Scream 5 escrita por Huning


Capítulo 1
Capítulo I - Abertura


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem?
Hoje, apresento a vocês a minha visão de uma sequência de Pânico (Scream).

Neste capítulo temos a "Cena de Abertura", padrão dos filmes.

Personagens:
Brenda (Ellie Bamber)
Murphy (Portia de Rossi), fez uma participação em Pânico 2 (Scream 2).

Trilha sonora: Jude - My Name is Death

Boa Leitura!



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Capítulo I - Abertura

Já havia escurecido quando Brenda se deu conta do quanto estava cansada, fazia mais de três horas que estava na biblioteca municipal de Woodsboro, fazendo pesquisas sobre os famigerados massacres que haviam ocorrido na cidade, não aguentava mais ler sobre Sidney Prescott e os atentados contra sua vida. Mas, ela tinha de focar naquilo, caso quisesse continuar na classe da professora Elza Rholland, uma renomada jornalista, que estava administrando um curso na cidade. Era seu dever, como integrante do grupo de estudos, contribuir com as pesquisas para o desenvolvimento do documentário sugerido por Elza.

Seus colegas haviam a deixado na mão, todos deram suas desculpas para não comparecerem naquele dia e ficou por conta de Brenda, fazer todo aquele trabalho sozinha. Periodicamente, Murphy, a bibliotecária, trazia cafezinhos para a garota, se não fosse por essa generosa contribuição, Brenda não daria conta daquela tarefa.

A jovem suspirou enquanto folheava O Massacre de Woodsboro de Gale Wheaters, mesmo já tendo lido o livro inúmeras vezes, sempre encontrava alguma informação nova, fictícia, ou não. Aguardava ansiosamente pelo momento em que conseguiria entrevistar as vítimas sobreviventes do último ataque, ainda mais agora que Sidney havia superado o trauma, definitivamente, ao menos era o que ela havia descrito em Saindo das Trevas. E Brenda acreditava que, mesmo depois de Jill, Sidney continuava blindada aos maus acontecimentos de sua vida.

Na sua mesa havia livros e inúmeras fotocópias de matérias de jornais e revistas sobre o caso, por sorte, seus colegas haviam a ajudado a custear as impressões. Enquanto tentava organizar os documentos em pastas, por ordem cronológica, ouviu seu celular tocar, olhou no visor e notou que o número era desconhecido, normalmente não costumava atender aquele tipo de ligação, mas como precisava de distração não pensou duas vezes.

— Alô – atendeu Brenda, mas apenas o silêncio reinou – Alô? – repetiu a jovem – estou ouvindo sua respiração!

—Então se acostume com ela – respondeu a pessoa do outro lado da linha e a voz, digitalmente alterada, fez com que um arrepio percorresse a espinha de Brenda – Porque será a última coisa que irá ouvir antes de morrer.

Brenda afastou o telefone do ouvido e brevemente deduziu que seus amigos a estavam importunando.

—Nossa, isso é tão clichê – respondeu Brenda, com um leve sorriso – Tente ser mais criativo da próxima vez.

— Você estará gritando de agonia na próxima vez em que conversar comigo.

Brenda encerrou a ligação, o tom de agressividade na voz daquela pessoa a fez estremecer. Bebeu um gole da sua garrafa de água que estava ao lado da mesa, no chão e tentou recuperar sua atenção. Seu telefone voltou a tocar, novamente um numero desconhecido, mas a garota decidiu ignorar. Prendeu seus cabelos ruivos em um coque e voltou para sua pesquisa.

— Querida – interrompeu Murphy ao se aproximar – Nós já vamos fechar, você precisa ir.

—Ok, desculpa – Brenda olhou no relógio analógico do celular e percebeu que já se aproximavam das 19 horas e 30 minutos – nem vi que já era tão tarde.

A biblioteca da Woodsboro High School, diferente da escola, ficava aberta ao público até mais tarde, durante os dias de semana, para que os alunos e outros moradores possam adiantar seus trabalhos, ou escolher algo para levar pra casa.

— Não tem problema – disse Murphy enquanto dava uma olhada na papelada sobre a mesa – Então você é uma dessas fãs de Sidney Prescott?

— Não necessariamente. Na verdade estamos trabalhando em um documentário sobre os assassinatos, é para um trabalha de conclusão de curso – informou Brenda ao guardar suas coisas – Você a conhece.

— Frequentamos a mesma universidade um bom tempo atrás. Ficamos um longo período sem nos comunicarmos, mas agora, por obra do destino, somos vizinhas – Murphy notou o brilho nos olhos da garota depois de sua ultima informação.

