Teen Wolf Season 3- The Way I Like to Fall escrita por Apenas Lorena


Capítulo 1
Tatoo


Notas iniciais do capítulo

I'm back bitches ♥



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—Loren.-
—Hm?- Tirei os óculos escuros do rosto e olhei para cima.
—As férias acabaram.-
—Droga.- Resmunguei observando a piscina à minha frente.
—Sempre tão bem humorada.- Red puxou o suco da minha mão.
—É o meu charme.- Respondi.
—Tem certeza disso?- Perguntou enquanto me levantava.
—Eu vou voltar pra Beacon.- Afirmei. -Tenho assuntos à tratar.- Olhei para Red, que não parecia satisfeito. Dei meu ultimo mergulho na piscina e me despedi de Long Island.

O carro estacionou em frente ao hotel. Beacon Hills estava a mesma. Pouco tempo havia se passado e isso fora o suficiente para eu perceber que a única coisa que eu gostava na cidade eram as tretas que rolavam com as pessoas que eu conhecia, apesar de eu sempre me ferrar. Beacon Hills é uma cidade entediantemente normal. Tem vários nadas, exceto por lobisomens, caçadores, kanimas e psicopatas.
E também tem eu.
Só que eu não sei o que eu sou.

Acomodei as minhas poucas malas (Apenas 4) no canto da suite e fui direto para o banheiro. Tomei um longo banho e saí para escolher uma peça de roupa. Tudo era novo. Eu andava bastante enjoada das coisas. Depois de escolher uma peça de roupa e fazer o meu máximo para não parecer uma mendiga, peguei minha bolsa e chamei um táxi.
—Oi Allison.- Cumprimentei a garota. Fiquei sabendo que ela não estava muito bem, pois tinha se separado de Scott.
As coisas mudaram muito nesse sentido. Depois que eu fui jogada no cenário de Grey's Anatomy contra a minha vontade e de ter causado a morte do Kinney, eu não voltei à Beacon. Red descobriu a lista de pessoas que estavam ajudando Kinney e descobrimos que o sistema está corrompido, então basicamente não podemos confiar em ninguém.
—Loren, que surpresa.- Sorriu.
—E então, tudo bem?- Perguntei.
—Uhum.- Balançou a cabeça.
—Então, cadê a Lydia?-
—Assediando os gêmeos.-
—Opa, que gêmeos?-
—Só um deles é hétero.-
—Ahh, então eu vou ficar com o gay. Enquanto Lydia se diverte de uma maneira, eu me divirto de outra. São eles?- Perguntei apontando para os rapazes idênticos ao lado de Lydia. Allison confirmou. -Que gatos.- Bufei.
—Olha, é a primeira vez que eu vejo Loren Koreshkov agindo como uma garota.- Lydia se aproximou de nós.
—Agindo como uma vadia, isso sim. Mas eles são lindos mesmo. Vou fazer amizade com o gay.-
—É assim que se fala.-
—Trouxe isso pra vocês.- Entreguei duas sacolas da Chanel. -É só uma lembrancinha.-
—Quem é você e o que fez com a Loren?- Lydia perguntou.
—Não enche meu saco não, senão eu paro de fazer a boazinha e corto seu cabelo.- Revirei os olhos.
—Vamos para a aula.- Allison nos puxou para a sala.

