M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 16
J.V - Um presente.


Notas iniciais do capítulo

Parte 4



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Anteriormente nessa história:James conseguiu entrar em contato com Jessica, mas ela ainda estava assustada com ele e não quis muito papo.

 

J.V

Noite de Nata.

Festa na Toca.

James suspirou cansado não querendo ir. Essa festa já não era mais a mesma de quando eram crianças. Antigamente costumava parecer algo incrível, mas não era mais. Depois que todos cresceram a festa pareceu um monte de gente conversando coisas sem graças, comendo e fingindo se amarem. Af! James mal via seus tios e primos durante o ano inteiro e quando chegava as festa tinha que "ama-los".

Porém ele foi à Toca. Gina ficaria muito chateada se ele não fosse. Quando chegou na festa a família logo o recebeu da maneira como ele imaginava que seria. O chamando de "futuro papai", vovó espalhou para todos sem dó nem piedade. James sorria quando o chamavam assim, mas no fundo ele se sentia desconfortável.

— Então, por que você não trouxe sua namorada, Jay? Adoraria conhecê-la — Arthur soltou de repente e o rapaz não soube o que responder de imediato, não queria contar a verdade a todos.

— Bem, não foi possível. Com licença — Ele respondeu e foi para um cômodo sem ninguém, queria evitar ter que dar satisfações.

Mas não deu para fugir de todas as almas vivas. Logo uma o encontrou, mas dessa ele apreciava a presença.

— E ai, Jay! Brincando de esconde-esconde sozinho? — Fred apareceu na porta da sala, onde um dia foi um quarto, sorrindo.

— Aham. Ta afim de brincar comigo?

— Não, valeu! Não faço mais essas coisas. Já você, aposto que vai fazer muito ainda — Ele se sentou na cama ao lado do primo, o único móvel da sala.

— Sinceramente, tenho minhas dúvidas sobre isso — James falou triste

— Você e Jessica estão se dando melhor agora, não? — Fred era o melhor amigo de Jay. Então é claro que ele sabia da história completa.

— Não. Ela não me liga, não me procura e da última vez que fui vê-la em Cambrige ela ficou parada olhando para minha cara e não disse nada. Eu posso saber onde ela está, mas não posso força-la a falar comigo.

— Caramba! Que garota estranha você foi arrumar.

— Eu sei... — James suspirou.

— Ah que isso! Vai dar tudo certo — Fred tentou anima-lo, mas falhou.

— Sabe, acho que ela está certa — Uma voz veio do batente da porta.

Ambos os garotos olharam e encontraram Rose escorada ali. Ela parecia estar com o rosto abatido e os cabelos não brilhavam tanto como costumavam ser. James não entendeu de imediato o que ela quis dizer e antes que disse qualquer coisa Fred perguntou:

— Como assim, Rosie?

— Essa garota. Acho que ela está certa de ficar longe do Jay — Então ela se virou direto para ele — Você não seria um bom pai. É irresponsável e ia matar essa criança em menos de um dia, como fez com aquele coelho que ganhou do tio Carlinhos.

— Eu tinha seis anos... — Ele cerrou o semblante para ela. Realmente ele teve um coelho filhote, um dia o pegou de mal jeito pelo pescoço e o sufocou até a morte sem perceber. Mas ele era uma criança de seis anos, a culpa não foi toda dele!

— Por que está falando isso, garota? — Fred intrometeu parecendo muito mais atingido do que James.

— Só estou vendo o lado dessa moça — Ao dizer ela se afastou e voltou para a festa na sala de estar.

— Ela tá muito estranha... — Fred murmurou ainda encarando onde segundos antes estava Rose. Depois se virou para o primo e amigo — Não liga. Ela não sabe o que diz, não é mãe nem nada.

— Ah sim. Eu sei.

Mas no fundo James concordava com Rose, ele não era a pessoa mais indicada no mundo para cuidar de uma criança. Ele levantou da cama e disse:

— Acho que já vou embora.

