Os descendentes e o segredo escrita por Karina20


Capítulo 17
Let the moment take you


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, meus amoreeesss!!!!

Antes de mais nada, gostaria de desejar a todos, um feliz Natal e que todos se lembrem do menino Jesus, que o coração de todos se encha de felicidade e amor, que a casa de vocês seja contemplada por união, harmonia e paz e que o menino Jesus abençoe todos vocês. Quero desejar também um próspero Ano Novo, que 2018 chegue cheio de novos projetos, esperança, harmonia, paz, desejos, muitos sonhos realizados, conquistas e sucesso!! Tudo de bom para todos vocês! Que 2018 seja muito melhor do que 2017 foi!!

Agora, vamos a algumas perguntinhas (também vou deixá-las no final): Vocês preferem capítulo um pouco menos (Entre 1000 e 2500 palavras) ou capítulos maiores (com mais de 2500 palavras)? Vocês acham que a história está avançando?? E a última é que estou pensando em criar uma página no face para que possamos conversar mais e para que eu possa manter vocês um pouco mais atualizados sobre como a história está avançando, além de saber o que vocês estão achando, escutar a opinião de vocês e teorias, tudo envolvendo a história, na verdade, não só essa, planejo postar outras histórias. O que vocês acham da ideia? Vocês participariam?? Vocês preferem uma página específica para essa fic (todas temporadas da história da Cecília e o talvez futuro deles) ou poderia ser para todas?

Por último, vamos falar sobre esse capítulo. Ele está um pouquinho diferente, para começar, temos pequenos trechos de flashback, pequeno mesmo, mas eles estão sem indicação e, além disso, vamos ver um outro lado de alguns personagens, como o Nathan e a Cecília. E, claro, o baile!! Como vocês imaginam os vestidos? E os pares?

Bom, era isso, espero que gostem!!

Obs.: Não consegui verificar direitinho tudo nesse capítulo, estou postando pelo celular e ele é meio complicado.



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Hit the lights Apague as luzes
Let the music move you Deixe a música te mover
Lose yourself tonight   Perca a cabeça essa noite
Come alive Volte a viver
Let the moment take you Deixe o momento te levar
Lose control tonight Perca o controle esta noite
(Selena Gomez – Hit the lights)

P.O.V. Cecília Mason

Hoje é o tão esperado dia do baile, fazia 2 dias desde que saí da Ala Hospitalar e estava bem fraca devido à queda da minha magia, pelo que Dylan contou, eles forçaram uma explosão de magia para afastar Ele da minha mente.

Ontem, resolvi falar com Rose Weasley, não saiu muito bem, mas fiz o que precisava.

“Um grupinho encontrava-se perto da árvore embaixo da qual sentei no dia da luta, aproximei-me.

— Weasley, posso falar com você um minuto? – Rose levantou a cabeça e concordou, porém antes de se mexer, alguém se pronunciou.

— Não, Rose. Você não vai. – O Potter se moveu. – Fica longe da gente, nos machucamos muito desde que chegaram.

— James, ela salvou a gente. – Dominique resolveu se pronunciar. – Podíamos estar piores.

— Ela é uma Mason.

— Chega, James, você só sabe falar isso. Eu vou falar com ela.

—Ah, mas não vai mesmo – Ele a segurou, apontando a varinha para mim. Estreitei os olhos.

—Vai me atacar, Potter? - Perguntei com sarcasmo. Ele atacou, eu revidei de forma a fazê-lo voar longe. Não podia lutar muito, afinal acabara de voltar da enfermaria, porém não seria atingida.

—Chega, James. - Por mais incrível que pareça, fora Dominique Weasley quem disse, sua voz calma como a de uma mãe dizendo que tudo vai ficar bem.. - Ela me salvou também. – Rose Weasley aproveitou a distração e passou por mim, a segui.

— O James está começando a irritar todo mundo com esses argumentos dele. – Ela disse após parar. - É sempre o mesmo: você é uma Mason. O que aconteceu?

— Vim agradecer por ter me ajudado na luta. – Fiz uma careta, depender de outra pessoa em uma luta não é algo que me agrade.

— Scorp também ajudou.

— Ele me conhecia, você não. – Fui seca, Virei e saí.”

Suspirei. O quarto estava vazio, as garotas ou já estavam prontas ou foram se arrumar em outros lugares.

