A Má Influência escrita por British


Capítulo 28
Dna


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Vocês gostaram do julgamento? Bem, agora o segundo acontecimento mais esperado - o DNA - vai acontecer! E vocês sabem o que isso indica né? Estamos chegando próximos aos final da história... Deve ter mais três ou quatro capítulos! Por isso, eu comecei uma votação lá no Facebook, na página La Haruno pra saber o que vocês desejam sobre o futuro dessa fic aqui.

É O SEGUINTE!!!
Eu tive a ideia de escrever uma quarta temporada, mas, ao mesmo tempo, fico pensando que talvez fosse uma boa encerrar agora já que a terceira temporada fecha um ciclo. Por isso, a votação... Neste link https://apps.facebook.com/minhas-enquetes/form/pesquisa-1634984 vocês vão poder contribuir com a adorável opinião de vocês! Aguardo as respostas!

Boa leitura!



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Yodo não conseguiu dormir aquela noite. No dia seguinte, quando Shinki acordasse, eles teriam que ir até o laboratório buscar o resultado do exame de DNA. Isso gerava uma angustia imensa na médica. Aquele envelope continha a resposta que mudaria totalmente seu futuro para o bem ou para o mal. A ameaça da presença de Hanabi tão perto fazia Yodo se sentir muito insegura, o que Shinki tentava amenizar com carinho e longas conversas sobre as possibilidades de se livrarem da rainha. Mas, agora, tão próxima de saber com quem seu filho ia parecer, Yodo estava nervosa. Às vezes, imaginava o bebê com o cabelo castanho de Shinki. Outras, ficava imaginando se teria os olhos azuis de Boruto. Sua mente dava um nó e ela só não gritava para não assustar seu companheiro.

Shinki havia demonstrado ser uma fortaleza nos últimos tempos. Ele não permitiu que suas inseguranças o abalassem e continuou sua vida normalmente, compondo, cantando, gravando, ensaiando. A turnê dele mundial começaria em menos de dois meses e ele não se permitia surtar. Por isso, Yodo achava que também não tinha esse direito. Então, em silêncio pensava e quantas voltas sua vida tinha dado até aquele momento. Tinham sido muitas. Mas uma certeza ela tinha: ao ler o resultado do exame de DNA seu mundo ia parar por alguns segundos.

O dia raiou, Yodo levantou, tomou seu banho, preparou o café e se surpreendeu ao notar Shinki abraçá-la.

— Hoje é o grande dia. – Ele sussurrou em seu ouvido e ela sorriu.

— O que passa pela sua cabeça nesse momento? – Questionou Yodo.

— Que eu to com muita fome! – Disse Shinki e Yodo riu.

— Não é disso que eu to falando! Digo em relação ao bebê, o que passa na sua cabeça agora? – Perguntou Yodo.

— Que não importa quem é o pai do bebê, porque eu vou amá-lo, vou criá-lo e tudo bem em ter o Boruto por perto, se for necessário. – Disse Shinki.

— Você é bom e nobre. E sua nobreza não tem nada a ver com título viu? – Yodo se emocionou e recebeu um abraço carinhoso.

— Meu amor, vai dar tudo certo. Confia em mim! – Prometeu Shinki.

— Como você pode ter tanta certeza?

— Às vezes, a gente não tem muito o que fazer e só resta esperar pra ver o que o destino vai jogar em nossas mãos. Essa é a situação no momento. Vamos aguardar, ver o que vai acontecer e lidar com isso. Você e esse bebê são minha família agora. – Shinki acariciou a barriga não muito aparente de Yodo.

— Mal vejo a hora de contar pra todo mundo a novidade. – Disse Yodo.

— Nós vamos pode fazer isso hoje, então relaxa ok?

— Ok. – Sorriu.

[...]

Boruto estava na porta da casa de Sarada bem cedo. Ela se assustou quando ele ligou dizendo que tinha passado para buscá-la, mas acabou se arrumando rapidamente e o encontrou na porta.