— Será que – iniciou Brenda – você conseguiria convencer ela a nos conceder uma entrevista? Ajudaria muito.

—Olha, somos vizinhas e não melhores amigas, mas posso tentar – respondeu Murphy – Mas agora você tem que ir – pediu ela com uma leveza em seu tom de voz – Hoje é meu aniversário de casamento e planejei uma surpresa para Lois e não quero me atrasar.

— Parabéns!Não se preocupe dará certo. Vejo você amanha – Brenda seguiu para a porta de saída.

— Espere – anunciou Murphy, fazendo Brenda virar-se para trás – Você tem guarda-chuva? Ta caindo o mundo lá fora.

—Droga, essa primavera esta de sacanagem.

— Eu te empresto o meu – Murphy foi até a mesa de recepção da biblioteca.

—Não precisa – recusou a jovem – não quero incomodar.

—Capaz, você precisa mais do que eu – Murphy apontou para as pastas e folhas nas mãos de Brenda – Não quero que desperdice sua tarde de trabalho.

Brenda agradeceu e pegou o guarda-chuva, despediu-se de Murphy e seguiu para fora da Biblioteca, abriu o guarda-chuva e segui em direção ao estacionamento da escola, mas deparou-se com uma incógnita, contornar o estacionamento municipal de ônibus escolares, ou cruzar entre as máquinas para chegar até seu carro?

Não demorou a tomar sua decisão e logo adentrou entre os ônibus, não conseguia entender como Woodsboro possuía tantos, não era uma escola tão grande e tinha no máximo cinco escolas, mas analisando bem, não eram todos os ônibus que estavam em funcionamento, muitos estavam estragados, abandonados ali como se estivessem em um cemitério automotivo. Conforme seguia passando pelos ônibus, acabou se arrependendo de sua decisão, contornar parecia ser mais longe, mas pegar atalhos nem sempre era a opção mais inteligente, quanto mais andava mais se perdia entre o labirinto que se tornou aquele estacionamento e que aos poucos ficava ainda mais estreito.

A chuva forte impedia que ela enxergasse muito além do que alguns palmos e guarda-chuva de Murphy até que era eficaz em proteger da chuva, mas era muito grande e não tinha como passar com ele aberto entre os ônibus. A cada passada Brenda se sentia mais estúpida, seus calçados estavam encharcados, assim como a barra de suas calças e agora que havia fechado o guarda-chuva, não demoraria muito para que ela ficasse completamente molhada.

Bufou de irritação ao ouvir seu celular tocar, pensou em ignorar, mas acabou atendendo e no visor notou que a chamada era do celular da Sra. Murphy.

—Alô? – atendeu Brenda sem conseguir conter a irritação em sua voz.

—Sentiu minha falta – novamente aquela voz fez um arrepio percorrer o corpo de Brenda e a jovem ficou completamente paralisada – achei que você era mais esperta na nossa primeira conversa, mas agora percebo que você é apenas impulsiva.

—Você não tem mais o que fazer? – perguntou Brenda olhando a sua volta – O que quer de mim?

—Eu quero jogar um jogo. De perguntas e respostas, se você acertar eu deixo você em paz.

—E se eu errar? – questionou Brenda.

—Você morre.

—Eu não vou entrar nessa – concluiu Brenda enquanto voltava a andar.

—Você não tem escolha! – gritou a pessoa do outro lado da linha.

—Eu vou chamar a policia – ameaçou a garota.

—Então irá morrer mais cedo – eles ficaram em silencio por momento – quem cala, consente, acho que podemos começar – anuncio a outra pessoa – Quem foi o diretor do primeiro Stab?

Brenda ficou em silêncio, e logo a resposta veio a sua cabeça, não fazia muito que ela e seus colegas tinham assistido aos filmes.

—Robert Rodriguez – respondeu Brenda – Tenho certeza.

—Certo, você é boa, agora vamos a pergunta oficial – Brenda ouviu a voz da pessoa que fazia a ligação, não pelo telefone e sim próximo a um dos ônibus e seguiu para o lado contrário – Qual é o nome do pai de Billy Loomis?

—O que? – questionou Brenda ao se abaixar e olhar por debaixo do ônibus – Como vou saber?

—Você não é aficionada pela vida de Sidney Prescott?

—Não, estou apenas trabalhando na equipe de produção do documentário – respondeu Brenda enquanto tentava se lembrar.

—Não interessa, você está se metendo com o que não deve.

—Eu sei a resposta – mentiu a garota, ela não se lembrava.

