Minha ruína escrita por Manu


Capítulo 6
Will you marry me?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/709487/chapter/6

 

 

 Henry acordou quando o dia ainda não havia nascido, observou a escuridão pela janela do seu pequeno quarto localizado do lado de fora do castelo. Dando lugar a uma luz fraca, a escuridão ia embora. A luz se tornaria mais forte, trazendo a coragem que faltava para que ele levantasse e enfrentasse o dia. Mas desta vez, não trouxe. Henry continuava perturbado, uma angústia que crescia conforme seu pensamento girava em ondas, em torno da rainha. Lembrou-se que haviam tentado matá-la, e sentiu um frio na espinha. Era sua rainha, o tinha salvado quando ainda era uma criança, então ele lhe devia sua vida. Apesar de que ela não aparentava se agradar muito dele. Mas começava a sentir-se bem, sabendo que a veria em breve. Bem até demais, então estranhou. Percebeu que seu corpo estava quente, de uma forma agradável no início, depois se intensificou, o fazendo girar. Não era certo, ele pensou tentando afastar tudo o que se passava em sua mente. Seria desrespeitoso, no mínimo, pensar em sua rainha daquela maneira. Tentando ignorar suas roupas estarem apertadas, Henry seguiu para fazer sua higiene matinal, e em seguida adentrou a floresta, observando ao redor a paisagem verde, aguardando a hora que sua presença seria necessária. Regina despertou com o costumeiro mau humor de quem teve o plano arruinado. Como agora faria para descobrir o que Rumpelstiltskin sabia? Sem a adaga sob seu controle, Regina nunca saberia a resposta. Mas o que fazer? Cada coisa a seu tempo. Tendo isto em vista, A rainha se apressou para descer do seu aposento e se arrumar para as diversas audiências do dia. Se não fosse mais rápida, chegaria atrasada. Não sendo isto uma atitude real, Regina escolheu sem demora um vestido preto bordado em renda, deslizando-o sobre seu corpo após o banho rápido. A maquiagem foi a de sempre. Pintou os lábios e os olhos, passando uma escova de ouro nos longos cabelos, e se amaldiçoando por ter dormido demais. Desceu as escadas e ao se deparar com a multidão de pessoas que aguardavam, soltou um gemido de frustração. "Vida de rainha" Nunca havia sido um elogio. Mesmo assim, sentou-se em seu trono, e se prontificou a fazer o que tinha nascido para fazer. Ela reinou. Rumple misturava diversas poções em busca de um resultado mais rápido. Falhara miseravelmente por 4 dias consecutivos. Não conseguia dormir ou comer. E o que tinha acontecido na noite anterior foi a porta de entrada para a beira da insanidade. Regina assistiu o dia passar, e viu sua guarda ser trocada ao meio dia. Henry foi chamado pelo comandante e posto ao redor do trono, acompanhado por outros cavaleiros que também eram responsáveis pela proteção do castelo. Ele sorriu suavemente enquanto entrava e se posicionava em seu devido lugar. A rainha não mostrou nenhuma emoção, nem retribuiu o sorriso. Henry se sentiu estúpido, mas manteve sua dignidade ficando quieto. Após o tempo necessário para o almoço, tempo em que todos se retiraram, um homem se apresentou no momento em que as audiências retornaram. Era de boa estatura e de bom físico. Trajava roupas elegantes que lhe caiam bem, e demostravam que era muito rico. O desconhecido fez uma reverência rápida e esperou a rainha falar algo. "-Você é...?" Ela lhe perguntou. "-Aemon Wittgenstein. Se for do seu agrado, querida rainha" "-Não me importo muito, diga logo a que veio" "-Vim com uma proposta, que pode ser vantajosa para ambos os lados envolvidos. Gostaria que a aceitasse" Ele se aproximou o quanto podia do trono. "-Não sem antes saber do que se trata" A rainha disse com indiferença. "Absolutamente. Case-se comigo, Regina Mills." Ele disse se ajoelhando e mostrando um anel de esmeraldas que havia tirado de dentro de suas roupas. Henry olhou de relance para Regina. Qual seria sua reação? O olhar foi percebido. Rapidamente ele desviou do foco de sua atenção. "É uma proposta interessante. A-e-mon... não é?" Ela disse se esforçando um pouco para lembrar seu nome, e fingir que se importava. "Mas inafortunamente para você, não há interesse do meu lado. Não ganharia nada com isto, eu sou a rainha. Já tenho tudo que quero. E ainda mais. Declino de sua oferta." Ela terminou de falar sorrindo. A decepção queimou na face do homem. "Obrigado por sua atenção, Majestade" O homem disse se retirando. Henry não sabia o que pensar, não tinha nada haver com o assunto. Mas não deixou de se importar. A rainha já era viúva há muito tempo. Não era de se estranhar que pretendentes surgissem por todos os lados.

