Perfeição escrita por isabellaT


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Não revisei talvez esteja com alguns erros ortográficos,também está sendo postada no watpad, se quiserem ler é só me contatar por msg privada.



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          O vôo durou mais que o esperado, quando a comissária avisou que havíamos chegado no destino,O torpor se transformou em entusiasmo e já estava pronto para começar uma nova aventura em outro continente.
      Quando passei pelas portas do aeroporto procurei pela minha correspondente da faculdade anfitriã,e lá estava,uma moça de cabelos azuis em um corte despojado segurando uma placa com meu sobrenome,acenei e ela fez o mesmo.
– Bem vindo a Paris - Disse em um inglês britânico - Tudo ocorreu bem durante a viagem?
–Sim obrigada por se preocupar Senhorita ...?
–Parker,Elisa Parker Mas todos me chamam de Lisa - Sorriu,esbanjando  sua feição simpática.
–Claro,sou o Richard,Prazer em conhece -la.
–Bom,estou aqui para auxiliar durante sua pesquisa com arquivos da Universidade e para verificar que estará bem instalado em nossa cidade .
–Como não estaria? Aqui tudo é  tão fascinante e Belo,e olha que mal sai do avião -Pisquei e ela corou,tão linda ...
     Saímos do aeroporto no carro da Senhorita Parker que era tão excêntrico  quanto ela colorido e pequeno,um de marca italiana amarelo,conversamos durante o trajeto falando sobre a beleza da cidade,as obras,os hotéis, jardins,monumentos históricos,a conversa foi muito agradável,no final do percurso ela me orientou aonde alugaria um carro e que pela amanhã teria que já ir para a Universidade para começar o trabalho.Ela me deixou no pequeno hotel familiar e me deu seu contato.
    Me hospedei em um quarto  simples porém funcional,tinha cama,uma pequena cozinha com frigobar,banheiro e uma bela Vista na sacada.
    Ficaria pouco tempo por Paris,mesmo desejando o contrário,fui enviado pela Universidade Princeton aonde terminava meu mestrado em História para fazer uma tese/livro sobre a primeira guerra,lá teria que fazer pesquisas sobre o holocausto,que não é  tão explorado quanto  a segunda,se fosse bem,meu TCC se tornaria livro, e enfim estaria completando meu sonho profissional.A faculdade de Paris tinha aceitado meu pedido para acessar arquivos que somente ela tinha acesso, tambem  passaria livremente pelas capitais da Europa de trem em busca de fatos inéditos.

