Deep in the Dark-Fundo na escuridão escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Conhecendo o papai parte um


Notas iniciais do capítulo

Musica da Amara é Rotten to the Core do filme Descendentes. Achei que combinava.



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P.O.V. Elijah.

Eu estava sentado na poltrona bebendo um copo de uísque quando tocam a campainha.

Levanto-me e vou atender. Á minha frente estavam Katerina e uma menina adolescente que estava sorrindo para mim duma forma doentia, macabra.

—Oi papai. Eu queria conhecer você.

—Eu não sou a Katherine, Elijah. Eu sou a Renesmee.

—E... Entrem.

—Sabe, meu irmão também fez muito mal pra mim. Ele também me traiu, me enganou, me trancou e eu passei séculos pulando de corpo em corpo, fraca, sozinha. Mas, agora eu to livre.

—O que? Faz alguma ideia do que ela tá falando?

—Ela tá falando de Deus. Amara é mais velha do que qualquer pessoa viva.

—Eu sou o início de tudo e serei o fim de tudo. To com fome.

Rebekah veio descendo as escadas.

—O que tá acontecendo? Quem é a menina? Porque tá olhando assim pra mim?

—Porque eu vou comer a sua alma.

—Não se come a alma de alguém.

—Você duvida?

—Eu vou pegar a estaca.

A duplicata Renesmee foi até o carro e tirou do porta-malas uma estaca feita com a madeira do carvalho branco.

—O que?!

—Mamãe sabe mais. Ela pode mais que você.

Eu vi a menina pegar Rebekah pelo pescoço e sugar sua alma.

—Pela Elena.

Ela enfiou a estaca no peito de minha irmã e ela queimou. A adolescente virou uma moça de vinte e poucos.

—Mais.

Ela comeu a alma de Haylay e a duplicata cortou a cabeça fora.

—Vagabunda. Mereceu.

—Mamãe?

—Sim?

—Algum dia alguém vai me amar?

—Eu amo você.

—Estou falando de um homem.

—Infelizmente, isso é pouco provável. Já que você sugaria a alma dele.

—Então, nunca serei amada?

—Eu não sei querida. Eu não consigo ver seu futuro e nem a tia Alice, talvez um dia você encontre seu amor. Tudo é possível.

—Matou a minha irmã?

—Ela não está morta. Eu só suguei a alma dela, mas a mamãe tem que destruir os corpos porque corpos sem alma são um parquinho pros demônios.

—Demônios?

—Sim. Eles existem e estão por ai.

—Você matou sua família?

—Não me alimento da família. A família é sagrada, é a calma na crise a minha família me defende especialmente minha mãe e eu amo a minha família.

—Se ama sua família porque matou Rebekah?

—Porque ela não é da família.

—Sou seu pai.

—E daí? Não ficou com a gente, se mandou foi embora. Abandonou a gente, eu vejo a sua alma sabia? Sinto o cheiro dela, ela é podre e fede.

—O que disse?

—Você me ouviu. Ai, os meus olhos.

—Vamos apagar as luzes.

A duplicata queimou os fusíveis da casa. Niklaus desceu com uma lanterna e Caroline vinha logo atrás com Hope nos braços.

—O que houve? A energia acabou na casa toda.

—Você não enxerga no escuro?

—Quem é você?

—Tira essa luz da minha cara!

A duplicata se colocou entre a luz e a menina.

—Katherine.

—Não. Renesmee.

—E você quem é?

 -Sou Amara, fui batizada assim em homenagem a original sou sua sobrinha.

—A Original?

—O rosto que gerou milhares de duplicatas como a minha mãe.

—Eu não vou mais crescer. Nunca mais vou mudar.

—Tudo bem. Desde quando eu tenho uma sobrinha Elijah?

—Desde ontem.

—Ontem?! 

—Davina estava certa. Você é a escuridão.

—Sou. Meu poder é maior do que o de qualquer um de vocês, vocês são moscas.

—Uma duplicata com o coração batendo? Isso é que é um prêmio.

—Amara comeu as almas dos seus híbridos e eu tive que matá-los. Espero que não se importe.

—Nem um pouco.

—Que tal ir conhecer a cidade? Tem muitas almas pra você comer aqui.

—Adoro cidades grandes.

—Toma. Leva a faca, se alimente e mate-os.

—Tudo bem. Você não vem comigo?

—Quer que eu vá?

—Não. Melhor não.

—Mate-os Amara. Mate-os.

—Tudo bem.

—Me prometa que vai matar aqueles de quem você se alimentar.

—Eu prometo.

—Boa menina. Pode ir.

A garota saiu.

—Ela é um amor.

—Ela come as almas das pessoas!

—E nós bebemos o sangue delas. Qual é a diferença?

P.O.V. Amara.

Eu adorei Nova Orleans. Um milhão de almas só pra mim.

Eu estava me divertindo tanto me alimentando deles e cortando suas gargantas que não percebi um espião.

P.O.V. Aro.

Meu informante acaba de chegar com informações.

—Interessante. Parece que temos alguém passando dos limites.

—Eu não sei o que era ela mestre. Ela não se alimentou do sangue dos mortais, mas com certeza fez alguma coisa com eles.

—Essa coisa que saia de suas bocas, o que era?

—Não sei dizer. Mas, ela estava sugando com certeza. Eu senti o poder que emanava dela, fiquei todo arrepiado, com frio na barriga e nó no estômago.

—Ficou com medo?

—Apavorado. Tem alguma coisa nessa menina que... faz qualquer um ficar com medo. 

—O que seria isso?

—O sorriso sombrio, o fato dela dançar sob os corpos de suas vítimas. Os olhos dela são azuis, porém vazios, frios como o gelo.

—Mostre me.

Ele me deu a mão e meu corpo tremeu ao ver aquela cena.

—Eu senti a energia negra que emanava dela. Mesmo sem tê-la visto pessoalmente.

—Cabelos ruivos. Eu gosto de cabelos ruivos. Descubra quem é essa menina e o que ela é.

—Sim Mestre.

—Espere, eu mesmo quero ir. Não tenho escolha, preciso conhecê-la. Essa menina é uma joia e tanto e sabe quem ela me lembra?

—Quem?

—A híbrida Cullen. Elas se parecem demais.

—E se forem parentes?

—Parentes?

—Não sabemos se a nova geração é capaz de procriar. Talvez essa menina seja uma descendente da Cullen, afinal o senhor mesmo disse que a híbrida era metade bruxa e que tinha magia negra talvez ela tenha conseguido ter uma prole e se tem algo que sei sobre bruxas mestre é que cada geração é mais potente do que a anterior.

—Então, é melhor levarmos á guarda para Nova Orleans. 


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