Olhei-me no espelho, começando pela maquiagem, passei a sombra dourada que minha mãe me enviou, batom vermelho, rímel e mais tudo que uma maquiagem precisa. No cabelo, fiz um penteado o deixando semi-preso, de forma aos cachos ficarem mais curtos que normalmente. Tudo na maior perfeição que conseguia, tivera que aprender a me maquiar e arrumar meu cabelo para os bailes na casa do meu avô.

Virei-me olhando para caixa aberta na minha cama, minha mãe me enviara e nela está o vestido e acessórios; a maquiagem também estava lá. Não pude deixar de abrir um sorriso irônico, ela sabia que meu par era Nathan Mason, porém escolheu um traje totalmente vermelho e dourado.

Aproximei-me pegando a roupa, o tecido deslizou e a minha frente estava um belo vestido vermelho; na caixa, encontravam-se o resto dos objetos, o sapato dourado no chão.

O vestido era realmente bonito e ficara bem em mim, suas alças eram caídas e, por isso, ficavam nos braços e não nos ombros como de costume, seu corpete possuía detalhes em dourado. Mexi a perna, na saia, havia uma fenda a qual deixava minha perna esquerda parcialmente a mostra, provavelmente isso chamaria atenção.

Peguei a caixa, os acessórios: um bracelete de cobra dourado, brincos de argola da mesma cor e, por último, um anel, na verdade, o anel, peguei ele delicadamente trazendo-o para perto, era possível se ler “C.W.M.” por fora, mas olhando-se atentamente dentro lia-se “C.G.S.”, sorri, meu pai me dera ele aos 10 anos. Então travei, memórias antigas, há muito esquecidas, ameaçavam a voltar e eu não queria lembrar.

Balancei a cabeça para afastar tais pensamentos, sentei na cama colocando a sandália também dourada. Observei-me no espelho novamente, não podia negar que estava bonita e nem que minha mãe decidira uma roupa totalmente irônica se for considerar o fato de ir com o “Príncipe da Sonserina”, Grifinória e Sonserina juntas em um par para o baile.

Suspirei, já devia estar na hora de ir me encontrar com Nathan. Saí do quarto fechando a porta, caminhei tranquilamente até as escadas. “-Erga a cabeça, Cecília, olhe para a frente, não para o chão, encoste sua mão no corrimão, não o segure, Cecília – Sua voz subiu uma oitava – Deslize a mão, você não vai cair” a voz da minha avó soou em minha mente. Lembrava-me desse dia, ela me ensinava como devia agir nos bailes dos Masons, principalmente se for considerar o fato de que eu queria descer abraçada ao corrimão.

Ergui a mão pousando a palma delicadamente sobre ele, com a outra mão segurei meu vestido e desci olhando para frente. Aquelas escadas eram mais estreitas e menores do que as presentes na casa do meu vô, mas era como se estivesse lá e realmente só voltei ao castelo quando pisei no último degrau, à minha frente, boa parte da família Weasley.

Por mais que não conhecesse todos, ali, estavam a ruiva que salvei, os dois ruivos que vivem com o Potter e uma morena, essa usava um vestido rosinha clara na altura do joelho, ele era de alça larga e possuía detalhes da mesma cor em seu corpete; os dois ruivos inseparáveis, usavam roupas combinando a garota estava com um vestido igualmente vermelho, mas esse era completamente diferente do meu, era mais justo e tinha dois cortes na cintura, além de possuir alças nos ombros, já o garoto usava um terno negro, camisa branca e gravata vermelha e, por último, a única Potter do local e a única garota com esse sobrenome, Lily Potter, trajava um vestido preto um pouco justo, também  curto, indo até o meio de suas coxas mais ou menos, seu cabelo estava liso como sempre.

— Está bonita. – Essa disse, apenas balancei a cabeça, dirigindo-me ao sofá presente ali.

Pouco depois, Dylan e Rose Weasley surgiram, cada um do seu dormitório. A ruiva usava um vestido azul royal que combinava muito com ela, seu sapato era do mesmo tom, fechado só na ponta. Ela se juntou aos primos e eles sairam.

