Eyes On Fire escrita por Brê Milk


Capítulo 14
Chapter 13: Perguntas e respostas


Notas iniciais do capítulo

We all are living in a dream
But life ain’t what it seems
Oh, everything’s a mess
And all these sorrows
I have seen
They lead me to believe
That everything’s a mess

— Dream (Imagine Dragons)





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Na manhã seguinte, depois do incidente na cozinha com Renesmee, Brooke despertou do sono profundo que não teve intenção de cair, e abriu os olhos, o encontrando. Lá estava ele, parado na outra extremidade do quarto, apoiado na parede atrás de si, vestindo preto da cabeça aos pés, os braços cruzados em cima do peito e os olhos faiscantes fixados nela.
 Alec Volturi a encarava da forma mais dura possível, misturado na escuridão do quarto, o rosto oculto nela. Brooke acordou subitamente, a presença do vampiro a fazendo ficar alerta, e esfregou as mãos no rosto, correndo para sair do estado de pós-despertar. Ela rapidamente se sentou na cama, puxando as cobertas para cima, um tremor interno a invadindo quando ele se mexeu, silenciosamente.
Alec se afastou da parede, o corpo rígido se movimentando graciosamente, e esticou o braço até alcançar o interruptor mais a frente, onde ligou as luzes do lustre. Instantaneamente a claridade caiu pelo cômodo, possibilitando os dois a se encararem nitidamente.

Brooke sentiu as retinas serem golpeadas pela repentina luz, e cerrou as pálpebras, não querendo tirar os olhos do garoto a alguns metros de distância. Ela podia vê-lo detalhadamente agora: a pele de giz convidativamente macia, os cabelos louros-acastanhados caindo sobre a testa, os traços perfeitos e ângulos bonitos, os lábios cheios e carnudos, os olhos carmesins que pareciam faiscarem para ela, o corpo esguio e alto, com músculos claramente escondidos embaixo do tecido da camisa preta. Ele parecia um garoto de dezesseis anos, tão lindo quanto um anjo. Não tinha como negar, mas a frieza e a memória de vê-lo coberto de sangue, destruía essa imagem e qualquer fascínio que a morena poderia ter.


 Já Alec, em sua rápida observação detalhada de Brooke, notou que continuava com a mesma opinião que tivera antes: ela não tinha nada de extraordinário. Os cabelos escuros estavam uma bagunça capilar, os olhos castanhos estavam arregalados em pânico enquanto ela o olhava, e os lábios finos e secos permaneciam comprimidos, enquanto ela se agarrava fortemente nas cobertas. A humana tinha algo selvagem nela, ainda que parecesse estar adormecido.
Ele teve vontade de revirar os olhos, mas preferiu se manter inexpressivo. Caso contrário, se demonstrasse alguma reação, seria a de fome. O cheiro da maldita humana não parava de provocar seu olfato, e ele já estava sentindo a garanta arder e o gosto do veneno se acumular em sua boca. Porém, dessa vez ele tinha o controle. Seus dias longe dali, serviram para acalmar a sede desesperada que descobrira dentro de si.

 

— Já faz quinze minutos que estou aqui e ainda não te matei. Interessante - Murmurou Alec, sua voz era grave, potente, um sotaque italiano fortemente agradável aos ouvidos alheios, e caminhou com elegância e leveza até o meio do quarto, onde parou e cruzou os braços atrás das costas.

 

A postura do vampiro lembrava Brooke a de um general. Um cruel e inflexível general de guerra, com postura intacta, rosto impassível e nobreza imponente.
O coração dela começou a bombear o sangue mais rápido, e ela disse a si mesma o que tinha decidido horas antes: ficar calma. Para não deixar o medo que sentia daquele mítico mundo e daquele garoto com aparência de anjo, mas com alma de demônio, a preencher. Porque quando isso acontecia, ela se perdia totalmente, e as consequências eram devastadoras - comprovara isso com o incidente de Renesmee.
Brooke aspirou uma lufada de ar, tomando controle de seus nervos. E então se concentrou na figura do Volturi ali de pé, a encarando inexpressivamente.

 

 

— Você é... Alec Volturi? - Ela perguntou, a voz em um tom mais baixo do que pretendia.

 

— Sim, eu sou. E você é Brooke Evern, a principal suspeita em questão - Alec respondeu, seco, parecendo ainda mais altivo.

 

 

Um tremor invadiu a morena, mas não foi de medo. Foi de injúria.

 

 

— Eu não fiz nada - Ela encarou os olhos carmesins. - Eu nem sei por que estou aqui, ou por que sou suspeita desses crimes horríveis que vocês dizem que eu cometi. Apenas sei que pegaram a garota errada, e que estão me torturando por algo que não fiz.

 

— Isso não é você quem decidi, Evern.

