A Má Influência escrita por British


Capítulo 26
Dia anterior ao julgamento


Notas iniciais do capítulo

Prometo que no próximo capítulo será o julgamento!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/709650/chapter/26

Faltavam 24 horas para o julgamento de Sasuke Uchiha e as palavras de Sarada não saiam da cabeça de Mitsuki. A visão de sua amiga pedindo ajuda tinha deixado o filho de Orochimaru perturbado. Ele gostaria de ajudar, mas não sabia como. Então, ficou o dia todo pensando numa forma e a única solução que achou foi confrontar seu próprio pai. Assim, Mitsuki ficou o dia todo esperando Orochimaru voltar do trabalho e quando ele chegou o embate foi duro.

— Não pensei que fosse te encontrar em casa, filho. – Disse Orochimaru guardando a chave de casa na sua pasta após abrir a porta.

— Resolvi ficar aqui e te esperar para jantarmos juntos. – Disse Mitsuki casualmente.

— Que bom, filho! Faz tempo que não aprecio sua companhia enquanto janto. Está sempre tão ocupado com a orquestra! Mas não pense que isso é uma reclamação, porque acho ótimo que esteja focado em sua carreira! – Elogiou Orochimaru enquanto caminhava até seu quarto.

Orochimaru tomou um banho, trocou de roupa e quando voltou a sala Mitsuki ainda o aguardava.

— Pai, o senhor valoriza muito a sua carreira, certo? – Começou Mitsuki.

— Claro. Minha carreira é tudo que eu tenho. Você sabe bem disso, Mitsuki. Logo mais você baterá suas asas para fora dessa casa e seu velho pai permanecerá sozinho. Senão fosse meu emprego, não teria um objetivo de vida. – Disse Orochimaru.

— Talvez, o senhor devesse se apaixonar de novo, ter um outro filho, ter outro foco na vida que não seja o trabalho. – Sugeriu Mitsuki.

— Não vejo graça em relacionamentos que durem mais que uma noite, depois que sua mãe nos deixou. Além disso, não teria paciência para outro filho. Você já me dá muito trabalho e despesa. E não preciso de outro foco na vida, pois já tenho um que ocupa todo o meu tempo.  Agora, vamos pedir a comida. Vou ligar para o restaurante e pedir nosso jantar – Respondeu Orochimaru.

— Pai, antes de pedir o jantar, eu quero terminar essa conversa. Então, por favor, me escute!

— O que foi, Mitsuki?

— Pai, não deponha contra o Sasuke amanhã no julgamento. Pode ser?

— Esse papo todo sobre não focar no trabalho era pra me pedir isso? Pra abrir mão do meu cargo? – Questionou Orochimaru.

— O senhor sabe que não conseguiu esse cargo de maneira justa, não sabe?

— Eu conquistei minha posição por mérito, filho.

— Você armou pro Sasuke, pai!

— Pensei que você não ia e meter nisso. O que aconteceu? Ah... Já sei... Sarada Uchiha te jogou contra mim?

— A Sarada não fez nada. Eu só estava pensando que você devia falar a verdade amanhã no julgamento.

— E eu vou dizer, filho.

— Sério? – Mitsuki sentiu um pingo de esperança.

— Claro que vou! Vou falar que Sasuke era um ótimo profissional, mas que nem o melhor está isento de cometer um erro.

— Pai...

— Mitsuki, o perito afirmou que houve o erro de cálculo. Sasuke Uchiha será culpado. Eu não posso fazer nada para mudar a sentença e fazer com que Sarada Uchiha pense que você é o herói que vai salvar sua família da desgraça. Agora, pare de me importunar! Estou com fome e preciso pedir nossa comida. – Orochimaru foi buscar o telefone e Mitsuki não sabia como se sentir. Seu adorado pai o estava envergonhando nesse momento.

— Essa é sua resposta final? – Questionou Mitsuki.

— Sim. Você prefere comida japonesa ou mexicana? – Perguntou Orochimaru já com o telefone em mãos.

— Japonesa. – Respondeu.

Durante o jantar, Orochimaru agia como sempre. Comia e elogiava o quanto o prato estava bom. Mitsuki concordava com o pai e o observava. Orochimaru não era uma má pessoa para ele, mas o músico sabia que essa regra não se aplicava a todas as pessoas com quem seu pai convivia.