     Devido ao fuso horário  não consegui dormir durante a noite que passara,e pela amanhã o cansaço  me pegou,mas nada que um café não resolvesse.
        Com o meu francês horrível liguei para a empresa de carros e aluguei um ,eu o pegaria quando estivesse indo a Universidade, pois era a alguns setores acima e seguiria a pé.
      Me aprontei com uma higiene matinal,coloquei minha melhor camisa e calça jeans,pentiei meu cabelo para traz, sorri ao espelho,estava apresentável.
    Sai do hotel olhando o papel com o endereço e pedindo as pessoas orientação  para chegar até a empresa e de lá seguiria de carro.Chegando lá escolhi um Volkswagen simples e assinei toda a papelada que se precisava.
        Entrei no carro e dirigi com ajuda do GPS cheguei a Universidade de Paris boquiaberto com tanta grandiosidade de um prédio, que era muito parecido com a arquitetura vitoriana,paredes de pedras e grandes janelas e entrada.
       Estacionei o pequeno Voyage,e caminhei até a reitoria aonde pedi instrução a secretaria uma mulher gorda que não me dava a inteira atenção,ela me mandou para a sala da Senhorita Elisa Parker que ela sim estava a par do assunto,óbvio.
      A sala era no segundo andar,uma porta escrita 'Elisa Parker,Chefe do departamento de história' no final do corredor,bati na porta e ela a abriu com seu belo sorriso e roupas coloridas.
– Olá Richard,entre - Apontou para o pequeno escritório e eu o fiz ,sentei me em uma cadeira em frente a sua mesa e ela me seguiu - Conseguiu alugar o carro?
–Sim,há um pouco de burocracia,mas consegui.
–Aceita um café ? -Pegou uma garrafa térmica e nos serviu,ela adivinhou, precisava disto.
–Bom sou direto e quero perguntar se já posso consultar os arquivos e os livros?
–Pode claro!estarei lhe supervisionando tirando suas dúvidas e bom... estou um pouco curiosa de que assunto exatamente quer abordar nesse livro -Nos dos bebericamos  o café e ela prosseguiu - Guerras já foram tão abordadas em milhares de livros, de que forma quer chamar a atenção de sua faculdade para que financiem a publicação do livro ?
–Quero humanizar o que aconteceu,a maioria dos livros que retratam o que aconteceu só fala em números em fatos,quero mostrar como isso atingiu  as pessoas,e aqui em Paris que tudo começa,um dos países que mais tiveram importância durante a guerra .
– Brilhante! - Exclamou Lisa - Também compartilho do mesmo pensamento,a história em si está relacionada totalmente ao ser humano e não  números e fatos documentados.
– Só que não sei como começar, a maioria das pessoas que estiveram lá estão mortas ou senis.
– Tive uma ideia - Ela quase gritou - Algum tempo atrás a faculdade com auxílio do governo da França, conseguiu tombar alguns patrimônios de algumas famílias participantes de grAndes eventos históricos e neles esta a casa de um capitão da primeira esquadra e de seu genro  que foi um grande coronel morto na guerra, a casa tem muitos documentos,fotos e objetos que você pode reciclar para sua pesquisa.
– Genial Lisa,quando começo? - Constatei que  além de ser bela,a britânica excêntrica era muito inteligente.
–Poderia ser agora,contudo a casa não é  aberta para visitas,pois a  família ainda cuida dela, é  algo simples de se resolver,ligo para a senhorita Lammartine e peço permissão - Ela pesquisou algo em seu  laptop e ligou para algum número que mostrava lá - "Olá bom dia aqui quem fala e Lisa Parker da gerência de história da faculdade de Paris,e a Senhorita Louisa Lammartine ? Oh sim.... - Ela conversou durante alguns minutos e logo compreendi que a resposta fora afirmativa e que poderiamos começar os estudos.
– Então podemos? - Falei em euforia e minha barriga roncou.
–Pergunte a sua barriga que a pouco estará tocando uma sinfonia se não comer, Antes redigiremos um contrato de autorização e depois iremos lhe alimentar,Vamos ao meu café favorito.
    Fizemos tudo que ela falou,comemos bolinhos estranhos com doce em uma famosa doceria,depois fomos a empresa em que a  tal senhorita trabalhava para assinar a autorização e pegar as chaves,e fiquei intrigado com a Lammartine eu sentia que algo nela era familiar ,olhos azuis e cabelos negros ... 
     Estacionei na 6 emmé,uma dos bairros mais nobres e antigos,quando desci do carro,e vi a bela mansão sábia que ali me renderia uma bela estória,duas velinhas que ali passavam olhavam assustadas para nos que examimavamos a casa por fora,elas cochichavam entre si,Elisa percebeu e as parou com uma pergunta:
– Senhoras,aqui e o casarão Lammartine? - Falou Elisa em francês.
–Sim não entrem pois es Assombrado pela mulher das sombras-Disse a mais franzina das senhoras,tremendo os braços.
– Não  existe esse negócio de assombração - Falei quase  em tom de zombaria ,Porém meu francês nem isso permitia.
   Entramos na mansão e era tudo tão sinistro quanto as velinhas, parecia que ali não se passará anos que fora habitado, tudo era limpo e conservado,as paredes eram em tom creme ,com janelas amarelas,móveis de madeira escura e Estofado vermelho,andamos pelos vários cômodos e parei quando vi um quadro na parede do salão de bailes,era a mulher mais linda que ja vi,ela tinha na cabeça uma coroa de flores e vestia um vestido branco como sua pele,seus cabelos era de cachos  escuros e possuía olhos azuis.
– Eu a conheço - Falei para Elisa que também admirava o quadro,a sensação de deja-vu que senti por Louisa aumentará ao ver o desenho da mulher.
–Impossivel,ela morreu há  quase um século,ela e filha do Capitão Jean Lammartine o falecido dono desta casa,talvez você esteja a lembrando de algum quadro que viu ,ela foi pintada por vários artistas renomados,há pinturas dela na Royal Academy em Londres - Explicou, e eu assenti tentando esquecer a sensação esquisita -Meu tempo se esgotou tenho que  voltar para a faculdade,você pode voltar amanhã sozinho Ok?
–Claro,Vamos.
    Deixei Lisa, na volta para casa passei em uma venda comprei alguns mantimentos e fui para o hotel.
       Chegando,preparei a banheira e lá mesmo fumei três cigarros,organizei as compras e as roupas que trouxe, e em todo esse tempo continuei pensando na mulher do quadro,algo me trazia um sentimento inegável de deja-vu .
     Preparei um jantar,bacon e ovos fritos tudo que eu sabia cozinhar,comi  enquanto fazia pequenas pesquisas no nootbock e conversava com minha mãe e o reitor da faculdade por redes sociais.
    Digitei no Google o sobrenome Lammartine e apareceu algumas imagens e um texto na Wikipedia, o texto era sobre a artista Alicia Lafaiete que entre suas pinturas mais famosas estava incluso a 'Bela Vivianne Lamartine ' cliquei na obra e pude ver,era a mesma mulher,neste quadro ela estava em cima de um cavalo em uma paisagem bonita, senti naquele momento que já tinha vivido aquilo antes.
     Ja se passará da meia noite e tinha de desancansar,o cansaço pregaca peças na minha mente,desliguei tudo e fui dormir desta vez o sono invadiu me e não pude pensar na tal mulher .