 

 

O tremor se expandiu, fazendo Brooke abrir a boca, mas nem uma palavra saiu.
Uma satisfação barata chegou até Alec, mas ele não demonstrou nada, nunca demonstrava. Ele apenas sustentou o olhar da humana na cama por mais alguns segundos, até ela acabar recuando e o desviar, então se pôs a caminhar pelo quarto carente de mobília além da cama e da cômoda, percebendo a mudança de humor da Evern. Pelo canto do olho, Alec a viu fechar a boca, a endurecendo em uma linha fina, e ele continuou circulando pelo cômodo. Nunca perto demais da cama.
Sabia que deveria controlar os pensamentos que surgiam naquele momento, pois o leitor de mentes estava a espreita no andar de baixo, junto com os outros de seu clã. Então não, o Volturi não podia refletir sobre aquele momento muito mais do que o necessário. Na verdade, não deveria nem se importar com o que deveria pensar naquele instante referente a Brooke Evern.

 

 

— Creio que alguém já tenha lhe dito algo sobre mim - Alec parou de andar, parando próximo a janela trancada com as cortinas puxadas, fixando o olhar no corpo em cima da cama.

 

 

Brooke se mexeu, apertando mais a coberta contra si. Sentiu o estômago revirar.

 

 

— Algo como sobre você ter sede pelo meu sangue e não poder controlar isso? - Ela se viu replicando, surpreendendo a si mesma.

 

 

A única reação do vampiro foi um erguer mínimo de sobrancelhas.

 

 

— Vejo que a híbrida sabe manter as pessoas bem informadas - O tom dele foi para o glacial. - Mas sim, algo como isso. Sem a parte do descontrole, naturalmente. Você ainda não foi interrogada.

 

 

O coração de Brooke deu uma cambalhota dentro do peito. Aquelas palavras tinham um significado, um significado que ela procurou em todos aqueles dias que esteve presa naquele quarto. Um que a dava uma esperança, ainda que não quisesse muito. E, distraída, ela deixou os pensamentos falarem, altos demais:

 

 

— Então vocês precisam de mim, e você não pode me machucar até...

 

 

Foi rápido. Tão rápido que ela nem o viu se aproximando. Quando Brooke percebeu, os olhos vermelhos carmesins de Alec Volturi já estavam a centímetros de distância dos seus, uma fúria reprimida se movendo entre eles. Ela nem o viu invadir seu espaço pessoal naquela velocidade que aparentemente vampiros costumavam ter, ela só sentiu o susto a tomando, a fazendo saltar para trás, batendo com as costas contra a cabeceira da cama, o corpo caindo contra os travesseiros.
Alec espalmou as mãos grandes e pálidas contra a beira do colchão, quase o rasgando, e travou o maxilar em resposta ao comentário estúpido da garota. Ela não precisava o lembrar que ele não poderia ter o que tanto queria. Ela não teve intenção, ele sabia, mas não iria suportar comentários indesejados vindos dela. Não mesmo.
Ele a viu arfar, e a percepção do descontrole o atingiu. Muito rigidamente, então, ele tirou as mãos da beira do colchão, ajeitando a postura, se afastado alguns metros da cama. Brooke acompanhou tudo com os olhos, arregalados, e só quando teve certeza que ele estava distante o necessário - ainda que não suficiente - foi que voltou a se sentar, a atenção redobrada.
Ela o viu pigarrear.

 

 

— Não teria tantas esperanças assim, se você fosse. Nem me agarraria a esse pequeno detalhe como chance de sobrevivência, Evern - Ele a olhou sombriamente. - Mas não vim aqui para falar sobre sua permanência aqui na terra ou o fato de você ser minha La tua cantante. Estou aqui porque creio que minha irmã, Jane, que você deve ter conhecido, - O rosto da morena se contorceu, mas ele ignorou. - não tenha explicado as coisas da devida maneira.

 

 

É, ela estava muito ocupada sendo uma vadia me torturando, pensou Brooke, os olhos embaçando com a dolorosa lembrança. O vampiro pareceu indiferente a isso também.

 

 

— Fiquei sabendo do que você fez contra Renesmee, na noite passada - Continuou Alec, conseguindo total atenção com a frase dita.

O remorso e a preocupação remoíam o coração da morena, o pesando a cada vez que pensava no que fizera.

 

 

— Como ela está? Está bem?

 

— Ela é uma híbrida, metade vampira. É claro que está bem.

 

 

O suspiro de alívio percorreu o quarto, se tornado um ruído incômodo nos ouvidos do Volturi, que viu a expressão tensa no rosto da humana, suavizar.

 

 

— Contudo - Ele continuou a falar. - Deixar para lá este assunto seria uma grande falta minha, já que estamos tentando trabalhar em conjunto por aqui e você decidi atacar alguém que poderia gerar um conflito novo entre os dois clãs - Ele se curvou para frente, como se fosse ouvir uma confissão. - Diga-me, Evern, ficar trancafiada dentro destas quatro paredes voltaram a deixa-la maluca, não?

