Necrofilia escrita por Matteo Salvatore, MixRead


Capítulo 3
As Portas


Notas iniciais do capítulo

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As Portas

Jack deslizava sua mão direita entre as pernas de Carrie, a mulher gritava e chorava, mas aquilo não ajudava em nada. O frentista continuava saciando sua louca vontade por sexo, como se não o fizesse há meses. Parecia um animal no cio, sedento por um corpo que pudesse desbravar.

Enquanto isso ela ia analisando o local com mais atenção, procurando uma coisa – mínima que fosse – que a ajudasse a se livrar do estuprador que agora tentava arrancar a sua calça.

— Tá gostando vadia? Até parou de gritar. – Jack achava que tinha a situação sobcontrole.

Carrie estava próxima do freezer, ao olhar para debaixo da grande peça de metal, viu uma forma cilíndrica e comprida, o que pensou ser um bastão de baseball, o que realmente era. Ela estendeu sua mão livre para pegar o bastão enquanto simulava alguns gemidos de prazer, a essa altura ela já estava quase totalmente despida, sua blusa rasgada, sua calça retirada e atirada a um canto do cômodo e sua calcinha sendo revirada pela língua e lábios nervosos de Jack, que havia se entregado ao prazer e esquecera-se do bastão jogado em baixo do freezer. Enfim Carrie conseguiu encostar seu dedo indicador na parte superior do bastão e o rolou para fora - uma luz muito fraca brilhava atrás do grande freezer branco - ela agarrou-o firmemente e o lançou com voracidade ao impacto certeiro com a cabeça do frentista Jack, que ao ser atingido tombou agonizando sobre o corpo de sua vítima.

A mulher levantou desesperada e o golpeou novamente na cabeça, abaixou, agarrou a escada e a ergueu, encaixando-a na abertura do teto. Subiu os degraus sem fazer muito barulho, ainda empunhando o bastão de baseball com sua mão direita. Ao chegar ao topo da escada, saindo do cômodo subterrâneo, Carrie se deparou com um novo cômodo iluminado por uma luz de teto fraca e amarelada, todavia, o que ela achou intrigante, foi a existência de cinco novas portas no local, duas ao lado direito, mais duas ao lado esquerdo e uma a sua frente. O corredor era extenso, Carrie voltou-se para o chão e suspendeu a escada, ao terminar de iça-la, trancou a portinhola, deixando Jack preso no quarto escuro.

Com cautela ela observou as portas do corredor e as testou para ver se estavam abertas, começando a partir da primeira do lado esquerdo. Ao testar a terceira porta, já do lado direito, percebeu que ela também estava fechada, um pânico invadiu a sua mente ao pensar que teria de voltar ao piso subterrâneo para apanhar um molho de chaves que supostamente estava com o frentista. Ela já ia testar a quarta porta quando ouviu um barulho de respiração ofegante vindo da porta ao fim do corredor, a quinta e última porta, ao se aproximar ela pode observar que a porta estava entreaberta.

Rapidamente, Carrie se pôs a olhar pela fresta na porta e viu algo surreal!

— Isso não pode ser verdade! Como? Como? Ele está lá em baixo!

O que ela viu era simplesmente impossível. No cômodo à sua frente tinha uma cama cujos lençóis estavam manchados de sangue e sobre ela jazia um corpo esfaqueado e sem vida e sobre o corpo, o frentista praticava atos sexuais, violando a mulher de cabelos morenos, cuja vida havia sido ceifada para alimentar o desejo necrófilo de um homem de mente doentia.

Carrie ficou abismada com a cena, como ele podia estar ali, se ele estava preso num cubículo abaixo do solo? Ela começou a pensar se aquilo era mesmo real, ou apenas um pesadelo maligno, ou se estava envolvida em algum mistério sobrenatural. A sua cabeça começou a embaralhar, ela recuou e voltou à quarta porta, ao tocar a maçaneta e torcê-la, descobriu que aquela porta também estava aberta.

Abriu.

