A Má Influência escrita por British


Capítulo 12
Mudança


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem? Demorei né? Desculpa! As coisas andam corridas e eu fiquei meio sem tempo para escrever! Queria saber de vocês o que estão achando da história e também o que esperam dela...



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Sarada ficou arrasada ao saber do caderno que incriminava seu pai. Ela o abraçou com força e sentiu o afago em seus cabelos.

— Não fique preocupada, Sarada. – Advertiu Sasuke, ainda abraçando a filha.

— Como não? Estão te acusando de ter feito algo terrível! Estão mentindo sobre você, seu caráter, tentando destruir sua carreira. Pensar que existe alguém por trás de tudo isso me enoja. – Desabafou Sarada.

— Eu queria muito dizer que você está enganada e que todas as pessoas nesse mundo são boas, filha, mas não é verdade. No mundo, tem pessoas que sentem prazer em destruir a vida das pessoas. Quem está tentando me atingir, prejudicou muitas outras pessoas com a queda do viaduto. Tiveram vários feridos, um óbito.  E, se eu não conseguir parar essa pessoa, mais coisas ruins podem acontecer. – Disse Sasuke.

— Lembre-se de que não é um super-herói, querido. – Interferiu Sakura.

— Mas sou um homem justo, honesto e quero lutar pela minha honra. Nos próximos meses vão dizer coisas terríveis sobre, vão me atacar, mas eu preciso ter certeza de que vocês continuarão ao meu lado. – Desabafou Sasuke.

— Eu sei que é inocente! – Afirmou Sarada sem qualquer sombra de dúvida.

— Obrigado. – Disse Sasuke.

— Nós somos sua família e ficar ao seu lado é nosso dever, Sasuke. – Completou Sakura.

— Sakura, eu só quero que você fique do meu lado se acreditar em mim. Se você duvidar da minha inocência, a base da nossa relação estará arruinada. – Disse Sasuke.

— Eu não duvido de você! Tanto que te defendi assim que o Neji me abordou pra contar a notícia! – Disse Sakura.

— Pera aí... O que você tava fazendo com esse médico? – Perguntou Sasuke já com uma pontinha de ciúme.

— Esqueceu que eu fui levar os meninos para tomar vacina? Então, Neji trabalha no hospital... – Explicou Sakura.

— Não quero você bancando a amiguinha desse cara, Sakura! – Bradou Sasuke.

— Pai, pega leve com a mamãe! O Neji é pediatra lá no hospital e já atendeu meus irmãos outro dia. Não dá pra ficar evitando de esbarrar com ele. – Intercedeu Sarada.

— Não importa! Não quero você, Sakura, de papo com ele. – Ressaltou Sasuke, visivelmente emburrado.

— Parou vocês dois! Nada de briguinha boba né? Pai, mãe, vocês precisam um do outro! – Sarada então aproxima os pais e os abraça – Nossa família tem que ficar assim... Unida.

— Tá certa, filha. – Concordou Sakura.

— Ok, acho que me exaltei um pouco. – Disse Sasuke e ganhou um beijo na bochecha da esposa.

— Sua sorte é que fica tão bonitinho emburrado que, em vez de ficar com raiva, a gente acha graça. – Disse Sakura sorrindo.

— Boba! – Disse Sasuke e Sakura riu junto com Sarada. Então, os gêmeos apareceram ao ouvirem o som das risadas e se juntaram aos pais e a irmã, que os pegou no colo. Então, todos decidiram passar o resto do dia em família assistindo a um filme juntos na sala.

[...]

Desde que havia se separado de Yodo, Boruto havia voltado para a casa dos pais. Então, ao chegar do escritório, ele tomou um banho, jantou e depois voltou a estudar o caso de Sasuke. Boruto queria estar preparado para a audiência. Além disso, ainda precisava de provas consistentes para inocentar Sasuke da acusação. De repente, o Uzumaki foi interrompido por Naruto.

— Você devia largar o trabalho um pouquinho para dar atenção a mim e a sua mãe, filho. – Reclamou Naruto.

— Pai, eu to tentando montar a defesa do meu padrinho. – Boruto tentou se justificar.

— Tá. Eu sei que isso é importante, mas, olha pra você! Caramba! Desde que a Yodo te deixou, o que sobrou de você, filho? Eu só te vejo deprimido, trabalhando muito, sem dar um sorriso. Eu to preocupado e a sua mãe também!

— Vocês não precisam se preocupar comigo, ok? Sou maior de idade já.