— Só não te convido pra entrar porque tá todo mundo dormindo e você parece que tá com pressa também. – Analisou Sarada após ganhar um selinho do namorado.

— Eu estou. Preciso chegar logo no laboratório. Ele abre dentro de 20 minutos e eu quero ser o primeiro a ser atendido. – Disse Boruto.

— Não é a Yodo que tinha que buscar isso? – Questionou Sarada, mas Boruto a puxou pela mão até o carro.

— Ela vai estar lá também. Ela e Shinki estarão. – Disse Boruto, enquanto ligava o carro.

— Isso é ansiedade ou medo? – Perguntou Sarada.

— Os dois. Eu vou ficar muito feliz se eu for o pai, mas eu também tenho medo que o sonho se torne realidade sabe? – Disse Boruto.

— Primeiro, fica calmo! Segundo, seja lá qual for o resultado, o importante é que essa criança nasça num lar cheio de amor. E eu não tenho dúvida nenhuma de que será assim. – Sorriu Sarada.

— Obrigado por me entender. – Agradeceu Boruto.

— Você surta às vezes, mas eu entendo. – Disse Sarada.

— Acredita que eu atormentei a Yodo no período que a gente tava dando um tempo? – Riu Boruto.

— Você pensa que eu não sei? Shinki me contava tudo! Ele queria te matar, mas relevava. – Informou Sarada,

— Shinki é uma boa pessoa. Ele e Yodo merecem ser felizes. – Constatou Boruto.

— Sim, espero que o resultado do DNA não interfira muito nos planos de vida deles.

— Eles vão casar logo?

— Não, só ano que vem. Yodo quer que o bebê esteja na cerimônia.

— Às vezes, parece que você sabe de mais coisas do eu. – Comentou Boruto.

— Talvez, eu saiba. Shinki conversa muito comigo sobre as inseguranças da paternidade, a vida a dois, os problemas da família real.

— Ele confia muito em você né?

— Sim e eu nele. Shinki é um grande amigo e eu queria muito que você fosse mais simpático com ele. Até porque se o bebê for seu, vocês terão que conviver, serão família. – Respondeu Sarada.

— Imagina só eu com ligação com a família real de Suna? – Riu Boruto, enquanto dirigia.

— Ia ser muito louco. – Concordou Sarada.

Quando Boruto e Sarada chegaram ao laboratório, Yodo e Shinki já estavam lá e com o envelope em mãos.

— Vocês já abriram? – Questionou Boruto, que estava de mãos dadas com Sarada.

— Estávamos esperando por você. – Disse Yodo.

— Todos prontos para a verdade? – Perguntou Shinki.

— É melhor vocês abrirem antes que o Boruto desmaie. – Respondeu Sarada que sentia a mão fria de Boruto sobre a sua.

— Ok. – Concordou Yodo.

Aqueles segundos que distanciavam todos do resultado do DNA parecia uma eternidade. Boruto acompanhava tudo como se estivesse em câmera lenta. Ele estava nervoso, mesmo com Sarada ali, ao seu lado, lhe dando um apoio moral. Enquanto isso, Shinki parecia sereno. Ele tinha uma certeza inabalável de que aquele resultado não seria o fim de sua vida, mas o começo de uma nova. E Yodo estava tão nervosa quanto Boruto, mas a postura ainda era firme, como de quem aguenta o choque seja ele qual for. Então, ao ler para si a o resultado, o rosto de Yodo se iluminou e ela contou o resultado.

— Shinki é o pai do bebê! – Yodo disse rindo e então Shinki a balançou em seus braços.

— Parabéns, pessoal! – Disse Sarada cumprimentando os amigos.

Boruto ficou branco que nem um papel e em seguida desmaiou.

— Boruto! – Gritou Sarada enquanto acudia o namorado – Acho que a notícia foi muito forte pra ele.

— Vou pegar uma água! – Disse Shinki.

— Tadinho do Boruto! Eu dei a notícia rápido demais? – Perguntou Yodo.

— Acho que ele só não aguentou a pressão. – Comentou Sarada.

