Apenas uma Foto escrita por Gabriela


Capítulo 6
Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo e espero que goste. E como sempre qualquer erro perdoem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/709371/chapter/6

As últimas três semanas passaram lentamente e dolorosa. Dois dias seguidos, Bastian dormiu com ela e saiu antes de seus pais acordarem para não causar problemas ou falsas ideias. Sarah se sentia no extremo a cada dia enquanto todos faziam planos ou ajudavam no baile. Ela achava desnecessário o alvoroço, novidade no colégio sempre causava isso. Ela ficava de canto, apenas observando e tirando algumas fotos a pedido do coordenador. Rick percebeu logo seu desgosto pelo assunto baile e começou a comentar duas vezes mais com ela, era uma irritação e ela sentiria tanta saudades no próximo ano escolar. Ele era alma do grupo, o rosa do arco íris deles, era o nascer do sol.

Ela podia desgostar do baile, mas ela prestava atenção em qualquer informação nova cedida por Lorie. Ela sentia que qualquer momento sofreria o impacto de saber qual seria o acompanhante de sua amiga. Ela podia dizer estar insana, mas, quando Robb perguntou-lhe se acetaria ir com ele, sua amiga tinha um olhar assassino e ciumento e, no momento que rejeitou cordialmente, a garota possuía um olhar brilhante com algo indecifrável para Sarah. Ela era boa em observar e entender as pessoas, mas, a cada dia, seus sentimentos a tornava leiga em relação a garota de seus sonhos. Se Samy estivesse ali, já teria feito um discurso para tentar deflagrar sua coragem. Ela não tinha medo, mas não tinha coragem para fazer o necessário. Ela podia ouvir o Tick Tack do relógio em seu subconsciente tentando dizer algo. Talvez fosse um alerta de algo por vir ou fosse sua própria insegurança gritando.

A briga interna crescia e, externamente, ela e Tamara estava em uma tensão. A garota era vingativa e queria revidar porque, no final, Sarah saiu com o rosto vermelho de um tapa e ela um olho rosto e um braço deslocado. Se uma coisa sua família sabia fazer, era ensinar os outros a se defender para alguma luta ou casos extremos. Sarah queria ter pedido desculpa a menina, ela não se orgulhava de seus atos e de machucar alguém. Ela sempre se considerou contra ao ataque físico e, infelizmente, cometeu o ato. Sua consciência ficou longas semanas pesada e, lá no fundo, ainda pesava. Ela não queria problemas mais e os problemas a queria. Ela contava os dias sem incidente e até agora tudo perfeitamente controlado.

Seus olhos se abriram em alerta. Acordou 20 minutos mais cedo, comum ultimamente, e lembrou de desligar o despertador desnecessário. Com o tempo extra pode demorar no banho. Encostou sua testa na parede e observou a água no chão com alguns tons de azul de tinta da suas mechas repintadas. Ela obrigou seu corpo a sair da inercia agradável. Arrumou-se e tomou um café da manhã reforçado para aguentar mais um dia. O azar dessa semana era o carro de Rick no concerto. A companhia matutina rumo ao colégio já fazia falta. Ela caminhou lentamente, sem qualquer pressa. Pegar um ônibus seria a opção confortável, mas ela gostava de pegar a brisa gelada das manhãs e ela precisava, a calmava.

Ela chegou cedo novamente. Pegou seus objetos no armário e caminhou para seu lugar seguro. Era do lado da escada, com acessos a todos os corredores das aulas principais e uma visão de todo corredor, era calmo. Ficou terminando um exercício de geopolítica que ficou com preguiça de fazer ontem. Dany apareceu, bagunçou seu cabelo e retornou a focar no pequeno resumo feito para a prova dela. Rick não apareceu assim como Bastian, este sempre atrasada para a aula. Lorie sentou ao seu lado. Em algum momento, cumprimentando lhe e ficou com os olhos fechado em um pequeno cochilo rápido. Terminou o dever quando o sinal tocou, sorte. As duas tinham a mesma aula e encontraram alguma felicidade.

