Undertale do Humor escrita por FireboltVioleta


Capítulo 31
O Stand-Up Coletivo Mais Drogado do Mundo




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AUTORA: (de ponta cabeça no sofá da sala) ahhhh, que tédio (dá uma risadinha quando Biriel encosta o focinho em seu nariz) oi, filhota.

BIRIEL: oi, mamãe.

RUBY: (rindo para a mãe, que lhe penteia os cabelos ondulados brancos) a gente podia contar umas piadas, Tia Bia!

PAPYRUS: AHH, NÃO. Piada não.

CHARA: achei uma boa (todos olham para Chara como se ele tivesse virado a demoníaca de novo) ué. Tá na hora de mais alguém aqui provar ser melhor… ou pior… do que o comediante.

SANS: eeeeei! (dá uma voltinha que muito lembra a pirueta da Inês Brasil) Se me atacá, vou atacá!

AUTORA: (levanta do sofá, olhando para Asriel) beleza. Podemos tentar. JUNTA AÍ, GALERA!

Todos se juntam numa rodinha, seitando nos colchões ou sentando nos pufes da sala de cochilos.

ASRIEL: (pegando Asria no colo, e vendo Toriel tentar acalmar as crianças exaltadas do seu lado) ok. Às regras: sem piadas baixas, por que tem criança aqui.

FRISK: ahhh… então eu vou embora.

AUTORA: não vai não (pega Frisk pelo cangote) não é possível que, nessa sua mente pérfida, não haja uma única piada inocente (joga Frisk no centro da roda) pode começar, ô da vareta.

Frisk bufa, estreitando o olhar para Chara, que está rachando o bico.

FRISK: ok… já sei! (dá um pulo) acho que vou contar da vez em que fui á Vila Temmie conversar com o Bob. Tava de boas lá, me entupindo de Temmie Flakes, e então perguntei pro Bob “ei, Bob. Vamos na igreja hoje?”. Aí o Bob respondeu “posso não, compadre. Tem uma raposa a solta por aí, e a nojenta tá comendo todos os meus ovos. Tenho que ficar de olho”. Eu revirei os olhos. “Que isso, Bob. Vamos lá. Deixa tudo aí que Jesus olha”. Bob me olhou. “Ah, sendo assim, então tá”. Bob foi, se engomou todinho, botou paletozinho e foi comigo pra igreja. Chegando lá na igreja, vem o padre coelho de Snowdin e berra: “IRMÃOS! JESUS ESTÁ AQUI”. E o Bob “vixi, meus ovos já eram. Raposa comeu tudo.”

Todos riem. Bia revira no sofá feito um cachorro convulsionando.

ASRIEL: parabéns, Frisk. Primeira piada inocente desde que a fic começou.

FRISK: (saindo do centro e sentando na roda) vai se ferrar, Azzy.

UNDYNE: (entra na roda) beleza. Minha vez. (se aquece toda, estrelando o pescoço) eu lembro de uma vez em que um monstro tinha esgotado o estoque de rum com Nutella do Grillby, e estava causando maior furdúncio em Waterfall. Tive que ir lá tirar o filho da quenga de cima de uma das lesmas de Napstablook. Até aí tudo bem. Levei ele apara a masmorra de Waterfall, e botei na cela. Aí o pinguço vira pra mim fungando e zomba “há. Ta me prendendo por que tô bêbado. Mas amanhã, quando eu tiver sóbrio, vou embora”. Apontou pra mim, tropeçando. “Mas você… quando eu te prender, não vai sair nunca mais.” Eu, fula da vida, perguntei quem ele pensava que era. E o cara me responde. “Eu sou o coveiro do subsolo, colega”.

A gargalhada é geral. Alphys e Smyle parecem exaltadas, aplaudindo de pé. Undyne faz uma reverência e toma seu lugar na roda.

METTATON: (entra no centro da roda) bem, não sou bom em piadas, mas vou tentar (pigarreia roboticamente) essa é rápida. Eu costumo conversar com todo mundo, né? Então, outro dia, estava de papo com o Barqueiro. E ele me contou que, na semana anterior, o filho dele, Barqueiro Jr., ligou lá de Hotland, falando que tinha tirado nove no teste. O coitado, todo feliz, falou. “Uau, parabéns, filho. Em que teste você tirou nota tão alta?”. O menino só faltou chorar. “No do bafômetro, pai. E levaram seu barco.”

Sans cospe o ketchup que estava tomando, engasgando de tanto rir, assim como os demais. Bia se levanta, ainda rindo, e toma o lugar de Mettaton no centro da rodinha.

AUTORA: essa aconteceu quando eu ainda estava fazendo a faculdade de Pedagogia. Eu tinha uma colega que tinha um primo, que era casado com uma tal de Jurema. Então, um dia, a Daiane me chega e conta um causo; “Bia, tu não acredita. Sabe meu primo? Tá internado na UTI, se alimentando pro sonda. Todo quebrado. Traumatismo craniano. Tá muito mal, colega.”. Eu, chocada, falei pra ela “tá brincando? Eu o vi ontem. Ele estava ótimo! Tava lá na Sapucaí, cantando, dançando, sambando… de papo com uma morena bonita e tudo o mais!”. Daiane, com a maior cara de bunda, concorda. “Pois é. A Jurema também viu.”

Mais risadas. Asriel ´puxa Bia para o colo, rindo e fazendo a coitada ficar toda vermelha.

Surpresos, todos assistem Ruby substituir Bia no centro das atenções. Muffet dá uma risadinha, segurando Sky em dois dos seis braços.

RUBY: (olhando pra Toriel e segurando o riso) vou falar da aula de anteontem.

TORIEL: (se encolhendo) minha criança… não, por favor…

RUBY: (começa) a gente tava eu, o Calibri, o Monster Kid e o Sky na aula de piano. Aí a professora Toriel escorregou e levou mó tombão, e o vestido dela subiu até na cabeça. (vê Toriel tampar os olhos) ela se levantou, arrumou o vestido e olhou pra gente. “Sky, o que você viu?”. Aí o Sky, quase desapontado “só seus joelhos, professora.” Ela fica fula e dá um dia de suspensão pra ele. “Monster Kid, e você?”. Mais desapontado ainda. “Só suas coxas, professora.”. E ela dá uma semana de suspensão pra ele. “E você, Calibri?”. Aí o Calibri pega o material dele e vais saindo da sala. “Até o ano que vem, galera.”

Tirando Toriel – que está ocupada não olhando para Asgore –, Mettaton e Papyrus (esses dois horrorizados) e o próprio Calibri – que não tem onde enfiar a cara – todos caem de seus pufes e colchões, rolando pelo chão de tanto rir.

AUTORA: eita, sogrinha (gargalhando) Acho que as crianças estão tendo uma professora (finge um balido) béééééém sedutora, afinal de contas.

Chara começa a rir feito uma foca se afogando, quando Bia sai correndo, feito uma bicha escandalosa, com Toriel sem eu encalço, jogando esferas de fogo atrás dela. Revirando as órbitas, Papyrus conjura um espaguete e taca ele na tela, fazendo tudo sumir, em meio à vários nacos de macarrão e almôndegas congeladas.


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