— Está muito pensativo, filho. – Disse Orochimaru.

— Estou apreensivo com o julgamento.

— Se vai te ajudar a dormir melhor, Sasuke não será preso amanhã. Sua amiga não vai ficar sem pai. Então, não seja dramático.

— Pai, ele terá a imagem suja, perderá o emprego e a confiança das pessoas por um erro que não cometeu.

— Sasuke Uchiha deve pegar uma pena leve, algo que uma multa e trabalho voluntário resolvam. Gente poderosa não fica presa, filho. E Sasuke não precisa trabalhar... Ele é rico. Tem muito mais dinheiro que nós.

— A questão não é dinheiro, pai. É a honra.

— Chega desse assunto, Mitsuki. Se falar mais um ai, vai ficar de castigo.

— O senhor não tem peso algum na sua consciência?

— Não. Estou fazendo o certo pra mim.

— E o que é o certo?

— Ter o emprego dos meus sonhos. O cargo que eu mereço.

— Você não vai mesmo mudar de ideia?

— Não, Mitsuki. Agora, vá para o seu quarto que eu já estou cansado de ouvir a sua voz defendendo o Uchiha. Xô! 

[...]

Sasuke reparou que Sarada estava inquieta. A menina estava tomando conta dos irmãos enquanto Sakura fazia uma videoconferência com os executivos da joalheria que contratou seus serviços para uma coleção exclusiva que levasse o nome La Haruno.

— Por que você está assim? – Perguntou Sasuke, enquanto Sarada montava um quebra-cabeça com os irmãos.

— Assim como?

— Nervosa.

— Não estou nervosa.

— Ansiosa, talvez?

— Pai, dá um tempo.

— É Boruto a razão de você estar assim ou o julgamento?

— As duas coisas. – Sarada tentou desviar o assunto.

— Bem, as duas coisas terão um fim amanhã.

— Sim. Só espero que o final seja bom para as duas questões.

— Sabe, filha, eu estou começando a pensar positivo. Temos uma defesa que está trabalhando duro e Neji será um trunfo.

— Neji vai ajudá-lo, papai. Eu não duvido disso.

— Não sei porque, mas ele gosta muito de nossa família.

— Ele me disse que a mamãe o fez nos olhar de outra maneira.

— Parte de mim pensa que ele é apaixonado por sua mãe.

— Não acho que seja paixão. Pela forma como ele fala, é admiração. Tenten tinha minha mãe como uma inspiração de vida e Neji por conviver com ela acabou pensando da mesma forma e ao conhecê-la ficou encantado.

— Pensando assim, você parece estar certa. E será que por você ele se apaixonou?

— É amizade, pai. Ele me olha como uma filha, eu acho. É amor fraterno.

— Acho bom mesmo, porque minha torcida é pelo Boruto.

— Nós também torcemos por ele, mana! – Disse Indra.

— Ele pode ser idiota, mas é boa pessoa. – Comentou Ashura.

— O Boruto conquistou todos vocês com o jeitinho dele né? – Questionou Sarada.

— Acho que sim, filha. – Disse Sasuke e Sarada sorriu.

[...]

Hanabi acordou primeiro que Nagato, então ficou observando o sono do marido. Ela se aninhou em seu peito, ficou prestando atenção nas batidas do seu coração e então beijou o peitoral desnudo. Nagato acabou acordando com a movimentação da esposa e aí ela parou e se afastou.

— Desculpa. Te acordei. – Constatou Hanabi e viu o marido sorrir.

— Que horas são? – Perguntou Nagato.

— Quase meio-dia. – Informou e viu Nagato levantar devagar.

— Dormimos muito, querida. Não tínhamos nenhum compromisso hoje?

— Na verdade, não. Decidi dar uma volta para Shinki e Yodo.

— Eles merecem né?

— Um pouco. Viu como eu to sendo boazinha?

— Ainda não me convenceu que está tão boa assim. Você disse barbaridades pra Yodo.

— Tipo o que?

— Que ela está gorda, por exemplo.

— Ah, Nagato. Você não acha que ela está gorda?

