Teen Wolf Season 3- The Way I Like to Fall escrita por Apenas Lorena


Capítulo 2
Freezer boy


Notas iniciais do capítulo

Pessoinhas fantásticas, obrigado por acompanharem a fic! Peço desculpas pela demora e espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar, curtir a página no facebook "Fandom Fury Koreshkov" e para quem quiser participar do grupo no whatsapp é só deixar o número nos comentários ou por MP, se preferir.

Amo vocês

xoxo,

Apenas £orena



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'Festa na casa de Heather.”

Bufei enquanto tirava o meu pijama da mala. Danny disse que seria legal se a gente saísse e descontraísse, ele disse que achou que eu voltei muito "séria" de Long Island. 

O celular começou a tocar.

—Alô?-

—Koreshkov, vestido florido.-

—Vestido florido, Danny, pra quê um vestido florido?-

—A maioria dos caras do time se amarram em vestidos florais soltinhos. Eu pesquisei e vi que é a nova moda no quesito sedução...-

—Eu não vou pra festa.-

—Porquê não?-

—Porque eu...eu...-

—Te pego em 10 minutos.-

—Maldito.-

Joguei o celular na cama e abri minha mala. Eu não vou usar vestido floral porcaria nenhuma.

—Oi!-

—Danny, que bom que veio!- Cumprimentou um rapaz. -Essa deve ser a Loren, certo?-

—Ela não é adorável? É uma das nossas melhores jogadoras.-

—Muito prazer, Jason.- Apertou a minha mão. -Adorei o seu vestido. Eu não gosto muito de flores, mas em uma mulher tão bonita como você, é como olhar a própria primavera.-

—Não me diga.- Sorri, quase revirando os olhos. -Vamos, Danny?-  Perguntei e Danny me acompanhou até uma mesinha com refrigerante. -Então, qual é o seu alvo?-

—Tá vendo o loiro ali?-

—Sexy.-

—Não é hétero.-

—Eu sei, é que eu confundo. Ele tem um gêmeo hétero. Vai lá Danny, eu confio em você.- Sorri de canto e empurrei Danny até o cara. 

—Loren, oi!- Ouvi a voz de Stiles e me virei me segurando para não agredi-lo verbalmente.

—"Loren, oi!"? Se eu não me engano você mesmo disse "Nada de Allison, nada de Lo..."- Scott começou a reclamar e Stiles tapou a boca dele.

—Oi, Scott.- Sorri. 

—Scott, você poderia nos deixar a sós um pouco?- Stiles perguntou e o amigo se virou para um grupo que conversava animadamente num canto.

—Stiles, olha, eu acho que não é uma boa hora para...-

—Stiles!- Ouvi uma voz feminina gritar, logo em seguida uma garota correu até Stiles, o beijando. Fiquei boquiaberta. Ele parecia surpreso, mas não a afastou. Virou seus olhos pra mim e finalmente se separou dela.

—Loren...-

—Tudo bem.- Eu disse.

—Oi, quem é você?- A garota perguntou. Ela parecia simpática, provavelmente era a aniversariante.

—Essa é Loren Koreshkov.- Stiles me apresentou nervoso. -Ela é a minha...

—Colega de turma.- Falei rápido. -Se me derem licença, eu preciso ir. Felicidades pelo aniversário.- Sorri e me virei quase a ponto de explodir. -Jason! O que você estava falando sobre a primavera, mesmo?- Gritei.

Depois de passar quatorze torturantes minutos ouvindo Jason dar em cima de mim, me cansei e liguei para Derek.

—Alô, Derek?-

—Loren?-

—Socorro.- 

—O que aconteceu?-

—Tem um cara falando do meu vestido. Ele tá tentando dar em cima de mim me comparando com a primavera, mas agora as coisas tão ficando meio gay-

—Tô indo buscar você.-

—Mas você nem sabe onde eu...-

—Chego em cinco minutos.- E desligou.