Aos poucos, Boruto voltou a si. Então, ele parabenizou Shinki e Yodo pelo bebê e disse que eles formariam uma família linda.

— Eu sei que você ficou um pouco triste com a notícia também, mas eu e Shinki temos um convite para fazer a você. – Disse Yodo.

— Aliás, o convite é para você e a Sarada. – Completou Shinki.

— Nós queremos muito que vocês dois sejam os padrinhos do bebê. Não acho que tenham duas pessoas melhores que vocês, já que demonstraram amar meu bebê tanto. – Disse Yodo e o rosto de Boruto se iluminou.

— Você fala sério? Vou ganhar meu primeiro afilhado? – Perguntou Boruto meio abobado.

— Se você quiser, amigão... – Disse Shinki.

— É claro que eu aceito! Eu vou ser o melhor padrinho desse mundo! Imagina só ele me chamando de dindinho? – Riu Boruto.

— E você Sarada? O que diz? – Perguntou Yodo.

— É uma honra! É claro que eu aceito! Adoro crianças! – Disse Sarada e então os quatro se abraçaram. No fim, aquele desfecho havia sido feliz.

Quando Boruto estava dirigindo para deixar Sarada em casa, ela ficou observando o semblante calmo do namorado que em nada parecia com o que estava quase tendo um treco há poucos minutos.

— Como se sente agora? – Perguntou Sarada.

— Estranho. Num minuto eu ia ser pai, você madrasta, as responsabilidades iam aumentar, a gente brigou por isso, a gente quase se separou por causa disso e agora nada aconteceu. Muito auê por nada. – Disse Boruto.

— Você sempre soube que havia a possibilidade de você não ser o pai. – Disse Sarada, tentando consolá-lo.

— Eu sei, mas eu já me sentia tão pai, sabe? Eu queria tanto aquela criança, mas acho que o destino nos entregou o melhor. Ia complicar muito a vida da Yodo se o bebê fosse meu. Além disso, eu vou ser padrinho. É bom ser padrinho também. Vou encarar como um teste drive. – Riu Boruto.

— Você sabe que comigo filhos é só depois dos 30 né? – Avisou Sarada.

— Ah, mas eu posso tentar te dar o golpe da barriga! Uma só vez sem camisinha, meu amor, e a gente faz um bebê lindo! – Riu Boruto.

— Eu tomo remédio também, trouxa! – Riu Sarada.

— Poxa, amor! Pensa comigo... Imagina só um garotinho ou garotinha com a sua aparência e os meus olhos? Ia ser muito lindo ou linda! – Disse Boruto.

— A gente só tem 23 anos, criatura! Eu quero esperar mais pra dar um passo tão importante. A vida de uma pessoa muda depois de um filho.

— Eu sei. É que é meu sonho. – Disse Boruto, voltando a ficar pensativo.

— Um dia seu sonho vai ser realizado, meu amor, mas não precisa ser agora né? Tenha paciência! – Sarada então fez um cafuné em Boruto.

— Tudo bem. Eu já tinha concordado com os seus planos. Vou curtir meu afilhado nesse meio tempo.

— Ótima ideia! Seja o melhor padrinho do mundo, mime o filho da Yodo e tudo ficará certo. – Disse Sarada.

— Parte de mim ficou triste por não ser o pai, mas vai ser bom pra eles isso. Agora, eles podem falar da gravidez pra chata da Hanabi e pro Nagato. – Disse Boruto.

— Com certeza, Yodo e Shinki estão aliviados por não terem mais que mentir. E como vai contar ao seu pai que ele não vai mais ser avô? – Disse Sarada.

— Eu mandei uma mensagem o whatsapp. Ele vai ficar bem. Foi pai jovem, não precisa ser um avô jovem também. – Disse Boruto.

— Primeira coisa sensata que você diz, querido. – Riu Sarada.

[...]

Yodo e Shinki não conseguiam tirar o sorriso da cara. Deles saíram do laboratório sorrindo e chegaram em casa da mesma forma. Quando Nagato e Hanabi apareceram na residência do casal, eles então resolveram abrir o jogo.