Seu professor tentou pegar ela desprevenida, não acreditando na possibilidade dela ter feito a lição. A expressão de chocado de alguns segundos foi curta mais impagável. Lorie riu quando ela piscou triunfantemente para a menina. Foi quase um fato bom do dia. A próxima aula foi calma e arrastada. Literatura nunca foi seu forte, queria fugir. Aguentou firmemente. O sinal do início do intervalo tocou para sua alegria. Lorie saiu apressada. Precisava ir na secretária entregar um documento para um curso de verão. Era uma nerd e sexy. Sarah não impedia mais esses pensamentos. Seus medos eram outros agora. A câmera do seu avô com ela transmitia alguma segurança tão necessária nos últimos tempos. Ela havia planejado tirar fotos onde o houve um, já controlado, incêndio florestal. Era atual e tinha uma carona. Não pergunte como ela conseguia pessoas para ajudá-la nas loucuras dela, ela apenas achava.

Um grupo de pessoas passaram levando uma decoração do baile. A cena era engraçada pelo modo desengonçado que seguravam o grande painel. Suas mãos levaram a câmera na posição para capturar uma foto de qualidade imediatamente, era já um movimento espontâneo para ela. Clicou uma vez, mudou de posição rapidamente e clicou mais duas vezes. Visualizou elas segundos depois. A primeira e a última ficaram comuns, a segunda era a seu gosto. A luz bateu nas partes brilhosas do painel e lembrou inúmeras estrelinhas, as pessoas tinham uma expressão, cada uma, de cansaço, sofrimento, reflexão e de pura felicidade. Gostou dessas diferenças em uma mesma imagem. Sorriu orgulhosamente. Nada exteriormente importava.

Alguém esbarrou nela, fazendo-a mudar de posição rapidamente. O impacto fez com que a mão do braço atingido perdesse a superfície de contato com a câmera. Sua outra mão tentou segurar. Seu coração gelou quando deslizou pela sua mão. “Eu confio em você.” A voz dele ainda era viva em sua mente. Suas mãos movimentaram desesperadamente rápidas. A câmera era sensível e aquela queda podia causar danos irreparáveis. Ela agarrou desajeitadamente e tentou levantar o objeto. Suas mãos tremiam. A câmera fez menção de querer sair dos domínios das mãos novamente, ela levou ao encontro do seu peito, abraçando como se sua vida estivesse no objeto. Respirou fundo quando tudo se estabilizou. Ela olhou para trás procurando o causador. Ela estava com raiva, muita raiva. Tamara ria a uma distância razoável dela. Sarah não se importou se era ou não a garota, sua mente havia condenado. Ela caminhou até a sua vítima, seu sangue fervia, mas guardou sua câmera seguramente na sua bolsa de lado do parelho.

—Qual é o seu problema? –A voz de Sarah saiu incrivelmente irrita e sem fôlego.

—Você é desajeita e eu que sou a culpa? Você é hilária, Sa-rah! – Tamara caçoou sem medo com um sorriso dissimulado no rosto.

—Você não achou hilário dá última vez, não é? –Ela estava chamando para a briga. Seu corpo pedia por isso, ele queria.

—Mar, deixa isso para lá. –O amigo dela tentou esfriar o sangue da amiga. Ele sabia, não acabaria bem se ninguém separasse.

—Você está certo, Tales. –Tamara queria brigar, não queria deixar isso barato, mas, hoje, ela realmente não queria prosseguir com essa confusão. Ela fez menção para se virar e sair, as palavras de Sarah a pararam.

—Onde está sua coragem, Mar? –A frase foi falada tão cinicamente, deixando Sarah irreconhecível para os desconhecidos. Esse lado poucos tiveram o desprazer de conhecer. Tamara não aguentava mais.

—Engraçado, você me perguntar isso? –Ela chegou próxima de Sarah e sussurrou. –Com medinho de sair do armário?

Sarah segurou a garota pelo tecido da blusa e chocou ela contra a parede próxima. O corredor ficou em silêncio. Por uns segundos, as meninas se olharam com ódio. Elas ameaçaram se movimentar, um braço segurou o ombro de Sarah forte. Ela olhou de resquício para trás e viu um dos seus professores com expressão de pouco amores. Elas se separam e Sarah sentiu desconfortável com o que fez. Rick tentava chegar nelas, mas Dany o segurava no lugar. Ele iria se formar logo, problemas agora não era bom. Ela não focou no que o homem falava para ela, ela estava envergonha e com auto ódio. Ela caminhou sem reclamação para a diretoria. Lorie saia de uma das salas, ficou surpresa e depois com medo do que poderia ter acontecido. Sarah estava de cabeça baixo e com expressão desolada.