....

   Pela manhã comi um desjejum tipicamente francês,o mesmo bolinho com doce que ainda não sabia o nome
Junto a um chá de canela no restaurante do hotel.
     Ainda no restaurante decidi ligar para Elisa para lhe desejar um Bom dia,ela atendeu e educadamente disse que tinha mais casas e documentos oficiais para ser vistos, que pela tarde eu teria que terminar na Mansão.E assim o fiz,peguei o carro e dirigi até a 6emmé para procurar o que  poderia usar sobre aquela familia.
     Ainda na porta pude reparar que o jardim mesmo estando um caos,crescia rosas vermelhas e amarelas,era como se ali ainda tivesse vida,destranquei a porta e abri as janelas para poder enxergar melhor peguei a câmera dentro da pequena mochila que carregava,tirei fotografias de alguns lugares,como a sala com um sofá e estantes abarrotadas de livros.
       Depois fui até o escritório no primeiro andar para procurar algum documento importante,na comoda tinha papéis de alistamento com nomes de alguns soldados ,o papel estava velho e empoeirado contudo se podia ler bem,procurei também na escrivania e tinha algumas fotos em preto e branco em um porta retrato muito bonito,lá tinha foto de senhores fardados com armas em algum front,um homem aparentemente com 50 anos e outros dois muito jovens,e quase desmaiei quando vi a próxima fotografia era a mesma mulher vestida em um vestido de gala  e eu ao lado em um terno,analisei e não sabia o que pensar,era eu em uma foto de quase cem anos atrás,com a mulher que não saia do meus pensamentos.
     Sentei me e analisei a foto,o homem era muito parecido comigo,senti calafrios e ouvi passos pelo piso,ignorei,era uma casa antiga a madeira era velha,disquei o número de Lisa,porém caiu na caixa postal.
     Levantei me e quase cai sentado quando a vi,era a mulher do quadro, apareceu na porta do escritório,e me olhava com surpresa.
–Roger - Balbuciou com uma voz melodiosa.
– Desculpe,de onde me conhece? - Mostrei a foto e ela se aproximou,colocando a mão em meu rosto,fazendo carícias.
– Nao,você não me conhece e nunca esteve aqui - Seus olhos antes azuis se transformaram em um tom preto do nada,PUTA QUE PARIU o que estava acontecendo ali?
– O que aconteceu com seus olhos ?  - Ela piscou algumas vezes e eles voltaram ao normal .
– Não é  sujeito a controle mental,algum tipo de ser sobrenatural ... - Colocou a mão na cintura - Intrigante.
– Um vampiro? Lobisomen? Feiticeiro?
– Está ficando louca Senhora? Como é  possível isto? - Apontei para a foto,eu já não sabia o que pensar ,aquela mulher me conhecia e não era desta década,era impossível,aquela foto deve ter sido tirada durante a Bellé epoqué.
– Você não me conhece rapaz,este é  Roger,meu verdadeiro amor... Esta foto foi tirada em 1909 .


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Deixem comentários e recomendam,preciso disto para incentivo.



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