Pov's Merida

Hans se pôs de pé revoltado.

—A JULIANNE FEZ O QUE!?!-gritou incrédulo e furioso.

Depois do que aconteceu na frente da escola,peguei meus filhos e os trouxe de volta pra casa.Tinha contado pro Hans o que Julianne fez e ele demonstrou,que não gostou nada.

—Pai,eu tô bem-afirmou Emily mais uma vez,querendo que o pai esqueça o assunto-Deixa isso pra lá.

—Ela tentou te levar a força!-alertou meu marido incrédulo-Eu vou ligar pro Dag!-declarou pegando o telefone.

—Mas nem pensar!-exclamei irritada pegando o telefone da sua mão.

—Merida!-protestou.

—Hans,deixa isso pra amanhã,por favor-pedi o encarando profundamente nos olhos-Hoje é aniversário da Emily,não deixe a defunta da Julianne estragar nossa noite.

Ele suspirou,abaixando o olhar.

—Tá bom-cedeu me fazendo sorrir.

Letty se pôs de pé.

—Então...vamos no restaurante?-perguntou animada-Eu tô morrendo de fome!-confessou nos fazendo rir.

(...)

O jantar no restaurante havia sido bem agradável.Meus filhos se divertiram,riram e eu junto com Hans,admiramos nossa bela família.

—Acho que esse foi o melhor aniversário da minha vida...-confessou Emily sorridente.

—Mas você está fazendo 15 anos-alertou Hans-Não esqueça que sábado você terá sua festa de debutante.

—Sim senhor...-resmungou ela entendiada rolando os olhos.

Sorri.Ela nunca gostou de ser o centro das atenções.

—Posso participar desta reunião agradável?

Virei minha cabeça e me surpreendi ao ver Julianne,em pé ao nosso lado.Ela tinha várias sacolas na mão.

—O que você tá fazendo aqui,Julianne?-questionou Hans aborrecido.

—Trouxe presentes para a nossa filha-sorriu ela pegando das sacolas,um monte de roupas chiques e colocando-as sobre a mesa.

—Julianne...você não bate bem da cabeça não?-perguntou Emily incrédula.

—Como assim?Não estou entendendo-confessou a defunta aparentemente confusa.

—Você não vai conseguir me comprar-afirmou minha filha fria-Esqueça.

—Ainda vai se acostumar comigo aqui-riu Julianne-Ah Hans!Comprei um presente pra você também!

Arregalei os olhos chocada quando vi ela tirar um conjunto de lingerie preta e sexy.

—Quer ver como fica em mim?-perguntou maliciosa.

—Você é louca!-esbravejou Hans indignado.

Me pus de pé revoltada.

—Qual o seu problema,sua biscate!?!-exclamei irritada fazendo-a me encarar-Hans e Emily não querem você aqui!Nos deixem em paz!

Ela suspirou,metendo a mão na bolsa e arregalei os olhos recuando,quando vi ela tirar uma pistola.Seu ato fez pessoas gritarem assustadas e se afastarem.Meus filhos paralisaram de medo.

—Acha que pode me xingar,depois de ter roubado minha família de mim?-perguntou docemente.Essa mulher era doente-Você tentou me matar naquele acidente para roubar meu marido e minha filha.Acha que vou deixar barato?

—Louca!Eu nem te conhecia!-rebati.

—Cala.a.boca.sua vadia!-ordenou com os dentes cerrados-Hans e Emily são meus!

Hans se pôs de pé e se meteu na minha frente.

—Você não vai encostar nela!-afirmou.

Julianne deu de ombros.

—Tudo bem então-declarou puxando o gatilho e atirando na perna de Hans.

Gritei horrorizada,vendo meu marido cair no chão,sangrando e grunhindo de dor.Me agachei para ajudá-lo.

—Pro carro!Agora!-ouvi a voz autoritária de Julianne.

Ergui meu olhar e me assustei vendo a louca arrastando Emily,com a arma na cabeça da menina.

