Let me know escrita por Miss Fuck You


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Será que me empolguei outra vez?

Gente desculpa pela demora, meu TCC está sugando todo o meu tempo livre.

Espero que gostem... ^^



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—Por quê? Eu posso ficar muito bem na minha casa. - digo cruzando os braços e me virando completamente para o Yoongi.

—Eu já disse que vai ser mais fácil para cuidar de você.

—Acho que sou bem grandinha e posso cuidar de mim mesma.

—Qual o problema? - ele está irritado. - Nunca teve problemas se eu ficasse na sua casa, mas quando você tem de ir pra minha você fica desse jeito. - o sinal fica vermelho e ele se vira pra mim. - Você está brava comigo? Eu fiz alguma coisa?

—Não é isso…

—Então o que é?

—Eu não sei. Só… me sinto estranha indo pra ficar na sua casa. - ele solta outro suspiro e se vira pra frente.

—A quanto tempo a gente se conhece? A quanto tempo a gente namora? Por que você está estranha sobre isso?

—Okay. Eu vou. Eu só não quero atrapalhar.

—Você não atrapalha. - silêncio. - Só se ficar na sua casa. Isso atrapalharia muito a minha vida, eu teria de ir todos os dias pra sua casa.

—Por que você não vai pra minha casa então?

—Por que você está fazendo as mesmas perguntas? - ele realmente estava irritado, mas ele fez um gesto tão engraçado com as mãos que não aguentei e comecei a rir. - Você… está rindo da minha cara? - ele perguntou indignado, o que só me fez rir ainda mais.

Pensei que ele ficaria mais irritado, mas quando parei de rir o suficiente para poder enxergar alguma coisa, vi que ele estava sorrindo. Parei de fazer birra e fiquei apenas o observando, eu realmente estava com saudades dele, tanta que pensei que iria pegar um avião e iria para onde quer que ele estivesse só pra poder o ver pessoalmente por alguns minutos que fosse.

—O quê? Tem alguma coisa no meu rosto? – ele diz passando a mão no rosto.

—Senti sua falta. – ele olha rapidamente pra mim e sorri.

—Eu também. Muita. – ele diz esticando sua mão, entrelacei nossos dedos e apenas esse toque fez o meu coração disparar.

Chegamos no meu novo apartamento, acima do estúdio que estava sendo reformado e assim que me viram descer do carro, o responsável pela obra veio falar comigo, mas Yoongi entrou na minha frente e disse que eu não poderia lidar com nenhum problema agora, me disse para subir e pegar minhas coisas que ele resolveria qualquer que fosse o problema. Meio em dúvida dei alguns passos para longe, mas ele apenas fez um gesto impaciente para mim ir logo.

Meu apartamento estava uma bagunça, eu não tinha desempacotado praticamente nada apesar de já estar ali a quase um mês. Rapidamente achei uma bolsa grande o suficiente para colocar algumas roupas, então fui atrás da caixa com roupas íntimas, depois fui pro banheiro pegar as coisas que eu precisaria, fechei a bolsa e coloquei no lado da porta, então comecei a pegar todo o meu equipamento e ajeitar em outra bolsa, como eu não sabia quanto tempo o Yoongi ia me segurar em sua casa, acabei pegando todo o meu equipamento, o que pesava mil vezes mais do que as minhas roupas. Agarrei tudo da melhor forma que consegui e desci.

—Trouxe tudo? – Yoongi pergunta começando a pegar tudo das minhas mãos.

—Sim. – respondi olhando em volta, o lugar estava finalmente se parecendo com o projeto e em como eu tinha imaginado, a água do cano estourado tinha finalmente secado e o piso já poderia ser colocado, os materiais para o estúdio já tinha chegado, mas estava tudo entulhado no andar de cima junto com as minhas coisas, mais alguns dias e as obras terminariam e eu poderia começar a montar as coisas, e eu talvez precisasse contratar alguém para me ajudar.

Quando entrei no carro tentei me lembrar quanto dinheiro me restava e se eu podia contratar alguma ajuda. Eu não podia esquecer da exposição, eu tinha feito muitas outras fotos nesse meio tempo, e conversando com o Byung Chan decidimos incluí-las na exposição, eu já tinha visitado o lugar em que aconteceria o evento e eu já tinha escolhido quase todas as ordens para as fotos, mas ainda faltava me decidir por algumas e decidir a foto que teria o maior destaque, eu não conseguia me decidir sobre essa.