— Vocês estão bem? – Perguntou Hanabi ao casal, após ela e Nagato se acomodarem no sofá.

— Estamos ótimos, por que? – Perguntou Shinki.

— Por nada, é que vocês estão com cara de retardados. – Comentou Hanabi e levou uma cotovelada do marido.

— Seja gentil. – Pediu Nagato.

— Ah, claro... Por que tantos sorrisos, tanta felicidade? – Questionou Hanabi.

— Estamos grávidos! – Disse Yodo ainda sorrindo.

— Por isso que você engordou! Como eu não pude perceber? – Hanabi disse.

— Meus parabéns! Agora vocês devem apressar o casamento! – Disse Nagato.

— Queremos oficializar nossa união só no próximo ano para que o bebê já tenha nascido. – Contou Shinki.

— Queremos que nosso filho participe da cerimônia. – Complementou Yodo.

— A alguma norma que proíba isso, Nagato? – Questionou Hanabi.

— Não, não há nenhuma norma. A gente apressou o nosso casamento porque eu era o rei e não queríamos que você ficasse mal falada, mas a questão de Yodo e Shinki é diferente. – Explicou Nagato.

— Ok. Vocês continuam tendo a minha benção. – Decretou Hanabi.

— Então, eu vou ganhar um priminho ou priminha? – Perguntou Nagato.

— Vai ganhar, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. – Disse Shinki.

— Temos que começar a preparar o enxoval. – Disse Yodo.

— Tio Gaara vai surtar ao saber que um neto está a caminho! – Disse Nagato.

— Nós queremos muito contar a ele pessoalmente. – Disse Shinki.

— Já sabem qual vai ser a ocasião? – Perguntou Hanabi.

— Sim, no meu primeiro show da turnê aqui em Konoha. – Disse Shinki.

— Por que não viajam conosco para Suna e contam logo? – Questionou Nagato.

— É melhor Yodo não viajar agora. A recomendação médica é que ela permaneça em repouso. – Disse Shinki.

— Por que? – Questionou Hanabi.

— Eu já sofri dois abortos espontâneos, então minha gravidez é de risco. Todo cuidado é pouco. – Disse Yodo.

— Ah, entendi. – Disse Hanabi.

— Bem, nós viemos aqui só para nos despedirmos de vocês, então acho que já está na hora de irmos. Foi um prazer passar esse tempinho com vocês e receber a notícia de que a família vai crescer! – Disse Nagato.

— Nos veremos em breve! – Disse Hanabi.

— Conto com a presença do rei e da rainha no meu humilde show. – Convidou Shinki.

— Vou pensar no seu caso, Shinki. – Disse Hanabi.

— Pode deixar que nós vamos vir! Arrasto a rainha se necessário. – Disse Nagato.

— Obrigada pela visita! – Agradeceu Yodo.

— Cuidem bem um do outro viu? – Aconselhou Nagato.

— É o que nós vamos fazer! – Assegurou Shinki e então todos trocaram um abraço. Assim, os reis de Suna partiram de volta ao seu reinado.

[...]

Sakura e Sasuke estavam tendo um momento íntimo, quando os gritos dos gêmeos brigando e sendo apartados por Sarada invadiram o quarto. Logo, os dois se vestiram, mas, antes de saírem do quarto trancado para ver o que os pestinhas estavam aprontando aquela hora da manhã, eles tiveram uma breve conversa.

— Eu fico me perguntando quando vai ser só eu e você de novo. – Reclamou Sasuke.

— Amor, as crianças precisam de nós. Não é algo que a gente pode fingir que não viu, que não escutou. Olha, a gritaria! A Sarada não dá conta sozinha. – Disse Sakura.

— Fui egoísta ao querer você só pra mim? – Sasuke então rouba um beijo da esposa.

— Um pouquinho! Depois a gente volta pra onde parou, tudo bem? – Propôs Sakura.

— Depois quando? Na semana que vem? – Alfinetou Sasuke.