—EMILY!-gritei desesperada.

Hans gemeu,o que me fez encará-lo

—Salve-a...-sussurrou com dificuldade.

Me pus de pé.

—Liga pro seu tio Dag!-pedi à Letty antes de sair correndo do restaurante.

Saí do recinto,vendo Julianne entrar no carro com Emily.

Peguei as chaves e corri até o meu carro.

(...)

Eu dirigia loucamente,perseguindo Julianne,que levava o carro para fora da cidade,pela a mesma estrada,onde ocorreu o acidente.Se ela fizer a curva com essa velocidade...

Pov's Emily

Virei minha cabeça pra trás.

—MAMÃE!MAMÃE!-berrei desesperada aos prantos.

—CALA A BOCA!ELA NÃO É SUA MÃE!-afirmou Julianne sem paciência.

Voltei meu olhar pra frente e arregalei os olhos ao ver uma curva na estrada.

Pov's Merida

Aconteceu o que eu mais temia,quando Julianne tentou fazer a curva,o carro capotou com tudo e se chocou violentamente contra a árvore.

—EMILY!-berrei desesperada freando o carro com tudo.

Saí do veículo às pressas e corri até o carro amassado,vendo que começava a pegar fogo.

Passei pro outro lado e abri a porta com dificuldade,vendo Emily e Julianne desmaiadas.Minha filha era a única que tinha um corte na cabeça.

Tentei pegá-la no colo,mas pra mim,ela era muito pesada.

Ouvi um barulho de sirene e ergui meu olhar úmido com lágrimas,para ver o carro da polícia estacionar e ver Dag e Dylan saírem.

—MERIDA!-gritou meu cunhado assustado se aproximando com o Hofferson.

—ME AJUDEM A TIRAR EMILY!-pedi aflita chorando.

Dylan e Dag se aproximaram e eu me afastei.O Hofferson empurrou a porta amassada e meu cunhado pegou Emily no colo.

—Vamos!O carro vai explodir!-alertou Dag correndo pra longe e o seguimos.

Quando nos afastamos,ouvimos um forte estrondo atrás de nós.O impacto nos atingiu e nos fez cair no chão,mas Dylan caiu de joelhos,para não derrubar Emily.

Nos viramos assustados vendo o carro em chamas.

Engoli o seco.

Agora ela morreu de vez...

Ouvi um gemido e virei minha cabeça,vendo Emily,despertando aos poucos nos braços de Dylan,que havia se sentado no chão.

—Filha...-sussurrei aliviada acariciando o topo da sua cabeça.

Ela cerrou os olhos com força,antes de abri-los e revelar suas orbes azuis.

—Acabou?-perguntou.

Sorri,lhe dando um beijo na testa.

—Sim,acabou-afirmei.

(...)

Abri a porta e sorri ao avistar Hans,sentado na cama.

—Oi amor-sorriu fraco.

Adentrei o cômodo e fechei a porta atrás de mim.

—Imagino que Elsa tenha te contado tudo...-comentei me aproximando.

—É,ela contou sim-suspirou derrotado-Não era para Julianne morrer desse jeito,mas fico feliz que acabou.

—Permita-me discordar-declarei me sentando na beirada da maca-Mas depois de tudo o que aquela vaca fez,acho que ela merecia ir pro inferno sim.

Ele riu,me abraçando apenas com um braço.

—Só você mesmo Meri...Ou foi a Seeylfe que disse?-questionou me encarando.

—Ela disse pior!-ri.

Ele acariciou meu rosto,me fazendo fechar os olhos com seu toque.

—É incrível a força do nosso amor...-confessou e eu abri os olhos-Mesmo depois do acidente,do Marcus,da Julianne...nós continuamos,firmes e fortes.

Suspirei.

—Sinceramente,acho que aquele acidente naquela curva...foi destino-afirmei.

Ele sorriu.

—Também acho.