—Você está muito calada. – Yoongi interrompe meus pensamentos. – Está pensando em trabalho, não é? – lhe dou um sorriso amarelo.

—Como você sabe?

—Por que eu faço o mesmo. – ele diz rindo. – Você tem que trabalhar essa semana?

—Não. Tirei a semana de folga pra ficar com você.

—Oh! Então estamos os dois de folga… o que vamos fazer?

—Dormir? – digo suspirando, ele dá risada e concorda.

—Soa perfeito. – e pelo tom de sua voz eu percebo o quanto ele está cansado também.

Comparado com a minha casa, a dele é um santuário, não consigo escutar se quer um carro passando na rua, eu finalmente vou poder descansar os meus ouvidos e minha mente, e desde que ele voltou e estava comigo, em nenhum momento me senti aterrorizada, na verdade, só agora que percebi isso, não pensei mais naquela menina estranha, não senti medo quando dormi no hospital, apenas me sentia segura com ele ao meu lado.

Ele foi deixar as minhas coisas no quarto e me mandou descansar, então eu fui direto para o seu sofá estranho que descobri ser muito confortável e me deitei, consegui me esparramar inteira no sofá e ainda tinha espaço de sobra, estava gostando cada vez mais daquele sofá. Eu devo ter cochilado porque nem percebi quando Yoongi tinha voltado para a sala, além de ter um cobertor em cima de mim.

Me arrastei para mais perto dele e coloquei minha cabeça em seu colo. Ele estava assistindo TV e aumentou um pouco mais o volume, me virei de lado e comecei a assistir também.

—O que você está vendo? – perguntei já que estava no comercial.

—Uma apresentação do seu irmão.

—O que você achou?

—Eles são bons. Ele nem parece que tem 16 anos. Ele é o mais novo da banda, não é?

—Sim… ele não fala nada, mas acho que é difícil pra ele, principalmente quando ele teve tão pouco tempo de trainee.

—Você ajuda bastante ele e tenho certeza que os outros o ajudam também.

—Vocês cuidavam do Jungkook no começo?

—Claro que sim. No começo pode ter algumas brigas, mas esse é modo em que eles vão ficar mais próximos, você tem que deixar que ele resolva sozinho essas brigas e se ele pedir aconselhá-lo da melhor forma e se você não souber como ajudar… pode me pedir ajuda.

Me viro para poder ver seu rosto, ele está olhando para baixo, eu não sei como meu rosto está nesse momento, mas lentamente ele começa a esboçar um sorriso convencido.

—Eu pareci muito legal agora, não é?

—Você sempre parece legal. – eu admito, ele gargalha e se inclina me dando um beijo leve nos lábios.

Pra mim não é o suficiente, mas ele se afasta, eu devo ter demonstrado toda a minha frustação, porque ele se inclinou mais uma vez e dessa vez foi um beijo de verdade, a posição em que estávamos fez o beijo ser estranho, foi uma sensação nova e não foi ruim, mas aquilo não me satisfazia, então eu me separei e me sentei e em seu colo e antes que pudesse dizer qualquer coisa já estava o beijando novamente.

—Senti muito a sua falta. – digo com um gemido enquanto ele beija de forma ávida o meu pescoço. Suas mãos me apertam mais forte contra ele e eu me sinto aquecida.

Amo a sensação que suas mãos me dão enquanto passeiam pela minha pele, amo o modo como ele me beija, amo o jeito que ele me olha enquanto tira as minhas roupas, como se eu fosse algo precioso que ele precisava cuidar, quando eu estava com ele desse modo eu me sentia muito mais feminina, me sentia uma mulher muito amada e desejada.

Eu o amava tanto, que todos aqueles pensamentos sobre ser difícil ficar com ele simplesmente voaram para longe, toda a dor que passei nesses últimos três meses desaparecerem, todo o medo era uma lembrança muito distante.

Naquele instante encontrei algo que achei ter perdido a quase um ano atrás quando minha mãe morreu. Eu encontrei alguém que me oferece segurança e amor, inspiro seu cheiro, e isso aquece meu coração, procuro seus lábios e ele corresponde no mesmo instante.