—Seu tempo acabou.

—Espera – falou Brenda tentando ganhar tempo – Qual é o nome?

Brenda se afastou de um dos ônibus, ficando parada na frente de outro.

—Você nunca saberá!

A garota assustou-se e acabou derrubando o celular em uma poça de água, pegou o aparelho apenas para constatar que o mesmo não estava funcionando, apressou seus passos seguindo pela lateral de um dos ônibus, quando foi surpreendida por uma pessoa, vestida com a túnica preta e usando a máscara branca, com os trejeitos enegrecidos que formavam o rosto de uma pessoa gritando de pavor. E em sua mão direita havia uma faca de caça.

Brenda gritou e virou-se para correr na outra direção, mas foi agarrada pelos cabelos, e gritou novamente quando a lâmina da faca percorreu seu tronco rasgando sua blusa e sua pele. Com um movimento rápido ela conseguiu acertar uma cotovelada na cabeça do assassino, que a jogou contra o chão. A jovem analisou rapidamente suas possibilidades, não poderia levantar e correr, optou por rolar para debaixo do ônibus e assim o fez. Ela era ágil e enquanto o Ghostface contornava o veículo, ela correu para debaixo do próximo e do próximo, até encontrar um dos ônibus abertos que estavam abandonados e que eram usados pelos alunos quando queriam matar aula.

Rapidamente Brenda entrou no ônibus e procurou um lugar para se esconder, mas não demorou muito para que o Ghostface entrasse lá também. Ele olhou para o interior do veículo procurando pela garota e como não notou sua presença de imediato, começou a apunhalar os bancos, começando pelo primeiro do direito, seguindo para o primeiro do lado esquerdo, intercalando as direções consecutivamente. Brenda continuava escondida, tentando não gritar a cada golpe do assassino, ela o via se aproximar e se preparava para acerta-lo, quando o assassino golpeou o quinto banco do lado esquerdo e seguiu para o sexto do lado direito, Brenda o acertou com um chute atrás dos joelhos, derrubando-o, a garota saiu debaixo de um dos bancos e antes de começar a correr sentiu a faca do assassino cravar em sua panturrilha esquerda, ela gritou e cambaleou até se apoiar em outro banco. Não teve tempo de tentar fugir, foi agarrada pelos braços e jogada contra um dos bancos, em seguida foi esfaqueada na barriga, então foi jogada sobre um banco no lado contrário e esfaqueada novamente, o Ghostface repetiu o ato mais algumas vezes, até que Brenda estivesse completamente enfraquecida. O assassino arrastou a garota pelo corredor do ônibus, segurando ela por suas pernas, até o lado de fora do mesmo, e seguiu arrastando-a pelo estacionamento.

...

Quando o relógio na parede atrás do balcão de recepção marcou 20 horas, Murphy seguiu pelos corredores da biblioteca procurando por algum visitante, aparentava estar vazia, mas ainda havia bagunça por lá, recolheu os livros sobre as mesas e os colocou em uma prateleira vazia, ao fundo do ultimo corredor, nesse corredor também havia a saída de emergência e Murphy percebeu que a porta estava aberta, mas não se lembrava de tê-la aberto, então a trancou.

Voltou para a recepção e procurou por seu celular, mas não o encontrou em lugar algum, tinha certeza que havia o deixado sobre sua mesa, desistiu de procurar por seu celular e começou a arrumar sua bolsa, foi quando ouviu o barulho de algo caindo em um dos corredores.

—Com licença, nós já estamos fechados – anunciou Murphy, seguindo em direção ao corredor de onde vinha o som.

Ao chegar ao corredor, Murphy deparou-se com o Ghostface e não conseguiu segurar seu grito.

—Até que enfim nos encontramos – anunciou o Ghostface antes de sair correndo na direção de Murphy.

Murphy gritou e jogou sua bolsa na direção do assassino, correndo para a saída da biblioteca em seguida.  Abriu a porta da biblioteca e saiu abruptadamente, mas parou de súbito ao se deparar com o estacionamento de ônibus, mais especificadamente com o primeiro ônibus, onde Brenda estava pendurada sobre o capo, com as pernas em direção ao para-brisa, a cabeça em direção ao chão e os braços abertos em forma de cruz. Na lateral esquerda do ônibus estava escrito “Qual o seu filme de terror favorito?” com o sangue da jovem.

Murphy virou para trás para fechar a porta, mas era tarde demais, o Ghostface estava parado ali, com sua faca erguida no ar, a mulher gritou e em questão de segundos, a faca desceu em sua direção.


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Notas finais do capítulo

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