A tarde se passou devagar. Regina ouviu cada pessoa, e ao término da sexta hora do dia, finalmente pôde ficar em paz. Um subordinado de sua guarda pessoal se aproximou. "Precisa de alguma coisa, Vossa Majestade? " "Despense minha guarda. Por hoje é suficiente." Ele deu a ordem e se afastou com os outros. Quando seguiam seu caminho... "Hmm.. Henry? "Ela o chamou. O rapaz virou-se para atender o chamado. "Venha cá." Regina disse quando se levantou do trono e foi em direção à sua árvore de maçãs. Próximo a um gazebo. "Às suas ordens" Ele disse. "Você não concordou?" Henry franziu as sobrancelhas em tom de dúvida. "É esta a parte em que pergunta o que quero dizer com isto? Você pareceu desacreditado" "Não me cabe julgar, vossa Majestade." "Não. Mas você já o fez. Agora, me diga. O que o impressionou?" "Para ser sincero, me impressionou a forma como declinou a proposta" Henry tirou a espada da bainha e posicionou na parte plana do gazebo." "Desde que aquele peso morto se foi, eles voam como urubus em volta deste castelo, em busca de um lugar ao meu lado. Não acredito que aquele aristocrata achou que tinha algo a me oferecer." Henry permaneceu calado, e olhou para a árvore. "Você já amou alguém?" A curiosidade de Regina foi mais forte. "Eu não sei bem... como isto funciona. Mas sim. Eu amo alguém." Ele disse. A rainha sorriu diante disto. "Pobre tolo. Aprenda uma lição que me foi ensinada do pior modo possível: Amor é fraqueza""Se me permite refazer a pergunta, já amou alguém?" Regina se sentiu desconfortável, não deveria ter começado aquilo. Mas já era tarde, não poderia desviar de um assunto doloroso, porque não deveria demonstrar que a afetava. "Eu já perdi alguém." "Sinto muito, minha rainha. Eu não desejava trazer recordações desagradáveis." "Não faz diferença, ele se foi. Assim como os culpados" Henry pareceu curioso, mas receiou perguntar. "Vá em frente." Ela disse. "Como foi?" "Queimei a desgraçada numa fogueira, a mais linda cena de minha vida" Henry aquietou-se. Então os boatos eram verdadeiros. "Sem mais palavras? " Ela parecia terrivelmente linda sob a luz do luar. E foi aí que Henry compreendeu tudo. O porquê do título "rainha má". Mas no momento não importava. O mal dentro dela foi criado. Ele imaginou a Regina sem aquela maldade latente. Apenas uma mulher inocente, com um sorriso encantador. E sentiu-se perder o controle ao beijá-la. Regina não acreditou até seus lábios se tocarem e ele envolver as mãos em sua cintura. NÃO. Ela pensou e o empurrou para trás. "O que pensa que está fazendo?" Henry se deu conta. "Peço que me perdoe" "Por que fez isto? Tenho certeza que com um pouco do seu saldo mensal compraria uma hora ou duas no bordel" "Não era isso... eu não quis..."Ah, não? Então o que você queria?" Regina ficou bem de frente ao rosto do rapaz, no que deveria ser intimidador, apenas o deixou mais excitado.

"Não seria sensato responder, vossa Majestade."

"Você não parece temer sua rainha, eu poderia mandar executá-lo agora mesmo'' "Imploro que me perdoe. Não me passou pela cabeça desrespeitá-la em nenhum momento." "Você realmente acha que entende o amor? Decorou todas as falas e leu todos os poemas, mas é apenas uma imitação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha ruína" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.