— A gente pode deixar os gêmeos dormirem na casa dos avós hoje à noite, podemos mandar a Sarada sair com o Boruto e não voltar hoje. – Insinuou Sakura.

— É uma boa ideia! Mas eu tenho uma melhor. Que tal eu fazer uma reserva pra nós dois no Konoha Palace, aí a gente tem um noite inesquecível. E mandamos as crianças dormirem na casa dos meus pais. – Disse Sauske.

— Adoro sua ideia, meu amor! Agora precisamos sair desse quarto para por fim na terceira guerra mundial que os gêmeos estão declarando lá no quarto deles. – Diss Sakura aos risos,

— Combinado, querida! – Concordou Sasuke.

[...]

Quando Sakura e Sasuke chegaram no quarto dos gêmeos, Sarada estava tentando puxar Ashura de cima de Indra, que gritava muito. Tudo porque o irmãos estava puxando seus cabelos. Sakura não gostou nada do que viu, mas os meninos também não deram bola alguma para a mãe. Só quando Sasuke pediu silêncio, eles se calaram.

— Por que você está batendo no Indra, Ashura? – Questionou Sasuke com a voz dura, com os filhos já apartados.

— Papai, o Indra rasgou o meu livro da escola! – Disse Ashura.

— Ok. Indra, porque você rasgou o livro do seu irmão? – Perguntou Sasuke.

—  Papai, o Ashura perdeu o livro dele e aí pegou o meu. Então, como ele não queria me devolver, eu resolvi rasgar o livro. Se ele não fosse meu, não seria de mais ninguém. – Resumiu Indra e Sakura riu.

— Não ria, Sakura. Não é engraçado. – Pediu Sasuke.

— Desculpa, amor. – Sakura corrigiu sua postura e tentou ficar séria.

— No momento, não me importa de quem era o livro. O que importa é que um estava batendo no outro por causa de uma besteira. Por isso, os dois estão de castigo! Sem sair pra brincar na pracinha e sem videogame por um mês! – Decretou Sasuke.

— Mas pai a culpa é do Ashura!

— Pai, a culpa é do Indra!

— Não quero mais ouvir o choro de nenhum dos dois! Cada um assuma a responsabilidade dos seus atos. Ashura perdeu o livro e roubou o do irmão, enquanto Indra rasgou o livro sem nenhuma necessidade. Os dois estão errados e vão pagar por isso. Qualquer divergência que os dois tiverem tem que ser relata a mim, a sua mãe ou a sua irmã! Assim, qualquer um de nós podemos resolver o problema. Agora, vocês estão proibidos de baterem um no outro. Entendido? – Perguntou Sasuke.

— Entendido, pai. – Responderam Indra e Ashura.

— Ok. Agora, Sarada, ajude seus irmãos a se arrumarem para a escola. Vejo os dois na mesa do café da manhã. – Setenciou Sasuke e saiu com Sakura do quarto.

— Você não acha que foi muito duro com eles? – Questionou Sakura.

— Se a gente não der limite, eles vão ficar piores do que já são. O gênio Uchiha não é nada fácil. Tem que ser domado desde cedo! Sempre dei muitas regras pra Sarada e acho que relaxei demais com os gêmeos por sua causa, mas não vou deixar esse tipo de briga entre eles se repetir. Ou eles aprendem por bem ou por mal. – Disse Sasuke.

— Uma vez a Sarada me disse a mesma coisa. Acho que eu sou muito boazinha. – Disse Sakura.

— Você é manipulada por eles. Quando Indra e Ashura querem alguma coisa eles choram ou então ficam te agradando pra conseguir. Comigo essas coisas não funcionam. – Disse Sasuke.

— Você é linha dura.

— Alguém na casa tem que ser né?

— Sasuke, eu tenho melhorado. Outro dia eu botei o Ashura de castigo quando ele se recusou a comer os legumes. – Disse Sakura.

— Sim, você botou ele de castigo por cinco minutos aí ficou com pena e tirou ele do castigo. De quem foi a vitória?

— Ah, Sasuke...

— Tudo bem. Eu entendo que você queira que eles nunca fiquem bravos com você, querida, mas ser mãe implica em também dar limite.

