Eres escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 8
Ursinha Putin


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz de novo! Demorei um ano! Mas estou aqui, e pedindo perdão de joelhos, já disse os motivos das minhas demoras, mas não desistam de mim, sério! Então dedico esse cap a todos que acompanham e especialmente a @Natashawanda020 do insta que me dá apoio lá da página!
Quero aproveitar e divulgar a história que publiquei esses dias, o nome é Castle e se passa em tempos medievais. É romanogers UA, e estou super animada com ela!! Confere lá!
https://fanfiction.com.br/historia/761459/Castle/

E aqui um presente: um resumo do que aconteceu nos outros caps, é o mínimo que posso fazer.
As crianças do orfanato Redley não se lembram de nada, mas Steve não é como os outros garotos. Ao ver Natahsa sendo levada para a mistériosa "Ala Sul", sua curiosidade é despertada e eles passam a se encontrar todos os dias na sala onde a garota fica trancafiada, tudo meio a um mistério que vêm ficado cada vez mais sério, ainda mais quando Steve achou um diário que registra muito do que acontece no mundo misterioso do lado de fora dos muros.
No último capítulo, sete adolescentes embora, e cinco chegaram, inclusive Pietro que se revela irmão de Wanda. E Phill Colson ainda recebe mensagens assinadas como Pocahontas...