Ela, por muita sorte, não ganhou suspenção, mas ficaria distante do baile. Chamaram seus pais e seu pai resolveu ir busca-la. Tamara recebeu uma advertência verbal apenas, ela não havia começado, ela era inocente. Sarah gelou quando viu seu pai caminhando pelo corredor. Ele tinha uma expressão de desgosto. Conversou com a pessoa responsável e chamou ela para ir embora. Ele falaria apenas em casa. O carro foi um silêncio cruel e tenso. Ela quis chorar e pedir desculpas milhões de vezes, mas apenas ficou quieta. O carro parou na garagem e ficou esperando seu pai resolver sair agora ou não. Ele segurava o volante com forças, respirou fundo e virou-se para ela.

—Eu não estou te reconhecendo mais! O que você pretende com isso, Sarah? Conseguir ser expulsa? Não foi isso que ensinei a você. –A voz dele era firme.

—EU não quis! Eu perdi a cabeça. Sei que não é justificativa, mas eu estava cansada e estressada, eu só...Sinto muito! –Sua voz estava embargada e seus olhos brilhando com lágrimas acumuladas.

—Eu não me importo. Você quis isso! –Ele começou a querer se exaltar, respirou fundo e controlou seu temperamento. –Você sempre foi uma filha exemplar e nunca causou problemas. Eu não sei o que está acontecendo com você e, se precisar de ajuda, eu vou ajudar. Mas, essa é a última vez que deixarei passar. –O olhar dele era firme e decidido. –Eu cortarei suas mordomias e nem sua mãe conseguirá remediar. Você entendeu, Sarah? –Ela acenou em concordância. –Eu lido com sua mãe. Agora, vá para seu quarto!

Ela saiu do carro e foi direto para seu quarto. Ficou embrulhada na sua cama e fingiu estar dormindo toda vez que abriam sua porta. Ela não comeu, não respondeu nenhuma mensagem recebida, ficou apenas olhando suas fotos no seu quarto. Depois de um tempo, o sono a levou para um mundo melhor. Um onde Lorie sorria e elas estavam juntas já. Era presunçosa em ter certeza que um dia estariam juntas. Ela só esperava ter acertado nas inúmeras hipóteses do destino.

Um novo dia começou. Sarah queria ficar em casa, mas sua situação estava ruim e era melhor não piorar. Ela chegou na escola cedo e sentiu olhos e mais olhos a observando. Ela sentiu-se desconfortável e se isolou em seu canto. Lorie foi a única que a encontrou, os outros provavelmente acreditaram em uma suspenção. A garota sorriu para ela e segurou sua mão tentando transmitir algo. Carinho? Confiança? Ela não saberia, mas a ação já aqueceu seu coração. Elas se separaram para ir para respectivas aulas. Sarah ficou quieta em seu canto e contou os segundo para tudo acabar. Nunca houve segundos mais demorados que esse. Finalmente uma pausa. Sentou no seu lugar habitual no intervalo. Estava quieta, não queria falar, ela queria ir apenas embora. Comentou sobre não poder ir no baile e apenas isso. Ela ainda não estava pronta para se abrir com ninguém. Rick queria mudar isso e ficou irritado com o olhar assassino de Dany, e apenas ficou quieto e emburrado. Bastian conhecia Sarah muito bem e deixou ela hoje em paz, amanhã seria outra história. Lorie apenas ficou do seu lado e, as vezes, segurava sua mão.

Depois de horas de tortura, o sinal do fim tocou. Sarah saiu rapidamente de lá e foi rumo a sua casa. No meio da caminhada, Lorie a encontrou e segui-a sem comentar nada. Ela ficaria irritada com qualquer outro, mas a garota trazia cuidado e calor ao seu coração. Já na casa, o silêncio permaneceu doloroso entre elas.

—Eu não sei o que aconteceu direito, mas eu estou aqui! Sarah, você pode confiar em mim. –Sarah sorriu para a amiga.

—Eu sei! Eu cometi um erro e me sinto um lixo. Eu não sou assim, mas eu deixo isso me controlar. –Ela olhou para sua mão sem conseguir focar a menina. Sentiu calor extra perto do seu joelho proveniente da mão da garota.

—O primeiro passo é sentir mal e o segundo é fazer algo para mudar. Se não gosta disso em você, lute para conseguir mudar. –Lorie pôs delicadamente a mão no rosto de Sarah e levantou, e ficou feliz em ganhar atenção dos olhos castanhos esverdeados que tanto adorava. –Aprenda a canalizar essa raiva para algo saudavelmente e extravasa. Encontre a sua perfeição na imperfeição.

—Obrigada, Lorie!

—Às vezes, eu acerto. –As duas sorriram ainda mantendo a posição próxima e nunca perdendo o olhar uma da outra.