A professora nova de literatura gostava de pagar de amiga dos alunos, mas eu odiei ela.
Eu não faço a mínima da porcaria da inútil ideia do porquê de não gostar dela. Só sei que seu eu pudesse, trocava de professor exatamente agora. Ela me trata como se eu fosse uma criancinha de quatro anos que não entende a língua dos adultos.
De repente, do nada as janelas se quebraram e entraram vários pássaros arranhando o povo. Não entendi porcaria nenhuma, me joguei embaixo da banca e rezei pra ele não picotar o meu caderno.
Depois de uns minutos, uns pássaros saíram, outros morreram...O fato é que a sala estava parecendo uma cena de Os Pássaros, que Alfred Hitchcock.
—Gente, que loucura.- Soltei. -Lydia? Allison? Vocês estão vivas?- Não chamei pela professora porque não fazia questão, mesmo. Bem, chamar As garotas foi a maior merda que eu fiz no dia, porque eu chamei atenção. E foi a atenção de Stiles, que me observou atento. Ele estava diferente, mas não era só o cabelo mais longo e a roupa menos ridícula. Ele me olhava de uma maneira diferente.
Eu havia evitado aparecer na sala de aula. Fiquei no cantinho, taquei o cabelo na cara, fiz a egípcia, e estava até dando certo. Eu nem sabia que ele estava na sala de aula. Bem, agora eu sei.
Não sei por quanto tempo nos encaramos, só sei que eu caí em mim e saí da sala. Também saí da escola.
E como se fosse uma tradição, entrei no mato a procura de Derek, se é que esse rapaz ainda vive.
Andei um tempão para chegar na antiga casa dos Hale. O lugar estava mais abandonado do que nunca e eu duvidei que alguém estivesse ali dentro. As tábuas do terraço rangeram quando pus meus pés e empurrei a porta.
—Derek?- Chamei. -Derek?- Continuei procurando na casa. Depois de gritar uns 5 "Derek", o encontrei com Scott num quarto. -Caraca, tu é surdo é? Não ouviu o meu chamado?-
—Claro que ouvi. Eu e o resto de Beacon Hills.-
—Ah, vai se fe...- Meu xingamento foi interrompido por um abraço de urso. -Cara, me solta. Que gay.- Resmunguei e Derek fez intenção de me soltar. -Tô brincando, solta não. Tô com saudades.- Derek riu e nos separamos. -Cara, que barba horrorosa.-
—Nossa, você tá diferente. Tá bem...-
—Sensível? Insensível? Os dois?- Sugeri.
—Eu ia dizer sincera.-
Fiz uma careta e vi Scott...com uma tatuagem horrível.
—Scott que tatuagem horrível é essa? Me diz que é de Henna.-
—Ãh?- Fez uma cara confusa. -Vo...você...Vo...Como...- Gaguejou. -Você consegue ver?-
—Não, imagina. Olha, não é porque eu uso óculos que eu sou cega. Tá bem aí. Esses dois traços ridículos.- Apontei pro braço dele.
—Não, não estão aí. Eu até fiz a tatuagem, mas ela cicatrizou. É por isso que eu estou aqui. Derek vai me ajudar à fazer a tatuagem aparecer de novo.-
—Então...-
—Não tem tatuagem.- Derek esclareceu. -Consegue mesmo ver?-
—Como uma pessoa não veria essa porcaria? Parece até que o Scott saiu de uma prisão.- Juntei as sobrancelhas. -Não entendo. Por quê só eu que consigo ver?-
—Por quê está olhando pra minha cara?- Derek começou. -Eu não sei de nada. Não deveria perguntar para...-
—Peter disse que ia comprar chicletes, me enviou uma mensagem dizendo que precisava resolver uma coisa e desapareceu. Me senti rejeitada.- Informei. -Ele disse...disse que eu não era normal, mas ele também não disse o que tinha de anormal.-
—Personalidade?- Scott sugeriu e dei um tapa em sua cabeça.
—De qualquer maneira, como você vai...Wow.- Exclamei quando vi Derek com um massarico. -Que legal, vamos fazer um churrasco de Scott?-
—Acho que não.- ouvi a voz de Stiles atrás de mim.
—Então, Scott. Por que quer fazer essa tatuagem?- Derek perguntou.
—Sabe o que a palavra tatuagem significa?-
—"Marcar algo".- Stiles falou.
—Isso no Taiti. Tatuagem significa "Ferida aberta". É o que eu estou sentindo.- Disse e entendi qual era o ponto. -Eu passei as férias sem falar com a Allison, mesmo querendo muito. E agora é isso o que eu sinto. Allison é uma ferida que não cicatrizou em mim.- Explicou. Stiles focou seu olhar em mim e quando percebi, desviei imediatamente.