— Nada muda. Quantos anos você tem não interfere nenhum pouco na forma como eu e sua mãe nos preocupamos e queremos estar presentes na sua vida. Eu quero muito que você se sinta à vontade pra desabafar comigo filho! – Disse Naruto.

— Pai, eu não gosto de falar no meu divórcio. – Pontuou Boruto, largando os papeis na mesa.

— Foi um golpe duro, não? Eu também fiquei surpreso com a atitude da Yodo, admito. Eu achava que ela era perfeita pra você. Só que eu tava errado. Sua mãe tava errada. Himawari tava errada. Quanto tempo você foi feliz dentro desse casamento? – Perguntou Naruto.

— Pai, eu não culpo a Yodo pelo fracasso dessa relação. A gente tentou. E, por um tempo, a gente foi feliz. Só que tudo começou a desandar e eu nem sei quando essa crise toda começou... Mas o que importa é que um de nós dois tomou coragem para seguir em frente. É uma pena só que não tenha sido eu a abandonar esse barco primeiro. Acho que o problema do meu divórcio é que eu me senti rejeitado, sozinho, começando do zero... Yodo tem para onde ir, quem a acolher... e eu? O que sobrou pra mim? – Indagou Boruto.

— Você também tem para onde ir, quem pode o acolher... Acha que a sua família serve pra que? Eu, sua mãe e sua irmã podemos ser seu alicerce nessa hora difícil! – Prometeu Naruto.

— Vocês são ótimos e estão me ajudando muito, mas é que eu quero andar com as minhas próprias pernas, sabe?

— Eu entendo. Quando Yodo desocupar a casa, você voltará a morar lá?

— Não sei. Acho que vou vender e comprar em outro lugar. Não quero lembranças. Mas ainda tenho tempo para decidir. Yodo só deve se mudar daqui a uns três meses.

— Ela vai mesmo para Suna?

— Sim. É lá que o Shinki mora.

— Filho, eu sinto muito que tenha perdido a sua esposa.

— Não sinta, pai. Foi melhor pra mim. Pra ela. Foi difícil admitir, mas meu casamento já tinha acabado muito antes da traição. Isso foi só um detalhe.

— Bem, se você mudar de ideia e quiser compartilhar mais da sua dor de cotovelo comigo e sua mãe, estaremos na sala. Hinata ainda está muito sensível com a partida de Himawari.  – Comentou Naruto.

— Inojin é um bom rapaz. Ele faz bem para a Hima. Então, tenho certeza que será ótimo pra ela aprender a dividir uma vida com outra pessoa.

— Eu pensava que só veria minha princesinha sair de casa quando fosse se casar...

— Pai, os tempos são outros... Hima está namorando um dos meus melhores amigos, então confio que Inojin vai ser o melhor homem do mundo pra minha irmã e a fará muito feliz.

— Queria conseguir pensar dessa forma... Bem, vou lá me juntar a Hinata. Boa noite, filho. – Despediu-se Naruto.

— Boa noite, pai.

[...]

Himawari estava lendo um livro, quando notou o olhar de Inojin sobre dela. Ela então parou a leitura, colocou um marcador na página e fechou o livro antes de encará-lo com uma sobrancelha arqueada.

— O que tanto observa?

— Tudo e ao mesmo tempo nada.

— Que papo de doido, Inojin. – Riu Himawari.

— Sei lá... Me deu vontade de te pintar. Você seria um lindo quadro.

— Jin, você já me desenhou algumas vezes. – lembrou-o Himawari.

— Apenas esboços. Quero fazer um quadro seu.

— Você já falou tantas vezes e nunca fez...

— Sempre tive vontade de te desenhar, mas acho que faltava encontrar a posição correta e...

— Eu lendo fica sexy! – Riu Himawari.

— Muito! Você fica mordendo o lábio, o olhar perdido na página... Fica extremamente linda! – Elogiou Inojin se aproximando na namorada e lhe roubando um beijo.

— Quer começar agora? – Perguntou Himawari.

— Sim, vou buscar o material, então por favor, leia devagar. – Pediu Inojin ao sair correndo pela sala para pegar tela, pinceis, tintas, enfim, tudo o que fosse necessário.

Inojin ficou o resto do dia trabalhando no quadro de Himawari. Vez ou outra, ela desviada o olhar do livro só para flagrá-lo observando-a. Desde que começaram a namorar, Himawari se sentia feliz por ter toda a atenção de Inojin apenas para ela. O filho de Sai era extremamente protetor e carinhoso. Ela ainda se perguntava como tinha conseguido conquistá-lo. Não sabia bem o que nela chamava tanto a atenção de Inojin.