— Eu sei. Prometo que eu não vou te desautorizar na frente deles. Os dois vão ficar de castigo por um mês mesmo que me implorem para que o castigo acabe.

— É assim que se fala! – Sorriu Sasuke.

[...]

— Seus irmãos estão com cara de enterro. Quem morreu? – Perguntou Boruto ao chegar na casa de Sarada.

— Ah, é que eles estão de castigo. Brigaram hoje cedo e o papai não gostou nada. – Disse Sarada.

— Qual o castigo? – Perguntou curioso.

— Sem pracinha e videogame por um mês. – Contou Sarada.

— Vai ser uma choradeira então... – Previu Boruto.

— Vai, mas eles superam. E você veio aqui fazer o que?  – Sorriu Sarada.

— Na verdade, eu vim te buscar para jantar com a minha família. – Contou Boruto.

— Tudo bem. Só precisamos deixar meus irmãos da casa dos meus avós, porque os meus pais vão ficar fora essa noite. – Disse Sarada.

— Eles vão fazer o que? Algum evento? – Perguntou Boruto.

— Eles querem ter uma noite romântica. – Contou Sarada.

— Merecido. Afinal, eles estão sempre cuidando de todo mundo. Precisam de um tempinho só pra eles.

— Verdade e nós vamos ajudar, deixando os pestinhas na casa dos meus avós antes de irmos pra casa do seus pais. – Sorriu.

— Fechado! Vamos logo!

[...]

Sasuke havia reservado o melhor quarto do Konoha Palace. Sakura gostou de ver o esforço do marido para agradá-la com um jantar romântico, seguido de uma noite na suíte presidencial. A cama estava coberta por pétalas de rosas.

— Uau. Isso aqui é surpreendente! – Disse Sakura, antes de notar Sasuke beijando seu pescoço.

— Gostou? – Perguntou ele entre um beijo e outro.

— Muito. – Sakura então virou e encarou o marido – Às vezes, eu fico me perguntando se não to sonhando. – Admitiu Sakura com um sorriso largo.

— Por que sonho?

— Ah, Sasuke... Nós dois era algo tão impossível e hoje olha só a nossa família! A gente tá casado há dez anos, temos três filhos... Hoje, você me ama. – Disse Sakura num sussurro.

— Eu vou passar o resto da minha vida tentando te recompensar por todos os meus erros. – Prometeu Sasuke e em seguida capturou os lábios da esposa, que o retribuiu com igual intensidade.

Enquanto eles faziam amor, Sasuke pensou que devia demonstrar para Sakura mais vezes como se sentia. Além de não ser o melhor do mundo com declarações, a rotina de um casal que tem dois filhos pequenos faz o romance muitas vezes ir para o segundo plano. Nos últimos meses, com a espera do julgamento, o dia dia do casal era sempre pesado, como se a qualquer momento eles pudessem perder um ao outro.

Sasuke não queria perder Sakura nunca mais. Quando foi ameaçado pela presença de Kakashi, ele conseguiu se livrar daquilo. Mas parte de si sabia que se ele tivesse sido condenado teria perdido sua esposa. Não perderia o amor dela, mas, aos poucos, teria se tornado um homem amargo e disso Sakura nunca gostou. Sakura amava um Sasuke que era mais gentil com ela do que com os outros, um Sasuke que era parceiro na criação dos filhos, um Sasuke que não se intimidava pelo poder da esposa. Agora, absolvido Sasuke podia voltar a ser integralmente esse homem e amar profundamente a mulher que escolheu para ser sua companheira de vida.

— Sakura... – Ele chamou quando ela quase estava adormecida em seus braços.

— O que, amor? – Respondeu sonolenta.

— Não é nada. Só durma bem. – Sentenciou enquanto beijava sua testa e ela sorriu.

[...]

O jantar na casa da família Uzumaki seria tarde. Enquanto Hinata finalizava a comida e Boruto ajudava a mãe, colocando a mesa, Naruto conversava com Sarada.

