M.M - Minha Magia. escrita por Tyke
Notas iniciais do capítulo
Parte 2 - Final
Anteriormente nessa história: Lily estava passeando no Beco Diagonal com o namorado, Sean. Encontrou seu primo favorito, Hugo, e eles se cumprimentaram deixando Sean com ciúmes.
L.H
Lilian estava no quarto de Hugo. Encontrava-se debruçada no chão e lendo o quarto episódio da história que eles iriam animar. Hugo estava sentado ao lado dela, escorado na madeira da cama e analisava todos os model sheets (M.S) dos personagem criados pela prima.
— Porque a Margot nunca fica com o Tommy? Eles ficam só no "quase". - Lily perguntou terminando de ler e ajeitando o corpo até sentar de pernas cruzadas.
— Para criar expectativas. Se der certo muito rápido não tem a mesma graça que demorar mais um tempo. - Ele explicou enquanto examinava o M.S da personagem Margot.
— Mas isso dá um treco, quando você pensa que vai... não vai.
— Baseado na vida real.
— É mesmo? - Ela ergueu uma sobrancelha para ele sorrindo. - Anda saindo com alguém?
— Não... To dando um tempo depois do que a Luany fez. - Hugo suspirou e depositou os papeis no chão terminando de ver todos.
O rapaz namorou a bruxa Luany por dois anos. Até que um dia ela o traiu com três jogadores de quadribol diferentes na mesma semana. O pior de tudo foi que ela não deu a mínima quando foi descoberta e fez questão de dizer na cara dele "A culpa não é minha se você não me satisfaz.". Realmente o relacionamento foi decaindo aos poucos chegando em um certo ponto que eles mal se tocavam. Mas Hugo acreditava que não havia necessidade daquilo. Chama-lo, conversar e terminar antes de sair se "satisfazendo" com quem ela quisesse seria muito mais maduro.
— Você tem que superar isso.
— É fácil falar. Você não sabe as piores coisas que ela me disse.
— Ah, mas o que ela disse de tão ruim assim?
— Quer mesmo saber? - Hugo jogou a cabeça para trás apoiando no cochão.
— Fala.
Ele voltou a olha-la, respirou fundo e contou um pouco envergonhado.
— Ela disse que eu faço oral como um cachorro bebendo água.
Lilian levou a mão a boca e segurou o riso. O que ela podia fazer? Era a coisa mais engraçada que ouviu sobre sexo na vida.
— Vai, pode rir. - Hugo olhou para ela fingindo desapontamento. E a moça tirou a mão da boca controlando a vontade de rir.
- Ela deve ter dito isso porque estava com raiva. Você não deve ser tão ruim assim.
— Talvez, como eu vou saber? Ela foi a única com quem já fiz tudo.
— Devia tentar com outra pessoa. - Lily abaixou os olhos para o roteiro do desenho começando a ficar desconfortável com o rumo da conversa. Por mais que soubesse que era egoísmo, não dava para evitar ficar triste pensando em Hugo com uma garota nova. - Hum... Eu acho que deveríamos gravar a dublagem antes de animar. Assim eu posso fazer a boca deles se moverem mais fielmente às palavras.
— Essa parte você quem sabe. Tem alguma ideia de algum bruxo que saiba dublar e faça trabalho voluntário? Porque eu não tenho dinheiro para pagar um. - Hugo percebeu que ela queria mudar de assunto.
— Eu estava pensando no Louis para dublar o Tommy. Eu posso dublar a Margot e os outros vamos ter que ver. - Ela apertou a curva do pescoço com a mão. Estava cansada e eram tantos problemas para eles dois resolverem.
— Hum... Se o Louis aceitar. A voz dele é boa, mas acho que dublar não é tão simples assim.
— Eu sei um pouco que aprendi com a internet. Vai ter que dar certo, afinal não temos muito dinheiro.
