada muito extravagante, já comemos e fazer um baita jantar não cairia muito bem no meu estomago. – Falava fazendo uma pequena careta enquanto pegava algumas coisas colocando em cima da pia.

— Pode demorar o quanto desejar, com tanto que eu possa ficar mais com você não vai ter problema.

Meu rosto corou até minhas orelhas, não conseguia encara-lo aquele momento então abaixei a cabeça e continuei com que fazia e assim dentro de alguns minutos acabava com que havia feito me aproximava com um prato de Omurise e colocava em frente à dele e puxava duas colheres sorrindo.

— Então o que achou? Perfeito não? – Por alguns segundos ele riu e pegou uma das colheres em minha mão.

— É a primeira vez que vou comer isso, espero que seja realmente bom.

— É claro que esta bom! Fui eu que fiz! – Nada convencida Alice, nada convencida.

Foram aqueles pensamentos que passaram em minha cabeça, mas estava me divertindo com aquilo, me sentei ao lado dele e assim sem demora comecei a comer, quando vi o rosto de felicidade dele ao comer aquilo, podia jurar que tinha até brilho em volta dele, parecia que havia gostado pelo menos, sorria satisfeita e continuamos a comer juntos.

— Então é você que sempre faz sua comida?

— Para falar a verdade... – Dei uma breve pausa para responder, e o olhei diretamente nos olhos e continuei a falar. – Na verdade dês que me conheço por ser humano, eu sempre cozinhei para mim. Como meus pais nunca paravam em casa dai veio a realidade em cima de mim, ou se vira ou morre de fome simples assim, não podia passar a vida inteira de besteiras então aprendi a cozinhar.

— Nossa, você é realmente dependente Alice, não sabia que era tão forte assim. O que mais não sei sobre você?

— Ai, ai! Que isso, eu pareço um animal extinto do jeito que coloca. Mas deixe-me pensar, ah! Eu nunca me dei bem com qual tipo de garotas, e acredite isso é muito ruim eu nunca tive um exemplo muito feminino em minha vida inteira, e bem isso pode ser causa por algumas coisas de minhas atitudes como posso dizer... Sem educação.

Ele começou a rir sem parar e acabei ficando com o rosto vermelho, era sério do que falava e ele deu alguns tapinhas em meu ombro e mostrou aquele sorriso, aquilo era golpe baixo.

— Alice, mais feminino que você não pode existir acredite.

O que ele quis dizer com aquilo? Fiquei ainda mais sem jeito! Assim que acabamos de comer ficamos batendo um papo, mas já era hora de ir embora, onze horas da noite! Assim abri a porta para ele e abri um leve sorriso com quem diz, “não quero que vá embora, mas não tenho cara de pau de pedir para ficar”.

— Foi divertido hoje, foi bom lhe conhecer mais um pouco. Isso me deixa contente, faz parecer que estou mais próximo de ti.

— Você sabia que solta muitas frases constrangedoras? Isso me faz ficar sem jeito.

— Haha, você é bastante franca Alice.

Assim que ele disse aquilo, o mundo dentro de alguns segundos parecia que ia cair literalmente, começou a chover forte pensei que não seria nada, mas realmente não daria ele voltou para dentro de casa e olhei sem graça.

— Parece que a chuva não vai parar tão cedo, me desculpa acabei lhe metendo nisso. Agora você não pode ir para casa.

— Não tem problema, eu espero a chuva passar. Posso ficar por aqui se não for incomodo?

—  Não é incomodo algum! – Juro que minhas bochechas ficaram vermelha aquela hora mais mesmo assim continuei. – É o mínimo que posso fazer, se não conseguir ir embora hoje eu lhe empresto travesseiro e um cobertor para dormir por aqui, e pior que não tenho roupa de homem por aqui.

Confessava um pouco sem jeito e vi o rosto de Lysandre corar na hora, e o meu     inconscientemente corou juntamente, o que eu estava fazendo? Eu parecia uma pervertida do jeito em que estava! Assim me sentei ao lado dele no sofá, em silêncio por uma hora inteira e já era muito tarde para ele ir embora, assim me levantei e o olhei um pouco sem graça.

— Eu só vou tomar um banho e já venho lhe trazer as coisas para dormir, desculpa por isso mais uma vez.

— Não se desculpe Alice, você não controla o tempo.

Alguma parte dentro de mim queria gritar por alegria por ter chovido a outra gritava por culpa por ter prendido ele em meu apartamento por tanto tempo, eu precisava de uma ducha fria para acalmar pelo menos meus hormônios! E fora o que pensei que aconteceu assim que acabei de tomar o banho, coloquei uma blusa simples para dormir e um pequeno short largo que deixava bem a mostra as minhas pernas e assim sobre meus braços trazia um cobertor e um travesseiro.

— Aqui esta, me desculpa não tenho muitas roupas de cama.

— Tudo bem, qual quer coisa vou dormir com você.

Ele dizia aquilo na maior simplicidade, ele estava falando aquilo para me provocar realmente não é mesmo? Respirei, contei até dez e dei as costas, podia jurar que ele estava olhando para minhas pernas aquele momento, e assim só me taquei sobre a cama e me cobri até a cabeça, tinha que me acalmar de alguma maneira pelo menos. Eu dormi, pelo menos por algumas horas até que algo me acordou, algum tipo de barulho de guitarra de vizinho, era mesmo eu ganhei um novo vizinho, assim me levantei e olhei para Lysandre que ainda estava dormindo procurei o relógio no meio da sala e marcava três da manhã, meu vizinho não dormia? Já tinha parado a chuva, bati na porta algumas vezes até que esperava que a pessoa atendesse, até porque onde ele tocava dava para ouvir perfeitamente do meu quarto. Foi quando a pessoa que abriu a porta me fez congelar até o ultimo fio de cabelo.

— Hora, se não é a minha tábua favorita.

— Castiel..?!

Ele sem dizer nada me pegou pelo pulso e me puxou para dentro do apartamento dele e fechou à porta, ele me olhou diretamente em meus olhos e abriu um sorriso como se me dissesse, “eu vou lhe matar agora, então é melhor se preparar”.

— Não sabia que uma tabua ficava tão sexy vestindo pijamas, devia usar algo mais provocativo se quiser se insinuar para mim.

— Eu não quero me insinuar para você!

— Não é o que parece me mostrando essas pernas.

Meu rosto inteiro ficou vermelho, ele colocou a mão sobre meu rosto e segurou não permitindo que eu desviasse o olhar aquele momento.

— Eu tenho que tomar algo de você sabia? Já que me fez passar uma grande dor, nada mais justo não?

Meu corpo inteiro congelou, foi como se aquele momento a única coisa que pensava a única palavra que definia aquele momento era uma, ferrou.