Himawari era muito nova quando Inojin e Sarada namoravam, mas ela se lembrava de sempre vê-lo derretido por ela. Hoje, ela sabe bem como é ocupar esse lugar na vida do pintor. No entanto, Inojin nunca tinha visto Hima como sua musa. Ele costumava desenhá-la, mas sempre informalmente, nunca completava o desenho ou o levava para uma tela porque ficava atarefado com o “trabalho”. Pintar Himawari sempre foi um hobby.  Ela não se incomodava, mas no fundo parte de si se perguntava como ele havia sido capaz de pintar tantos quadros de Sarada e dela nunca. Queria ter tido coragem de perguntar a razão, mas nunca tinha verbalizado isso por medo da resposta. E se o Yamanaka estivesse com ela apenas como um prêmio de consolação?

— Hima! – Chamou Inojin pela terceira vez, mas só agora a garota se dava conta do chamado do namorado.

— O que? – Disse já desperta de seus pensamentos.

— Você mudou a sua expressão. Foi de angelical para triste. No que estava pensando? – Questionou Inojin.

— Nada. – Mentiu, mas o sorriso amarelo a denunciou.

— Isso não tem cara de nada. Você pode falar qualquer coisa comigo. – Avisou Inojin, largando os pincéis por alguns minutos e se agachando para falar com Hima, que estava sentada numa poltrona.

— Qualquer coisa?

— Qualquer coisa. – Enfatizou e ela pareceu se decidir.

— Por que só agora você está me pintando? – Perguntou Himawari e por um momento Inojin parecia não saber a resposta.

— Hima, eu já expliquei que nunca tinha achado uma posição certa para retratá-la.

— Isso é desculpa.

— Por que não acredita em mim?

— Você desenhou centenas de quadros da Sarada sem sequer precisar vê-la. Não tinha como me imaginar e pintar? – Questionou e em sua voz havia um pouco de ciúme.

— Era diferente.

— Diferente como? Você a amava mais do que me ama?

— Hima, você está fantasiando coisas por ciúme dos quadros que fiz da Sarada.

— E daí? Eu sou sua namorada. Posso sentir ciúmes.

— Ok. – Inojin respirou fundo. – Eu vou explicar... Quando pintei a Sarada,  eu era prisioneiro da minha mãe. Privado da minha liberdade e da minha vida,  eu passava dia e noite imaginando como era estar ao lado da pessoa que amava, no caso, a Sarada. Eu conseguia visualizar todas as expressões dela quando fechava os olhos. Podia ser sorrindo, chorando, dançando, cantando... Eu pintava porque sentia saudade. E eu não preciso sentir saudade de você Hima. Você tá aqui, do meu lado o tempo todo e, olha, não quero que você duvide do meu amor. Ele não é menor só porque fiz centenas de quadros da Sarada e apenas um seu. São momentos diferentes. Pinturas por razões diferentes.

— Desculpa tocar nesse assunto. Eu sei que é doloroso pra você falar dessa época. – Disse Hima abraçando o namorado.

— Não precisa se desculpar. Esses momentos já passaram e eu fico feliz que possa viver uma nova história com você.

— Eu te amo. – Disse Himawari.

— Eu sei, amor. Eu sinto o mesmo e eu quero você pra sempre. Por isso, não fique com ciúmes de um quadro. Eu terei a eternidade para retratá-la.  – Prometeu Inojin.

— Jin, nós não somos eternos.

— Mas um quadro é. E eu conseguirei fazer algum dia um quadro que simbolize nossa história para sempre.

[...]

De manhã, Inojin ouviu a campainha de sua casa tocar. Então, correu até porta achando que era Himawari que tinha esquecido alguma coisa e que havia voltado para pegar. Mas, ao abrir a porta, se deparou com Boruto.

— Oi, Inojin. – Disse Boruto.

— Oi. O que faz aqui? Por um segundo, pensei que fosse Himawari que tinha esquecido algo... – Disse Inojin dando espaço para o amigo entrar na sala e se acomodar no sofá.

— To precisando de um ombro amigo e conversar com o Shikadai sobre Yodo não é bom. – Resumiu Boruto.

— Eles são amigos né? – Perguntou Inojin, sentando-se ao lado de Boruto.

— Muito. Ele e a Mirai são os melhores amigos da Yodo aqui na cidade.

— Bem, eu não sou amigo da Yodo. Pode falar o que quiser dela pra mim. – Disse Inojin.