— Cecília. – Meu irmão se aproximou me estendendo a mão, a aceitei e ele me girou. – Está bonita. – Ao invés de responder, só toquei sua gravata de cetim azul clara a ajeitando. – Sempre a deixo um pouco torta. – Ele sorriu meio sem graça. – Bom, vou buscar Elizabeth, logo Nathan deve aparecer. – Ele me olhou uma última vez antes de sair pelo quadro, caminho feito há pouco pelos Weasleys.

Passei o olhar pela sala, todos já deviam ter saído, afinal o baile já tinha começado. Meu olhar se fixou no quadro de Godric Gryffindor a cima da lareira e eu toquei meu anel sem que percebesse. Olhar tal objeto, me deu uma sensação acolhedora, pelo visto, Grifinória era realmente minha casa. Fiquei ali, meus olhos tentando absorver o máximo de detalhes durante uns longos 10 minutos até que, por fim, decidi sair.

Foi eu colocar o pé para fora e Nathan chegou no andar, olhou-me e fez uma careta.

— Vermelho? Sério? – Perguntou incrédulo ao que lhe lancei um olhar quase desafiador e aceitei seu braço para descermos até o Salão Principal, havíamos combinado de entrar atrasados como a entrada triunfal dos Masons.

Quando aparecemos no último lance, foi possível avistar os dois pares que aguardavam nossa chegada, meu irmão e seu par, Elizabeth White, nos olhavam, a garota usava o vestido comprado na nossa ida a Hogsmeade e combinava perfeitamente com a gravata do grifinório, sua sandália era prata delicada, porém apenas a ponta visível. O outro casal era composto por Jennyfer Mason e Matthew McCurdy, a garota vestia um tomara que caia verde musgo com saia de babados, entretando não era o babados tradicional, esse encontrava-se na vertical, usava um colar já conhecido de coração com uma cobra gravada, o cabelo em um coque, seu salto de uns 7 centímetros prata, a única característica visível pelo seu vestido; o garoto a sua frente com quem conversava, trajava um terno o qual combinava perfeitamente com a camisa cinza clara e gravata verde. Ele ergueu a cabeça e disse algo à sonserina que se virou para nos olhar.

—Muito bem, já começaram a valsa? - O garoto ao meu lado questionou.

—Não, mas acho que vai demorar muito, a diretora pediu silêncio. - A resposta veio da companheira de casa.

—Excelente. - Ele deu seu sorriso debochado enquanto nos posicionava no fim da fila que era liderada pelo casal sonserino.

—Pronto, Jenny. - Dylan se pronunciou pela primeira vez ali.

E então Jennyfer e McCurdy adentraram o salão; de relance, foi possível ver as pessoas ali presentes os olhando enquanto eles se posicionavam no centro do salão, logo em seguida, foi a vez de meu irmão e a corvina.

—Preparada? - O garoto ao meu lado perguntou. Olhei-o e arrumei minha postura.

—Preparada. - Então ele avançou nos fazendo atravessar as portas duplas do local. Registrei, rapidamente, a decoração inteiramente de gelo, os quais estavam presentes nas esculturas, nos vasos das mesas e até desciam do teto, acompanhados pela neve; o interior encontrava-se bem decorado. As pessoas haviam comentado nossa entrada, ainda cochichavam, alguns nos olhavam incrédulos, outros, com raiva, outros, com um brilho de 'já sabia', de qualquer forma, foi inevitável chamar a atenção e eu gostava disso. Nathan puxou-me, posicionando-me a sua frente, sua mão esquerda indo para a minha cintura.

—Chamamos atenção. - Sorriu de canto e aproximou-se. - Aposto que você adorou. - Sussurrou perto do meu ouvido, logo, porém, seu corpo ficou tenso, ele retornou à posição inicial, seu olhar fixo em algum ponto atrás de mim. - Aquele mestiço está pedindo para morrer. Por que o Potter está nos encarando? - Mal terminou de falar e a música iniciou, começamos a girar pelo salão.

" Tropeçava em meus pés aos 4 anos, isso quando não era nos de meu primo, na verdade, fazia muito mais isso do que de fato dançava.

—Nathan, calma, não estou conseguindo acompanhar. - Minha voz soou como um misto de raiva e manha.

—Estou devagar, Cecília. - O garotinho falou com a testa enrugada."

O ritmo acelerou um pouco, bem como nossos passos, já era uma dança há muito conhecida, assim como o estilo um do outro, por isso não era necessário quebrar o contato visual nem por um segundo, ele ergueu o braço para me girar.