 

 

O espanto que Brooke sentiu quando Alec se aproximou segundos antes, retornou, com mais intensidade. Mas ela não o expressou, na verdade, não expressou nada. Seu rosto ficou vazio, e seus músculos rígidos no instante em que ouviu as palavras dele. Ela se sentiu ínfima, ali diante do olhar gelado e do fantasma de um sorriso jocoso que o Volturi lhe direcionava. Ela sentiu como se um dos seus maiores segredos fosse revelado, a deixando exposta.

 

 

 

— Você sabe.

 

 

Ela arranhou a garganta, em busca de um sussurro fraco enquanto o olhava surpresa.

 

 

— Eu faço a lição de casa.

 

 

Não era totalmente mentira. Mas também não era totalmente verdade. Alec apenas sabia o que o dossiê roubado do setor de registro cidadão da delegacia informava, e isso queria dizer que apenas sabia sobre as internações da garota em clínicas de reabilitação, e no centro de jovens problemáticos. O que para alguém com percepção como ele, deixava claro que algum problema mental a Evern tinha. Então sim, ele havia jogado a isca e Brooke havia a mordido, exatamente do jeito que ele queria. Seria mais fácil apavora-la assim. E não tinha um pingo de curiosidade em descobrir o motivo de tanta apreensão dela.

 

 

— Os outros... sabem? - Brooke perguntou, tentando manter o tom de voz longe do apreensivo.
Ela não gostava muito dos Cullen naquele momento, isso era fato, mas não importava. Ela não queria que eles soubessem de seu passado obscuro, nem eles, nem ninguém. Ponto.

 

 

Alec levantou os ombros minimamente, voltando a ajeitar a postura impecável.

 

 

— Eles sabem o básico. Mas com um leitor de mentes por perto, atrás da porta para ser mais específico, isso pode mudar, garota.

 

 

Dois leitores de mentes, você quer dizer. Brooke o corrigiu mentalmente, se lembrando de Renesmee.
Ela sentiu a saliva descer espessa, dizendo para si mesma que daquele momento em diante, tentaria trancar os pensamentos e as memórias envolvendo o passado em um lugar bem escuro da mente, não os soltando nunca mais. Tinha que admitir, Alec estava certo. Conviver com pessoas que poderiam saber o que se passava em sua mente instável, era no mínimo uma violação, no máximo, um perigo.
E foi pensando assim, que Brooke suspirou, passando as mãos pelo volume que o cabelo estava, cansada. Cansada de tudo. De ficar presa, de ser torturada, de sentir medo, de estar em um mundo cujo não entendia nada. Cansada do turbilhão de sentimentos conflitantes que insistiam em a corroer. Ela simplesmente não aguentava mais, e quando fixou os olhos na figura altiva que o vampiro ali presente destoava, ela perguntou, colocando todo seu cansaço e derrota em seu tom de voz, chutando o balde por fim:

 

 

— O que vai acontecer comigo?

 

 

Alec não respondeu de imediato. Estava concentrado nas mudanças da fisionomia dela, no modo derrotado que ela alisava os fios de cabelo, no cheiro de lavanda, amêndoas e suor que enchia o quarto. O cheiro dela, mais especificamente. Que o tentava a avançar e cravar os dentes na pele do pescoço alvo, provando do sangue que cantava para ele. Mas com o lado racional o alertando, Alec descartou os pensamentos, primeiro porque não deveria; segundo porque havia Edward e Emmett Cullen atrás da porta, montando guarda para caso ele se descontrolasse - não que mudasse alguma coisa.
Ele encarou Brooke com um misto de indiferença e frieza que a fizeram se encolher contra o colchão.

 

 

— Recomponha-se - Alec ordenou. - Alguém virá trazer vestes limpas e você poderá tomar um banho. Daqui a quinze minutos, desça. Você será interrogada.

 

 

Brooke o observou virar as costas assim que terminou de falar, rumando em direção à porta em passos elegantes e confiantes. Alec cruzou o quarto em dois segundos, alcançou a porta e a abriu, desaparecendo por ela em seguida. Ela conseguiu ver dois pares de pernas do lado de fora antes de ter a visão bloqueada pela madeira da porta que voltou a ser trancada.
Sua mão se fechou em um travesseiro, escondendo o rosto atrás dele, a mente rodopiando em perguntas e o medo a cercando, a direcionando para a beira do abismo. O coração dela batia acelerado quando se deu conta que havia acabado de conhecer Alec Volturi, o vampiro que acima de todos, queria mais distância.