A moça começou a sentir os joelhos doerem por ficarem dobrados na mesma posição por muito tempo. Ela se levantou e sentou na beirada da cama. Hugo a imitou sentando do lado dela.
— Você vai no festival da Abobora? - Lily perguntou jogando o corpo para trás na cama dele.
— Acho que não. - Ele ajeitou o corpo para olha-la no rosto.
— Vamos juntos. - Propôs sorrindo.
— Mas você não vai com Sean?
— Vou, mas...
— Ah de jeito nenhum! Por acaso eu tenho cara de vela, Lilian? - Hugo falou indignado.
— Um pouco. Deve ser a pele branca e os cabelos vermelhos. - Ela começou a rir chacoalhando o corpo.
— Engraçadinha. - Ele murmurou se levantando.
— Ah vamos, por favor. - A moça disse manhosa se sentando na cama. - Você pode conhecer alguém lá. Ou então chama o Louis.
— Não mesmo. Agora o Louis só quer saber daquela Max. Nem fala mais comigo. - Ele escorou na cômoda de madeira.
— Isso é ciúmes? - Ela brincou zombando dele.
— Com certeza. Eu era o melhor amigo dele até essa menina aparecer. - É claro que Hugo estava brincando, mas no fundo estava sentindo-se um pouco abandonado por Louis.
— Não fica triste. Eu vou sempre ser sua amiga. - Ela sorriu e caminhou até ele com a intenção de abraça-lo.
— Pois é... - Hugo suspirou baixinho fazendo Lilian parar no meio do caminho.
— O que?
— Nada. O que?
— Hãã?
O rapaz começou a rir e Lily o acompanhou ficando confusa. Em seguida ele disse que estava faminto e a moça riu da fome incontrolável do primo. Decidiram descer e preparar algo para comerem. Já estava quase no horário do chá da tarde e depois que os filhos cresceram Hermione não se preocupava em arrumar a refeição.
Hugo preparava os lanches com pão e queijo enquanto Lilian fervia a água do chá. Quando de repente alguém abriu a porta da frente e entrou apresado indo até a sala. Eles ouviram a voz de Rony ecoar no cômodo ao lado ao conversar com Hermione.
— Rose está no hospital. Parece que mandaram um brinquedo amaldiçoado para ela. - Ele estava ofegante.
Assim que Hugo escutou a notícia abandonou os lanches e correu para onde estava os pais.
— Como é? Mas quem faria isso? - O rapaz perguntou ao pai.
— Não sabemos ainda. Scorpius está com ela no hospital. Ele só me mandou um patrono dizendo que aparentemente os curandeiros conseguiram controlar a maldição.
Hermione estava de olhos arregalados e pousava uma mão no peito. Ela se ergueu do sofá abandonando o livro que lia na mesa de centro e falou para marido.
— Eu quero vê-la, por favor. - A voz tremeu.
— Sim, vamos para o St.Mungos agora. - Rony estendeu a mão para esposa.
— Eu também vou. - Hugo olhou sobre os ombros para Lilian antes de acrescentar. - Vão na frente, encontro vocês lá.
— Tudo bem, Não se esqueça de trancar a casa. - Disse Hermione já sendo puxada pelo marido para o lado de fora.
Quando os mais velhos desaparataram a chaleira na cozinha começou a chiar. Lily correu para desliga-la. E depois virou para o primo que a seguiu até ali.
— Você quer ir comigo ou ficar aqui? - Hugo perguntou.
— Eu vou para casa. - Ela informou sentindo um peso preocupada com a prima. Mas era melhor deixar apenas os familiares ficarem em volta dela por enquanto.
— Ok. - Ele começou a trancar as portas e as janelas com a varinha.
— Quem poderia fazer algo assim a ela? - Lily estava escorada na parede pensativa.
Hugo deu de ombros não fazendo ideia da resposta. Juntos caminharam para o lado de fora e antes de desaparatarem a moça deu um abraço apertado no primo. Depois se afastou e foi embora. Em seguida ele foi para o hospital.
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