She's crazy, but she's mine escrita por Myla Oliveira


Capítulo 3
Falso Cavalherismo


Notas iniciais do capítulo

OIIII! VCS SÃO MARAAAAS! Obrigada por todos os comentários!!!! ♥



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POV – Scorpius Malfoy

 McGonagall deveria receber um prêmio por ter a capacidade de fazer com que eu me sentisse mal pela Weasley, porque ela conseguiu! Noto pela vergonha dos  olhos verdes da ruiva irritante ao meu lado que ela estava pensando a mesma coisa.

— Sim, senhora – concordamos depois de seu discurso e ela sorri satisfeita.

— Ótimo, estão dispensados, e mais uma vez, parabéns pelo novo cargo, use-o com responsabilidade – Rose nem pensa duas vezes antes de dar as costas e sair quase correndo dali, e eu não perco nenhum segundo antes de ir atrás.

 Ela se vira para mim assim que chegamos ao corredor e por alguns segundos penso que ela vai falar alguma coisa, mas ela balança a cabeça para si própria e tenta passar pelo mesmo caminho que eu umas três vezes, até que eu agarre-a pelos ombros e a vire para poder passar.

— E aí? – pergunta Luke Zabini, meu melhor amigo, assim que chego à frente do Salão Comunal da Sonserina.

— Consegui o cargo.

— Por que você na está animado e se gabando por isso? – ele pergunta confuso me seguindo enquanto entro no Salão Comunal para pegar algumas coisas que eu iria querer do dormitório.

— Adivinha quem vai dividir o salão comigo?

— Não me diga que... – ele pergunta parando no meio da escada e eu assinto.

— A própria – ele me encara por alguns segundos e então começa a rir como um bastardo retardado – Filho da puta – resmungo terminando de subir os degraus e entrando no meu antigo dormitório.

 Junto tudo o que era meu em uma sacola da forma mais rápida possível e saio do quarto esbarrando em Luke que, a propósito, ainda estava se curvando de tanto rir.

— Boa sorte com a ruiva, garanhão! – grita ele das escadas e eu ergo o dedo do meio enquanto saio pela porta sem nem me dar ao trabalho de olhar por cima do ombro.

*****

POV – Rose Weasley

 Parecia uma maldição isso estar acontecendo.

  É claro que eu nunca poderia ganhar o maldito broche sem uma consequência, e que diabos de consequência.  

 Morar com Scorpius Malfoy por todo meu último ano na escola, não estava dentre as dez coisas que eu mais queria na vida, não estava nem dentre as cem mais, porém ser monitora-chefe estava e se morar com ele era o que eu tinha que dar em troca, eu faria de bom grado.

— Conseguiu o broche, certo?! - pergunta Domi assim que viro o corredor e dou de cara com as duas, quase morrendo de susto.

— É, consegui - assinto e forço um sorriso - Junto com o Malfoy.

 - NÃO BRINCA!

— É... – digo fazendo uma careta e Roxanne agarra o braço de Domi e se curva de tanto rir – Uau – digo revirando os olhos e me afastando delas enquanto caminho pelo corredor, querendo mais do que tudo, ir logo para o meu novo Salão Comunal e tomar um bom banho, de preferência fingindo que p dia de hoje nunca aconteceu – espero conseguir fazer isso pelo menos até amanhã de manhã para ter uma boa noite de sono.

— Rosie, espera aí, vai! – elas gritam correndo para me alcançar e eu tento manter a expressão séria enquanto elas entrelaçam os braços aos meus, uma de cada lado.

— Ainda vai ser um ótimo ano.

— Claro que vai – concordo tentando convencer a mim mesma, mais do que a elas.

— E pensa em todas as coisas maravilhosas que você pode fazer dividindo o Salão Comunal com Scorpius Malfoy! – enfatiza Roxy e dá um pulinho ridículo.

— Argh – digo com ânsia de vomito e ela ri.

— Rosinha, você pode até não gostar do cara, mas você não pode negar que ele é um pedaço de mal caminho – diz Domi e, como se fosse algum tipo de praga, o babaca loiro aparece no fim do corredor com uma sacola e revira os olhos respirando fundo antes de ir até nós.

— Falando no diabo...

— Estou te procurando a um tempão – ele diz quando nos alcança e eu tombo a cabeça para o lado.

— Lembrando que estávamos juntos a menos de vinte minutos e que você já passou no Salão Comunal d Sonserina para pegar o que queria, eu acredito que essa afirmação é falsa.

— Que seja, estava te procurando, aquele maldito quadro não vai me dar a senha até que estejamos juntos – ele diz e eu respiro suavemente enquanto sorrio.

— Desculpa, mas vou ter que te fazer esperar mais um pouco, como pode ver, eu e as meninas estávamos indo agora mesmo no meu dormitório pegar o que eu preciso.

— Ótimo, eu vou com vocês – ele diz e faz uma reverência ridícula para que passemos na frente, reviro os olhos e puxo as duas idiotas que se entreolhavam e faziam força para não rir como se ele já não tivesse percebido há séculos que elas estavam tremendo e ficando vermelhas.