—Que lindo. Tô emocionada. Posso queimar ele?-
—Não.- Derek e Stiles responderam.
—Mas eu...-
—Não.-
—Eu sou muito boa com...-
—Não. Vai se queimar.- Derek explicou.
—Não, eu vou é queimar a tua cara se você continuar com essa frescura. O que é? Voltou a ser o emo-gótico perdido na mata que eu conheci? Achei que com essa barba de filósofo você fosse...-
—Não.- Me cortou e bufei.
—Posso ajudar?-
—Não.-
—Mas eu vou ajudar assim mesmo.- Fui para o lado de Scott. -Vai, segura na minha mão e fecha os olhos.- Ofereci a mão direita.
—Se eu fosse você, não faria isso.- Derek direcionou o olhar para a minha mão. -Ele vai quebrar.-
—Eu posso pelo menos assistir essa porcaria?-
—Pode segurar ele no lugar, porque isso vai doer muito.-
—Aí eu me pergunto...Você fez a sua sozinho?- Estreitei os olhos e Derek bufou. -Ok, vou calar a boca.-
Stiles e eu seguramos Scott parado na cadeira. Derek começou e eu pensei: Cara, ele vai me morder.
Scott estava desesperado e não era por menos. Ele tava sendo queimado, massaricado. Era churrasquinho de Scott. O cheiro da carne queimada me deu fome e eu iria num restaurante, só que o gênio do Scott desmaiou de dor e acordou todo feliz com a bosta da tatuagem dele.
—É, a sua tatuagem parece permanente agora.- Stiles disse enquanto andávamos para a saída.
—É...É engraçado como as coisas são...efêmeras.-
—Andou estudando para as provas?-
—Sim.-
—Isso explica.- Falei. -Ok, vamos.- Opa. Tem alguma coisa bem estranha. -Derek, você pintou a porta?- Perguntei.
—Pintei.-
—Só de um lado...Pintou um lado de uma porta velha e ferrada...Scott, põe tuas unhas postiças aí pra fora rapidão.-
—Não, Scott. Loren...-
—Arranha a porta.-
—Mas ele disse que...-
—Arranha antes que eu arranhe a sua cara.- Mandei e ele raspou o máximo de tinta que pode.-
—Olha, Derek. Seria escroto se fosse uma suástica Nazista.- Me virei pra ele. -Agora...Todo um esforço pra esconder um triskelion?- Apontei pra porta. -Eu passei quatro meses fora. Me atualize. O que diabos é isso?-
—Uma alcateia.- A voz saiu com sinceridade. -Uma alcateia de alfas.-
—E eles picharam a tua porta.- Repassei. -Aí você correu pro armazém pra esconder isso.- Me referi ao triskelion. -Eu presumo que eles estejam aqui pra nos ferrar, acertei?-
—Pra nos ferrar. Você não tem nada a ver com isso.-
—Meu amor, você já viu alguma coisa nessa cidade não ter a ver comigo?- Soltei o cabelo e arrumei o coque, o prendendo novamente. Suspirei. -É melhor contar tudo o que sabe.- Sentei no batente da porta.
—Loren, sério isso? Tem que ser agora?-
—Agora.-
—Eles são como uma lenda. São os mais fortes e os mais cruéis. Dizem que o líder deles se chama Deucalion,- Disse e não me aguentei. Comecei a rir loucamente.
—Deucalion? Deucalion? Ai, desculpa, gente. Derek, eu sei que você é velho, mas você saiu da escola há tanto tempo assim?-
Ele parecia confuso e ofendido. -Bem, a primeira coisa que vocês precisam saber é: Esse cara, seja quem for, é fã de mitologia grega, porque Deucalion é a variante de Deucalião. Filho de Prometeu e Climene...-
—Loren, tem algo que você precisa saber.-
—O que foi?-
—Eles estão com a Erica e o Boyd.- Fechei meus olhos, inspirei, contei até três...
—Eles estão com Boyd e Erica?-
—Uhum.-
—E você só vem me contar isso agora?-
—Eu não queria preocupá-la.-
—E eu não queria ter que te bater agora.- Falei me levantando e dando um soco no rosto de Derek.
—Se fizer isso novamente, eu vou beijá-la.- Sussurrou e prendi a respiração. Pensei e repensei em uma resposta irônica, algo que mudasse de assunto, mas não consegui me concentrar.
—Tô saindo.- Me virei e segui meu caminho de volta ao hotel.


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Notas finais do capítulo

CO
MEN
TEM ♥



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