 

Menos de dois minutos depois, a vampira de cabelos caramelados, rosto redondo em formato de coração com covinhas e bondosos olhos dourados, chamada Esme, entrou no quarto. Ela era esposa de Carlisle, e entre todos, era a única que Brooke não sentia medo. Esme era bondosa, a tratava bem nas poucas vezes que ia até ali e sempre cozinhava coisas deliciosas que Brooke não comia. Ela a lembrava sua mãe, também, com todo aquele espírito materno que a vampira naturalmente tinha. Mas dessa vez ela não trazia uma bandeja com comida nas mãos, e sim um conjunto de roupas limpas e dobradas, e uma toalha, como Alec dissera. Esme sorriu e a cumprimentou, pedindo para Brooke acompanha-la até o banheiro.
A morena foi sem objetar. Se arrastou da cama e seguiu a matriarca da família Cullen para fora do quarto, onde em um silêncio tímido as duas caminharam até metade do corredor no lado esquerdo, parando de frente a uma porta. Esme a indicou, e estendeu as peças de roupas e a toalha, abrindo um sorriso reconfortante e informando que iria esperar ali do lado de fora. Brooke assentiu, e rodou a maçaneta da porta, entrando logo em seguida. Deu de cara com um banheiro luxuoso e espaçoso, de azulejos azuis e frio. Ela fechou a porta atrás de si, rodando a chave na fechadura, ainda que soubesse que isso não impediria alguém daquela casa entrar caso quisesse, e se pôs a observar os detalhes daquele cômodo.

Quinze minutos. Ainda tinha quinze minutos até ter que ser corajosa e enfrentar seu destino, se poderia chamar a situação daquilo.

Brooke fitou a longa pia de mármore negro com duas torneiras de jato, com um armário enorme pregado na parede acima, branco. O piso era de pedra cinza, o vaso sanitário e a descarga também, não existia janela, e um espelho dourado em formato ornamental pendurado ao lado da pia era a única decoração do lugar. Ela deslocou o olhar do espelho, se rejeitando a enfrentar seu reflexo, e o pousou no boxe do banheiro, cujo a porta de vidro fumê estava aberta, revelando uma banheira já cheia com sais dividindo espaço com um chuveiro.
Brooke suspirou, pensando em como cairia bem um banho quente naquele momento, depois de quatro dias, e sem esperar, ela colocou a muda de roupas e a toalha que Esme lhe entregara em cima da pia, começando a tirar o pijama que vestia. Ela tirou a blusa de mangas com estampa de coelhinhos, que cheirava a suor, e depois passou a calça de flanela pelos pés, chutando a peça para o canto. Uma corrente de ar frio percorreu seu corpo, e Brooke se arrepiou, tirando as peças íntimas rapidamente. Ela caminhou até o limiar do boxe, fechando a porta de vidro fumê atrás de si, e optou pela banheira que parecia mais convidativa. Brooke entrou na banheira, sentando ali com as costas pressionadas contra a borda dela, a água quente relaxando os nós de seus músculos lentamente. Ela suspirou, fechando os olhos por um momento, se permitindo sentir a sensação de leveza que a inundou. Sentindo a sensação de paz depois de tanto tempo. E com uma expiração trêmula, ela se afundou na banheira, submergindo em seus problemas.

 

 

 

***

 

 

Alec estava muito impaciente enquanto esperava a garota descer. A dera quinze minutos para se recompor, e já faziam vinte que saíra bruscamente daquele quarto com Emmett e Edward em seus calcanhares. Aparentemente, era só ele que estava naquele estado. O resto dos Cullen pareciam apreensivos, Jane indiferente, e Demetri e Felix nem minimamente interessados. Ele censurou aquilo, como poderiam manter a paciência com a demora da humana? Ele tinha a dado um tempo limitado. Ela deveria ter cumprido.
  O lado direito de sua mandíbula se apertou, mas ele permaneceu com a postura intacta: expressão vazia e braços cruzados atrás das costas. Sem se permitir pensar mais do que o necessário. A sala continuava caída em um silêncio mortal, e os únicos movimentos que eram feitos de vez em quando era quando sua irmã trocava o olhar para as unhas das outra mão, ou quando Rosalie repreendia Emmett toda vez que este tentava levantar do lugar onde estava sentado, ou até mesmo quando Carlisle trocava balanços de cabeça com Edward, ao lado de Isabela. Alice e Jasper se mantinham calados, de mãos dadas.

Alec a notou antes dos outros. O aroma do ar mudou de repente, o cheiro de lavanda o atingiu, e ele ouviu o som de um coração batendo.
Ele levantou a cabeça na direção das escadas, observando a morena descer os degraus, acompanhada de Esme que vinha atrás. Ela mantinha a cabeça baixa, o cabelo caindo na frente do rosto, vestida em um calça jeans claro apertada demais, e um moletom cinza, grande demais. A garota parecia se perder dentro do casaco, o que a deixava mais frágil do que já era, Alec percebeu, muito ocupado em observar todos os seus movimentos.