— Quer entrar também? – pergunto me virando para ele quando chegamos ao quadro da Mulher Gorda e as meninas dão a senha para entrar.

— Para de ser engraçadinha e pega logo as suas coisas – ele diz indicando o buraco do retrato – Tenta não demorar, por favor!

— Não conte com isso! – grito por cima do ombro, porém estava tão cansada quanto ele, então subo as escadas de dois em dois degraus e entro no meu antigo dormitório já abrindo o baú da minha cama.

— A McGonagall sabe que vai ser impossível vocês dois manterem o trato de não se matar se estiverem juntos no mesmo Salão Comunal, não é? – pergunta Domi me observando juntar minhas antigas tralhas e eu suspiro.

— Não, ela disse que o trato continua, e ainda fez com que nós dois nos sentíssemos péssimos por não querer a presença do outro no Salão, com um papinho sobre egoísmo. Bem, pelo menos eu me senti péssima, ele eu já não sei.

— Você bem que podia passar essa noite aqui – diz Roxy e eu nego com a cabeça.

— Eu estou louca para conhecer o Salão Comunal, cada célula do meu corpo implora por isso.

— Nós bem que poderíamos dormir lá – ela diz sorrindo e tentando outra estratégia.

— Outra noite em que o Malfoy passe fora com alguma vadia, okay? – digo e jogo a sacola por cima do ombro – Juro que faremos a melhor festa do pijama de todos os tempos.

— Okay.

— Vou sentir sua falta aqui – diz Domi se levantando, assim como Roxy, e me abraçando.

— Eu também! Tentem não fofocar ou armar muito sem mim, okay?

— De jeito nenhum! Você ainda é nossa melhor marota! – promete Roxy erguendo o mindinho e eu sorrio entrelaçando o meu ao dela numa promessa, e em seguida fazendo o mesmo com Domi.

— Amo vocês, meninas –digo e mando um beijo na ar antes de sair do dormitório descendo as escadas tão rápidas quando as subi e quase me desequilibrando com o peso da sacola.

— Até que enfim! – diz o Malfoy quando saio pelo buraco do quadro.

— Eu não demorei nem dez minutos! – digo boquiaberta e ele sorri.

— Eu sei, mas sua cara foi hilária – diz ele e eu franzo as sobrancelhas tentando me decidir entre rir ou não, mas a segunda opção acaba vencendo e eu ajeito novamente a alça da sacola antes de indicar o corredor.

— Vamos? – digo começando a andar e ele me segue.

— Acha que vamos conseguir passar um ano juntos sem brigar? – ele pergunta e eu rio pelo nariz.

— Não, só teremos que fingir bem – digo e ele revira os olhos puxando a sacola do meu ombro e jogando sobre o próprio.

— Não se ache demais, não fiz isso por cavalheirismo ou porque me importo com você, só que se você ajeitasse esse treco no ombro mais uma vez eu iria te jogar no chão e acabaria com o papinho de “fingir bem”.

— Não pensei nem por um segundo que fosse outra coisa – resmungo girando os olhos – Obrigada, de qualquer jeito.

— Por nada – diz e paramos em frente ao quadro do Cavaleiro que guardava nosso Salão Comunal – Pode me dar a senha agora?

— Olá, Srta Weasley, sempre linda.

— Obrigada – digo sorrindo e esbarrando em Scorpius por implicância.

— A senha é Navio Fantasma.

— Obrigado – diz Scorpius e o quadro solta para o lado nos dando passagem – Você primeiro.

 Não penso duas vezes antes de obedecê-lo e entro olhando ao redor completamente maravilhada.

— Merlin – digo e me viro para encontrar a expressão igualmente maravilhada do Malfoy.

 Havia uma lareira bem maior que a da Grifinória ali, um sofá gigante e várias poltronas, sem contar a mesa de estudo e a estante com algumas cópias dos principais livros da biblioteca. Uma única escadaria no meio do Salão nos guiava para nossos quartos.

— Vai ficar com qual quarto? – pergunto e ele se vira para mim.

— Você me dando o poder da escolha?

— Pelo falso cavalheirismo – digo estendendo a mão para pegar minha sacola e ele ri.

— Tanto faz, eles provavelmente são idênticos.

— Vou ficar com o da direita, então – digo apontando para as escadas e ele dá de ombros.

— Que seja – ele diz e eu reviro os olhos subindo as escadas e entrando no meu novo quarto. Quase suspiro alto demais ao constatar que iria ter privacidade pela primeira vez na minha vida. Jogo a sacola em cima da cama de casal e volto para fora do quarto para puxar meus malões, que estava colocado na porta de nossos quartos e graças a Merlin aqui em cima, ali para dentro.

 Sorrio, feliz por ter conseguido chegar ali depois de todos aqueles anos, e me jogo na cama.

 Aquele seria o meu ano, nem que para isso eu precisasse colocar Scorpius Malfoy em seu devido lugar...

 Para falar a verdade, essa não me parecia uma má ideia.


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