— Bem-vinda de volta à família, Sarada. – Disse Naruto.

— Obrigada, padrinho. Se depender de mim, não abandono mais o cargo de nora preferida hein? – Sarada piscou e Naruto riu.

— Cuide bem desse cargo! A antecessora não deu muito valor a ele. – Disse Naruto.

— O senhor ficou muito decepcionado com a Yodo por causa da traição né? – Perguntou Sarada.

— Sarada, eu tinha Yodo como uma segunda filha. Meu carinho por ela sempre foi muito grande, como também é por você. Achei golpe baixo o que ela fez. E, ainda por cima, essa história da gravidez foi uma bagunça. Pensei que ia ser avô não fui. – Disse Naruto.

— Ela falou com o senhor depois da separação? – Questionou Sarada.

— Acho que ela sentiu vergonha e não veio. – Disse Naruto.

— Talvez, o senhor devesse procurá-la, dizer que não tem ressentimentos. – Aconselhou Sarada.

— Mas eu tenho, Sarada. Meu filho sofreu muito pós divórcio. O casamento deles tava acabando, mas a traição foi um golpe fatal.

— Veja pelo lado bom! Você recuperou sua nora preferida por causa disso! – Sarada tentou animá-lo.

— Você sempre foi a nora dos meus sonhos, Sarada. Eu lembro da primeira vez que te segurei no colo e falei pro Sasuke que um dia meu filho ia casar com você.

— Qual foi a reação do papai?

— Ele disse que só se passassem por cima do cadáver dele. – Riu Naruto.

— Hoje em dia, papai adora o Boruto!

— Eu sei. Sasuke é só um velho turrão. Assim, como eu. Mas você e o Boruto tem uma vida linda pela frente. Vão me dar muitos netos.

— Sinto muito, padrinho, mas netos só daqui há uns sete anos. Pode ser? – Propôs Sarada.

— Acho que eu vou estar vivo até lá, então tudo bem. – Riu Naruto.

— Comida na mesa! – Anunciou Hinata.

— Vamos! Estou morrendo de fome! – Disse Boruto indo até Sarada a puxando pela mão.

O jantar foi tranquilo e na hora da sobremesa. Naruto começou a fazer suas comstumeiras brincadeiras.

— E aí, filho, quando vai pedir à mão da Sarada? – Cutucou Naruto e Boruto engasgou.

— Mas já? A gente mal voltou! – Rebateu Boruto.

— Pra que esperar mais tempo? Vocês estão nesse rolo há 23 anos! – Provocou Naruto.

— Amor, você fala como se Sarada e Boruto tivesse comprometidos desde a maternidade. – Riu Hinata.

— E eles estão! Eu estava comentando mesmo com a Sarada que a primeira vez em que a segurei no colo eu disse a Sasuke que ela e meu filho se casariam. – Comentou Naruto.

— Pensando por esse lado, seu pai está certo, Boruto! – Concordou Sarada.

— Bem, se é assim... Vou pensar numa data! – Afirmou Boruto.

— Se enrolar a Sarada, você terá problemas não só com o Sasuke, mas comigo também, entendido? – Ameaçou Naruto.

— Ei, pai, por que tudo isso agora? – Questionou Boruto.

— Porque a minha afilhada merece ser tratada como se deve: com amor e respeito. Ela não culpa que você escolheu a esposa errada da primeira vez! – Alfinetou Naruto.

— Pai, eu e a Sarada vamos nos casar com tudo que tem direito! – Afirmou Boruto.

— Só não vai poder ser na igreja... – Lembrou Hinata e um clima tenso ficou no ar.

— Eu não me importo. – Sarada cortou o silêncio – O importante é que eu e Boruto vamos estar juntos.

— Obrigado, Sarada. – Sorriu Boruto. O Uzumaki sabia que no fundo a maioria das garotas sonhava em se casar na igreja, mas ele não poderia mais oferecer isso a Sarada, porque na igreja ele sempre seria casado com Yodo. Então, saber que a sua namorada compreendia a situação e não ligava o deixava feliz.


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