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— Não tenho certeza se deixar Wanda com aquele cara foi uma boa idéia. - Tony resmungou.
— É irmão dela. - Thor disse.
— Não sabemos disso. - Steve falou, andando depressa e com os olhos correndo para todos os lados. - Certo, temos que falar com aquele garoto que chegou com Pietro, ele disse que o nome dele é T'challa.
— Que raio de nome é esse? - Clint perguntou.
— Hann... O Tchum Tchalla eu não vi, mas aquela é nova. - Tony apontou para a garota ruiva que andava ao lado da senhora Radley. Ela parecia atormentada.
— Steve Rogers e sua trupe, sempre arrumando problemas, mas agora podem ser úteis. - A velha resmungou, com a mão nas costas da menina. - Garotos, essa é Jean Grey, nova aqui. Jean, esses são Steven, Thor, Clinton, Anthony e Bruce.
— Oi. - Steve estendeu a mão a ela, e Jean nem se mexe. - Hãham... É, prazer em te conhecer também.
— Bem... Mostrem a casa a ela. - e mulher saiu andando.
— Não quero ver a casa. - Ela disse, ríspida, e eles ergueram os olhos. - Quero saber o que diabos estou fazendo aqui. E por que eu não lembro de nada?
— Aconteceu com todos nós. - Steve começou. - Não nos lembramos de nada, apenas algumas coisinhas que conseguimos lembrar ao longo dos anos. Nomes, palavras...
Logan. Eu lembro desse nome.
— Nossa, foi rápido. - Tony cruzou os braços.
— Ele está aqui?
— Ele foi embora assim que você chegou, quando você completa 17 anos, você é mandado embora. - Thor explicou.
— E... Estamos presos? E-Eu estou tão confusa, não lembro de nada... É como se eu tivesse nascido agora... - Seus olhos se enchiam de lágrimas. - ... só que sem mãe.
— Jean... - Steve disse, já prevendo o que ela iria fazer, antes de ela sair correndo, em lágrimas. Conhecia o temperamento femino de perto. Ele olhou para os amigos, que dão de ombros.
— Você é o galã que lida com as meninas. - Clint cruzou os braços.
Ele respirou fundo. Natasha iria surtar se soubesse que correu atrás de uma garota. Estava quase anoitecendo, e ele estava ansioso para ve-la.
Steve olhou em todos os cantos. Todo lugar onde uma garotinha chorando usaria para se esconder. Até que chegou no quartinho do zelador, e ouviu soluços.
Ele abriu a porta, e a garota chorava com o rosto entre os joelhos. Ela ergueu a cabeça.
— Sai daqui.
— Não. - Steve fechou a cara, se sentando ao lado dela e fechando a porta, fazendo o quarto ser iluminado apenas pelo facho de luz que saia por baixo da porta. Eles ficaram em silêncio.
— Estou aqui desde os... Cinco, acho.
— Cinco anos?
— Sim. Cheguei aqui... Tinham meia dúzia de crianças, eu não tinha amigo algum. Sobreviver a esse inferno sem ninguém... É dureza. Sem memória alguma, sem poder sair, com adultos dando ordens como se você fosse um soldadinho. - Ele encarou seus olhos inchados que prestavam atenção. - E... Eu conheci uma garota, e ela se tornou minha melhor amiga. Ela estava completamente confusa, talvez mais que eu. Mas conseguimos nos achar juntos.
— Sua namorada?
— O-O que? Não, credo.
— Tá. E não sabem o que é esse lugar de verdade? Quer dizer, porque apagam nossas memórias?
— Jean, preste atenção. Você tem que ter cuidado, é sério. Aqui, se você faz perguntas, você é castigado. Todo mundo sabe que isso não é um orfanato. Ninguém sabe por que, mas tudo mundo sabe que não é um lugar normal.
— E... O que eu faço a respeito?
— Segue as regras. E come seu mingau quieta até fazer 17.
— Parece chato.
— Só as vezes. Mas eles fazem atividades para nos manterem ocupados demais para fazermos perguntas.
— Hm.
— Mas essa é nossa vida, e você tem que lidar com isso. Não pode chorar, ou seu destino vai ser pular do telhado. - Ela arregala os olhos, limpando as lágrimas.
— E... Pode me considerar seu amigo. - Ela assente. - E fique longe de confusão.
A porta se abre, e eles vêem Phill Colson os encarando.
— Steve? O que está fazendo aqui com... Quem é essa?
— Jean Grey. - Steve responde, se levantando. - Estávamos de saída.
Eles se levantam, seguindo pra fora.
— Não está se colocando em encrenca, está, Steve? - Ele cruza os braços.
— Não sei. - Ele sorriu.
Colson sorri, entrando no armário. Ele soltou a madeira solta no açoário, e achou logo o dispositivo, escrevendo uma nova mensagem.
"Para: Pocahontas.
De: John Smith.
Novos elementos: Loki Laufeyson, Jean Grey, Pietro Maximoff, T'Challa e Ororo Munroe. - Steve está fazendo progresso. Acho que está se encontrando com Natahsa, de algum jeito.
Amo você, Pocahontas"
