Let me know escrita por Loretha


Capítulo 10
Visita


Notas iniciais do capítulo

EU DEMOREI. Vou logo falando, aceito tapas para criar vergonha na cara ao deixar aparecer a mensagem de fic abandonada por 45 dias ou mais... Eu estava com um bloqueio HORRÍVEL! Mas, hoje de manhã, acordei e assisti a maratona Miraculous no Gloob e comecei a escrever como louca, inclusive até já comecei o próximo!



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Gabriel Agreste juntou-se ao filho para o almoço por volta de meio dia e quinze. Quando o pai entrou, Adrien endireitou-se na cadeira enquanto olhava curioso para os papéis que Gabriel havia colocado sobre a mesa. Uma pilha considerável para se trazer para um almoço em família.

— Natalie me informou sobre sua decisão precipitada. — Adrien começou devagar.

Gabriel olhou para o garoto como se só então tivesse notado que ele estava ali.

— Não foi uma decisão precipitada. —Respondeu, voltando a analisar as folhas que tinha em mãos. Parecia que não tinha mais nada a acrescentar, mas então olhou para Adrien e viu que ele esperava algo mais. — Já vinha pensando nisso. Sabe que nunca quis que saísse.

Adrien não respondeu. Levantou-se e andou até a borda da piscina. A água clara estava parada, refletindo a luz do sol nas espreguiçadeiras ali perto. Um reflexo atraiu sua atenção. Ergueu os olhos para o parapeito e viu a borboleta negra mover as asas lentamente, quase como se o cumprimentasse. O mais estranho, era que ele ouvia o bater das asas finas do inseto. Com o cenho franzido, Adrien se aproximou. Olhou para a mesa onde o pai estava e novamente para a borboleta, mas ela já não estava mais lá.

— O almoço está servido. — Anunciou o garçom, assustando Adrien.

Só então ele percebeu que enquanto olhava o akuma no parapeito do prédio, sua cabeça havia se desligado do mundo ao redor. Um silêncio total, exceto pelo leve som da batida das asas da borboleta, que ainda soava no fundo da sua mente.
                                                          ***

— Pai, você sabe que eu disse a verdade, não sabe? — Perguntou Marinette levemente irritada.

O sr. Dupain riu e sentou-se na poltrona perto da cama. Estava agradecido por a filha por ter uma rápida recuperação, assim, logo estariam em casa, e ele o mais longe daquela poltrona o possível.

— Você se saiu bem hoje. Desculpe não conseguir adiar mais. Achei que poderiam esperar mais alguns dias, mas você sabe como funcionam essas coisas.

Marinette bufou.

— Eu me sinto bem. Uma semana está ótimo, só não gostei do jeito que aquele "sr. detetive bolinhas" olhou para mim, todo desconfiado. — A garota cruzou os braços sobre o peito. — De todas as coisas, essas em que preciso lembrar de lá são as piores.

Marinette estava melhor. Nem mesmo suas costelas doíam tanto quanto antes. O miraculous dava uma força extra à ela, ajudando na recuperação, mesmo que tenha deixado todos ali assustados com a velocidade com que ela se curava dos machucados. Quando alguém perguntava, a garota sorria e falava que eram as vitaminas que sua mãe a fazia tomar toda manhã desde criança que estavam ajudando.

— Marinette, sei que você odeia as consultas com a psicóloga, mas elas são importantes, filha. — Sr. Dupain disse.

Vendo a preocupação que se escondia atrás das espessas sobrancelhas do pai, Marinette desfez a cara emburrada e suspirou, baixando os olhos para os braços cruzados.

— Desculpe, eu sei que são importantes.

— Bem, vamos pensar em coisas positivas. Mais tarde, quando seus amigos estiverem aqui, vou trazer alguns biscoitos, que tal?

Marinette sorriu.

— Eu vou adorar, pai, muito obrigada!

O sr. Dupain ainda estava sorrindo quando levantou da poltrona.

— Você vai ficar bem?

— Sim, pode ir ajudar a mamãe na padaria. Estou cercada de enfermeiros legais por aqui. — Marinette piscou quando ele fez uma careta. — Vou ficar bem, pai.

Tikki saiu de seu esconderijo, o vaso com as flores que amigos tinham trago, assim que o Sr. Dupain fechou a porta. Flutuou um pouco pelo quarto e parou sobre a barriga da garota.

— Vai desenhar agora? — Tikki perguntou olhando o caderno que Marinette pegava na mesinha de cabeceira.

— Estou com umas ideias incríveis, acho que vai adorar, Tikki. — Respondeu a garota enquanto a caneta se movia de um lado a outro da folha rosada do caderno.

Parecia que só haviam se passado poucos minutos, mas quando ergueu os olhos do trabalho que estava envolvida, Marinette percebeu que eram quase cinco da tarde. O sol refletia na parede oposta à janela, iluminando o lugar mais do que a lâmpada no centro do quarto.

Jogando o cobertor para o lado, Marinette levantou da cama e desligou a luz.

Uma leve batida no vidro da janela a fez se virar assustada. Sorriu quando Chat Noir entrou no quarto sem esperar permissão.

— Olá, gatinho. — A garota sorriu.

— Senhorita. — Cumprimentou fazendo uma reverência exagerada. — Como se sente hoje?

— Melhor. — Marinette sentou-se na poltrona, juntando os joelhos ao peito. — Por onde tem andado?

— Por ai, defendendo Paris, sabe? Sem Ladybug por perto eu fico mais atarefado. — Marinette observou Chat Noir andando pelo quarto.