— Bem, não é exatamente sobre ela que eu quero falar, mas sobre o vazio que a minha vida está sem ela. – Confessou Boruto.

— Você quer retomar o seu casamento? – Perguntou Inojin e Boruto balançou a cabeça em sinal negativo.

— Não. Claro que não. Meu casamento foi um erro. Talvez, o maior que eu já tenha cometido. É que eu não to sabendo lidar com a separação. Tudo é estranho. Minha vida de solteiro não existe mais e, ao mesmo tempo, não consigo me encaixar na minha atual realidade.

— Me deixa adivinhar... Isso tem a ver com a Sarada?

— Tem, mas eu prometi ao meu padrinho que só vou tentar me aproximar dela quando minha vida estiver resolvida. Falta assinar o divórcio com a Yodo.

— Por que não assinaram ainda?

— Demora um pouco pra sair os papeis e a Yodo tava bem ocupada com o hospital também. Nos próximos dias devemos assinar.

— Você e ela se falam normalmente?

— Na verdade, não. Eu só a vi porque fui buscar umas coisas na minha antiga casa e ela estava lá. Enfim, não tenho nenhum ressentimento, mas ela me traiu né? É estranho.

— Não cogita a possibilidade de serem amigos?

— Pra que? Sinceramente, mal vejo a hora dela voltar pra Suna.

— Você adorava a Yodo, cara. O que aconteceu?

— Ela me traiu! O nosso casamento tava afundando, mas eu tentei salvá-lo. Eu tava tentando ser um marido melhor.

— Bem, não deu certo. Quer um conselho? Deixa passar um tempo, mas não risque a Yodo de sua vida. Ela sempre gostou muito de você e eu duvido muito que ela pense em cortá-lo da vida dela só porque estão separados.

— Como você consegue pensar dessa forma? Sei lá, eu não consigo pensar em ser amigo de ex.

— Foi por isso que você se afastou da Sarada após se casar com a Yodo?

— Foi. Quer dizer, a Yodo não queria que eu visse a Sarada também. Aí uma coisa juntou com a outra e eu me afastei. Só que eu me arrependo tá?

— Então, se você se arrepende de ter se afastado da Sarada, não acha precipitado querer excluir a Yodo da sua vida?

— Ok. Você tem razão. Quando é que não tem, não é mesmo Inojin?

— Só estou tentando abrir os seus olhos.

— Bem, chega de falar de mim. E as coisas com a minha irmã?

— Himawari é uma garota incrível. Eu estou completamente apaixonado por ela.

— Isso eu sei. Você convidou ela para morar com você e até que a casa de vocês é ajeitadinha.

— Nós cuidamos bem um do outro. Acho que o único defeito da sua irmã é que ela é muito ciumenta.

— Que foi? Ela te viu com alguma garota pra se sentir insegura?

— Ne verdade, ela me questionou sobre os quadros da Sarada.

— Você pintou a Sarada mais de cem vezes, cara. Acho que a Hima tem um pouco de razão de sentir ciúmes.

— Você sabe melhor do que ninguém que a Sarada é minha melhor amiga. Eu não quero que a Hima torça o nariz toda vez que me ver com ela e os quadros são uma bobagem. Eu não fiquei com nenhum deles.

— Eu sei que você vendeu todos, mas mulher é noiada mesmo.

— É. Só tem um que ainda tá comigo, mas fica na casa do meu pai.

— O que? Você ainda tem um?

— Tenho. O primeiro que eu pintei, o que simboliza o aniversário de 15 anos dela. É uma memória importante pra mim. Minha vida se dividiu naquele dia, Boruto.

— Jin,  a minha irmã não sabe da existência desse quadro e eu acho que é melhor pra relação de vocês que ela continue não sabendo. Então, meu amigo, se livra disso. É uma amarra do seu passado.

— Boruto, eu sou emotivo. Gosto daquele quadro, do que ela representa. Aquele quadro me lembra da Sarada, mas também me lembra do meu cativeiro, da minha mãe me mostrando a foto que foi referência para a tela.

— Então, não te lembra nada de bom! Só traz memórias dolorosas!

— Boruto, são minhas memórias sendo dolorosas ou não. E é claro que eu não seria louco de trazer esse quadro pra minha casa. E eu acho que agora que eu fiz um quadro da sua irmã, ela vai ficar menos ciumenta.

— Posso ver?

— Claro.

Inojin então revela o quadro e Boruto fica encantado.