Estou em casa.

*****

Desde que soube sobre a minha anemia, Yoongi passou a controlar absolutamente o que eu como, quanto como e quando como, além de já ter programado em seu celular todas os horários que eu tenho de tomar os remédios.

Ele comprou vitaminas e coisas que segundo ele fazem bem pra saúde e me obrigou a tomar e agora ele estava tentando controlar até mesmo quando eu trabalho.

Eu fui bastante compreensiva até o momento e até dei certa razão pra ele, não cuidei muito bem de mim mesma, admito, mas aquilo já estava indo longe demais.

—O médico disse que você precisa descansar. Sem trabalho! - ele diz em posse do meu celular que toca de forma insistente.

—Me devolve! Eu não me meto no seu trabalho!

—Eu não desmaiei na rua, ou estou anêmico e quase anoréxico por conta do meu trabalho!

—ISSO NÃO É CULPA DO MEU TRABALHO! - eu avanço pra cima dele o surpreendendo, consigo pegar meu celular de volta.

Consigo atender antes que a ligação caia outra vez, é o meu agente perguntando se gostaria de participar de mais episódios nas filmagens que o Gustavo estava fazendo, ele disse que os episódios em que apareci chamaram bastante atenção do público para a banda, acabei por concordar em participar, ele disse que me mandaria os dias de gravações e o que eu teria de fazer, agradeci com uma felicidade fingida e desliguei.

Por dentro ainda estava borbulhando de raiva, mas assim que desliguei o telefone eu senti o clima estranho e quando olhei para o Yoongi vi seu rosto impassível e olhar frio em minha direção. Eu nunca o tinha visto dessa forma antes. Eu realmente o devo ter enfurecido dessa vez, mas isso não era algo pelo qual estava disposta a ceder.

Cruzei meus braços e o encarei de forma igual, ou tentei pelo menos.

—Se não é por causa do trabalho, é porquê?

—O quê? - do que é que ele estava falando?

—Por quê você está desse jeito? - seu tom é impaciente. - Se não é por causa do trabalho, é por causa do quê? - acho que senti todo meu sangue fugindo do meu rosto, minhas mãos estavam geladas e as senti tremendo levemente, para disfarçar cruzei com mais força meus braços, olhei para o lado tentando ganhar tempo, tentando pensar no que contar. - Então? - ele estava mais impaciente ainda.

—Não é nada. - digo por fim. Ele assente uma única vez e sai em direção ao quarto.

Fico parada sozinha na sala olhando para ele foi, esperando que ele volte com as minhas coisas em mãos e mande sair da sua casa, mas isso não acontece, ele volta vestindo um casaco, passa por mim sem nem me olhar, calça seus sapatos e sai batendo a porta com força causando um estrondo que ecoou por todo o lugar.

O som me faz dar um pulo e assim que o barulho some, a primeira lágrima desce.

—Qual é a droga do meu problema? - pergunto a mim mesma me sentando no sofá e escondendo meu rosto.

Por que eu não contei a ele? Por que não disse que vivi aterrorizada por causa de uma garota que vivia me perseguindo aonde quer que fosse e que me olhava com ódio?

Medo…

Era medo. Mais uma vez o medo estava me vencendo. Tinha medo dele não acreditar em mim, medo dele não me levar a sério como aqueles policiais, mas principalmente medo dele achar que eu estava imaginando coisas, que eu estava ficando louca, assim como escutei de algumas poucas pessoas para quem contei, e se ele pensar que me tornei louca, ele vai me deixar.

P.O.V ~YOONGI

Desci pelas escadas de tanta raiva que eu estava. Me enfurecia como ela ainda não confiava em mim, como ela estava sempre escondendo coisas de mim.

Quando cheguei no térreo estava cansada pra caralho, mas a minha raiva não tinha diminuído um milímetro.

Tinha saído de casa sem pegar minha carteira, por sorte meu celular estava no meu bolso, o peguei olhando a minha lista de contatos, não sabia pra quem ligar, mas por sorte Jimin me ligou bem no momento.

—Hyung! Onde você está?

—No meu prédio.

—Sério? — escutei uma gritaria e não consegui entender nada do que ele disse depois.

—Estão vindo pra cá? - reconheci a voz de V e do Hobi, então deduzi que todos estavam juntos.