Eu estava esperando Derek quando ouvi o barulho de algo quebrando. Algo como garrafas de vidro. Segui o som até a parte de trás da casa, onde havia um vasculhante de porão. Ouvi o grito de uma garota, me aproximei da janela quando senti alguém tocar o meu ombro.

Me virei assustada socando o rosto da pessoa que havia me tocado e só depois fui perceber que era Derek. 

—Por que fez isso?- Perguntou, imóvel, como se o meu soco fosse um grande nada.

—Eu, eu...- Gaguejei e me virei para o vasculhante, que estava fechado! -Você ouviu o grito?-

—Que grito?-

—Poxa, Derek. Tu é um lobo surdo agora? O grito! Gri-to.- Gesticulei para a janelinha. -A garota gritando!- Me baixei para tentar olhar pela janela. Procurei e tudo parecia normal, exceto por Stiles, que apareceu descendo as escadas.

—Heather, eu encontrei uma...-

Me afastei imediatamente da janela e sentei na grama com a mão na cabeça. Suspirei alto. -Babaca...- Sussurrei.

—Vamos.- Derek me chamou oferecendo a mão e me puxando. Levantei batendo a minha calça e tirando a grama da minha roupa. 

Começamos a caminhar até o carro quando Derek parou bruscamente. 

—Ué, por que paramos?- Perguntei antes de Derek me beijar. Fiquei surpresa. Derek não era uma pessoa pública e os jovens estavam aos montes pelo quintal da casa. O aperto na minha cintura e a veracidade de como ele me beijava fez várias pessoas pararem o que estavam fazendo para olhar. Uma de suas mãos deixou minha cintura e tomou lugar na minha nuca, acariciando e expondo mais ainda meu rosto, que pendeu pra trás como se dissesse "Derek, me beije até a minha alma virar Nescau." Nos separamos e seguimos para o carro com os olhos ao nosso encalço. Eu estava ofegante, Derek estava Derek. A mesma coisa de sempre. Ser um fucker alfa tem suas vantagens. Entramos no carro em silêncio.

—Você fez aquilo por...-

—Eu disse pra você não me socar novamente.- Me olhou de relance arrancando o carro e seguindo em direção ao centro da cidade. 

—Tinha um monte de gente...-

—Tinha sim. Aposto que são um bando de fofoqueiros. Quanto tempo acha que vai demorar até Stiles ficar sabendo? Cinco, dez minutos?-

—Derek, você é um gênio do mal.-

—Acha que fiz aquilo porque quero que Stiles sinta ciúmes de você?- Acelerou. -Eu fiz porque quero que ele saiba que você não está disponível para ele brincar com os seus sentimentos. Que você não está disponível.-

—Possessivo.-

—Eu?-

—Imagina, meu Hamster. Derek, já conversamos sobre isso.-

—Não, não conversamos. Até porquê, você não deixa.-

—Eu...-

—Sempre que chegamos perto de conversar sobre isso você cava um buraco na terra, joga pipoca, um computador dentro e se joga também.-

—Exagerado.-

—Medrosa.-

—Como é? O que você disse?- Perguntei e ele freou bruscamente no meio da pista. 

—Medrosa. Você tem medo.-

Gargalhei e abri a porta do carro. Derek travou tudo. O clique do carro sendo trancado me deixou mais tensa do que eu já estava.

—Tem medo de mim.-

—Medo? De você? Sabe do que eu tenho medo, Derek? De ter uma doença que me proíba de comer hamburguers.-

—Ah, claro. Então você não se importaria se eu me aproximasse?- Perguntou.

—Claro que nã...- E se aproximou.

—Seu coração não bateria mais forte se eu a tocasse?- Sussurrou levando a mão ao meu rosto e acariciando a minha bochecha. Os olhos azuis me tiraram o fôlego e eu nem percebi quando prendi a respiração.

—Respire, Loren.- Disse e puxei o ar desviando os olhos. -Olhe pra mim.-

—Ah, por favor. O que está tentando fazer?- Revirei os olhos rindo.