— Que obra linda, Inojin! Tenho que confessar que a genética da minha família é ótima. – Se gabou.

— Sua irmã vai ser minha modelo com mais frequência a partir de agora. Quero valorizá-la sabe? Assim ela não fica pensando besteira sobre a Sarada.  

— Engraçado é como a minha irmã pode achar que Sarada é uma rival? Ela sempre deixou tão claro que entre vocês sempre foi amizade.

— É Boruto. Só que a Hima ficou na cabeça com isso dos quadros, enfim...

— Bem, sei que você vai conseguir fazer ela parar de pensar nisso.

— Eu espero que sim. Sua irmã é muito importante pra mim.

— Meus pais estão sofrendo muito com ela fora de casa sabe? Acho que foi meio chocante ver a princesinha saindo de casa.

— Tava na hora da sua irmã amadurecer. Himawari não podia ficar a vida inteira sob as asas dos seus pais. E comigo ela estará segura.

— Eu só confio porque te conheço muito bem.

— Seu pai sabe que pode confiar em mim também.

— Ele sabe. Só que o lado protetor fala mais alto.

[...]

Após o final do ensaio da orquestra, Mitsuki se aproximou de Sarada. Ele a abraçou e ela sorriu cm o contato antes de afastá-lo.

— Sarada, quero te fazer um convite. – Anunciou Mitsuki.

— O que exatamente?

— Meu pai tem uma casa na praia e eu fiquei pensando se você queria ir comigo nesse final de semana.

— Eu e você? Sozinhos? Numa casa na praia?

— E totalmente sem segundas intenções. Eu só acho que você anda muito tensa com o lance do julgamento do seu pai e que seria bom relaxar.

— Não sei. Acho que minha família precisa de mim agora.

— Seus pais vão querer te ver menos tensa também. Vamos, por favor! Vai ser muito legal! – Insistiu.

— Mitsuki, eu vou pensar tá bom?

— Sei que a resposta vai ser sim!

— Você é muito confiante!

— Tenho que ser pra convencer você que estar comigo pode ser uma boa escolha.

— E por que você é uma boa escolha?

— Eu sou agradável – Mitsuki beijou uma bochecha de Sarada – Gentil – beijou outra bochecha – e sou o mais indicado pra te deixar relaxada – afirmou e depois beijou a testa da amiga.

— Posso te garantir que eu não estou nada relaxada. – Respondeu Sarada vermelha.

— Isso é tensão sexual, baby. Normal entre nós. – Piscou.

— Eu não acredito que você tem coragem de me dizer uma coisa dessas e me convidar para passar um final de semana sozinha com você; - Riu Sarada.

— Tá com medo de não resistir?

— Eu já vou, Mitsuki. Tchau. – Disse Sarada indo embora e ele riu.

— Eu sabia, Sarada! Não quer falar nada porque se sente atraída por mim! Não minta!

[...]

Quando Sarada chegou em casa, foi surpreendida pela visita de Chouchou. Sakura fez questão de deixar as duas amigas à vontade para conversarem sozinhas e resolveu levar os gêmeos para brincarem na praça.

— Sarada, seus irmãos estão crescendo muito rápido! E, olha, vão ficar MUITO gatos quando tiverem adultos! – Comentou Chouchou, já arrancando um sorriso de Sarada.

— Os pestinhas são lindos mesmo. Só não fala isso pra eles, senão eles vão ficar ainda mais convencidos. – Pediu Sarada.

— Pode deixar, amiga! Enfim, vim aqui porque você nunca mais me procurou! Eu to noiva e trabalhando muito, mas eu continuo aqui pra te apoiar entendeu?

— Você tá atolada com os preparativos do casamento, Chou. Não quero ser um peso.

— Você não é! Você é minha madrinha, mulher! Tem que me ajudar nos preparativos! E acho que isso pode te ajudar a esquecer dos problemas.

— Obrigada, mas não ando sendo uma boa companhia.

— Amiga, sua mãe me contou sobre o clima ruim, mas ela tá confiante, seu pai também. Cedo ou tarde a verdade aparece! Agora, eu preciso da minha bff sorrindo e vibrando com meu casamento!

— Eu sei. To muito felizes por vocês de verdade! Obito conseguiu a melhor esposa do mundo!

— Conseguiu mesmo! Não é que eu queira me gabar, mas ele tirou a sorte grande! E, amiga, eu vou ter filhos lindos! Com a genética da sua família não tem erro!

— Esqueceu que o Obito é adotado?