  Brooke sentia todos os olhares cravados em si enquanto descia os degraus. Passara dos quinze minutos quando a tentativa de afogamento fracassou e ela voltou a superfície da banheira, desesperada por oxigênio. Se sentia tola por ter tentado um suicídio como aquele, mais agoniante do que os outros. No fim, ela desistiu, e saiu da banheira, percebendo que não tinha como escapar do que a aguardava naquela sala. E não tinha mesmo. Ela desceu o último degrau, e parou ao pé da escada, a mão segurando firmemente o corrimão. Ela levantou a cabeça, e a massa de vampiros estava ali, a encarando. Peles pálidas, traços perfeitos, olhos de tons diferentes, cores entre o vermelho e o dourado. Mas seu olhar caiu mesmo foi no vermelho carmesim no centro da sala, a mesma expressão e a postura que ela se lembrava de ter visto no quarto, antes. Ele a encarava inexpressivo, mas os olhos demonstravam uma selvageria, uma faísca que a dava calafrios. Brooke estremeceu.

 

 

— Venha até aqui, Evern - Alec deu a ordem, sendo o primeiro a se pronunciar, indicando uma cadeira vazia que estava posicionada a sua frente.

 

 

Brooke intensificou o aperto no corrimão uma última vez, antes de obrigar as pernas a se mexerem. Ela se afastou da escada, encarando o caminho que a esperava até a cadeira, e ela o fez. Não olhou para ninguém da sala, manteve a cabeça baixa, as mãos trêmulas ao lado do corpo, os olhos bem abertos para o chão abaixo, com medo de tropeçar e cair. A tensão que o banho quente dissipara, tinha voltado, travando seus músculos durante o trajeto até o centro da sala, onde Alec a aguardava com o resto dos vampiros, que estavam distribuídos ao redor, sentados em dois sofás grandes, cada um posicionado em um lado do cômodo. Nem sinal de Renesmee. Cullen de um lado, Volturi do outro. Duas porções de vampiros que não se misturavam.
Por fim ela encontrou a cadeira, deslizando para o assento silenciosamente, pousando as mãos no colo. Todos os olhares recaíram ali. O coração de Brooke acelerou dentro do peito, sentindo-se em um show de horrores, com ela sendo a principal apresentação.
Um minuto de silêncio se passou, e alguém pigarreou.

 

 

— Bom, agora creio que possamos começar com o interrogatório - Alguém disse, e Brooke levantou a cabeça, observando Carlisle no sofá à sua direita, a encarando desconfortavelmente. - São só algumas perguntas, não se preocupe.

 

 

Uma risada divertida ecoou.

 

 

— Não a dê falsas esperanças, Carlisle.

 

 

A morena nem precisou virar o rosto para a esquerda para saber que o comentário havia partido de Jane. A voz infantil e o suave veneno já eram familiares. Porém, ela virou o rosto, encarando a vampira loira que a fitava de forma maldosa, acenando em sua direção, um sorriso cruel brincando nos lábios rosados, iguais os do irmão. Brooke apertou as mãos uma na outra, se recusando a reagir a provocação e acabar sendo punida.

 

 

— Irmã, controle-se - Alec ralhou, e o grunhido mal-humorado de Jane foi ouvido. Ele deu a volta pela cadeira, se colocando de frente para a Evern, abaixando a cabeça para olha-la, calmamente. - Agora, vamos aos negócios.

 

 

A pulsação de Brooke aumentou.

 

 

— O interrogatório vai ser fácil e simples se você cooperar. Eu... – Ele se interrompeu. - Nós perguntamos e você responde. Se falar a verdade, tudo bem. Se mentir... saberemos e aí você pagará as consequências. Pronta?

 

 

Não, ela não estava. Nunca estaria. E haviam perguntas que ela precisava de respostas, antes de tudo.

 

 

— Ela quer saber o que fizemos para ninguém vir procura-la. Ela quer saber o que dissemos para a mãe e para a escola - Edward respondeu em seu lugar, lendo sua mente, e Brooke dirigiu o olhar para ele.

 

 

Edward a encarava de maneira seca, pouco amistosa. Ela sabia porque. Ele já não gostava dela, e depois de ter esfaqueado Renesmee acidentalmente, filha dele, Edward passou a gostar menos ainda. A fúria com que a encarou no dia do acidente, assim como Isabela, demonstrava isso. Mas Brooke entendia o lado deles, e tinha que dar crédito para o vampiro topetudo, ele estava dizendo em voz alta o que ela tinha medo de dizer. Ou melhor, perguntar.

 


— Quem faz as perguntas somos nós, mas já que quer saber - A voz grave de Alec voltou a soar, chamando atenção. Ele agora estava com os braços cruzados no peito. - Ninguém veio te procurar porque nós cuidamos disso. Para sua mãe, você está na casa de uma amiga da escola, fazendo um trabalho que demorará dias para ficar pronto e requer muitos esforços. Também enviamos mensagens do seu celular para ela, para não levantar desconfiança - O rosto dele tomou um ar cínico. - Agora, para a escola, você está em casa, com monocleose, com atestado e tudo.