Tudo em códigos, novamente. Phill suspira, tirando os óculos para esfregar os olhos. Steve não tinha nem idéia de onde estava se metendo. Ele só tem 11 anos. Teoricamente.
(...)
Steve se espreitou pelos dutos de ar, todo espremido. Aquele lugar definitivamente tinha encolhido, ou talvez ele havia crescido. Mas não demorou muito para acha-la.
Dessa vez seu rosto estava colado na grade da saída de ar, e se iluminou totalmente ao ver o loirinho se arrastando pelo duto de ar.
— Tivi!
— Oi, Nat. - Ele e abraçou assim que saiu do buraco apertado, cheirando seus longos cabelos ruivos. Seus corpos colados num abraço apertado ficaram assim por muito tempo, os pés entrelaçados e os corações se tocando. Parecia ter ficado uma eternidade sem ela. - Tudo bem?
Ela assentiu imediatamente, sem tirar os braços de trás das costas. Seu rosto mantinha uma expressão preocupada, e Steve ergueu uma sobrancelha.
— Deixa eu ver.
— Steve, para. - Ela suspirou, escondendo o rosto atrás do cabelo, e ele encara-a, sério, com o olhar vasculhando sua alma. Ele sempre faz isso. Sempre consegue o que quer dela.
Ela relaxou os braços, e Steve segura sua blusa de manga comprida. Três ataduras insanguentadas em cada braço, e seus olhos já se enchiam de lágrimas.
— Eu não sei o que fizeram comigo, Ste.
Steve encarava seus braços apreensivo por alguns segundos, as mãos fazendo círculos carinhosos em cada um deles. Ele queria tanto protege-la. Mas não conseguia.
— Nat...
— Tudo bem, Steve. - Ela respira fundo, piscando para conter as lágrimas. Precisa ser forte, por ele. - Não quero falar disso todo o momento que você passa aqui.
— Tudo bem. - Ele abaixa suas mangas de volta, e a faz levantar. Natasha se deita, encarando suas estrelas azuis debruçadas sobre ela.
— Como você está?
— Estou bem. - Ele sorri, e ela cruza os braços, sentindo os próprios dedos acariciando os fios loiros do garoto.
— Você não é o único que sabe ler as emoções do outro. Sei que está preocupado. - Steve dá de ombros, antes de deitar ao lado dela. Seu corpo vira para ele automaticamente.
— Mais sete foram levados embora. Cinco chegaram.
— Isso é... Ruim.
— Sim. - Steve concorda, acariciando suas costas por debaixo da blusa. - Eu sinto sua falta. Durante o dia.
— Eu sinto mais, acredite.
— Vou te tirar daqui. Tudo bem?
— Eu sei.
— Têm feito o que combinamos?
— Sim. Já estou a cinco meses sem atacar ninguém. - Ele abre um sorriso, virando a cabeça para encara-la.
— Estou orgulhoso. - Natasha ri, puxando a coberta para mais perto da cabeça.
— Está ficando frio. O inverno está chegando.
— O Natal também.
— Que dia é hoje?
— Quinze.
— Eu adoro o Natal, mesmo não tendo comemorado com mais ninguém.
— Eu já sei qual vai ser seu presente.
— Já? O que?
— Não vou contar. - Ele sorri, e ela revira os olhos.
— Tudo bem. O seu vai ser um frasco do meu sangue.
— Isso não é presente de Natal, sua boba. E o livro que eu te emprestei?
— "A Odisséia"? Ainda não acabei. Amanhã devolvo, ele é chato.
— Nada te agrada.
— Mentira, mentira. Eu adoro muita coisa. Arruma um livro de pinturas pra mim, certo?
— Claro.
Todo mundo sabe que ninguém sobrevive sozinho. Então assim que Natasha fez nove anos, um professor passou a visita-la toda manhã, e mesmo ela estando amarrada, gostava de aprender. Ela nunca atacou o Senhor Kelley. Ele é um chato, mas é sábio e não bate nela.
Eles colocaram uma televisão atrás de uma grade de proteção. Seu filme preferido é Valente, e isso é a coisa mais violenta que eles permitem-na assistir. E lhe deram material para pintar, depois que ela parou de tentar enfiar pedaços de coisas no próprio pulso. As vezes rolava uma pancadaria, mas só nos médicos que a faziam mal.
Mas o que ela mais amava eram os livros que Steve trazia. As vezes até livros em russo. E ela o ensinou a falar muitas coisas em russo, ele conseguia contar até cinquenta mil no idioma da ruiva.
— Давайте поговорим по-русски? - Vamos falar em russo?
— Конечно, еж Путин - Claro, ursinha Putin. - Ela gargalhou, se levantando para fita-lo.
— Não me chame assim!
— еж Путин. - Ele repete, e ela cruza os braços.
— Я люблю тебя. - Eu te amo.
Steve sorri.
— Я тоже тебя люблю, маленький медведь Путин. - Eu também te amo, ursinha Putin.


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Notas finais do capítulo

Esse foi mais curtinho, teremos mais Romanogers no próximo! E não vai demorar para eles terem 15 anos, e aí a coisa vai ficar preta...
Comentem!!