Ignorando os protestos de Fred, que tentava fazê-lo ficar mai um pouco, James foi embora. No dia seguinte ele acordou pegou um presente que estava embaixo da cama e embrulhado em papel azul. Desceu as escadas e encontrou Alvo jogado no sofá da sala com uma carranca de monstro que comeu limão.

— Er... Você está bem? — James se aproximou, cauteloso, do irmão.

— Claro — Ele cuspiu arrogante.

— Ta bem — Se tinha uma coisa que James odiava era lidar com as crises de "TPM" de Alvo. Por isso ele achou melhor ignorar e ir logo fazer o que tinha que fazer.

— Espera! — Al o chamou endireitando o corpo no sofá — É que eu conheci uma garota.

— Ah... Fale com o Scorpius então. Ele que é sua amiguinha para discutir relacionamentos — James riu e retomou o caminhar em direção a porta.

— James!

— O que é? Eu preciso ir a um lugar — Ele se voltou irritado, mas ao encontrar uma expressão humilde ao invés de arrogante no rosto do irmão ele se acalmou.

— É que eu não posso ter nada com ela — Alvo abaixou o olhar não acreditando que de todas as pessoas no mundo ele estava escolhendo James para falar de seus problemas.

— Por quê? Ela é casada?

— Não.

— É lesbica?

— Não... Eu acho que não.

— É muito nova? — James ergueu uma sobrancelha desconfiado — Olha, se ela tiver menos de dezesseis anos meu conselho é você cair fora.

— Não! Eu não sou pedófilo — Alvo se sobressaltou e ergueu do sofá.

— Então... por que não pode ter nada com ela? — Ele pontuou cada palavra como se perguntasse a uma criança.

— Por que não é certo.

— Alvo Severo, me desculpe. Mas ou você fala por que "não" ou me deixa sair — James começou a ficar irritado com o "lenga-lenga" que não estava levando a lugar nenhum.

— Deixa, você não entenderia — E não entenderia mesmo, uma vez que James se envolvia normalmente com garotas trouxas e ainda engravidou uma — E se me chamar de Alvo Severo de novo eu vou azarar a sua bunda, entendeu?

James, que já caminha para a porta da frente, sorriu maroto e se voltou para o mais novo.

— Claro, Sev! — Depois saiu rápido pela porta, sem se dar o prazer de ver a cara que Alvo fez. Afinal ele era muito bom em feitiços e James não queria ter a bunda azarada.

Do lado de fora, James desaparatou e aparatou perto da casa dos Lewis. Jessie estava de férias da faculdade, então era obvio que estaria na casa do pais. Se não estivesse ele iria até Cambrige atrás dela.

Bateu na porta e minutos depois foi atendida pelo Sr. Lewis, que fechou a cara assim que viu James.

— O que você quer? — Perguntou ríspido.

— A Jessica está ai?

— Por quê quer saber? — Ainda mais ríspido.

— Eu trouxe um presente de natal pro bebê — Ele mostrou o embrulho nas mãos.

— Vai embora! Por que você simplesmente não some?! — Sr. Lewis bateu a porta.

James ficou parado no hall, persistente, até que a mãe de Jessie atendeu a porta novamente. Silenciosamente ela fechou a porta e colocou um dedo na frente dos lábios indicando para ele falar baixo.

— Me dê, eu entrego a ela — A mulher sussurrou bem baixinho.

— Obrigado, senhora. — James entregou o presente.

— Apesar de que acho que Jessie não vai querer — Sorriu triste — O que é?

— Um ursinho de pelúcia — Era quase isso. Na verdade era um diabrete de pelúcia que ele comprou na loja do tio Jorge. Ele pediu um não enfeitiçado, pois sabia que Jessica provavelmente não iria gostar se fosse... por enquanto.

— Você é um bom rapaz — Sra. Lewis sorriu e entrou dentro de casa sem fazer barulho.

E James para não ficar na frente da casa até o senhor Lewis chamar a policia, deu as costas e saiu caminhando pelo bairro até encontrar um cantinho escuro onde desaparatou.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem
Espero que estejam gostando.
Acho que essas histórias é meio sem graça, me desculpem por não conseguir fazer melhor. Mas vou continuar porque gosto muito delas e talvez depois de um tempo melhore.



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