—Também não se incomodaria se eu a beijasse novamente, até porquê, você não sente nada por mim, não é?- Perguntou com os lábios à centímetros dos meus.

—Hum hum.- Neguei.

—Não é o que o seu coração diz- Sorriu e se afastou. Me virei pra janela. Derek continuou o caminho até o apartamento em silêncio. 

Entramos e observei que o lugar tava uma merda. Novamente havia poeira por todo o lugar e a única coisa que restara era o meu vaso de lavanda. Estava vivo e bem cuidado.

—Não sabia que você fazia o sentimental.- Sorri.

—Também não acreditei de primeira.- Isaac falou.

—Isaac, Menino Freezer! Quanto tempo!- Corri para um abraço. Isaac me rodou no ar e começamos a tagarelar sobre o importante jogo de Lacross que faríamos em outra escola. Derek ficou num vácuo tão poderoso que acabou lendo um livro. O Grande Gatsby, que eu havia deixado no loft.

—Quem te deu permissão pra tocar no meu livro?- Me aproximei.

—Você esqueceu ele, eu achei que seria legal tirar ele do chão e entender porquê você lê tanto isso.-

—Eu leio porque...-

—Porque é incrível. Essa é a terceira vez que eu estou lendo.-

—Quem te viu, quem te vê, heim, lobo mal!- Sorri. -Chega bateu o orgulho aqui. Deixou aquele seu lado emo-gótico solitário de lado e entrou no mundo da...-

—Depressão pós-Scott Fitzgerald.-

—Eu ia dizer literatura.-

—Obrigado por tornar a minha vida uma porcaria.-

—Que nada, você me adora.- E EU QUIS RETIRAR IMEDIATAMENTE O QUE FALEI, porque Derek me olhou como se confirmasse o que eu falei! 

—Então...- Isaac percebeu o meu desconforto.

—Então...Eu tô com sono. Vou dormir por aqui, meu hotel é longe.-

—Por que está em um hotel?- Derek perguntou curioso.

—Hum...Tirando o fato de que a minha casa foi palco de um terrível assassinato e que a minha outra casa foi carbonizada há uns anos atrás....Estou em um hotel porque é divertido, mesmo.- Revirei os olhos. -Eu estou construindo uma casa numa propriedade da minha família, mas só vão concluir a obra daqui à uns dois meses.-

—Dois meses? E você vai passar dois meses morando num hotel?-

—Tem ideia melhor, gênio?-

—Pode ficar aqui por enquanto.-

—"...Ou para sempre", ele ia dizer isso.- Isaac disse rindo e Derek o fuzilou. 

—Ahhh, já que você insiste...- Abri um sorriso. -Que bom que me convidou antes de eu me oferecer. Odeio os hotéis de Beacon. São sempre tão pequenos. Claustrofóbicos...-

—De qualquer maneira, eu não confio nele.- Isaac falou.

—Nele quem?-

—Peter.-

—Peter Psicopata Hale?-

—Ele entrou em contato.-

—Vai dar merda.- Me joguei na cama.

—Foi o que eu falei. Não dá pra confiar nele.-

—Ele sabe mais do bando dos alfas do que eu.-

—Ele sabe mais sobre culinária francesa do que eu.- Falei. -Mas ele é...-

—Eu não sei fazer. Não sei como acessar. O Peter sempre foi esperto para essas coisas.-

—Mas é claro, faz parte do pacto. Tá no contrato: "A alma em troca do conhecimento supremo das magias ocultas..." Derek, às vezes você é tão ingênuo. Ele é o Constantine reverso. Sem falar que eu tô percebendo um grande incômodo da parte do Isaac. O que exatamente o Peter vem fazer aqui?-

—Você confia em mim?- Se referiu à Isaac.

—Confio. Mas ainda não gosto dele.- Explicou.

—Ninguém gosta dele.-

Nesse momento a pesada porta corrediça de ferro se abriu e Peter apareceu.