—Não só por essas palavras, mas por estar aqui.

—Eu talvez não te conheça a tanto tempo que Bastian ou tão intimamente como Rick e Dany, mas eu sentia que no fundo você precisa de alguém aqui. – “Eu queria que fosse eu!” Omitiu a última parte, mas seu olhar gritava isso.

Era íntimo e confortável. O coração de Lorie parecia querer sair de seu peito. Ela sentiu medo e distanciou lentamente. Viu o olhar de Sarah ficar um pouco triste e, tinha certeza, seu olhar espelhava a mesma emoção. Ela se recompôs o melhor possível.  

—O triste é que ficarei sozinha, solitária naquele baile. –Tentou soar dramática para causar algum tipo de humor e funcionou. Sarah riu um pouco.

—Eu disse para você não se envolver demais com o baile e agora é obrigada a ir. –Lorie revirou os olhos com o comentário. –Talvez alguém te ofereça uma dança.

—Oh, Deus, não!

—Não me diga que não sabe dançar?

—Claro que sei. E muito bem! –A dúvida nos olhos de Sarah fez ela querer compartilhar um pouco de sua infância. –Minha mãe me colou em várias aulas de dança clássica. Ela tinha esperanças em criar uma princesinha. Por sorte, sou hiper nerd e sem salvação, eu desisti de todas as aulas depois de um tempo.

—Horrível alguém tentar ditar como deve ser.

—Só se você deixá-los te controlar! –Sarah deitou um pouco na cama e Lorie apenas observou. –E você? Pelo olhar duvidoso que deu para mim tem que saber dançar muito bem.

—Tentaram me ensinar, mas sou uma negação. E aceito. –Fechou os olhos um pouco por causa do pequeno raio de sol em seu rosto.

Lorie ficou olhando e cresceu geometricamente uma ideia em sua mente.

—Venha aqui! –Ela estendeu a mão em direção a garota deita. A testa de Sarah franziu e a mente dela tentava entender. O olhar questionador dela ficou mesmo quando pegou a mão de Lorie, e esta a puxou. –Eu posso ter desistido das aulas, mas acho que consigo ensinar até você a dançar descentemente.

—Por que?

—Eu quero!

Sarah engoliu em seco e deixou a menina guia-la. As duas eram quase do mesmo tamanho, dois centímetros de diferença no máximo. Lorie puxou mais próxima a garota dela, e arrumou a postura das duas. Posicionou a mão esquerda de Sarah em seu ombro e a sua na cintura da menina. Sarah não deixava nenhum momento o foco de seu olhar do rosto de Lorie, seu coração palpitava loucamente. Suas mãos direita se uniram confortavelmente. –Eu levo. –Lorie disse mesmo sendo óbvio o fato. Seus olhares se encontraram e fixaram. O movimento harmônico de seus corpos em um dança lenta e bonita foi deixado de lado, tudo que podiam ver era o olhar um da outra. A tração era intensa e irresistível. Sarah fechou os olhos e sua mão esquerda deslizou para o pescoço de Lorie e foi acariciada pelos fios sedosos do cabelo da menina. A respiração entre elas era pesada e sem ritmo. Lorie puxou, deixando elas mais próximas e encostou sua testa na da Sarah, e não desviou os olhos da garota que deseja muito beijar agora.

—O que estamos fazendo, Sarah? –Suas respirações se misturavam.

—Lorie...- A voz da Sarah saiu em um sussurro sedutor. Lorie nunca amou tanto seu nome como naquele momento.

Sarah estava se segurando e usando todo suas forças para não se mexer e fazer o desejado. Ela precisava saber o posicionamento de Lorie, ela sentia tanto medo. Lorie não conseguia resistir mais e, finalmente, deixou suas emoções fluírem por ela. Aproximou seus lábios e beijou o canto da boca de Sarah, ela ouviu um suspiro e a mão em seu pescoço afundou dentro do seu cabelo, um arrepio passou por todo seu corpo. Ela separou um pouco e procurou os olhos da Sarah, encontrou-os olhando fixamente para ela com amor e medo. O medo ficou em segundo plano e Sarah aproximou de Lorie e a beijou. O mundo parou. O tempo congelou. No começou era apenas um selinho, um selinho com todas as inseguranças e todas as esperanças. Elas estavam sendo levadas pelo momento, elas estavam felizes naqueles segundos. Sarah fez menção de aprofundar o beijo e sem relutância Lorie aceitava.