— Ela era muito magra, agora está um pouco mais cheinha. Ficou até mais bonita. – Comentou Nagato e levou um beliscão da esposa – Ai, Hanabi!

— Isso é pra você nunca mais elogiar ela na minha frente, entendido?

— Seu lado ruim tá aparecendo, querida.

— Na verdade, só estou cuidando do que é meu. Pensa que eu me esqueci que você quase me trocou por ela?

— Águas passadas.

— É fácil pra você falar, mas pra mim não, querido.  

— Essa é das razões pra você implicar tanto com ela?

— Sim, é uma delas, mas eu tenho milhares.

— Quando essa implicância começou?

— Quando a gente era criança e ela ganhou o título de mais bonita da sala. Não achei justo. Eu sempre fui mais bonita que ela.

— Mas ela não teve culpa disso, Hanabi.

— Eu era muito pequena pra entender isso e a culpei. Depois, ela virou amiga do Shinki e roubou o lugar que me pertencia no coração dele.

— Shinki sempre detestou você. Ele fugia de você como o diabo foge da cruz.

— Nagato, eu e Shinki tínhamos um relacionamento conturbado. Só isso. Mas eu tinha certeza que a ficha dele ia cair de que era apaixonado por mim, mas aí ele e a Yodo viraram unha e carne, depois namorados.

— Então, você nunca a perdoou?

— Não.

— Você era só uma criança mimada que tinha perdido o brinquedo. Acho até que você nunca amou o Shinki.

— Isso não importa. O que importa é que a loira aguada sempre esteve no meio do meu caminho.

— Sabe o que eu acho que importa, Hanabi?

— O que?

— Que hoje você tem a sua vida e a Yodo tem a dela. Vocês duas podem ser felizes e para isso nenhuma precisa destruir a vida da outra. Você não precisa sentir ciúmes dela porque eu te escolhi e você é a rainha...

— Essa história aí de que você me escolheu você sabe que não é bem assim... – Hanabi ia começar um novo discurso, mas Nagato tampou a boca da esposa com um beijo empolgado.

[...]

Com a aproximação do julgamento, Sarada mal tinha cabeça para ajudar Chouchou com os preparativos do casamento. Mas, como tinha prometido a ela, tinha que dar uma força. Então, naquele dia ela foi com a amiga escolher o buffet e, para fazer uma média com Obito que tinha pedido uma força para a prima, Sarada convidou Izumi para acompanha-las.

— Eu fiquei muito feliz que vocês tenham aceitado vir comigo escolher o buffet. – Disse Chouchou.

— É sempre uma alegria te ajudar, Chou! – Disse Sarada.

— Já que me filho não pode estar aqui, eu quis vir representá-lo. – Afirmou Izumi.

— Obito ficou horas me dizendo que não queria vir para não engodar. – Comentou Chouchou enquanto provava alguns salgados.

— Talvez, por isso, Chouchou seja melhor você escolher um cardápio mais leve. Menos frituras quem sabe? – Sugeriu Izumi.

— Acho melhor você ouvir a sua sogra! Ela sabe do que o Obito gosta. – Disse Sarada.

— Podemos balancear. 50% de frituras e 50% de coisas mais leves. Assim, satisfazemos o lado da minha família e o da sua. – Respondeu Chouchou.

— Bem, não vejo problema quanto a isso. – Concordou Izumi.

Sarada percebia que embora as duas conversassem normalmente, Chouchou nem Izumi tinham intimidade. Nem parecia que dali a alguns meses seriam da mesma família. Sarada tinha prometido ajudar Obito, mas era difícil. Chouchou era o contrário da nora dos sonhos de Izumi. A Uchiha conhecia bem a sua tia e o quanto ela era certinha. Enquanto Chouchou representava uma bagunça. Chouchou falava sempre muito e alto, era brincalhona, meio louca, enquanto Izumi sonhava com uma nora séria e responsável. Então, Sarada esperou até o momento em que Chouchou se afastou delas para ir ao banheiro para conversarem um pouco.

— Tia, sei que a Chouchou não é a nora dos seus sonhos, mas Obito a ama. Você podia ser mais legal com ela né? – Disse Sarada.

— Eu trato a noiva de Obito bem. Sei que eles se amam e isso basta para que eu a aprove.