***

Eu não sabia mais o que fazer, parecia que onde quer que eu fosse ele sempre estava lá, em todos os cantos, a me espreitar, pronto para me atacar e me abusar. Eu estava diante daquela porta, vestida com farrapos, uma blusa rasgada e uma calcinha cobriam o meu corpo, meu maior erro foi ter aberto aquela maldita porta. Ao abrir a porta vi mais cadáveres, amontoados, ensanguentados, destroçados e espremidos naquele armário. Aquele monte de corpos caiu como uma avalanche sobre mim, fiquei lambuzada de sangue podre. O barulho dos corpos vindo abaixo ecoou pelo corredor.

***

O frentista ficou imóvel ao ouvir o barulho que vinha do corredor, deixou seu cadáver sobre a cama e vestiu a calça que estava pendurada no braço de uma cadeira no canto do quarto. Seguiu até a porta e ao abri-la, deu de cara com Carrie, em pé, segurando um bastão numa posição de ataque. No chão, um amontoado de corpos erguia-se diante dele.

— Cachorrinha quer brincar de vasculhar os armários? - Disse em um tom descontraído.

— Me deixa em paz! - Ela gritava enquanto deixava suas lágrimas caírem.

— Ainda não percebeu que não pode se livrar de mim? Ninguém nunca escapou de mim, não será uma vaquinha que conseguirá!

Dizendo isso, ele pulou sobre ela e agarrou o bastão de baseball. A vendedora de cosméticos tentou se livrar das garras do frentista, mas ele roubou o bastão com destreza e a desarmou. Em seguida agarrou-lhe pelo pescoço e a pressionou contra a parede, com a voz abafada ela disse:

— Me coma!

— Está se dando cadela? Não disse ainda o que quero fazer contigo. Mas comer? Não está cedo para isso? Existem outros modos de se divertir sabia?

Aquela sequência de perguntas revirou a cabeça da vendedora, nem parecia o mesmo Jack que há minutos atrás se deliciava com perversão sobre suas partes íntimas.

— Me coma desgraçado!

O frentista pressionou a moça com mais força contra a parede e deu-lhe um beijo, ela pode sentir o volume da calça dele entre suas pernas. Um arrepio tomou o seu corpo e ele desceu seus lábios até o seu pescoço, os fios do seu corpo esticaram-se como se fossem pular da sua pele clara, ele mordeu sua pele e colocou sua mão dentro da calcinha dela, com a mão esquerda ele pegou nos seus cabelos pela parte de trás da cabeça e os apertou firmemente.

— Existe muitas coisas para se fazer Carrie Hudson...

— Como sabe o meu nome?

— Eu sei de tudo que preciso saber a seu respeito.

O coração da moça acelerou ao ouvir aquilo. O que mais ele sabia a seu respeito? Nem lhe passou pela cabeça que dentro da van tinha todos os seus documentos guardados na carteira. O rapaz começou a dar tapas em seu rosto e a empurrou em direção ao quarto onde antes ele praticava a surreal e nojenta necrofilia. Carrie viu o corpo morto novamente, era uma garota de aproximadamente 16 ou 17 anos.

Além de uma cama e uma cadeira, nas paredes do quarto penduravam-se diversas correntes de ferro, algumas grossas outras mais finas, todas com prendedores de pulso, alguns utensílios afiados como facas e machados também enfeitavam a parede, além de uma alabarda - espécie de espada medieval. No centro do quarto um aparato de ferro cheio de correntes chamava a atenção de quem passasse por ali, era um aparelho usado para prender pessoas, para que outra pessoa as estuprassem.

Carrie foi arrastada pelo frentista até uma das correntes nas paredes, ele carregava consigo o bastão usado por ela para coibi-lo. Ela já não tentava mais se defender, estava se entregando a ele para ter tempo de pensar em uma saída, algo que pudesse salvá-la daquele maníaco.

***

Ele me prendeu àquela corrente, estava naquele quarto nojento, com um cadáver feito de escravo sexual, se não fizesse algo logo, terminaria do mesmo jeito. Agora ele estava diante de mim, vendo minhas lágrimas descerem sobre minha face, com um sorriso maléfico no rosto. Olhou no fundo dos meus olhos, me vi nos seus olhos verdes. Ele encostou seus lábios nos meus e deu as costas, ouvi o bater da porta.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo segunda às 13:30