— E Volpina? — Perguntou a garota curiosa. Queria saber mais sobre a verdadeira portadora do miraculous da raposa e agora ela tinha a chance de perguntar ao companheiro da nova super heroína.

O gato pensou um pouco e deu de ombros.

— Ela é esperta, legal... Não se chama Volpina. É Rena Rouge. Mas ainda não é como ter Ladybug. — Seus olhos desviaram do rosto da garota. — Espero que ela possa voltar logo.

Marinette limitou-se a erguer uma sobrancelha, fitando o chão. Não sabia como seria sua volta, mas não queria despertar suspeitas trazendo Ladybug na mesma época que ela, Marinette, estava em casa novamente.

— Você desenha muito bem. — A voz de Chat Noir a tirou de seus pensamentos. Marinette olhou para seu caderno nas mãos do garoto.

— Obrigada. — Respondeu baixinho, sentindo seu rosto corar com o elogio. Encolheu-se mais na poltrona, sorrindo timidamente. — Ultimamente tenho tido bastante tempo livre.

Marinette notou que Chat Noir olhava o caderno com um sorriso no rosto. Ele virou a página que lia para ela.

— Adrien Agreste, hum? — Perguntou o garoto, fazendo o rosto de Marinette esquentar duas vezes mais que o normal.

Ela pulou da poltrona e puxou o caderno das mãos dele. A dor nas costelas veio um pouco depois e ela se encolheu arfando. Fechou os olhos com força, tentando controlar a dor.

Os braços de Chat Noir a ampararam de forma firme. As mãos na cintura da garota ajudaram ela se a equilibrar.

— Você está bem? — Chat Noir perguntou. A voz tão próxima do ouvido de Marinette a fez abrir os olhos.

Encontrou os olhos verdes olhando-a preocupados. Por um momento, ela não conseguiu pensar com clareza, como se os olhos do garoto a tivessem hipnotizado. Então a pontada nas costelas incomodaram novamente, com um latejar insistente.

— E-u... eu estou b-bem. — Se obrigou a responder. — Só preciso me deitar.

Antes que ela pudesse se afastar do corpo quente de Chat Noir, ele a ergueu no colo de forma delicada e a levou até a cama.

— Desculpe, eu não queria te machucar. — Falou o garoto quando se afastou, sem tirar os olhos dos dela.

— Você não me machucou. Eu não deveria me esforçar como fiz...

Chat Noir riu, ainda com o semblante preocupado.

— Não sabia que você pularia daquela forma pra me atacar.

Marinette fechou a cara. Olhou para o caderno jogado no chão.

— Não queria que lesse minhas coisas sem que eu permitisse. — Pelo menos a página que ele havia lido não tinha nada de comprometedor. Eram apenas alguns rabiscos, nada demais.

— Desculpa. — O gato pegou o caderno no chão e entregou a Marinette. — Não vai acontecer de novo.

A garota suspirou.

— Obrigada pela ajuda. — Agradeceu, sem olhar para Chat Noir.

Sentia-se estranha. Sua pele formigava de um jeito bom aonde ele a havia tocado, mas ela não gostou nem um pouco da sensação. Ou talvez não quisesse gostar.

— Eu preciso ir. — Anunciou o garoto, olhando o anel preto. O tempo havia acabado. — Tem certeza que está bem?

— Sim, foi só uma dorzinha. — Marinette tentou sorrir, não queria deixá-lo preocupado. Sentia falta do sarcasmo e das brincadeiras de seu companheiro e também sentia-se culpada por deixar todo o peso do trabalho apenas para Chat Noir durante os três meses em que esteve ausente. — Obrigada pela visita, gatinho.

— Não será a última. — Curvou-se sorrindo e piscou, antes de pular sobre o parapeito da janela e partir.
                                                         ***

Parabéns, Adrien, grande idiota você, pensou ele, enquanto corria sobre os prédios de Paris naquele fim de tarde. Seus pensamentos voltaram a ficar bagunçados e barulhentos. Queria dar meia volta e conversar com Marinette mais um pouco. Quando estava com ela, a voz em sua mente silenciava.

A culpa por tê-la machucado fazia o caos em sua mente piorar. Mesmo que ela tenha dito que não havia sido culpa sua, aquela voz chata insistia que era e agora ele não parava de repetir a palavra idiota para si mesmo.

Chat Noir estancou quando viu o prédio do hotel. No alto, cercado de akumas, Hawk Moth sorria diabolicamente.

Sem hesitar, pegou velocidade e pulou. Quando se jogou sobre o vilão, usando toda força que tinha, Chat Noir sentiu o impacto do chão. Todo seu corpo doeu. Sua visão escureceu por alguns segundos quando ele ergueu um pouco o corpo, se preparando para ver Hawk Moth ali. Não havia ninguém.

Deixou o corpo cair por completo no chão, sentindo os ossos doerem e fitou as estrelas que apareciam aos poucos no crepúsculo.

Seu miraculous desativou e Plagg desabou ao seu lado.

— Plagg? — Chamou Adrien quando não ouviu seu kwami pedir queijo ou reclamar.

Com dificuldade, Adrien sentou-se e pegou o kwami desacordado nas mãos. Alguma coisa estava errada.


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Notas finais do capítulo

GENTE, eu sei que ficou muito meloso, mas 1) EU ADORO MARICHAT e 2) Vocês vão precisar de um pouco de glicose porque o sal com limão na ferida que vão ser os próximos capítulos não vai ser bom, hehe. Desculpem mesmo a demora, amo vocês. Espero que tenham gostado. (Caso localizem erros, podem me falar, caso eu tenha deixado passar algo ~eu sempre deixo -.- ~ Amo vocês, beijinhos ♥



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