—Sarah, eu queria falar com você...-Lilian abriu a porta e as garotas se separaram como se uma força de repulsão agia entre elas. O rosto vermelho das duas meninas plantou uma desconfiança em Lilian, esta apenas olhando para sua filha e depois para a amiga dela. Ela resolveu acabar com esse silêncio desconcertante. –Lorie, não sabia que estava aqui.

—Sim, eu estava apenas de passagem.

—Está? –Perguntaram mãe e filha ao mesmo tempo.

—Sim. Eu vou indo. Melhor assim. –Ela pegou sua mochila e sem virar disse adeus.

Sarah sentiu seu coração cair. Era bom demais para ser verdade. Ela queria correr atrás de Lorie, mas e depois? Ela conseguia ouvir o Tick Tack do relógio em sua mende novamente. Ela precisava pensar em algo logo. Ela precisava de alguma sorte.

—Tenho a sensação de entrar na pior hora. Tem algo que queria me falar? –Sua mãe perguntou calmante e, ao mesmo tempo, estudava-a com o olhar.

—Não, mãe. Só estávamos comentando algo sobre o baile entre outras coisas. E eu sei que não posso ir nele.

—Não só nele. Você não está autorizada a sair de casa sem perguntar com antecedência. –Sarah olhou para ela com choque e quis refutar. –Não adianta, nada vai mudar minha mente. Eu quero o seu melhor e vê-la feliz, mas não deixarei você fazer o que desejar sem demostrar algo que possa confiar.

—Eu sei. –Sarah odiava cada vez que seus pais diziam não ter mais confiança nela. Ela entendia, mas doía.

Quebrou um pouco seu coração ver a expressão triste de sua filha. Ela envolveu sua criança nos braços e segurou firme. –Não faça mais isso e tudo voltará ao normal. É fácil. E qualquer coisa eu estou aqui para você. –Ela tentou acalmar a mente da sua filha um pouco. Seu marido diria ter um coração mole demais, mas seus pais a criaram assim e ela era uma pessoa boa e descente. Era só esse desejo para sua filha, o resto era com a sua pequena.

Ficou abraçada com sua mãe por um tempo. Trouxe um pouco de paz para sua mente conturbada. Quando Lilian saiu do seu quarto, mandou imediatamente uma mensagem para sua amiga. “Tudo bem?” Era simples e não a melhor opção, mas ela não sabia qual era a melhor opção nesse momento. Ela jantou e se preparou para a cama. Sua mente não parava de pensar nas milhões de opções de como isso acabar. Ela queria apenas uma resposta. As horas foram se passando e ela ficou ali deitada olhando para o teto. Alguma pessoa corajosa teria ligado no mínimo das hipóteses, mas tudo relacionado a Lorie a travava e a deixava esperando a ação da outra.

Um toque. Seu coração pulou. Ela agarrou seu celular e leu a mensagem. “Venha imediatamente no parque!! Você não vai querer perder isso!” Em tempos diferentes, estaria extasiada com essa mensagem. Dylan só mandava algo assim quando encontra algo realmente exuberante. Ela ficou pensando e refletindo. Ir ou não ir? Ela pensou e repensou. Ela ficaria sofrendo pelo silêncio da outra garota e não conseguiria dormi nessa noite, resolveu ir. Ela estava desobedecendo sua mãe, ela sabia. Ela havia feito outras loucuras para conseguir fotos incríveis. Se arrumou e pegou duas câmeras, e, silenciosamente, saiu. Quando fechou a porta, sentiu um peso na consciência forte e quis retornar para seu quarto. Um toque. “Você vem ou não vem??”  Ela precisava ir.

Em uma casa um pouco distante, Lorie estava deitada e olhando para o teto. Tentava se decidir se mandava uma mensagem ou não para Sarah. Ela não havia recebido nada, nem uma mensagem. Depois de um tempo resolveu, resolveria seus sentimos sobre a garota amanhã. Ela não podia fugir depois do que aconteceu e ela nunca fugia. Ela sabia que causaria dores de cabeça, mas ela estava disposta a arriscar e tentar. Dormiu com o Tick Tack do relógio do corredor apenas audível no silêncio da madrugada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu finalmente estou me sentido mais confortável com a escrita dessa história. Vou tentar melhorar mais, mas sem fugir muito do padrão ou assim ficaria esquisita kkk
Se quiser deixar um cometário vou amar ler
E mantenho a minha obrigação de um cap por semana pelo menos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas uma Foto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.