M.M - Minha Magia. escrita por Tyke


Capítulo 14
R.S - Falando o que não deve


Notas iniciais do capítulo

Parte 4



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Anteriormente nessa história: Rose está agindo estranho desde que saiu do hospital. Ela tem evitado Scorpius e chegou a pedir um "tempo", mas sem deixar claro o significado disso.

 

R.S

Na festa de natal...

Rose estava sentada no sofá da Toca observando seus familiares ao redor. Amáveis e desprezíveis ela pensou segurando para não bufar. Tudo que queria era ter ficado em casa, mas sabia que deveria cumprir o dever social de estar na festa.

Scorpius estava longe conversando com Alvo. Rose o olhava atentamente. O que estava acontecendo? Algo no fundo se sua mente perguntou. Ela amava ele, mas não conseguia estar com ele e mal suportava sua presença. Alguma coisa dentro dela estava errada e Rose não conseguia entender o que.

— Filha? — Rony sentou ao lado dela a tirando dos devaneios — Tudo bem?

— Sim, por quê? — A moça nem se deu o trabalho de olhar o pai e respondeu de mal humor.

— Porque você está fazendo uma cara de trasgo pior que a do Percy.

— Olha! Eu nem queria estar aqui, me deixa em paz, ok?

Assim como com Scorpius, Rose amava o pai, mas a companhia dele era desconfortável... a companhia de todos era desconfortável!

Rony encarou a filha surpreso, pois sua menininha não agia daquela forma. Chateado ele se afastou a "deixando em paz", foi para perto de Hermione e não contou o ocorrido à esposa.

A Weasley voltou a observar o noivo de longe, ele parecia triste e mal conseguia disfarçar. Depois de um tempo, Alvo pediu licença a Scorpius e caminhou em direção a cozinha. O primo de cabelos escuros não parava de lançar olhares para a amiga de Louis. Rose sorriu de lado maldosamente ao ver isso acontecer... ela já tinha percebido que Max era trouxa. Bastava observar como ela agia, e observar era o que Rose mais tinha feito naquela festa... "Alvo vai se ferrar" ela pensou sorrindo.

— Se sentindo melhor? — Scorpius estava de volta ao lado dela e ficara esperançoso com o sorriso no rosto sardento. Ela bufou antes de responder:

— Na verdade não. Quero ir embora.

— Tudo bem...  — Ela levantou de um salto e já foi caminhando para fora da Toca. Scorpius foi atrás — Hey não vai se despedir?

— Não — Rose deu as costas e desaparatou do lado de fora sem esperar por ele.

O Malfoy não ficou tão surpreso com as ações, uma vez que ela vinha agindo assim todos os dias. Ele se virou para a família Weasley, que aparentemente não haviam visto o que aconteceu ou ignoravam por educação. Apenas Hugo o encarava deixando claro que viu o ocorrido. Scorpius suspirou e acenou para o cunhado se despedindo. Se ele despedisse de todos teria que dar explicações sobre Rose e não estava disposta a isso.

Quando chegou em casa estranhou os cômodos silenciosos.

— Rose! — Ele chamou e não obteve respostas.

Caminhou em direção ao quarto. Assim que entrou se deparou com uma Rose em posição fetal na cama e chorando no escuro.

— Hey, o que foi? — Ele perguntou suavemente e foi até ela agitando a varinha para acender as luzes.

— Eu não sei... Não sei o tem de errado comigo — Ela soluçava e escondeu o rosto entre os travesseiros após terminar de falar.

Scorpius não soube o que responder. Ela realmente estava estranha, mas se ele confirmasse naquele momento ela poderia ficar pior.

— Vamos dormir. Venha! — Ele a puxou para um abraço e agitou a varinha apagando as luzes.