Sim… acabamos de chegar…

—Estou vendo vocês. - digo já saindo do prédio e andando na direção do carro, desliguei o telefone.

Assim que a porta foi aberta empurrei o Jimin de volta para dentro, entrei e fechei a porta atrás de mim.

—O que foi isso? - Jimin perguntou.

—Íamos fazer uma festa na sua casa! - Hobi disse numa voz lamentosa.

—Aconteceu alguma coisa? - Jin hyung perguntou quando os outros se calaram.

Tudo o que fiz foi soltar um longo suspiro e me encostar no banco, fechando meus olhos e tentando conter minha raiva para não descontar em cima deles, não seria certo, eles não me fizeram nada.

—Briguei com a Alysson.

—Você foi expulso da sua própria casa? – V pergunta com uma careta que fazem todos rirem, até mesmo a mim.

—Desculpe estragar a festa. – digo.

—Está tudo bem. Por que não vamos pro dormitório e comemoramos lá? – Jin propõem, todos concordam e todos concordam.

Durante todo o caminho eles tentam me animar, eu sei que eles devem estar curiosos sobre o que aconteceu, mas não dizem nada. O dormitório está mais bagunçado do que nunca, um monte de caixas estão espalhadas pela casa.

—Estou me mudando também. – Namjoon fala quando me vê observando as caixas.

Nós afastamos as caixas e nos sentamos todos na sala, eu sabia que não fazia muito tempo que tinha me mudado, e que tinha os vistos apenas alguns dias atrás, mas senti falta de morar com eles, era estranho estar em uma casa completamente sozinho, quando a Alysson não estava dormindo lá eu sentia falta da bagunça dos mais novos e ter alguém pra conversar.

Estávamos bebendo e conversando animadamente quando Jin puxou o assunto da briga de volta, tomei outro gole tentando evitar responder.

—A Alysson está doente. – começo a explicar. – Ela está com anemia e muito magra. – bebo mais um gole. – Eu tenho de brigar com ela pra comer toda a sua comida, tenho de brigar pra ela cuidar da sua saúde… se eu não aviso ela perde o horário de tomar seus remédios. – mais um gole. – Parece que ela não se importa com a própria saúde. Esses dias ela tem ficado em casa… tirou folga do trabalho. Mas eles continuam ligando pra ela e ela fica toda agitada de volta… - outro gole. – Eu peguei o celular dela e disse que ela precisava descansar a gente discutiu e ela acabou me dizendo que não estava naquele estado por causa do trabalho e quando eu perguntei por causa do que ela estava naquele estado ela se recusou a me responder. Ela está escondendo coisas de mim!

Tomei outro gole e ousei olhei para cima, todos estavam me olhando, mas ninguém abriu a boca pra falar nada. Enfiei minhas mãos nos bolsos da minha jaqueta, tinha esquecido que isso estava escondido aqui.

—Ela não confia em mim pra contar seus problemas.

—Confiança vem com o tempo… - Namjoon começou.

—Tempo? Quanto tempo ela precisa? Porra! Estamos juntos a mais de um ano!

—Vocês estavam de cabeça quente… quando vocês se acalmarem você pergunta a ela de volta. – Namjoon volta a falar.

—O que eu faço com isso? – pergunto irritado e batendo a pequena caixinha em cima da mesa.

—O que é isso? – V curioso foi o primeiro a pegar a caixinha de veludo azul e abrir, os outros dois mais novo se juntaram a ele para olhar.

—Você vai a pedir em casamento? – Jungkook parece chocado.

—Casamento? – Hobi repete e avança para tirar a caixinha das mãos de V. – PARABÉNS! – ele grita pra mim.

Os outros começam a falar todos ao mesmo tempo, aquilo tinha virado um caos. Me afasto quando meu celular começa a tocar, é o Gustavo, solto um suspiro e atendo.

—Hyung… a Alysson está com você?

—Não… - silêncio, acho que ainda somos estranhos um com o outro. – Aconteceu alguma coisa?

—Não consigo falar com ela.— ele parece nervoso. – A nuna vai me matar!— ele diz numa voz lamentosa.

—Por quê?

—Quebrei a mala que ela comprou alguns dias atrás pra mim.— ele solta um suspiro do outro lado da linha. – Será que você consegue falar com ela? Eu vou viajar daqui a algumas horas e não tenho outra mala.