" O garoto de 6 anos me girou, mas, mais uma vez, tropecei em meus próprios pés e, por conta disso, acabei caindo sentada.

—Cecília! - Nathan criança me esticou as mãozinhas para me ajudar a levantar."

Voltamos à valsa, girando com a perfeição que nossa vó havia nos ensinado, ele com seus sapatos sociais e eu, com salto alto.

" - Cecília, não se deve dançar de tênis. - A voz de vovó soou zangada ao olhar meu all star vermelho no pé.

—Mas, vovó, eu vou cair. - Não sabia o que tinha de errado com o meu tênis, ele combinava com meu vestido, era confortável e seguro, bem diferente do sapato com salto escolhido pela mais velha, além de que estava acostumada a usá-lo, afinal era útil para correr, algo que talvez precisasse. - E te garanto que vou machucar muito menos o Nathan assim. - Se isso era verdade? Era, contudo, só falei isso por querer muito ficar com esse calçado.

—Não vai, não. Nathan vai te segurar. E você treinou muito para continuar pisando nos pés dele- Mas a segurança em sua voz não me atingiu e ainda relutei muito para, enfim, colocar o calçado."

Um pequeno sorriso tímido se formou em meu rosto.

—O que houve? - O sonserino me perguntou, a música estava em seus momentos finais. Entretanto, eu me contentei apenas em tirar o sorriso do meu rosto, voltando a ficar séria.

Ele me afastou segurando minha mão, girei até bater levemente contra seu corpo, demos mais alguns passos lado a lado até ele me afastar novamente, dessa vez, voltei elegantemente para sua frente, então ele me inclinou no último toque da música. Sorriu.

—Pelo visto ainda sabe dançar, Mason. - Comentou enquanto me colocava de pé novamente.

—E você também. - Ele me olhou e dançamos mais algumas músicas até cansarmos.

—Vou buscar algo para bebermos. - O sonserino se afastou e eu me dirigi a uma mesa vazia. Logo minha prima surgiu se sentando, McCurdy em seu encalço.

—Dançar cansa. - Ela disse passando o dorso da mão em sua testa, sua taça na mesa a sua frente.

—Falando assim, não parece acostumada com bailes. - O sonserino comentou suavemente. - Sabe, dançar e ficar de pé o tempo inteiro.

—Lá é a minha casa. - O garoto se virou para mim, acenando com a cabeça.

—Mason. - Repeti seu gesto.

—McCurdy. - De todos garotos sonserinos com quem falei em Hogwarts até agora, por menor que fosse o tempo, ele era com quem me entendia melhor. Zabini se achava o único menino, sendo um dos maiores galinhas dessa escola - seguido pelo Potter ou o contrário, isso não importa - e o fato de querer me colocar em sua lista me deixava ainda mais irritada. Malfoy dizia a quem quisesse se aproximar que ninguém era amigo meu ou de Dylan, eu já o vira fazendo isso, contudo ele próprio agia como se fosse nosso melhor amigo e não era nada discreto. Gostava da discrição do Nott e do McCurdy, mas os Masons e McCurdys sempre tiveram uma relação relativamente amistosa.

O moreno passeou seus olhos pelo salão de gelo e sentou-se ao lado de seu par.

—A decoração está bonita. Onde está seu primo? - Ele me olhou, seu tom foi baixo. Apesar dos bailes para sonserinos que meu avô promove; no máximo, um quarto da casa verde sabe, de fato, minha relação com Nathan, além da razão para mentirmos e os McCurdys estavam entre o seleto grupo que sabia do motivo para sermos "irmãos", a sorte é que o resto da Sonserina teme demais minha família para revelar.

—Foi buscar algo. - Ele concordou e deu um pequeno sorriso, virou o rosto um pouco para a esquerda como se alguém o tivesse chamado. - Com licença, já volto. - O garoto se levantou, dirigindo-se até onde Scorpius estava, cumprimentando-o.

—Sabe, - Jennyfer começou me chamando atenção. - pensei em vir com alguém de outra casa, recebi alguns convites, mas fico feliz de ter vindo com o McCurdy. - Disse simplesmente, tinha que concordar, o sonserino era um dos garotos mais discreto de todo Hogwarts, o fato de ser sangue-puro e de pertencer à casa de Salazar também ajudavam, contribuiria muito com a garota caso tivesse que falar quem seria seu par.