—Crianças, só pra constar: Sim, ressussitar deixou algumas das minhas habilidades meio debilitadas, mas audição ainda funciona muito bem. Então fiquem a vontade para falar o que tiverem pra falar na minha cara.-

—Não gostamos de você.- Derek explicou por todos. –Agora cala a boca e ajuda.-

Peter se virou pra mim. –Loren?- Procurou minha aprovação.

—Olha, não é porque você me salvou que eu vou gostar de você não. Morre.- Sugeri.

—Magoou.- Disse, colocando as garras pra fora.

—Relaxa. Vai ser melhor se você ficar calmo. Eu vou conseguir tirar mais.-

—Como é que você faz isso?-

—É um ritual antigo ultilizado por Alfas.- Explicou. –É uma habilidade que requer um pouquinho de prática. Uma derrapada, um deslize pode causar paralisia ou morte.- Disse naturalmente.

—Mas você já praticou muito, né?- Isaac procurou conforto.

—Loren, lembra que eu te contei que você não é normal?- Cantarolou. – Nunca paralisei ninguém...- Respondeu a pergunta anterior e Isaac entrou em pânico. –Segure a mão dele.- Falou rápido e antes que Isaac pudesse se soltar, Peter cravou suas garras atrás do pescoço dele. Pra mim, foi como um reflexo. Eu entendi o que Peter disse. Isso tem a ver comigo.

—Loren, não!- Derek gritou, mas eu já havia entrelaçado a minha mão direita com a de Isaac.

Foi tudo como uma viagem muito louca. Era tipo uma rede de dados. Um computador. As informações saiam de Isaac, passava pelo filtro, que era o Peter e chegava até mim. Eu vi o Boyd. Não claramente. Tava tudo meio embaçado e um barulho agudo perfurava a minha cabeça.

Eu não entendi se era só comigo. De longe podia ouvir vozes ao meu redor, Peter falava com Derek, então ele estava consciente, mas eu estava longe disso. Não conseguia falar, não conseguia me mover e uma onda de choques passava pelo meu corpo. Senti uma leve pressão na minha mão e a visão continuou. Eu estava me sentindo a própria Haven.

Eu vi uma garota sentada num canto e vi uma briga também. Não vi Erica, mas ouvi sua voz. Por fim vi um homem. Eu não o conhecia, mas assim que ele apareceu senti seu poder. Ele estava no topo da hierarquia.

Senti meu corpo amolecer e cair pra trás. A pressão na minha mão sessou e as coisas foram ficando mais fracas. Senti um frio intenso ao mesmo tempo que senti um calor interno. Era como uma maldita febre. Meu corpo tremia e eu não tinha noção de tempo ou de espaço. As cenas que eu vi se repetiam e se repetiam na minha cabeça. Abri os olhos e as cenas foram substituídas. Agora eu via os rosto de Peter, Derek e Isaac me encarando.

Derek começou a brigar com Peter severamente e Isaac se concentrou em me tirar do chão. Ele me colocou na cama e afastou todos os lençóis de mim. Apesar do meu frio, percebi que estava suando muito.

—Será que dá pra vocês pararem de brigar!- Gritou. Ele tinha algumas lágrimas nos olhos, estava chorado com o que vira tanto quanto eu. Minha respiração estava acelerada e eu respirava com dificuldade. Doía e minha cabeça estava prestes a explodir.

Minhas mãos tremiam tanto quanto o meu corpo.

Concentrei-me o máximo possível para conseguir falar.

—Por que eu senti?- Minha voz saiu em um sussurro. –Por que eu consegui ver?- Minha voz estava normalizando e os espasmos também. –O que eu sou?-

Fui ignorada com sucesso.

—Peter?- Pedi e ele não me respondeu. –Peter, por favor?- Implorei.

—Desculpe.- Ele pareceu sincero e meio abalado. –Eu não deveria te colocado nisso.- Disse virando-se para ir embora. –É muito cedo. Eu a coloquei em perigo.-

—Peter?-

—Desculpe.- Fechou a porta de ferro e desapareceu.