—Eu levo outra pra você. Você está no dormitório?

—Sim…

Araso… Te vejo daqui a pouco…

—Obrigado Hyung!

Encarei o celular com uma careta, porque eu prometi uma coisa dessas? Sem chances de voltar em casa tão cedo, nem se quer trouxe a minha carteira comigo.

—Porra! – me viro pros outros que ainda estão falando sobre o anel. – Alguém tem uma mala sobrando? – pergunto alto chamando a atenção.

—Você deixou uma pra trás. – Jimin me responde. – Pra que você precisa de uma mala? Vai voltar a morar no dormitório?

—Não. O irmão da Alysson precisa de uma e não consegue falar com ela.

Jimin e eu reviramos meu antigo quarto procurando a mala, eu juro que olhamos em cada canto daquele quarto, mas quando Jin entrou, achou em dois segundo dentro do armário que tínhamos olhado pelo menos umas cinco vezes. Por ter bebido tanto Jimin falou que iria comigo, o que pra mim tava ótimo já que não tinha dinheiro pra pagar o táxi mesmo, quando passei pela sala peguei a caixinha que estava em cima da mesa e enfiei de volta no meu bolso.

O caminho até o dormitório do Gustavo foi silencioso, quando chegamos em frente ao prédio Jimin pagou a conta do táxi, não sem reclamar é claro, eu disse que pagava de volta, ele disse que não precisava e estava só brincando. Pegamos o elevador e Jimin não parava de falar sobre o anel e quando eu ia a pedir em casamento.

—Não sei. – respondo mal humorado.

—Está pensando em desistir? – o tom brincalhão dele sumiu e ele se tornou sério.

—Não. Eu a amo. Só… estou com raiva por ela estar escondendo coisas de mim.

—Talvez ela só não sabia como te contar. – Jimin fala baixo e com um olhar vago, ele parecia estar falando mais para si mesmo do que pra mim.

As portas se abriram antes que pudesse falar alguma coisa, o cara que atendeu a porta parecia bastante chocado em nos ver parado lá, mas nos cumprimentou várias vezes e ficou nos encarando até eu o lembrar de volta que queria falar com o Gustavo, ele pediu pra gente entrar, a entrada era cheia de sapatos, não tem nem mesmo espaço para andar sem pisar em algum e me trouxe lembranças de quando estávamos começando, nosso dormitório era do mesmo modo.

—Que fofo! – Jimin diz rindo quando o menino sai correndo para dentro do apartamento.

—Hyung! – Gustavo logo aparece.

—Aqui. – eu entrego a mala, ele pega e posso ver o alivio no seu rosto.

—Obrigado, hyung. Você conseguiu falar com a Alysson?

—Não… - como eu digo que nem tentei? Ele fica agitado de volta. – Por quê? Aconteceu alguma coisa?

—Não… não sei… Ela me disse que uma garota vinha seguindo ela sempre que ela saia de casa.

—Seguindo? Tipo uma stalker? – Jimin pergunta.

—Não sei. Na verdade era um grupo de garotas que a seguiam, eu já as vi, mas ela me disse que elas pararam, mas essa menina não. Ela foi até a polícia mas eles disseram que não podiam fazer nada. Ela anda bem nervosa com isso.

—O que essas meninas fazem? – pergunto, ele hesita em falar. – É por minha causa? – ele assente.

—Elas não faziam nada de mais, eram só irritantes. Mas essa menina… pelo o que a Alysson me contou ela segue a nuna pra todos os lugares. As duas até já tiveram uma discussão no meio da rua, é por isso que ela não anda mais de ônibus ou sai de casa. Ela não me conta muitas coisas, mas eu tenho certeza que ela está assustada com essa garota.

—Não se preocupe, eu saí e ela ficou em casa. Ela deve ter largado o telefone em algum lugar e não escutou tocando. – ele assente e seus ombros relaxam.

Eu me despeço e fico repetindo o que disse pra mim mesmo. Ela está bem, deve ter largado o celular em algum lugar e não escutou o tocando. É besteira ficar tão nervoso por causa disso.

Mas cada vez que o telefone só chama e ela não atende eu me sinto mais e mais nervoso e arrependido.


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