Pov's Merida

Quase não consegui dormir de noite,porque não parava de pensar no tal Hans.Nossa...ninguém mexeu tanto assim comigo antes...

Não Meri!Ele é viúvo e você tem que se concentrar nos seus filhos!

Assim que acordei,arrumei as crianças e deixei elas na escola.Depois voltei pra casa e resolvi lavar meu carro.No momento,eu estava sem emprego,já que fui despedida da lanchonete dois dias atrás por jogar bebida na cara de um tarado que mexeu comigo.

Coloquei uma regata e short jeans e fui lavar o carro.

Quando eu estava passando a esponja com sabão no automóvel,avistei Hans sair de casa,com uma tesoura grande na mão e sem camisa.

Deixei a esponja cair ao ver seus músculos e seu peitoral definido.

Meu Deus...Que homem é esse?

Ele ergueu o olhar,me flagrando.Putz.

—Oi Meri-sorriu atravessando a rua e se aproximando.

Pov's Hans

Ela sorriu se aproximando também.

—Oi-cumprimentou-Achei que estivesse trabalhando ou algo assim...

Percebi que a regata molhada estava colada em seu corpo,mostrando bem as  suas curvas.

Engoli o seco.

—É...eu só começo amanhã-respondi me esforçando para olhá-la nos olhos-E você?Não trabalha?

Ela desfez o sorriso e abaixou o olhar suspirando tristonha.

—Fui mandada embora há dois dias-respondeu.

Levantei as sobrancelhas surpreso.

Enfiei as mãos nos bolsos da minha calça.

—Escuta...eu sou médico e tô precisando de uma assistente-comentei-E acho que a vaga pode ser sua.

Ela ergueu a cabeça com os olhos arregalados.

—É sério?-sussurrou chocada.

Sorri assentindo com a cabeça.

—Aí meu Deus!Obrigada mesmo Hans!-agradeceu empolgada e contente.

Meu relógio apitou.

—Meu Deus,eu tenho que buscar minha filha da escola-declarei-Até depois Merida.

Pov's Merida

Depois que Hans saiu,eu terminei de lavar o carro e fui tomar banho.

Eu me arrumei e fui dirigindo até a escola.Iria buscar meus filhos.

Quando estacionei,saí do carro e fechei a porta,caminhando em direção à escola.

Sorri avistando Letícia e Zack correndo em minha direção.

Me agachei para ser envolvida por braços pequenos.

—Oi meus amores-beijei a testa de cada um e me levantei.

—Merida?

Virei minha cabeça e arregalei os olhos ao ver Hans,com uma garota branca de cachos negros e olhos azuis.

—Olha só que coincidência...-comentou sorridente.

—Muita-concordei-É sua filha?

—Sim,se chama Emily e seus filhos,como se chamam?-perguntou curioso.

—Letícia e Zack-respondi sorrindo-Foi bom te ver,de novo.

(...)

Entrei no supermercado com o carrinho de compras e com meus filhos ao lado.

—Se comportem e não se afastem de mim de jeito nenhum-pedi num tom sério.

—Mãe!A senhora fala isso toda a vez que a gente vem aqui!-reclamou Letícia.

—Talvez porque você seja muito agitada-alertei fazendo-a bufar.Era minha filha mesmo.

Com a ajuda dos meus filhos,comecei a colocar as coisas no carrinho de compras.

—Mãe,compra sorvete-pediu Zack.

—Tá-sorri andando até o freeze.

Abri a porta e me agachei pegando o pote de sorvete com o sabor napolitano.

—Não acredito!

Virei minha cabeça vendo Hans se aproximando com o carrinho de compras,com Emily ao lado.

Ri enquanto colocava o pote no carrinho.

—Está me seguindo?-brinquei colocando as mãos na cintura.

—Bom,eu vivo aqui há mais tempo,então acho que você é quem está me seguindo-respondeu rindo me fazendo rir também.

Seus olhos verdes me encararam diretamente,o que fez meu estômago embrulhar e meu coração palpitar mais rápido.

—É...então tá-sorri puxando o carrinho.

—Espera-pediu.

O encarei novamente.

—Podemos fazer compras juntos,que tal?-questionou.

Sorri assentindo.

Nós fizemos compras juntos e com isso,acabamos nos aproximando ainda mais.Nossos filhos ficaram amigos também.

Hans me falou sobre seu irmão e o resto dos seus amigos,mas não citou sobre a sua esposa uma única vez.Eu respeitei isso,pois deve ser muito difícil pra ele.

Depois que saímos do supermercado,Hans se despediu de mim com um beijo na bochecha,o que me fez ficar vermelha.

Meu Deus.Eu parecia uma adolescente com os sentimentos à flor da pele.Os momentos com Hans me faziam esquecer o triste passado sombrio que não conseguia deixar pra trás.