— Você não simpatiza com ela, tia.

— Nem sempre gostamos das pessoas de cara, Sarada. Mas não se preocupe, pois nunca irei destratar a sua amiga.

— O problema é a Chouchou ou o fato de Obito sair de casa?

— Confesso que a ideia de ver meu filho saindo tão cedo de casa me assusta, mas confio nas decisões de Obito. Então, ele tem minha benção para ser feliz ao lado da mulher que escolheu.

— Sabe, tia, ele me pediu pra convencer a senhora a aceitar melhor a Chou.

— Esse menino tem cada ideia! Não se preocupe, Sarada, vou acolher Chouchou em minha casa como uma segunda filha sempre. É isso que ela será daqui pra frente.

— Fico feliz com isso. – Sarada sorriu.

[...]

Na hora da saída do buffet, Sarada tinha que ir pegar os irmãos na escola. Então, Izumi ofereceu uma carona para Chouchou. Apesar de estranhar a atitude da sogra, a garota aceitou. Enquanto diria, então, Izumi tomou coragem de conversar com a nora sobre o que tanto afligia seu filho, Obito.

— Sarada me falou que Obito acha que eu não aceito o casamento de vocês. – Comentou Izumi.

— Ele comentou comigo também. Ele sabe que a senhora ficou um pouco triste por ele sair de casa. – Disse Chouchou.

— Eu demorei muito para ter um filho, então quando Obito chegou tudo que eu mais queria era aproveitar cada segundinho ao lado dele. Vê-lo casando, formando uma família e saindo de casa é um pouco chocante sim, mas eu entendo o lado dele.

— Seu filho estava com medo que a senhora não me aceitasse por causa do meu jeito.

— Chouchou, eu confio nas escolhas do meu filho. Se Obito me diz que tem certeza que você é a mulher da vida dele, é porque é.

— Dona Izumi, como a senhora pode confiar tanto nas escolhas dele?

— É simples, querida. Se Obito foi capaz de me escolher como mãe, quando fui adotá-lo, então ele sabe escolher o melhor pra ele.

— A senhora tem razão. – Chouchou sorriu.

[...]

Na hora do almoço, Chouchou foi surpreender Obito no hospital. O Uchiha estava trabalhando lá, aprendendo junto de seu pai como administrar o negócio da família. Quando chegou, Obito estava sozinho em sua sala. Então, Chouchou o cumprimentou com um cálido beijo nos lábios.

— Oi, amor. Como foram as coisas no buffet com Sarada e minha mãe? – Perguntou Obito.

— Foram muito boas. Escolhemos comidas deliciosas. Vim aqui pra almoçar com você, mas confesso que nem tenho fome. Experimentamos muitas coisas. – Contou Chouchou animada.

— Minha mãe foi legal com você? – Questionou Obito preocupado.

— Relexa, amoreco! A sogrinha tá na minha já! – Debochou Chouchou e Obito continuou sério.

— Será? Ela te falou alguma coisa?

— Falou. Ela disse que confia nas suas decisões, amoreco. E sabe por que? Porque se você foi capaz de escolhê-la como mãe, então você está completamente apto para tomar as decisões mais certas para sua vida.

— E ela tá certa. Sabe, Chouchou, eu tava sozinho quando a minha mãe me achou naquele orfanato e me quis como filho. Desde o primeiro dia que ela veio me visitar, eu sentia o quão especial ela é. Papai estava mais reticente, mas a minha mãe não tinha dúvidas do quanto queria ser minha mãe. Aquilo foi me fazendo querer fazer parte daquela família. Então, quando o meu pai me perguntou ‘Você quer ser um Uchiha?’ eu sabia que a resposta era assim. Me senti um Uchiha desde aquele momento. – Disse Obito visivelmente emocionado e ganhando um abraço da noiva.

— Querido, sua família é linda.

— A família que eu vou formar com você também será!

— Te amo, Obito.

[...]

Quando o telefone de casa tocou, Yodo ficou repetindo em voz alta que podia ser qualquer pessoa na linha, menos Hanabi. Embora a situação aparentemente fosse tranquila, a médica ainda estava morrendo de medo que a rainha descobrisse sobre sua gravidez antes da hora. E Yodo não ficou muito aliviada ao notar que em vez de Hanabi era Boruto na linha.