— Ah, mas não importa! Nem parece que ele é adotado, afinal ele é a cara do sogrão Itachi!

— E tia Izumi está achando o que do casamento?

— Ela tá um pouco deprê porque seu primo vai sair de casa, mas vai superar quando os netinhos começarem a chegar.

— Eu vou ter priminhos de segundo grau em breve?

— Olha, não tá nos meus planos agora, você sabe né? Mas eu e seu primo às vezes estamos empolgados demais e aí você sabe né? Descuidos podem acontecer...

— Chou, seja precavida pelo amor de Deus!

— Pode ficar tranquila, que por enquanto a sorte tá do nosso lado! Mas enfim, uma hora vai acontecer e será super bem-vindo porque eu ia amar ter um filho com o Obito! Ele é minha alma gêmea!

— Eu digo e repito que vocês são o casal mais equilibrado dessa cidade, tirando meus pais é claro!

— A gente se deu bem! Obito é dedicado e apaixonado! Precisava de um cara assim! Fora que é um baita de um gostoso! Não tenho do que reclamar, amiga! Mas e você? Cadê a fila de pretendentes que você sempre arrastou?

— Bem, ela andou diminuindo nos últimos anos. E agora se resume a Mitsuki.

— O gatinho da orquestra?

— Esse aí.

— E já pegou?

— Não.

— Nenhum beijinho?

— Não, mas ele quer me levar pra passar um final de semana na praia.

— Já entendi. É sexo que ele quer, mas você tá numa vibe de relacionamento sério. Acertei?

— Na verdade, eu não to procurando um relacionamento, Chou.

— Tá esperando o que pra dar pra ele, garota?

— Não é assim que as coisas funcionam, Chou!

— Que problema tem? 1) Você é solteira. 2) O cara é gato. 3) Tá te dando mole. 4) Você tá interessada.

— Nem tão interessada assim...

— O que tem demais você ficar com ele? O cara não é gente boa e seu amigo?

— Eu ainda amo o Boruto.

— Tá. Voltamos ao capítulo anterior dessa história. Borutinho Uzumaki voltou pra pista e já quer ciscar no teu terreiro?

— Não. Ele não me procurou, mas agora que ele tá sozinho eu fiquei me perguntando se talvez não fosse melhor eu esperar. Me aventurar só pra não ficar sozinha nunca fez muito o meu tipo. E eu não to apaixonada pelo Mitsuki.

— Que dilema, minha amiga! Se eu fosse você, ficava com o gostoso do Mitsuki pra variar do cardápio e aí, depois, decidia se valia a pena dar uma outra chance pro ex. Você tá na seca há quanto tempo mesmo?

— Perdi as contas.

— Bem, então vá pra praia com o gato e deixa pra pensar no Boruto ano que vem. Esse divórcio dele ainda vai render.

— Por que? Pelo que eu sei eles já devem assinar os papeis nos próximos dias.

— Quem te contou?

— Inojin.

— Cara, ele também nem pra te ajudar né? Custava não ficar dando notícias do Borutinho? Sarada, vou ser muito clara com você. Sou sua amiga e to cansada de te ver chorando pelo Boruto. O cara te amava? Amava. Ok. Certo. Todo mundo sabe. Mas ele te trocou garota! Ele casou com a outra! Ficou 4 anos com ela e quase teve filho com ela DUAS vezes! Se a Yodo não tivesse tido aqueles abortos espontâneos, hoje eles teriam uma família feliz e você estaria fora! Agora só porque tudo deu errado na vida dele, você é o plano 2? Pelo amor, cadê teu amor próprio? A minha melhor amiga jamais ficaria sentada esperando o velho príncipe resgatá-la! Você sempre foi de ir à luta! Agora, tem um gato que tá super a fim de você! Dá uma chance, boba! Você pode viver uma história nova! Um amor com gostinho de novidade e não de saudosismo! Na minha opinião, você e o Boruto ficam alimentando uma paixão encruada. Que tal viver uma coisa nova? Vai com tudo! Se joga! O amor nunca foi uma coisa óbvia! Veja só eu mesma, fiquei mó tempão insistindo no Shikadai e só quando me joguei nos braços do Obito descobri o que eu queria de verdade!

— Não sei, Chou...

— Bem, essa é a minha opinião. A vida é sua e você faz o que quiser!


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Notas finais do capítulo

E aí? Sarada espera pelo Boruto ou se joga nos braços do Mitsuki? Querem ver mais Inojin com Himawari? E Obito com Chouchou? Contem-me! Bjs e até o próximo capítulo!



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