—Peter!- Gritei. –Peter!!!-

Era pra eu dormir, mas aqui estou eu. Deitada olhando pro teto. Isaac está dormindo ao meu lado e Derek está fazendo qualquer coisa por aí. Eu vi tantas coisas na visão que só de lembrar fico tonta. Mas me recordo muito bem de um símbolo. Não sei onde o Boyd e a Erica estão, mas tenho que encontrá-los.

De manhã cedo acordei e voltei para o hotel. Escolhi uma peça de roupa qualquer e fui para a escola. Eu estava seguindo pelo corredor e Stiles e Scott estavam a minha frente, portanto, eu fiz a egípcia e coloquei uma distância entre nós, diminuindo o passo.

Tudo estava sob controle, mas quando os gêmeos passaram por mim eu travei. Senti algo horrível. Um péssimo pressentimento e não consegui sair do lugar. As imagens da noite passada vieram a tona e entrei novamente na minha própria cabeça.

Erica gritando, Boyd bastante mal e uma garota sentada no chão.

—Loren?- Ouvi a voz de Stiles e seu toque me fez voltar a realidade. Foi como se eu tivesse acabado de levar um tombo.

—Hum, o quê?-

—Tá parada aqui por quê?- Scott perguntou.

—Você conhece os gêmeos?- Indaguei.

—Não sei muito sobre eles.-

—Pois deveria.- Falei e ele não entendeu.

Seguimos para a aula de Economia com o treinador Bobby.

—O mercado de ações se baseia em dois principios. Quais são?- Perguntou a turma e Scott levantou a mão. –Sim, Mccall, pode ir ao banheiro. Alguém sabe?-

—Hm, é...Treinador, eu sei a resposta.- Scott disse e o treinador começou a rir MUITO.

—Opa, peraí. É sério?-

—É. É risco e recompensa. -

—Wow, nossa! Quem é você e o que fez com o Mccall? Não responda! Eu prefiro assim. - Se alegrou. –Alguém aí tem uma moeda? Uma moedinha?- Perguntou e Stiles remexeu no bolso para pegar a moeda, mas o que saiu não foi uma moeda. Acidentalmente ele deixou um preservativo voar para o outro lado da sala e TODO MUNDO VIU.

Tenso.

—Ãh...Stilinski, eu acho que você deixou cair isso.- O treinador o devolveu. –Meus parabéns, filho.- Disse ao ler “Extra grande” na embalagem.

Depois de nos convidar a apostar no risco ou recompensa jogando uma moedinha na caneca, fiquei surpresa quando o sheriff entrou na sala e pediu pra falar com Stiles.

Saí da sala de aula e encontrei com Scott e Stiles. Heather desapareceu e Stiles foi o ultimo a vê-la. É justo já que os dois foram pro porão transar. Até porque é super normal você transar com o seu melhor amigo da infância numa reserva de vinhos e desaparecer.

Isaac é cobaia novamente.

Tiveram a brilhante ideia de jogar o menino freezer numa banheira cheia de gelo para quase matar ele para podermos acessar ele, novamente. Às vezes eu tenho pena dele e às vezes eu só quero ver ele sem camisa, mesmo.

—Wow, isso, tira tudo!- Brinquei. –Gente, é sério que não tem outra cobaia? É muito Bullying jogar o menino do freezer numa banheira de gelo. Vamos roubar órgãos, é isso?-

—Isaac, ignore a Loren.- Derek falou.

Isaac entrou na banheira e respirou fundo. A água estava extremamente gelada. Scott e Derek empurraram ele para deibaixo d’água, mas eles sozinhos não foram o suficiente para segurar Lahey, que começou a se debater. Depois de um tempo ele se acalmou e foi como num transe.