 

 

O queixo de Brooke caiu. Monocleose? Atestado e tudo? Ela trilhou o olhar até Carlisle, que a lançava um olhar de quem se desculpava. Ela sentiu o estômago revirar. Eles estavam trocando mensagens de texto com sua mãe, ela nunca iria desconfiar. Ninguém nunca iria. Para o bem ou para o mal, eles tinham tudo sob controle, e as esperanças de sair daquela mansão, começaram a abandonar Brooke quando a verdade a atingiu. Seus olhos começaram a embaçar com a ameaça das lágrimas, e ela se obrigou a detê-las. Não iria chorar na frente das pessoas que eram culpadas por suas lágrimas, não iria dar essa satisfação para eles.
Ela engoliu em seco o nó na garganta e ajeitou a postura, ficando ereta na cadeira, os olhos alcançando os do Volturi em sua frente, sentindo o suor começar a se acumular em suas costas, apesar da temperatura baixa.

 

 

— Comece o interrogatório.

 

 

O ar cínico deixou o rosto de Alec no mesmo instante, e a sombra da frieza e da crueldade tomaram lugar. Ele olhou para todos os presentes ali, e sem preâmbulos, começou com as perguntas:

 

 

— O que você, Brooke Evern, sabe sobre as mortes das pessoas nesta cidade?

 

— Nada além do que os jornais e a televisão informam.

 


    - Você sabia sobre os vampiros que estão por trás das mortes?

 


          - Não.

 

— Sabia sobre os Cullen?

 

— Não.

 

— Qual sua ligação com os assassinos?

 

— Nenhuma.

 

— Onde conseguiu o colar que estava com os vampiros inimigos?

 

— Na loja da minha mãe. Ela vende um monte deles, todos são iguais, menos o meu. Ela me deu justamente por essa razão, por ser diferente.

 

— Você está sendo sincera, Evern?

 

— Estou.

 

 

Os olhares de Alec e Brooke se confrontaram, as orbes vermelhas dele a encarando com uma intensidade que a deixou intimidada, e as orbes castanhas dela revelando a mais pura das honestidades. Cinco segundos transcorreram no silêncio, com a troca de olhares entre os dois, até Alec soltar um grunhido e se virar para os Cullen.

 

 


— Leitor de mentes? - Ele perguntou ríspido, parando os olhos sob Edward, que ergueu as sobrancelhas.

 


— Acredito nela - Respondeu Edward, para o alívio de Brooke que o fitou surpresa. - Mas tenho minhas próprias perguntas - Ele se levantou, dando um leve aperto na mão de Bella que o olhou calada. - Minha vez, Alec. Permita-me.

 

 

Brooke observou Edward passar por Alec, ignorando seu olhar afiado, e se colocar a menos de vinte centímetros de distância dela. O corpo alto se inclinou em sua direção, e ela colocou as mãos nos braços da cadeira, apertando ali. O rosto com traços tão parecidos com os de Renesmee mudara, adotando uma fisionomia intimidadora.

 

 

— Você realmente não tem nenhum conhecimento sobre nada do que está acontecendo, Brooke? - Ela balançou a cabeça dizendo que não. Os cantos dos olhos do Cullen se apertaram. - Nunca notou algo de estranho? Nunca ouviu nada? E com você? Nenhuma lembrança ou acontecimento que pudesse servir de pista? - Os olhos de Edward agora estavam vidrados nos seus, e a morena engoliu em seco, balançando diversas vezes a cabeça. O que ele queria que ela dissesse? Que coisas estranhas? Com ela? Por que estava perguntando aquelas coisas? De repente, as perguntas de Alec pareciam melhores. - Bem, você realmente não sabe de nada e é inocente - Ele suspirou pesadamente, olhando sob o ombro na última parte. - Mas caso lhe interesse, aparentemente você tem algo que esses vampiros querem. Um deles atacou Alec, e disse que você é a chave.

 


— E-eu sou a chave? Chave de quê? - Brooke levantou as sobrancelhas, sentindo o suor frio escorrendo pela espinha.

 

 


Edward se afastou, voltando para o lugar ao lado de Bella, e mais uma vez Alec voltou a ocupar seu campo de visão.

 

 

— É isso que estamos tentando descobrir, garota - A resposta saiu em um rosnado, e ela viu como ele parecia irritado por Edward ter revelado aquilo para ela.

 


A mente de Brooke oscilou e o coração estremeceu. Processar a informação pareceu importante naquele momento, mais importante até do que a sentença de seu destino. Ela era a chave. Mas chave de quê, e para quê? A pergunta zumbiu em sua mente e em seus ouvidos, abalando a barreira frágil que ela havia construído para segurar os sentimentos, a deixando instável. Se aquilo fosse verdade — o que ela torcia para não ser —, então ela realmente era culpada pelas vidas que foram tiradas naquela cidade, de algum jeito. Então ela realmente tinha alguma ligação estranha com aquele mundo surreal.
O pensamento veio como um tapa na cara, desnorteando Brooke sem aviso prévio. Mas ela não queria acreditar, porque se acreditasse nos fatos, no que ouvia e no que seu coração dizia, ela estaria admitindo que o que vivera até ali era mentira. E o que vivia naquele momento, passaria a ser sua verdade. Ela se recusava a aceitar que de algum modo, sendo chave ou não, com ligação ou não, ela poderia pertencer aquele mundo de criaturas que não deveriam passar de lendas de terror.
De repente, o nó na garganta se transformara em bolo, e as palmas das mãos dela estavam encharcadas, todo seu corpo suando frio e aspirando insegurança.

