Acordo com uma gritaria infernal. Mais quem diabos está bringando uma hora dessa,não acredito que nem dormir esse povo deixa. Me remexo na cama,na tentativa inútil de continuar meu sono,mais parece que o satanás percebeu isso,pois a gritaria ficou muito mais alta,acho que jaja as paredes quebram.
Saiu do meu quarto bufando de raiva.
–EU JA FALEI QUE VOCE NAO MANDA NA MINHA VIDA!!-gritou Neji apontando o dedo na cara da mãe.
–EU MANDO SIM,POIS QUE EU SAIBA VOCE AINDA E DE MENOR-O ser que chamo de mãe gritou de volta.
–FODA-SE EU NAO QUERO SABER-berrou de volta e abrindo a porta e fechando violentamente.
–Quebra a porta logo,eu,eim gente maluca-falo e sigo de volta para o meu quarto.
–Aonde a senhorita pensa que vai?-pergunta minha mãe com um tom aborrecido.
–Voltar a dormir,já que me acordaram com essa bederna-respondo ainda caminhando.
–Ah mais não vai mesmo,pode ir se vestir que você irá arrumar a casa-disse minha mãe convicta.
–Não vou arrumar porra nenhuma-falo parando de andar e encaro ela.
–Você vai sim,por bem ou por mal-me encarou com uma aura sombria.
Deixei meu medo transparecer,fui fraca uma completa covarde. Foi quando ela veio até mim e saiu me puxando pelos cabelos,levou-me até a cozinha onde pegou uma faca de cortar carne e apontou pra mim.
–Você escolhe,vai fazer o que eu mando ou quer ser martirizada?-perguntou pra mim com cara de psicopata.
–EU JA FALEI QUE NAO VOU ARRUMAR NADA SUA BRUXA-gritei com todas as forças que eu tinha.
Senti o primeiro corte na minha bochecha,depois meu braço,minhas pernas foram marcadas e minha barriga. Quando aquela puta terminou de me torturar deixou-me jogada no chão da cozinha,foi quando senti minhas lágrimas escorrem por minha face,fazendo com que meu novo corte ardesse. Odeio essa casa,odeio essa vida,eu me ideio,como queria não existir,preferia mil vezes estar morta,só que eu sou tão covarde que nem coragem de tirar a minha própria vida eu tenho. Levanto do chão com dificuldade,minhas pernas doem,tudo em mim está ferido,até a minha alma está sangrando. Cambeleio até o meu quarto,onde tranco a porta e vou direto para o banheiro,tiro meu pijama que agora estava com várias manchas de sangue,e deixo a água escorrer pelo meu corpo cortado,me permito chorar pela dor,pelo sofrimento que passo,fico chorando vários minutos debaixo do chuveiro.
–Eu prometo que nunca mais vou chorar,posso sentir a dor que for eu não serei mais uma idiota-faço uma promessa a mim mesma quando término meu choro.
Término meu banho,pego a álcool que tinha na minha cômodo e com um algodão eu passo nas minhas feridas,sinto a dor dilacerante,mais como eu prometi a mim mesma,eu não choro ou esboço qualquer reação,quando término de passar o álcool pego uma roupa qualquer e visto,então me jogo na cama,ignorando totalmente a dor que sinto logo após de fazer isso.
"Pensar que é normal só te faz mais louca..."
Ouço uma voz sussurrar no meu ouvido. Me levanto bruscamente da cama,e olho para os lados,procurando quem quer que seja.
–Quem está ai?-pergunto meio curiosa,quem entraria num quarto trancada.
Espero a resposta,só que ela não vem,acho que estou ficando louca,só pode. Fico sentada na cama encarando o nada,como se alguém fosse sair de algum lugar escondido. Desisto de ficar esperando e me deito novamente na cama,será que era a minha consciência querendo me assustar,só que tem uma outra coisa eu nunca mais irei sentir medo,nunca.