— Oi, Yodo. Tá tudo bem? – Perguntou Boruto.

— Ah, Boruto. É você! Eu e o bebê estamos bem se é o que você quer saber. E você? Ansioso para o grande dia amanhã?

— Sim, o julgamento tem tirado meu sono. Te vejo lá?

— Eu e Shinki achamos melhor não ir, pois Hanabi e Nagato estão na cidade. Queremos ficar de olho neles.

— Ah, eu entendo.

— Falando nisso, peço que você não venha até aqui nem fique ligando enquanto eles estiverem em Konoha. Não quero que eles descubram sobre o bebê. – Enfatizou Yodo.

— Não se preocupe. Não serei irresponsável. Além disso, depois de amanhã saberemos quem é o pai do bebê.

— Sim, mas até lá precisamos ser prudentes ok?

— Ok. Yodo, quem você quer que seja o pai do bebê?

— Boruto, se o Shinki for o pai do bebê será melhor para todos nós. Então, respondendo à sua pergunta, eu quero que ele seja o pai do meu bebê. Mas, se você for o pai dessa criança quero que saiba que isso também me deixará feliz, apesar das dores de cabeça que vai me causar. Você será um ótimo pai! E se o meu bebê não for seu filho, tenho certeza que num futuro próximo você será pai! Nunca vi ninguém que quisesse tanto experimentar a paternidade. – Disse Yodo.

— Você é gentil, Yodo. Eu quero que você saiba que eu to torcendo pra ser o pai do seu filho. Não importa qual problema essa situação vai trazer, porque eu realmente desejo isso.

— Bem, você precisa se preparar para os dois resultados. Shinki está fazendo isso. – Aconselhou Yodo.

— Vou tentar. Obrigado pela preocupação.

— Eu preciso desligar, Boruto. Depois nos falamos.

— Tchau Yodo.

[...]

Após verificar que seu pai tinha ido dormir, Mitsuki entrou dentro do escritório de Orochimaru. Ele não sabia como ajudar Sarada, mas precisava fazer alguma coisa. Talvez, encontrasse algo que pudesse ajudá-la. E, mesmo que não conseguisse, pelo menos sua consciência não ficaria gritando com ele de que não foi capaz de fazer absolutamente nada para impedir que uma injustiça fosse feita.

Mitsuki revirou gaveta por gaveta, cada compartimento e caixa na estante do escritório. Olhou dentro de cada livro nas prateleiras, mas tudo estava em ordem. Não havia nada suspeito naquele local.

— Será que o papai não deixa um furo? – Perguntou Mitsuki a si mesmo, antes de voltar a olhar em cada canto.

Quando já estava perdendo as esperanças, ele lembrou que seu pai um dia havia comentado que existia um sofre secreto. Ele não sabia em qual canto estava esse cofre e daria trabalho encontra-lo. Onde Orochimaru esconderia seus segredos? Talvez, o escritório fosse um lugar óbvio. Enquanto tentava raciocinar, Mitsuki foi flagrado por Orochimaru. O vilão surgiu em pé na porta do escritório, estranhando a atitude do filho de se trancar lá.

— Mitsuki, abra essa porta. – Ordenou Orochimaru.

— Oi, pai. – Disse Mitsuki ao abri-la.

— O que está fazendo aqui acordado a essa hora?

— Eu estava procurando um livro meu. Achei que tinha deixado sem querer quando vim ler mais cedo. – Mentiu Mitsuki.

— Estava fazendo barulho demais pra quem estava procurando um livro.

— É que eu não sabia onde tinha colocado.

— E achou o que procurava?

— Infelizmente, não.

— Vá dormir. Amanhã você pode voltar a procurar. Preciso ter uma ótima noite de sono, porque amanhã o dia é de glória.

Mitsuki obedeceu seu pai. Não tinha como confrontá-lo novamente e dizer que estava procurando uma prova contra ele. Certamente, seu pai ficaria triste com seu comportamento. Tinha perdido a chance de ajudar Sarada. Agora, só podia rezar para que um milagre acontecesse e salvasse Sasuke Uchiha. Já tinha feito tudo o que podia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Má Influência" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.