—Ok, agora lembrem-se, só eu falo com ele.- Deaton nos avisou. –Muitas vozes podem  confundi-lo.- O rosto pálido de Isaac tentava resistir ao frio aparente em seus lábios já arroxeados. –Isaac?- O chamou com cuidado. –Está me ouvindo?-

—Tô, estou te ouvindo.-

—Aqui é o doutor Deaton, eu quero te fazer algumas perguntas, tudo bem?-

—Tá.-

—Eu quero saber sobre a noite que encontrou a Erica e o Boyd, tente me passar todas os detalhes possíveis. Comos e estivesse lá novamente.-

—Ah, eu não quero fazer isso.- Disse desesperado. –Eu não quero fazer isso.- Repetiu e as luzes começaram a piscar. Ele parecia agitado.

—Tudo bem, Isaac, calma.-

—Eu não vou voltar lá.-

Suspirei e lembrei da experiência da noite passada. Lembrei do que aconteceu com o Peter e o Isaac. Isaac é meu amigo, talvez não seja o mais próximo, mas ele sempre me ajudou quando precisei.

—Loren, não faça isso.- Derek falou quando percebeu a minha intenção. –Você ouviu o Peter, ele mesmo se arrependeu. -

—Eu não posso deixar ele sozinho. - Falei e antes que Derek pudesse me impedir, segurei os dedos gelados de Isaac e foi como se eu estivesse coberta por neve. O clima esfriou e todos ao meu redor sumiram. Eu não estava mais lá.

Pude sentir Isaac relaxar e mantive ao máximo a calma.

—Loren?- Ouvi a voz de Deaton.

—Sim.-

—Isaac?-

—Estou aqui.- Respondeu aparecendo ao meu lado. Estávamos em algum lugar escuro.

—Ok, pode me dizer o que você vê? Tem algum prédio ou casa?- Perguntou.

—Não, não é uma casa.- Respondi. Apesar de estar mais calmo, Isaac parecia aterrorizado de estar lá novamente, então comecei a responder por ele. –É mármore. Algum lugar sofisticado, ou que já foi...-

—Perfeito, fale mais.-

—Tá tudo empoeirado. Ai, minha Asma.-

—Loren, precisa que eleve isso a sério. –

—É um prédio abandonado. - Falei. –Estou cansada. – Revelei. De fato, comecei a ficar com sono. –Opa, esquece o que eu disse. Tem alguém aqui. Droga, me viram. Quero dizer, viram o Isaac.- Disse. Senti o agito e a mudança de humor no rapaz. –Isaac, são só lembranças, eu estou aqui. Se alguém chegar perto de você eu desço a navalha. –

—Tudo bem. Me respondeu.- Segurei a sua mão e enlacei meus dedos. Começamos a subir uma escada. De repente comecei a ouvir uma conversa. Não viamos ninguém, mas a conversa existia.

—Erica.- Falei. –Estão falando sobre a lua cheia. Alguém não vai conseguir se controlar.-

—Tão preocupados. - Isaac falou para Deaton. –Eles estão com medo de machucar um ao outro na lua cheia.-

Isaac começou a se agitar e isso consequentemente me prejudicou.

—Isaac, precisa ficar calmo.- O encarei. –Isaac?- O chamei mas ele desapareceu. Saiu de sincronia. - Senti um aperto na mão e mais coisas começaram a aparecer. De repente um homem apareceu. O lobo demônio.  Deucalion. –Ele tá aqui, galera. Esse cara é o bichão, mesmo.-

Logo começaram a gritar muito. Deaton discutia com Derek, Isaac estava em colapso e eu estava sentindo na pele, literalmente.

Estava mais frio, a minha mão amassada e a cabeça explodindo.

—É um banco!- Gritou Isaac.

—É, tem um cofre gigantesco. Esse não era o antigo Banco de Beacon Hills?-

—Exatamente.- Dito isso: BUM!

Eu, linda e maravilhosa fui novamente me encontrar com o chão, com quem eu mantenho um relacionamento conturbado.


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Notas finais do capítulo

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