—Mason. - O assunto da conversa retornara, seu olhar era dirigido a mim. - Malfoy está te chamando. - Assenti, indo até o loiro. Um pequeno grupo encontrava-se ali: Rose Weasley, sentada ao lado do garoto de cabelos negros e olhos verdes o qual me recebeu na Ala Hospitalar; a morena de vestido rosa claro do Salão Comunal, ao lado de Lysandre Scamander e os ruivos, Dominique e Fred pelo que ouvira, estavam de pé ao lado oposto ao meu.

—Chamou-me, Malfoy? - Virei-me em sua direção, ao seu lado encontrava-se uma garota de olhos azuis e cabelos castanhos, sua prima, Jasmine Nott.

—Pelo visto suas aulas, com sua avó, de como se comportar nos bailes está ativa. - Ele comentou e cerrei os olhos, Jasmine o olhou assustada, seu tom havia sido irônico.

Nessa hora, o Potter chegou, ao seu lado, alguém que não conhecia, a menina usava em vestido verde-água marcado na cintura. Enquanto observava seu vestido, percebi o Potter me encarando, lembrei-me da reação de Nathan.

—É uma pena que não use direito. - O recém-chegado comentou.

—Ela não usaria com você de jeito nenhum. - Uma voz, atrás de mim, retrucou, logo senti uma mão em minha cintura e vi uma taça esticada na minha direção, ergui os olhos já sabendo quem encontraria, meu primo encarava o Potter com um olhar mortal. Tomei um gole da bebida.

—Não se mete, Mason. - O maxilar do grifinório estava rígido. - Coloquei minha mão direita sobre o ombro esquerdo do sonserino ao meu lado após beber mais um gole.

—Acalme-se, Nathan. Estamos em um baile. - Pedi sussurrando. Ele me olhou por uns segundos.

—Bonito anel, Mason. - Já conhecia a voz, Rose Weasley o encarava.

—Foi o pai dela quem comprou. - Encarei Malfoy friamente, na mesma intensidade se seu tom seco. Malfoy estava muito estranho e não fui a única perceber, meu par o analisou por alguns momentos, provavelmente, eles teriam uma conversa.

Para evitar maiores conflitos, bebi um terceiro gole do líquido na minha mão, coloquei a taça na mesa e me desvencilhei do meu primo, o puxando.

—Vem, Nathan, vamos lá fora um pouco. Algumas pessoas negam algo, mas não dão motivos para serem defendidas. - Minha intenção era ficar dentro do castelo, mas meus planos mudaram quando Nathan nos levou até o jardim onde nevava, apesar de já ter enfrentado frio com roupas não tão adequadas, eu tremi um pouco devido ao choque de temperatura, mesmo assim, o garoto continuou andando para parar somente perto do lago, sentando-se. Fiz o mesmo.

—O que está acontecendo? Você anda estranho desde que fui para a Ala Hospitalar. - Seus olhos negros observavam-me por um momento antes de desviá-los para baixo e retirar o paletó, colocando nos meus ombros. - Usei aestus, creio que você não, já que está de vestido. - Ele me olhou mais uma vez por tempo o bastante para eu perceber algo.

—Você está com medo, medo da guerra, medo de perder as pessoas. - Pensei que Nathan negaria, me chamaria de louca, apesar de ser a verdade, verdade essa unicamente percebida por mim e por Jennyfer; mas ele apenas olhava para frente, encarando a Floresta Proibida, acredito que, pela primeira vez na história de Hogwarts, o "Príncipe da Sonserina" deixou sua máscara cair.

—Você não? - Perguntou-me após um longo silêncio.

—Eu fui criada para isso, Nathan. -Disse um pouco impaciente.

—Eu sei, mas o fato de que vamos ter que enfrentar uma guerra, você... - Ele engoliu em seco. - você e Dylan...na linha da frente. Ceci, você é como uma irmã para mim.

—Você também, Nathan. Você sabe que minha relação com você é mais próxima da de irmãos do que com o Dylan. - Meu tom começou no mesmo da minha última fala, mas acabou mais suave. Coloquei minha mão em seu braço, observando seu rosto. - Nós brigamos, mas sempre estamos lá um pelo outro, já com Dylan, bom, as brigas são escassas, um mais protege o outro do que briga, apesar de que...se formos considerar nossa vida, não podia esperar algo diferente.