 


— Eu diria que você é especial, Brooke — Uma voz de sino reverberou pela sala silenciosa, chamando a atenção de todos. Brooke saiu do torpor, encontrando Alice que se mantivera quieta até então, a encarando sorridente, indiferente a tensão dos demais. Ela bateu os cílios longos. — Há quase dois meses eu não conseguia ver nada, minhas visões estavam bloqueadas e tudo que conseguia alcançar era o escuro. Frustração me definia. Mas então eu toquei em você, e pela primeira vez em muito tempo vi algo além do escuro, ainda que ache que você viu mais — Alice piscou um olho. — Então você pode ser a chave para algo ruim ou para algo bom, eu não sei. Apenas que devolveu minhas visões, e que isso é muito mais do que temos até agora.

 


Brooke encarou Alice espantada. Elas não falaram sobre o que houve na cozinha além do esfaqueamento de Renesmee. Não comentaram nada sobre o que tinham visto quando se tocaram, nem sobre o que a visão significava. Ela sabia que a vampira baixinha podia ver o futuro, Renesmee lhe contara, mas não imaginava que ela mesma também podia vê-lo. Até aquele momento, a garota tinha deixado o assunto da visão em um canto escuro da mente, com medo de que se o levantasse, pudesse fugir da realidade novamente. No entanto, parecia que aquilo realmente tinha acontecido, e que ninguém ali ficou surpreso com a mudança de assunto. Ao que tudo indicava, Alice já tinha espalhado a história toda.

 


— Você ter compartilhado uma visão com ela não muda o fato dela ser uma humana que sabe sobre a nossa espécie. Ou se esqueceram disso? É a lei absoluta — Jane retrucou, erguendo o queixo e esboçando um sorriso malvado enquanto apontava para Brooke. — Ela tem que morrer. Agora, de preferência.

 

 

No sofá em que os Volturi ocupavam, o corpo grande e forte de Félix, o quarto membro da guarda Volturi que Brooke conhecera, se mexeu, animado com o rumo da conversa.
O coração da morena que ouvia tudo calada acelerou, e uma agitação em volta começou. Aparentemente, o interrogatório terminara.

 


— Brooke pode ter um dom que está se manifestando, assim como aconteceu com Bella quando humana — Carlisle disse, sendo apoiado pelo resto dos Cullen.

 


— Não interessa, ainda assim ela é humana! — Jane rosnou.

 

— Então façam como fizeram comigo! — Replicou Bella, lançando um olhar fuzilante à gêmea de Alec.

 

 


Ninguém respondeu. Jane e Bella continuaram trocando olhares mortais. Alec continuou parado no centro da sala, observando sua la tua cantante. O resto dos vampiros pareciam figurantes de uma trama macabra. A agonia aflorou no peito de Brooke.

 


— Fazer o que comigo? — Perguntou ela, sem se conter.

 

 

A cabeça de Jane girou em sua direção instantaneamente, os olhos vermelhos a fuzilando em ódio.

 

— Nada, porque nós não vamos dar uma segunda chance para alguém como você...

 

— Já chega! — A voz de Alec trovejou, calando a irmã. Ele já estava começando a se irritar com aquilo tudo. Já estava irritado o suficiente por não ter chegado aonde queria com aquele interrogatório. Obviamente, a garota era inocente, e ainda tinha utilidade, um valor desconhecido, mas significativo. Não queria a dar muitas informações, ainda que ela não fosse culpada, a curiosidade aguçada parecia fazer parte dela, e ele não gostava de curiosos em seu trabalho. E ainda haviam chegado naquele ponto, ao qual ele queria evitar o máximo possível: o destino dela. Não que se importasse, mas era de sua conta. Alec sabia o que tinha que fazer, tinha que agir como os Volturi agiam sob aquelas circunstâncias, e isso significava dar o direito de escolha para a garota. Porém havia uma parte dele, uma obscura e animalesca, que desejava que ela não tivesse esse direito e que apenas um destino a esperasse no final: a sentença de morte. Porque assim, sem opções, ele finalmente poderia ter o sangue de sua la tua cantante escorrendo pelos seus lábios. Mas foi reunindo muita força de vontade, e imparcialidade, que Alec a encarou nos olhos e deu o veredicto: — Nossos mestres gostariam de saberem sobre você, Brooke Evern, e levando em conta que você faz parte de algo que estamos tentando resolver, a lei absoluta pode ser contornada — Os dentes dele bateram. — Sob as devidas circunstancias, e você sendo apenas uma humana que sabe o segredo de nossa espécie, a escolha entre a morte e a transformação em uma de nós está sendo lhe dada, Evern. Então escolha. Agora.