Juntos se aninharam na cama como não faziam a muito tempo. Scorpius sentiu o coração se alegrar ao imaginar que Rose estava melhorando e tudo voltaria ao normal. Adormeceram e na manhã seguinte ela não estava mais em seus braços. Ele levantou da cama e saiu pela casa chamado ela. Quando não a encontrou em lugar algum ficou preocupada.

~~~

Rose caminhava pelo Beco Diagonal. Seus pés deixavam pecadas profundas na neve de dezembro. Sem ter muita consciência de aonde ia, ela foi levada por uma força maior em direção às Gemialidades Weasleys. Bateu na porta e aguardou. Nada, então bateu novamente e uma voz gritou de dentro.

— Estamos fechados! — Tia Angelina. Era com ela mesmo que Rose queria conversar.

— Tia, sou eu. Posso entrar? — A moça ficou em frente ao vidro transparente da porta e gritou de volta.

Angelina estranhou a presença da garota ali. Elas nunca trocaram mais do que palavras de educação na Toca, mas mesmo assim ela foi até a porta da loja e a destrancou deixando Rose entrar.

— Seu tio e seus primos dormiram na Toca...

— Eu sei. É com a senhora mesmo que eu gostaria de conversar.

— Aconteceu alguma coisa? — Foi o único motivo que encontrou para a filha de Ronald estar procurando por ela.

— Não, eu... — Rose saiu caminhando pela loja e pegando os produtos nas mãos para ler os rótulos — Só andei pensando em umas coisas.

Angelina permaneceu onde estava e esperou que a moça continuasse. Rose parecia vacilar alguns passos como se estivesse tonta o que fez a mulher mais velha cruzar os braços e ficar em alerta.

— Fred Weasley... — Rose continuou pontuando cada vogal e ainda passando os olhos pelos rótulos — Como ele era?

Abriu a boca e fechou. Angelina esperava por muita coisa, menos uma pergunta sobre o irmão gêmeo de seu marido.

Ela namorou, sem muito compromisso, Fred nos tempos de Hogwarts, mas o relacionamento acabou no dia que os gêmeos explodiram a Umbridge e fugiram da escola. Um tempo após a morte de Fred ela acabou se aproximando de Jorge e assim o amor, que sempre foi reprimido por ambos, veio à tona.

— Bem ele era... alegre, energético, vivia fazendo piadas — Ela sorriu triste enquanto respondia a pergunta da jovem — Bastante parecido com o Jorge.

— Ah sim... substituível é claro — Rose a encarou com um sorriso falso — Deve ter sido bem fácil quando se tem gêmeos. Se um morre é só pegar o outro.

— Como? — Angelina piscou não acreditando no que ouvia.

— Ora, vamos! Eu sei que você foi namorada dele, todo mundo sabe, e depois se casou com o outro... Vem cá, eles fodem igual também?

— Eu não sei qual é o seu problema, mas quero que saia da minha loja agora! — A mulher brandiu em fúria sentindo o rosto esquentar.

Sua loja? Que eu saiba ela é de Fred e Jorge... ah não, espera... Você ficou com a parte do difundo, certo?

— Saí daqui, garota!

— Por quê? Se ficou desconfortável então é verdade — Rose se aproximou da tia vacilando alguns passos e se apoiou em uma prateleira para não cair — É uma coisa muito nojenta de se fazer, sabia? Você e Jorge são nojentos. Fred deve amaldiçoa-los do fogo do inferno onde está queimando.

Mal ouve tempo para pensamentos e Rose sentiu o rosto arder  com um tapa. Angelina estava fora de si e não conseguiu pensar no que fazia.

Você não sabe de nada, menina! Não conhece o Fred e muito menos a minha vida! Não ouse falar dele, suas palavras que são nojentas! — A mulher gritava em plenos pulmões e se segurava para não agarrar a sobrinha pelos cabelos — Eu sempre amei o Jorge, sempre! Mas quando era nova, Fred quem me convidou para o Baile de Inverno. Eu pensei que Jorge não gostava de mim como eu gostava dele, por isso aceitei namorar com Fred. Mas nunca tivemos nada sério, nunca!

Angelina chorava ao se explicar. Um dia, a muito tempo atrás, ela se viu encurralada por esses sentimentos. Quando começou a se aproximar de Jorge, após a morte de Fred, ela realmente se sentiu uma pessoa suja que traía o amigo falecido. Mas era verdade tudo que disse a Rose. Angelina na adolescência acabou namorando o gêmeo "errado", mas era o outro que ela sempre quis. Com muita dificuldade ambos, ela e Jorge, superaram esse sentimento de "traição" e conseguiram ficar juntos.

Entretanto, quem era Rose para ir até lá e sem motivo nenhum jogar na cara de Angelina coisas que ela mal entendia? Ela não conheceu Fred, não viveu a situação que eles viveram, não esteve em meio a uma guerra violenta...

— Ta bom, acredito nisso — Rose riu de escárnio — Fred ficaria muito feliz de ver você e o irmão juntos e tendo filhos.

— Saia daqui! Já chega — Angelina agarrou a moça pelo braço e a arrastou para fora da loja — Eu vou contar tudo ao seu pai.

— Conta. Aquele inútil, sempre na sombra do grande Harry Potter, não vai fazer nada mesmo! — Rose berrou para a tia com ódio e desaparatou de onde estava.

Angelina ficou horrorizada pela maneira que Rose, que sempre teve muito carinho pelo pai, falou.


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Notas finais do capítulo

Oi gente. Espero que os poucos que leem essa história estejam gostando. Sim Rose vai ser uma vagabundo por enquanto, mas tem um motivo para isso.



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