—Ceci, - Sua voz soou meio fraca. - Por que você sorriu aquela hora? Faz tempo que isso não acontece.

—Lembrei-me da vovó nos ensinando a dançar e de quando ela brigou comigo por querer usar all star. - Ele riu fraco.

—Foi engraçado, mas pensei que não teria mais prima.

Ficamos ali, cada um perdido em seus próprios pensamentos, o olhar voltado para um lugar qualquer, sem registrar o que era ou o que acontecia. Parecia que horas haviam passado até ele se levantar.

—Vem, vamos entrar, o baile deve estar acabando. - Ele me estendeu as mãos para me ajudar a levantar e, nesse instante, pelo seu olhar, percebi que Nathan voltara a ser o "Príncipe da Sonserina", além de que nosso momento família tinha acabado. Caminhamos a passos lentos até o Salão Principal o qual já estava um pouco vazio, provavelmente os mais novos tiveram que voltar para os salões comunais e onde dançamos mais um pouco.

No final, não aguentava mais ficar de pé, Dylan havia saído há pouco para levar Elizabeth de volta a torre da Corvinal, por isso, nos despedimos apenas de Jennyfer e Mathew McCurdy.

—Espera. - Pedi ao passarmos pelas portas, apoiando-me no ombro do meu par para tirar a sandália. - Pronto.

O caminho foi agradável, apesar de não conversarmos muito, ele caminhava ao meu lado, as mãos no bolso da calça, enquanto eu segurava a sandália com a mão esquerda, levantando o vestido com a direita para não tropeçar e, para completar, o chão gelado sob meus pés trazia uma sensação, de certa forma, confortável. Subimos os vários lances de escada rumo à torre da Grifinória.

Já estávamos próximos do retrato da mulher gorda, quando Nathan parou, Potter e seus seguidores encontravam-se no retrato, o sonserino segurou minha mão me deixando de frente para ele.

—Obrigado por ter ido comigo. - Ele me agradeceu.

—Disponha.

—Foi bom ver você sorrindo, mesmo ele não chegando aos seus olhos. Boa noite, priminha.

—Boa noite, Nathan. - Virei-me e caminhei até a entrada da casa do leão, Potter encarava Nathan com raiva. - Dente de leão.


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Notas finais do capítulo

Volteeeeiiii!!!

E então, o que acharam??

Gostaram da Cecília agradecendo?? Ela pode ser fria, mas sabe reconhecer quando alguém faz algo para ela.

Aqui, também foi explicado parcialmente o efeito da poção Magis. Vocês perceberam?

Quais serão as lembranças que a Cecília comentou?

Os vestidos são como vocês imaginaram?? E os pares?? Tiveram alguns um pouco improváveis, né?

James encarando Nathan e Cecília?? Por que será??

O que acharam dos flashbacks?

Por que será que Scorpius estava agindo estranho?? Nathan vai conversar com ele??

Qual foi a primeira impressão que tiveram de Mathew McCurdy??

Por que será que apenas alguns sabem sobre a verdadeira relação do Nathan com a Cecília?

E o momento Nathan e Cecília?

Nathan sendo sentimental? Deixando a máscara cair?

Cecília um pouco menos fria? Falando de sentimentos? Bom, isso é algo raro para ela, mas se for algo extremamente necessário e, dependendo de quem é, ela fala.

E sobre o que ela falou sobre o Dylan? Sobre Nathan ser "mais irmão" que o Dylan?

Parece que tivemos um pouquinho pausa quanto as personalidades fortes, será que foi por causa do Natal?? Ou por eles terem se lembrado de casa?

Agora, as perguntas que fiz nas notas iniciais:

Vocês preferem capítulos mais curtos ou mais longos?

A história está avançando?

E sobre a página no Face? Participariam? Gostaram da ideia? Só para essa fic ou usaria para as que pretendo postar no futuro também?

Ah, vocês leriam mais alguma história minha?

Vocês preferem histórias com um pouco mais de fantasia ou mais real?

Estou pensando em postar uma mais romântica e, de certa forma, realista, ela é baseada em um jogo. Vocês leriam? É apenas um plano, não sei se ele daria certo ou quando viria a se concretizar.

Bom, é isso, um abençoado Natal e um Ano Novo com tudo de melhor!!

Até 2018!!!



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