 

 

No lado esquerdo da sala, Jane rosnou. No lado direito, os Cullen a encararam ansiosos. No centro, posicionado como um verdadeiro general, Alec esperava impaciente.
A sala pareceu rodar, e Brooke começou a deslizar da cadeira, mas segurou firme nos braços de apoio dela antes que caísse para o chão.
Escolher entre morrer e se transformar em uma vampira, um monstro frio condenado a eternidade. Ela sabia qual era o melhor, e ironicamente, o melhor era o que ela sempre quis. E não era a transformação.
De repente, tudo se acalmou. O coração dela parou de bater tão rápido, o suor parou de escorrer em suas costas, as paredes pararam de rodar em suas vistas. Ela sabia o que queria, e ter consciência que enfim conseguiria aquilo, sem receios, sem culpa de ser ela mesma a fazê-lo, a deixou estranhamente feliz. Uma felicidade que nasceu em seu peito e se espalhou como uma corrente de alívio pelo seu corpo.
Brooke fechou os olhos, se preparando para dizer que escolhia a morte e se preparando para se despedir daquele mundo cruel e portador de muitos segredos, mas antes que abrisse a boca, o rosto de Penny apareceu em sua mente. E depois o de Gaz, fazendo as piadas sem graça que costumava fazer e entupindo a boca de comida. E por último o rosto de Marcy, sua mãe, que lhe dizia que a amava muito. Que continha um sorriso triste no rosto, o sorriso de quem perde uma filha. Ou duas, agora.
As imagens sumiram da mente de Brooke, e ela se deu conta de que não podia fazer aquilo. Não podia escolher a morte quando ela mataria Marcy também, porque era assim que a mulher ficaria quando perdesse a segunda e última filha. Morta. Ela não poderia ser tão egoísta e se poupar do sofrimento de uma vida longa quando não faria o mesmo por sua mãe. Marcy não resistiria a mais uma perda, e Brooke percebeu que faria qualquer coisa para a mãe não sofrer.
Mesmo que isso significasse se condenar a eternidade de um monstro.

A morena reabriu os olhos, fitando diretamente os do vampiro louro-acastanhado, e exalou, sentindo a barreira contra os sentimentos por fim se destruir.

 


— Eu escolho a transformação — Sussurrou Brooke, lutando contra as lágrimas que avançavam em seus olhos.

 

 

Ela não ligou para os gritos de Jane, nem para as palmas de Felix e o sorriso discreto de Demetri, muito menos para os olhares de compaixão que a família Cullen a lançava. Ela só se preocupou em continuar forte, sentada naquela cadeira.

 

 


— Ótimo — Disse Alec, a olhando com indiferença. — Se prepare para sair, então.

 

— Não vou ser transformada?

 

 

Ela ficou confusa, mas ele apenas balançou a cabeça de forma negativa, o rosto angelical disfarçando o demônio que existia por trás da beleza perfeita e da voz melodiosa.

 

 


— Não. Você vai dizer adeus para sua mãe.

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Hey, amores! Como vocês estão?

Eu tenho que admitir: escrever esse capítulo foi MARAVILHOSO! Finalmente tivemos alguma interação entre o Alec e a Brooke, meu povo! E, tenho que confessar para vocês, eu adorei o jeito como aconteceu. Alec Volturi sendo Alec Volturi e Brooke Evern sendo Brooke Evern. Sem mais.
O capítulo deveria ter sido maior, porque ainda tinha mais coisa que ia acontecer nele, mas resolvi cortar e jogar para o próximo e deixar só essa parte mais tensa mesmo em que eles interagem.
A fantiction está se alongando em termo de capítulos, mas como ainda é só o início entre a relação desse casal, ainda há muita coisa para acontecer. Não pretendo escrever mais capítulos do que o necessário (tipo, cem), mas pretendo colocar no enredo a maioria das ideias que tenho para a história. E, como disse antes, o relacionamento do casal só está começando, e por isso, não esperem que os dois se apaixonem logo de cara. (POR FAVOR, NÃO ESPEREM ISSO)

Grata *_*

Vocês já sabem que eu gosto de agradecer todos os comentários que recebo, né. Então hoje não vai ser diferente. No capítulo passado eu recebi comentários de leitoras que não conhecia, e isso me deixou muito animada, pois significa que os fantasminhas estão aparecendo! Obrigada por todo o incentivo e tempo gasto com a fantiction ♥

Então comentem, pessoal. COMENTEM!

E agora que não tenho mais nada para falar, eu vou me despedir. Um bom início de semana para vocês!

Bjs ♡



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